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Eleições na ABI: Chapa única traz 40% de renovação e primeira mulher na presidência

Dando continuidade ao processo eleitoral iniciado no final de julho, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) oficializou hoje (8) a homologação da chapa única nas Eleições 2025–2028. Esse pleito simboliza uma transição significativa, contando com cerca de 40% de renovação na composição da Diretoria, o que reforça o compromisso da ABI com a pluralidade e a abertura intergeracional de lideranças. Pela primeira vez em seus 95 anos de história, a entidade será presidida por uma mulher: a jornalista Suely Temporal, até então 2ª vice-presidente, assume o novo desafio.

A saída do presidente Ernesto Marques, reconhecido por conduzir a instituição com excelência desde 2020, representa a consolidação do novo DNA da ABI, que prioriza a aliança entre tradição e inovação, enquanto reforça os valores de defesa da liberdade de expressão, valorização do jornalismo e estímulo à cultura, pilares fundamentais da entidade quase centenária. “Essa renovação traduz o compromisso coletivo de manter viva a essência da ABI como espaço plural, democrático e ético”, afirmou.

O caráter democrático do processo foi destacado pelo presidente da Assembleia Geral da ABI, Antônio Walter Pinheiro, que ressaltou a importância histórica da ABI e seu compromisso com a democracia interna. “Estou convicto de que a instituição continuará, nos próximos anos, a desempenhar seu papel de entidade respeitada, mediadora e orientadora, especialmente no campo da comunicação e do jornalismo”, disse.

A Assembleia Geral Extraordinária ocorrerá no dia 10 de setembro, de forma híbrida, garantindo o acesso amplo a todos os associados, tanto da capital baiana quanto do interior.

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Por que esta eleição é emblemática?

Renovação – Aproximadamente 40% da diretoria é inédita, trazendo novas perspectivas e dinamismo para a gestão

Primeira mulher presidente – Suely Temporal assume, em um importante marco institucional que reforça a ampliação da participação feminina na liderança da entidade

Transparência – Processo formalizado com edital público, cronograma claro e votação híbrida, assegurando participação e legitimidade

Legado e continuidade – A gestão de Ernesto Marques é reconhecida pela excelência, e a sucessão respeita o legado fundacional da Associação

Confira abaixo a composição da chapa:

Assembleia Geral

Presidente                      Walter Pinheiro
Vice-presidente            Luis Guilherme Pontes Tavares
Secretária                       Helô Sampaio

Suplentes                       

Biaggio Talento
Wilson Midlej                                                              

Diretoria Executiva

Presidente                       Suely Temporal
1º Vice                            Raimundo Marinho
2ª Vice                            Carmela Talento
1a. Secretária                Jaciara Santos
2a. Secretaria                Nelson Cadena
Dir. Finanças                 Henrique Filho
Vice Dir. Finanças      Antônio Matos
Dir. Defesa DI/DH       Paulo de Almeida Filho
Diretora de Cultura   Yara Vasku
Dir. Prom. Social         Nelson José de Carvalho
Dir. de Patrimônio      Sara Barnuevo
Dir.  Comunicação    Yuri Almeida

Suplentes:                      

Fernando Duarte
Genilson Coutinho
Mariana Alcântara

Conselho Consultivo

Titulares

Emiliano José
Levi Vasconcelos
Joaci Góes

Suplentes                       

Jolivaldo Freitas
Zuleica Andrade

Conselho Fiscal

Titulares

Mariana Carneiro
Pedro Daltro
Valter Xéu

Suplentes

Eduardo Tito
Isabel Santos
Jefferson Beltrão

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Pesquisadores debatem o uso da IA nas Humanidades na ABI

Nesta sexta-feira (8) o auditório da Associação Bahiana de Imprensa recebeu o evento “Humanidades Digitais e Inteligência Artificial: bate-papo com o LABHDUFBA”, realizado pelo Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia em parceria com a XV Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM).

O evento reuniu pesquisadores de humanidades digitais da Universidade Federal da Bahia com antropólogos e estudiosos das ciências sociais de toda a América Latina, para conversar sobre os desafios, dilemas e possibilidades das humanidades em tempos de IA generativa. O evento foi aberto por um pequeno show do violonista premiado e professor de música da UFBA Vladimir Bomfim.

