Nos dias 9 e 10 de março, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) continua a programação celebrativa do Centenário da Morte de Ruy Barbosa com a realização do Seminário “Ruy Barbosa, do Império à República, uma vida dedicada à Nação”. O evento acontece no Auditório Desembargadora Olny Silva, no edifício-sede do TJBA (Centro Administrativo da Bahia). O acesso é gratuito e mediante inscrição. Estudantes receberão certificados.
Estão previstos 11 painéis temáticos sobre a vida do jurista baiano e a exibição da edição especial do filme ‘‘Volta Ruy à Terra Natal’’. (Clique aqui e confira a programação completa)
A abertura, às 14h, caberá ao presidente do TJBA, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, e a palestra de encerramento será proferida pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, abordando a importância da Democracia e da República. A ministra será homenageada e receberá a Medalha do Mérito Jurídico Ruy Barbosa, honraria recebida pelo jurista e professor Edvaldo Brito, no dia 1º de março.
No dia 9 (quinta-feira), às 14h30, o professor Edvaldo Brito fará a palestra “Ruy e a Bahia”. A tarde de hoje ainda terá as palestras “Ruy advogado”, “Ruy e o foro baiano” e “Ruy político”.
No dia 10 (sexta-feira), o presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques, mediará a palestra “Ruy jornalista”, proferida por Joaci Góes, presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB).
Hoje, 8 de março, as 8 diretoras da Associação Bahiana de Imprensa foram homenageadas na primeira Reunião Ordinária de 2023.
A ABI tem muito orgulho de ter em seu quadro diretivo profissionais tão importantes para a comunicação na Bahia. Mulheres que atravessaram diversas barreiras para atuar no setor, como repórteres da área de segurança, editoras, chefes de reportagem, de redação, como assessoras de imprensa ou à frente de empresas pioneiras no ramo da comunicação.
Conheça abaixo um resumo das trajetórias de: ▪️ Jaciara Santos ▪️ Sara Barnuevo ▪️ Suely Temporal ▪️ Simone Ribeiro ▪️ Mara Santana ▪️ Amália Casal ▪️ Suzana Alice Pereira ▪️ Helô Sampaio
Registramos o nosso agradecimento por suas relevantes contribuiçoes para a história da imprensa. Seu trabalho abriu caminhos para gerações de comunicadoras!
O sol ainda não nasceu. O galo canta, anunciando: hora de pular da cama, Zefinha. O corpo pede mais um tantinho de descanso, mas a vida não espera. Sentada na cama, ela faz suas orações. Pede ao anjo da guarda e à Nossa Senhora da Conceição proteção para a família e dias melhores para os filhos. Começa a correria. Água no fogão de lenha para fazer café, mexer a massa do cuscuz, dar comida aos animais, molhar as plantas, acordar “os meninos”, prepará-los para a escola – o ônibus do governo passa às 6h45, não pode perder o horário. Por não ter estudo, ela aposta na educação como caminho para a independência feminina. “Deus me livre de Janúzia precisar de homem pra sustentar ela”, costuma dizer. “Minha filha vai ser doutora”. E é essa esperança que lhe faz desdobrar-se como provedora principal da casa. O marido deixou a família quando ela engravidou pela segunda vez. As crianças saem e Josefa continua a labuta: fazer almoço, lavar roupa e arrumar a casa. Depois, segue para a roça, onde passará as próximas 10 horas sob sol ou chuva. Ao entardecer, volta para casa, dobra a roupa que ficou no varal, janta com os filhos, lava os pratos, deita no sofazinho da sala pra descansar as pernas. Adormece ali mesmo.
O dia acaba de nascer. Na cabeceira da cama, o relógio berra: hora de acordar, Joana. A vontade é ficar mais um pouquinho, mas ela sabe que não pode. Assim, pula da cama rapidamente, faz cócegas na filha de cinco anos e cheira o cangote do filho de sete para que despertem. “Bora, tá na hora”. Prepara Nescau e pão com margarina para o desjejum das crianças, faz o asseio e veste a farda na menina, orienta o menino a se vestir – ele sempre põe a camisa com a frente para as costas – arruma as lancheiras com as merendas. Olha para o relógio, o tempo voa. Tem que correr pra não perder a van que lhe deixa na estação do metrô. Avisa a vizinha: “Rosa, Jefferson e Cathiane já estão prontos”. Ao longo do dia, a amiga cuida dos meninos, ganha um agrado para isso. Joana beija os filhos e sai. Vai para o outro lado da cidade, onde trabalha como agente de serviços gerais. Ganha uma miséria, mas é melhor do que nada. A pensão alimentícia paga pelo ex-marido é uma piada. Tem que fazer bicos como diarista nos dias de folga. Já é noite fechada, quando volta pra casa. Começa o terceiro turno: almoço e janta para o dia seguinte, lavar roupa, ajeitar a casa. É tarde. Exausta, senta no sofá pra ver televisão e pega no sono.
