Notícias

13º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) abriu as inscrições para o 13º Congresso Internacional de Jornalismo. O evento acontecerá em São Paulo, nos dias 28, 29 e 30 de junho, no campus da Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi. Os interessados em participar do congresso devem fazer a inscrição e o pagamento via internet em congresso.abraji.org.br.

O evento terá uma série de painéis com palestrantes do Estados Unidos, Venezuela, Peru e Inglaterra. Entre os convidados estão Stephen Engelberg, editor-chefe da ProPublica, um dos principais veículos do jornalismo investigativo norte-americano; Jason Reich, diretor de Segurança Global do site BuzzFeed; Joseph Poliszuk, fundador e chefe de redação do venezuelano Armando.info; Nikole Hannah-Jones, repórter do New York Times especializada na cobertura das questões de raça e gênero; Jason Reifler, professor da Universidade de Exeter (Reino Unido), especialista em percepções equivocadas (misperceptions) e na checagem de fatos; Marisa Kwiatkowski, repórter investigativa do The Indianapolis Star; Romina Mella, editora investigativa do IDL-Reporteros, no Peru; e a jornalista de dados Milagros Salazar, fundadora e diretora do Convoca, também do Peru.

Do Brasil, virão Ancelmo Góis, Monica Bergamo, Angelina Nunes, Andreza Matais, Giampaolo Braga, Rodrigo Rangel, Elvira Lobato, Patrícia Campos Mello, Ciara Carvalho, Flávio Ferreira, Laura Diniz, Leonardo Sakamoto, Marcelo Beraba, Cristina Tardáguila, Bruno Paes Manso, Tai Nalon, Rubens Valente, Amanda Rossi, Chico Felitti e mais dezenas de jornalistas e profissionais de outras áreas.

Durante os três dias de Congresso, haverá mais de 70 painéis e oficinas abordando os principais temas e tendências que os jornalistas de todo o mundo vêm discutindo e estudando: polarização e notícias falsas; empreendedorismo e inovação; jornalismo de dados; cobertura transnacional do crime organizado; investigação do assédio sexual; o desafio da diversidade nas redações; a cobertura das eleições e, como já se tornou tradição, os bastidores de algumas das grandes reportagens da imprensa brasileira e internacional no último ano.

Os painéis acontecem paralelamente, o que significa que haverá atividades em mais de uma sala ao mesmo tempo. No ato da inscrição, o participante deve escolher a quais painéis prefere assistir. Dessa maneira, fica garantida a entrada nas palestras de todos os que se inscreverem antes da lotação máxima. Todo participante recebe uma senha, e pode fazer alterações na grade pelo site do Congresso.

Serviço

13º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo

Universidade Anhembi Morumbi

Rua Casa do Ator, 275, Vila Olímpia – São Paulo, SP

28, 29 e 30 de junho de 2018

Inscrições com desconto até 4 de junho em congresso.abraji.org.br

 

 

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ABI BAHIANA

Pela internet: jornalistas mostram com quantos cliques se faz um livro

“O jornalista como um poeta delicado, sempre acha o rascunho mais fiel do que o publicado”, na definição do poeta e também jornalista gaúcho Mário Quintana. A mão pesada de editores foi um dos impulsos para os jornalistas Antônio Nelson e Franciel Cruz buscarem nas ferramentas digitais a liberdade nem sempre possível nas redações tradicionais e editoras comerciais. Com temáticas e estilos bem diversos, os dois se lançaram em aventuras literárias pela internet por caminhos diferentes.

Para alcançar o público, além do processo industrial (produção gráfica) as obras literárias precisam chegar às livrarias espalhadas pelas cidades de todo o país e disputar a atenção de leitor com uma infinidade de outros impressos. Mas a internet está ao alcance de todos através de computadores, tablets e smartphones, e isso tem contribuído com o trabalho de escritores até bem pouco tempo invisíveis ao grande mercado editorial.

Antonio Nelson Lopes Pereira, 39, pernambucano de nascimento e jornalista formado na Bahia ainda inovou ao buscar a liberdade possibilitada pela rede. Além do formato digital, “A batalha dos blogueiros”, seu livro de estreia, é o primeiro eBook à venda no Brasil em bitcoin, a moeda digital. Estudioso das novas tecnologias desde a graduação, Antonio Nelson, acredita que o mundo digital possibilita novos modos de produção e disseminação do conhecimento em plataformas online. “Podemos vender nossa produção e ser um grão de areia nas barreiras de um livro físico, que exige ter muito nome no mercado e consequentemente conseguir uma boa editora. Tenho preferência pelo eBook e a nova geração está cada vez mais fazendo uso do livro digital, onde rompe fronteiras, tem a liberdade de criar, o jornalismo de memória, a economia criativa e outros atributos que o futuro do presente nos vem oferecendo.”

A ideia foi concebida durante um “momento difícil que o país enfrentava, durante o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff”, conta. “A Batalha dos Blogueiros nos traz diálogos exclusivos com Paulo Henrique Amorim, Luiz Carlos Azenha, Paulo Moreira Leite, Renato Rovai e Luis Nassif sobre a relação da grande mídia com os blogs e a influência de ambos nas últimas campanhas eleitorais além de outros temas”, explica  Nelson.

Embora desconhecido para muita gente, o processo de compras com bitcoin é fácil e seguro, assegura Antônio Nelson. “É como você comprar dólar numa casa de câmbio ou ações na bolsa de valores”, simplifica o autor. “Você faz um depósito num valor e passa a trocar, negociar esse bitcoin à preço de mercado”. Mas o leitor interessado pode comprar também através de depósito em conta e receber o eBook após o envio do comprovante de pagamento.