Foto: Caio Valente

Coordenador do Laboratório, o doutor em Sociologia Leonardo Nascimento começou com uma provocação sobre a multidisciplinaridade do estudo das IAs e seus efeitos sociais. Falando sobre a influência dessas ferramentas em inúmeros espaços da sociedade, ele questionou a ideia de que só os programadores poderiam estudar esse tema. “Eu não sei se o pessoal da área de Ciência da Computação, especialistas nesse tema, são capazes de dar conta dos efeitos sociais que essa tecnologia está tendo na sociedade”,  refletiu ele.

Já o historiador Eric Brasil explicou a abordagem do LABHDUFBA para o uso da Inteligência Artificial na pesquisa. Ele orienta que não é o caso de simplesmente fazer perguntas a modelos prontos como o ChatGPT, mas de treinar modelos de Inteligência Artificial para objetivos específicos.

“Estamos falando em (…) construir um fluxo de trabalho que envolva treinar um grande modelo de linguagem para que só responda a partir dos nossos dados, a partir das nossas concepções teóricas, e avançar numa relação mediada entre o pesquisador, que guia a interpretação, e a máquina que lida com a grande escala”, explicou.

Por sua vez, mestre em Ciência da Informação e arquivista da UFBA, Ricardo Sodré, trouxe a discussão para a área dos arquivos e ressaltou a importância de criar ferramentas adaptadas à realidade brasileira. Ricardo ressaltou como a falta de digitalização em muitos arquivos brasileiros pode gerar lacunas de informação na medida em que a IA se torna o meio predominante da pesquisa.

“Se a gente não consegue perguntar para a Inteligência Artificial sobre algo porque não está digitalizado, esse algo some? Se a gente não consegue encontrar pela IA, a gente não consegue mais contar a história?”, provocou ele. 

LABHDUFBA

Estabelecido em 2018 em associação com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS) e o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI/UFBA), o Laboratório de Humanidades Digitais da UFBA busca promover a confluência entre tecnologias digitais e ensino, pesquisa e extensão nas humanidades e ciências sociais. O grupo investiga os impactos do uso de tecnologias digitais, cria e mantêm repositórios de dados abertos para pesquisadores e trabalha pelo diálogo entre as humanidades e o campo das tecnologias

VX RAM

Criada em 1995, a Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM) já foi sediada no Brasil, Uruguai e Argentina, trazendo antropólogos de toda a América Latina para conversar sobre as fronteiras da área. Na sua 15ª edição, que está ocorrendo em Salvador desde segunda-feira (4/08) e se encerra nesta sexta-feira (dia 8), o evento traz o tema “Retomar o futuro”, buscando refletir sobres as crises sociais e ambientais que afetam o mundo com inspiração na ciência e nos saberes tradicionais dos povos da América Latina.

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Estagiários da Secom Bahia visitam a sede da ABI em momento de troca e aprendizado

A sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), no Centro Histórico de Salvador, recebeu nesta quinta-feira (7) a visita de estagiários da Secretaria de Comunicação do Estado da Bahia (Secom-BA). A atividade faz parte da programação formativa dos jovens que integram a equipe da Secom e teve como objetivo apresentar o papel histórico da ABI na valorização da imprensa baiana, além de promover um diálogo sobre os desafios e transformações da comunicação no estado.

O grupo coordenado pela jornalista Regina Ferreira, integrante da assessoria de imprensa da Secom, foi recebido pela equipe técnica da ABI e entrevistou seu presidente-executivo, o jornalista Ernesto Marques. Os visitantes conheceram o Edifício Ranulfo Oliveira – um dos mais importantes exemplares da arquitetura moderna do Centro Histórico, e tiveram acesso ao acervo que resguarda parte fundamental da memória jornalística da Bahia.

Depois da visita ao Museu de Imprensa, conduzida pelo historiador Pablo Sousa, assistente do equipamento cultural, e pela museóloga Renata Santos, responsável técnica, foram apresentados também a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, a Sala de Projeção Cinematográfica Roberto Pires, a Sala Afonso Maciel Neto e o Auditório Samuel Celestino, no terraço do prédio.

