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Jornalista e escritor Franciel Cruz lança seu segundo livro de crônicas na ABI

Nesta sexta-feira, dia 9 de maio, às 18h, no auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), na Praça da Sé, o jornalista Franciel Cruz entra em campo para lançar seu segundo livro de crônicas. Sob o título/pergunta “Tá pensando que tudo é futebol?”, ele faz, em 49 textos, um bem-humorado chamamento à reflexão sobre os descaminhos do jogo de bola e da vida, além de convidar o leitor a bailar, a se deixar encantar pela mágica do drible e outros artifícios que hoje parecem antiquados.

Como sublinha o jornalista e escritor Douglas Ceconello, “Franciel é mestre na arte de fingir que vai para um lado e sair para o outro: ameaça que vai falar sobre as desventuras do mitológico zagueiro Pedro 500 ou sobre a ‘energia ancestralmente poderosa do Santuário do Barradão’, mas na verdade está nos chamando para conversar, munido de megafone ou ao pé do ouvido, sobre as mais relevantes questões da existência, como os sonhos que pedem divórcio assim, de repente, e a miragem de uma velha Fonte Nova que simboliza a beleza e a ruína que podemos alcançar – que, na verdade, nos alcançam”, comentou.

Franciel faz isso sem esquecer a adversidade do cenário. Afinal, nos últimos anos, o aumento do vigor físico no futebol tem sido inversamente proporcional à possibilidade de nos surpreendermos dentro das 4 linhas. O jogo de bola e a vida se transformaram em uma espécie de corrida de cavalos. Além da correria cartesianamente desabalada, o VAR passou a decidir a peleja por um dedo mindinho ou por um nariz de vantagem. Atualmente, se substituiu a imprevisibilidade pela máquina de calcular. Tudo passou a ser milimetricamente computado, quantificado. E, nas cabines de rádios, nas (mal) ditas redes sociais e em outros lugares insalubres, pontificam os cabeças de planilha.

Antevendo estes desmantelos, o autor informa que, desde sempre, para combater estas e outras infâmias que tentam nos acorrentar, nos moldar, se guia pela filosofia trágica de Garrincha, gênio que ele viu em ação na sua infância querida que os anos não trazem mais. Qual seja. “Vou tentando uma jogada de efeito, tropeçando e zombando, cotidianamente, das minhas mortes e vidas severinas. E juntando as pedras, os cacos, e subindo e descendo o morro no inútil trabalho de Sísifo”, disse ele.

Nesta árdua e insalubre caminhada, Franciel usa como antídoto a celebração. Aprendeu com Beto Sem Braço que o que espanta a miséria, seja nas 4 linhas ou no cotidiano, é a festa. Por isso, o livro será lançado novamente com festa. E festa em abundância. Não haverá o tradicional coquetel, mas sim uma confraternização regada a acarajés e abarás. No evento, que será abrilhantado ainda pelas mágicas violas de Borega e Rita Tavares, o autor fará uma live com plateia presente e virtual.

SERVIÇO
Lançamento de “Tá pensando que tudo é futebol?”, livro de crônicas de Franciel Cruz
Quando: 09/05, às 18h
Onde: Auditório Samuel Celestino (8º andar da Associação Bahiana de Imprensa) – Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador)

Texto: Franciel Cruz / divulgação

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ABI BAHIANA

Vladimir Bomfim estreia na Série Lunar com recital de violão

No próximo dia 14/05, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) recebe mais um nome de peso da música instrumental na Bahia, para um recital de violão na Série Lunar. Desta vez, o evento mensal de música ao vivo traz Vladimir Bonfim, professor da UFBA e vencedor de múltiplos prêmios entre França e Brasil. O concerto gratuito acontece às 19h, no Auditório Samuel Celestino, 8º andar da Associação Bahiana de Imprensa, na Praça da Sé, em Salvador.  

Fruto da parceria entre a ABI e a Escola de Música da UFBA (EMUS), a Série Lunar proporciona concertos com professores, servidores do corpo técnico-administrativo e alunos vinculados à Emus. As atividades contribuem para o fomento à cultura, em um ambiente agradável, com público qualificado, formado por comunicadores, acadêmicos, professores e sociedade em geral. Tudo isso com uma vista privilegiada sobre o Pelourinho, a Bahia de Todos-os-Santos, e a lua cheia.