Animado com os resultados da sua primeira investida no jornalismo literário, o pernambucano já prepara os próximos lançamentos, agora na poesia. O segundo eBook, de poesias sensuais e erótica, sairá nos próximos três meses. Enquanto finaliza a edição, já está escrevendo a terceira obra, com poesias românticas.

Ingresia

O jornalista baiano Franciel Cruz, 48 anos, também procurou na Internet, uma outra alternativa para publicar seu primeiro livro: a pré-venda. Franciel já trabalhou no jornal Tribuna da Bahia e escreveu crônicas sobre esporte e para a Revista Muito, do Grupo A Tarde, mas vai estrear com “Ingresia”, incentivado por amigos-leitores de sua escrita genuinamente baiana nas redes sociais. Tudo começou no início dos anos 2000, quando ele começou a escrever textos para um grupo do qual participava e mandava para alguns amigos. “Nunca tive ideia de fazer livro, nunca tive pretensão no campo literário, livro está sendo uma surpresa”, conta Franciel, animado pelo sucesso da pré-venda animada via redes sociais. A impressão foi viabilizada com a arrecadação de quase 500 exemplares vendidos antes mesmo de mandar o material editado para a gráfica.

Assim como Antonio Nelson, Franciel também optou em fazer seu livro sem as interferências das editoras. “Eu não queria pitaco, queria de forma independente, para escrever sem interferências”, argumenta. “O editor normalmente indica, opina sobre ‘o que vende’, retira a linguagem, mas não ficaria eu, não seria o meu texto. Dizem que o papel do editor é separar o joio do trigo e publicar o joio”, e arremata no estilo escrachado que conquistou leitores na rede, para além dos amigos: “no meu caso, é tudo joio, mas é o joio que é a minha cara. Eu uso muita gíria falada na rua.”

“Ingresia” já dava nome a um blog criado há alguns anos pelo autor na linha da despretensão. O livro é uma coletânea de contos sobre a Bahia, com histórias do cotidiano, inventadas ou não. “Tem textos sobre política, alguns pretensiosamente culturais e futebol. Selecionei de acordo com os temas, para costurar o livro, para um texto dialogar com outro. Não dividi por capítulos, mas o fluxo divide bem”.

Os livros estão passando pelo processo de finalização do projeto gráfico, e devem ficar prontos até o final deste mês. Sobre as próximas obras ele não faz mistério. “O pessoal mandou eu escrever um livro de crônicas só de futebol. E para isso eu tenho muito material. Mas uma coisa de cada vez”.

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ABI BAHIANA

Museu de Imprensa da ABI conclui oficina de conservação documental

O Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) concluiu na tarde da última quarta-feira (16), a “1ª Mini oficina de Conservação e Higienização Documental”. O curso, que foi iniciado na segunda-feira (14), faz parte da 16ª Semana Nacional de Museus, temporada cultural promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) em comemoração ao Dia Internacional de Museus, celebrado em 18 de maio. Na edição deste ano, 1.130 museus de todo o país ofereceram 3.261 atividades especiais.

Segundo a museóloga e restauradora Renata Ramos dos Santos, esta foi a primeira atividade realizada pelo museu após o fechamento do espaço para reforma. “Inicialmente pensamos no público de museologia, mas seria algo mais restrito. Decidimos então abrir as inscrições para quem tivesse o interesse em conhecer e aprender o que é conservação e higienização. Participaram do mini curso profissionais da área de arquivologia e conservação, biblioteconomia, história, e estudantes do ensino médio”.

A oficina mostrou na prática de que forma pode ser feita a conservação não só de documentos de papel, mas também de objetos como metais, pratas, bronzes e tecidos, e quais os materiais utilizados no processo.

Além de Renata, que é responsável pelo Museu de Imprensa, a mini oficina de Conservação e Higienização Documental contou com o suporte da uma equipe técnica formada pela museóloga Maeli Lima Mota; restauradora Marilene Rosa Oliveira; e a técnica em conservação, Ana Fabrícia.

Museu de Imprensa da ABI

O Museu de Imprensa da ABI está fechado ao público desde 2010. Criado pela Associação Bahiana de Imprensa em sua própria sede, o Museu tem como finalidade preservar a história da imprensa, através do seu acervo de periódicos antigos, volantes, obras e objetos pertencentes a jornalistas. O equipamento passará por reestruturação completa e em breve estará de portas abertas para visitação. Em razão disso, a oficina gratuita será promovida na seda da ABI, no Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé (Centro).

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Notícias

Eunápolis: Réus são inocentados por morte de radialista

As quatro pessoas suspeitas de serem as mentoras do assassinato do radialista Ronaldo Santana de Araújo, em 9 de outubro de 1997, no município de Eunápolis, foram inocentadas pelo juri popular, encerrado na tarde da última quarta-feira (16), no Fórum Albiani.

A defesa dos reús alegou que o ex-policial, autor do crime, mentiu nos depoimentos e que não há provas que sustentassem a acusação dele.

Os réus absolvidos são o ex-prefeito de Eunápolis, Paulo Dapé; o atual vereador Valdemir Batista Oliveira; o bancário Antônio Oliveira Santos; e a ialorixá Maria Sindoiá.

Na época do crime, o ex-policial militar Paulo Sérgio Lima, que já cumpriu 19 anos de prisão pelo assassinato, apontou os quatro réus como mentores. Paulo Dapé era prefeito de Eunápolis e os outros três eram funcionários comissionados da prefeitura.

Todos os réus foram acusados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de envolvimento na morte do profissional de comunicação, que fazia críticas á gestão municipal.

O radialista foi morto a tiros quando passava perto da Feira do Bueiro, indo para o trabalho. Ele estava com o filho, que era menor de idade, quando dois homens em uma moto se aproximaram e atiraram.

 

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