O primeiro dia do SCREAM Festival 2023 contou com uma programação diversa e antenada. A mesa “Jornalismo Popular”, que aconteceu no Espaço Cultural da Barroquinha, reuniu Jefferson Borges, criador do portal NORDESTeuSOU, os jornalistas Vanderson Nascimento e Ana Raquel Copetti, da Rede Bahia, com mediação do professor Diego Oliveira, colunista do Aratu On.
Durante o encontro, os colegas trataram da relação do público com a imprensa e a noção de que o jornalismo popular tem se fortalecido cada vez mais em decorrência da importância. Termo que abarca veículos e produções que buscam atender camadas mais populares da sociedade, esse jornalismo tem ganhado força nos últimos anos e traz informação de qualidade e que realmente toca em temáticas que satisfaçam as necessidades desse público no dia a dia.
“É bacana demais, em TV aberta, no horário de 12h, a gente discutir assuntos tão importantes para a população” afirma Vanderson Nascimento, para quem o trabalho desempenhado pelo Bahia Meio-dia representa um vetor relevante de informação de qualidade. “É massa ter uma Jéssica Senra fazendo jornalismo informativo, um jornalismo popular”.
Ana Raquel Coppetti também reforçou o trabalho conjunto que é desempenhado por grandes emissoras como a Rede Bahia e veículos populares como o NORDESTeuSOU. “O ‘Nordeste’ tem papel de ser a voz imediata, o elo de confiança com quem não quer se expor”, afirma a diretora.
Para Jefferson Borges, para se conectar com a população, faz toda a diferença entender quem são essas pessoas e de onde vieram. Para ele “ser cria” do Nordeste, foi o ponto mais importante para que se tornasse o responsável por criar um portal capaz de cuidar com responsabilidade das notícias que atendem a população do Nordeste de Amaralina, um dos maiores bairros de Salvador.
“A gente pegou uma vez um vídeo do nosso repórter, explicando sobre a guerra entre Israel e Palestina, ali as pessoas conseguiram entender”, relembra Borges, falando um pouco sobre como o NORDESTeuSOU tem buscado aproximar as pessoas do hábito de leitura. “Costumamos transformar a linguagem, percebemos que as pessoas não gostam muito de ler textos longos. Então, resumimos as matérias de cunho nacional, tratamos sempre do lado prático, lado mais popular até para estimular a leitura.”