No programa desta edição da Série Lunar, que é a segunda apresentação da temporada 2025, encontram-se composições de alguns dos nomes mais importantes da história da música para violão, entre Brasil, Espanha e América Latina. Vladimir Bomfim vai performar suas interpretações de clássicos como: Recuerdos de Alhambra, de Francisco Tarrega; Prelúdio Nº 3, de Heitor Villa-Lobos; Astúrias, de Isaac Albéniz; Samba Triste, de Baden Powell; Valsas Venezuelanas n° 2 e 3, de Antônio Lauro; e muito mais. 

Vladimir Bomfim

Natural de Salvador, Vladimir Bonfim atua como solista, camerista, arranjador e compositor em diferentes esferas musicais, teatro, dança e cinema. É um dos mais premiados violonistas brasileiros da atualidade, tendo recebido honrarias como o segundo prêmio do IV Concours International de Guitare Forêt d’Orleans (França, 2001), o primeiro prêmio do VIII Concurso Nacional de Violão Souza Lima (São Paulo, 1997), ou os segundos prêmios do III Concours International de Guitare de Fontainebleau (França, 2001), do II Concurso Nacional de Violão Musicales (São Paulo, 1998), e do Concours National de Ceyzeriat (França, 2002).

Sua atuação o levou a residir por longos anos na França e África, e atuar em cidades como Paris, São Paulo, Strasbourg, Rio de Janeiro, Nancy e Porto Alegre, tocando com formações como l’Opéra de Strasbourg, l’Orchestre Philharmonique de Strasbourg, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica da UFBA, Duo Robatto e Camará Ensemble.  Participou também como convidado de vários festivais, entre os quais o Festival de Jazz de Vandoeuvre (Nancy, França, 2012), 1º Rencontre Franco-Argentine de Musique Contemporaine (Paris, 2009) e o 2º Festival Internacional de Músicas Exploratórias (São Paulo, 2014). 

Vladimir também é professor de violão da Universidade Federal da Bahia, doutor em violão pela mesma instituição e especializado em performance de músicas contemporâneas pelo Conservatoire National de Strasbourg, na França.

Apoio

Em meio às dificuldades financeiras da ABI, a Série Lunar esteve sob risco de ser cancelada em 2024, mas a 1ª secretária Amália Casal, coordenadora do projeto, mobilizou o apoio de empresas e instituições comprometidas com cultura e educação na Bahia, a fim de manter essa ideia de pé. Nesta edição de maio, a ABI agradece o apoio da ACBEU. 

A Associação Cultural Brasil-Estados Unidos (ACBEU) é o único American Spaces na Bahia reconhecido pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, na categoria de centro binacional. Ao longo dos seus mais de 83 anos de atuação, a instituição que já formou mais de 400 mil alunos em língua inglesa, vem investindo na difusão cultural e no desenvolvimento social da Bahia através de projetos e soluções educacionais inovadoras.

A ACBEU é uma instituição sem fins lucrativos, com reconhecimento público municipal, estadual e federal e ainda signatária do Pacto Global da ONU, graças à agenda ESG na educação promovida através de suas unidades de negócio, e membro da Coligação das Entidades de Cultura Brasil-Estados Unidos, que tem como principais objetivos o ensino de inglês com excelência e a promoção da compreensão mútua entre Brasil e Estados Unidos.

SERVIÇO

Série Lunar 2025 – Recital de Violão com Vladimir Bomfim
Quando: 14/05, às 19h
Onde: Auditório Samuel Celestino (8º andar da Associação Bahiana de Imprensa) – Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador)
Evento Gratuito

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Inscrições abertas para a WikiCon Brasil 2025 em Salvador

A Wikimedia Brasil (WMB) está com inscrições abertas para participação na WikiCon 2025: Fortalecer os Bens Públicos Digitais, que acontecerá nos dias 19 e 20 de julho, em Salvador/BA, no formato presencial. A iniciativa tem como objetivo ampliar a participação de wikimedistas, pesquisadores e educadores engajados na cultura Wikimedia e na disseminação do conhecimento livre. 