Os futuros jornalistas participaram do bate-papo sobre o trabalho de preservação de documentos históricos feito pelo setor de Cultura da ABI, conheceram publicações como a Revista Memória da Imprensa, o Protocolo Antifeminicídio e o Catálogo da Exposição Ginga Nagô (de Anízio Carvalho), e conversaram sobre a atuação da ABI na defesa da liberdade de imprensa e do exercício ético do jornalismo.

Ernesto Maques destacou o compromisso da casa com a formação cidadã e o estímulo ao pensamento crítico, sobretudo junto às novas gerações de comunicadores. “Visitas como essa reforçam o papel da ABI como espaço formativo e de articulação, aberto ao diálogo com instituições públicas e privadas, universidades, veículos de comunicação e organizações da sociedade civil. Ficamos muito satisfeitos em receber estudantes e pesquisadores. É esse constante movimento que faz a ABI cada mais viva e atuante. Somos uma casa onde a memória conversa com a atualidade”, afirmou o dirigente.

Ao final do encontro, os estudantes receberam exemplares de publicações institucionais da ABI e foram convidados a acompanhar as próximas atividades promovidas pela entidade.

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Mary Weinstein lança livro sobre patrimônio cultural e jornalismo na Flipelô

A jornalista e professora Mary Weinstein lança, nesta quinta-feira (7), durante a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), o livro Patrimônio Cultural na Cidade e no Jornal, obra que investiga de maneira rigorosa a interseção entre jornalismo, memória e identidade urbana na cidade de Salvador. O lançamento celebra a importante contribuição da autora ao debate sobre o papel da imprensa na preservação do patrimônio cultural.

Publicada pela Edições UESB, a obra analisa a cobertura do jornal A Tarde em dois momentos centrais da história urbana baiana: a recuperação do Centro Histórico e o processo de tombamento do Corredor da Vitória. Ao longo de 137 páginas, Weinstein examina como a imprensa atuou na construção de sentidos sobre o patrimônio, ora reproduzindo discursos oficiais, ora abrindo espaço para críticas e mobilização social. Com base em extensa pesquisa documental, a autora evidencia o jornal como ferramenta de mediação entre o poder público, os interesses privados e a sociedade.

Weinstein parte de uma perspectiva que valoriza o jornal impresso como fonte documental e objeto de estudo, reconhecendo seu papel na formação da opinião pública e na constituição da esfera pública local. Nas análises, revela transformações editoriais ocorridas ao longo das décadas, como a passagem de uma cobertura pautada pelo oficialismo para uma abordagem mais independente e crítica. Um dos aspectos mais potentes do livro é a forma como articula jornalismo e cidade, considerando o território como componente simbólico da notícia e o patrimônio como expressão de uma identidade urbana em disputa.

Mary Weinstein foi repórter de A Tarde entre 2001 e 2012, com passagens marcantes pela editoria de cultura e, posteriormente, pelas áreas de urbanismo e patrimônio. Também atuou como repórter e editora na TV Bahia e na TVE. Atualmente, é professora titular do curso de Jornalismo da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), onde coordena o grupo de pesquisa Jornalismo, Cidade e Patrimônio Cultural, vinculado ao CNPq. Integra ainda o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEn/Uesb) e colabora com o Programa de Pós-Graduação em Museologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O lançamento do livro ocorre em um momento oportuno, quando o debate sobre memória e território ganha nova urgência diante de processos de gentrificação, pressões do mercado imobiliário e apagamentos simbólicos que ainda marcam o cenário urbano de Salvador. Ao colocar o jornalismo como ator relevante nessa história, a obra convida a imprensa, os pesquisadores e a sociedade a repensarem os modos de narrar e de preservar a cidade.

Serviço

Lançamento do livro Patrimônio Cultural na Cidade e no Jornal (Mary Weinstein)
Data: 7 de agosto (quinta)
Hora: 19h30
Local: Flipelô (Espaço das Editoras Universitárias)

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