A claridade do dia se insinua por entre as persianas. O alarme do celular avisa: hora de começar a jornada, Verônica. Bate aquela preguiça… “Um dia, ainda jogo tudo pra cima e vou dormir o quanto quiser”, pensa. Antes de levantar, olha recados no aplicativo de mensagens (WhatsApp), ajusta agenda do dia, revisa texto de matéria com deadline no limite, confirma entrevista para outra reportagem com aquela fonte difícil, fica em dúvida se vai ou não malhar. Pula da cama. Toma os suplementos recomendados pelo nutricionista, vai para a academia. De lá, segue para o trabalho. Pega trânsito pesado, xinga o motorista que lhe dá uma fechada, mete buzina no motociclista que quase lhe arranca o retrovisor do carro, chega atrasada na empresa. Dá graças a Deus por ser solteira e sem filhos. Vê o sufoco diário das colegas para conciliarem profissão e maternidade… O dia passa rapidamente. Matou não-sei-quantos leões mas conseguiu dar conta das demandas. Volta para casa lá pelas 10 da noite. No apartamento silencioso, o gato angorá lhe espera. Manhoso, roça suas pernas. Depois de um banho morno, Verônica se acomoda no sofá para ver o noticiário. Cansada, adormece com a TV ligada e abraçada ao gatinho “Sucesso”.
Josefa (Zefinha), Joana, Verônica. Personagens reais ou fictícios? Você decide. Três histórias que poderiam ser vividas por mim ou por você, mulher trabalhadora. Que neste 8 de março, possamos refletir sobre nossas lutas diárias. Afinal, todos os dias são dia de Zefinha, Joana e Verônica.
__
*Jaciara Santos é jornalista, diretora de Comunicação da ABI e membra da Comissão de Ética do Sinjorba.
Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)
O Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa expandiu o seu acervo nesta terça-feira (07/03), depois de uma importante contribuição feita pela Associaçāo Brasileira de Emissoras de Rádio e Tv (ABERT). A doação de duas obras de arte aconteceu durante uma visita de diretores da ABI à sede da Band Bahia, no bairro da Federação, em Salvador.
As peças foram feitas pelos artistas baianos Marepe e Bel Borba, para a Mostra Rádio em Movimento, exposição promovida pela ABERT em homenagem aos 100 anos do rádio no Brasil e da Semana de Arte Moderna, no Museu Nacional da República, em Brasília. Concorreram, 81 rádios modelo capelinha, um dos mais populares da década de 1940, personalizados por três artistas de cada estado brasileiro e do Distrito Federal. O vencedor entre os baianos foi o artista visual Ricardo Franco, com a obra “Asas da imaginação”.
Agora, as obras de Marepe e de Borba serão expostas na vitrine do Museu de Imprensa, no térreo do Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé. O detalhe é que os equipamentos funcionam.
O jornalista e radialista Ernesto Marques, presidente da ABI, recebeu as obras das mãos de Augusto Correia Lima, diretor Norte/Nordeste do Grupo Bandeirantes de Comunicação e presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado da Bahia (Serteb).
“A gente recebe essa doação com muita alegria. Ela se refere a um capítulo importante da história da comunicação, que é a história do rádio brasileiro, na qual o rádio baiano tem um protagonismo muito grande”, destacou Marques. Ele falou também sobre um desejo antigo da ABI e outras instituições parceiras: ter um museu da comunicação na Bahia.
Augusto Correia ressaltou o compromisso da Band em preservar a história da comunicação e explicou a decisão de ofertar as peças à Associação. “Nós achamos que essas obras ficariam muito bem no museu da ABI. E quem sabe esse não é um passo para, junto com outras emissoras e instituições, construirmos o museu de comunicação. A Bahia tem muito o que mostrar, guardar e oferecer ao Brasil”, afirmou o jornalista paraibano.
O dirigente declarou também o apoio da emissora à Rede de Proteção aos Profissionais da Imprensa, que será lançada em breve como resultado de mais uma parceria entre a ABI e o Sinjorba.
O encontro teve as participações da jornalista Zuleica Andrade, diretora de jornalismo da Band Bahia; do 1º vice-presidente da ABI, Luis Guilherme Pontes Tavares; da 2º vice-presidente da ABI, Suely Temporal; e da 1ª secretária Amália Casal.