A organização da WikiCon Brasil 2025 oferecerá bolsas para apoiar a participação, cobrindo custos de deslocamento e/ou hospedagem. Os bolsistas selecionados também terão a oportunidade de submeter trabalhos para apresentação no evento, alinhados à temática da conferência – a importância dos bens públicos digitais e do modelo de moderação coletiva de conteúdo – ou a outros temas de interesse relacionados à governança da internet, ciência aberta, cultura livre, entre outros.

Para as pessoas que não forem concorrer a bolsas, as inscrições seguirão até 30/05. Para se candidatar às bolsas, os interessados devem indicar essa opção até o dia 15/05. Durante a inscrição para concorrer a bolsa, o candidato deverá responder às perguntas específicas do processo seletivo, que incluem uma política de diversidade, visando estimular a participação de pessoas representantes de diversas regiões, raças, gênero, além de perfis com diferentes formas de engajamento com os projetos Wikimedia.

Sobre a Wikicon 

A WikiCon é um encontro criado para reunir e fortalecer as comunidades wikimedistas no Brasil. Em 2025, chega à segunda edição do evento, um espaço de troca, aprendizado e colaboração para quem acredita no conhecimento livre. A WikiCon Brasil 2025 é organizada pela Wikimedia Brasil, com apoio da Fundação Wikimedia.

A primeira edição da WikiCon Brasil aconteceu em 2022, com o tema “Wikimedia contra a desinformação”. O evento foi uma oportunidade para fortalecer os laços entre a comunidade wikimedista, reunindo pessoas de diferentes regiões. Por meio de rodas de conversa, oficinas e trocas de experiências, consolidou-se a rede colaborativa, reafirmando o compromisso da comunidade brasileira com a integridade da informação. 

Sobre a Wikimedia Brasil

A Wikimedia Brasil é uma associação brasileira sem fins lucrativos afiliada à Fundação Wikimedia. Fundada em 2013, a WMB busca, entre outros objetivos: ampliar, qualificar e diversificar o conteúdo e a comunidade nos projetos da Wikimedia, em especial a Wikipédia; e apoiar a atuação de organizações sociais no ecossistema do conhecimento livre. O grupo é formado majoritariamente por editores com longo e sólido histórico de contribuição com os projetos, além de membros atuantes nas áreas de educação e tecnologias abertas.

Para mais informações, acesse https://br.wikimedia.org/wiki/WikiCon_Brasil_2025 ou entre em contato pelo e-mail: [email protected]

SERVIÇO

WikiCon 2025: Fortalecer os Bens Públicos Digitais

19 e 20 de julho, no Hotel Wish – Salvador (BA)

Formulário de inscrição: https://pretix.eu/wikimedia-events/WikiConBrasil2025/

Inscrições abertas para bolsa até 15/05/2025

Resultado dia 10/06/2025

Evento restrito aos inscritos e convidados

Texto: Comunicação Wikimedia Brasil

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Ameaça contra jornalista da TV Aratu reforça necessidade de defesa do Jornalismo

A diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) manifesta sua solidariedade à jornalista Lícia Fontenelle, repórter da TV Aratu, que sofreu ameaça de morte na última segunda (28), durante o cumprimento de uma pauta numa Unidade de Saúde da Família (USF), no bairro de São Cristóvão, em Salvador.

Na manhã da quarta-feira (30) a colega conversou com a diretoria da entidade e relatou minuciosamente os momentos de medo que passou, uma parte deles na companhia do repórter cinematográfico David Anderson Machado. No final da tarde, ela tomou a iniciativa de publicar a denúncia sobre o fato em sua conta no Instagram.

Segundo relatos de Lícia, ela recebeu uma pauta da TV para acompanhar um caso de uma inesperada morte de um bebê na citada unidade de saúde. A colega contou que se dirigiu até o local e, como sempre faz nesses casos sensíveis, pediu ao repórter cinematográfico que a deixasse primeiro apurar as informações com a família para entender a situação e verificar a disposição dos familiares em dar declaração.

Lícia conta que ao chegar ao local ligou para um telefone que seria da avó da criança, mas que a mesma atendeu e na sequência desligou. Ligou então para um segundo número que havia sido passado pela produção da TV. Foi atendida por um homem que se apresentou como o pai do bebê, mas não teve muita oportunidade de conversar. Ao se apresentar, disse que o mesmo já respondeu agressivamente, xingando-a proferindo termos depreciativas à sua condição de mulher. E que depois passou a ameaçá-la, inclusive dizendo que a mataria.

Licia disse que ao sentir o clima muito extremo, retornou para relatar o fato ao colega Davi Anderson e sugerir se retirarem do local para conversar com a produção de maneira mais tranquila. Falou que logo que adentrou o veículo, percebeu que um homem se aproximou rapidamente e começou a gritar e a chutar o carro, primeiro do lado do motorista, depois do seu lado, fazendo um movimento como se fosse sacar uma arma, sendo contido por uma outra pessoa.

Segundo Lícia, foram poucos momentos, mas de muito terror e medo. Ela disse que se sentiu seriamente ameaçada quando ele falou ao telefone que iria matá-la e depois quando se aproximou pessoalmente, chutou o carro e fez menção de retirar alguma coisa da cintura, que ela julgou poderia ser uma arma. E que se sentiu atingida como mulher, ao ser xingada com palavras depreciativas.

Defesa do Jornalismo

O presidente do Sindicato, Moacy Neves, que conversou com Lícia na manhã desta quarta (30), disse que este ato covarde, mesmo que venha acompanhado de todas as explicações emocionais plausíveis, não se justifica. “A emoção de perder um filho não é motivo para uma pessoa ameaçar outra de morte”, afirmou. Para ele, a jornalista agiu de forma ética e humana, primeiro buscando conversar com a família, sem impor uma cobertura sensacionalista ou desrespeitosa e, mesmo assim, foi xingada, ameaçada e quase agredida fisicamente.

Ao colocar o Sinjorba à disposição da colega para ajudar no que for necessário, Moacy a parabeniza pela coragem de registrar o boletim de ocorrência e denunciar o fato. “Quando conversei com Lícia, opinei que foi positivo ir logo à polícia e que ela deveria publicar a denúncia, primeiro para inibir uma futura ação de quem a ameaçou e, segundo, para chamar a atenção à necessidade de a sociedade defender o jornalismo, pois hoje os profissionais estão expostos nas ruas, em especial após os últimos anos de discurso de descredibilização da imprensa por parte de setores políticos”, disse.

Por fim, Moacy lembra a necessidade de os veículos estabelecerem protocolos de segurança aos profissionais para as coberturas sensíveis. Ele disse que esse pleito é uma cláusula da pauta de reivindicações desse ano, que já está sendo enviada às empresas de comunicação, mas que não pode ser apenas uma manifestação de desejo e uma intenção, mas uma exigência, urgente, para preservação da integridade física da categoria.

O presidente do Sinjorba disse que vai incluir o caso no rol dos que estão sendo acompanhados pela Rede de Proteção e Combate à Violência contra Profissionais de Imprensa, fórum que é coordenado pelo Sindicato e pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI), com a participação de veículos de comunicação, secretarias de Segurança Pública e de Justiça, Defensoria Pública, polícias Civil e Militar, além da Guarda Municipal de Salvador.

Já o presidente da ABI, Ernesto Marques, reforçou a importância dessa rede de proteção, e assegurou que a Associação vai fazer tudo ao seu alcance para garantir a segurança dos colegas ameaçados. Lembrando a última edição da Revista Memória da Imprensa publicada pela ABI, que tratou entre outras questões dos casos em que jornalistas são alvo da violência, ele lamentou a tendência de ataques. “Infelizmente vemos o discurso de ódio contra a imprensa, que antes nos alvejava em pautas políticas, se espraiar perigosamente”, pontuou.

Em termos mais amplos, Ernesto também ressaltou a necessidade de cuidado na cobertura de pautas delicadas, convidando os profissionais da imprensa a refletir sobre seus métodos quando necessário. “Nada, absolutamente nada recomenda a violência como solução, mas um exercício de alteridade sempre fará bem ao nosso trabalho. Precisamos cobrir essas pautas sem deixar de considerar o ponto de vista de quem é vítima, especialmente quando há mortes”, afirmou.

Texto: Equipe de Comunicação Sinjorba

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