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Trio Cristalinas retoma temporada 2025 da Série Lunar

Na noite de 05 de novembro (quarta-feira), às 19h, o auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), localizado na Praça da Sé, recebe pela primeira vez o Trio Cristalinas, em mais uma noite da Série Lunar. Com o concerto gratuito “Trio Cristalinas: sons da música brasileira”, o grupo formado por Jana Vasconcellos (violão), Suzana Kato (violoncelo) e Gabriela Machado (flauta) vai explorar a riqueza e a diversidade da música instrumental brasileira em uma proposta autoral e contemporânea.

A Série Lunar é fruto da parceria entre a ABI e a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/UFBA). A iniciativa proporciona desde 2019 concertos com professores, servidores do corpo técnico-administrativo e alunos vinculados à instituição de ensino. Desde 2024, o projeto conta com o apoio de empresas e instituições comprometidas com a cultura e a educação na Bahia. Esta edição é apoiada pela Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF).

O Trio Cristalinas é um projeto que reflete o poder feminino, a colaboração e beleza do encontro de diversos percursos musicais, onde as instrumentistas, em sintonia e sensibilidade, atravessam uma jornada de conhecimento e vivências.

O concerto desta quarta destacará compositoras que vêm desmistificando esse repertório nacional, com acordes e composições totalmente originais inspirados na música instrumental brasileira. Com arranjos elaborados especialmente em violão, flauta e violoncelo, o trio convida o público a mergulhar nesse som, que também trará peças de compositoras como Aline Falcão e Clarice Assad.

O repertório inclui “À Beira Mar” e “Bons Ventos” (Jana Vasconcellos); “Valsinha” e “Prás Mestras” (Gabriela Machado); “Na Cozinha com Sivuca” (Aline Falcão); “Last Song” (Clarice Assad); “Eu Quero Sossego” (K-Ximbinho); “Sopro Forte” (Priscila Magalhães/Jana Vasconcellos) e “Vida em Cordas” (Jana Vasconcellos e Sebastian Notini).

O trio

Jana Vasconcelos é violonista, compositora e arranjadora graduada pela UFBA, onde também realizou seu mestrado. Foi vencedora do X Festival de Música Educadora FM com a canção “Sopro Forte” elaborado junto com Priscila Magalhães e participou de outros eventos importantes, como o Festival de Música Instrumental da Bahia, o Festival Recôncavo Instrumental e o Oxe é Jazz. Em 2022, lançou o disco “Vida em Cordas”, que foi produzido juntamente com Sebastian Notini. No ano seguinte, conquistou o Prêmio de Música Instrumental Tokio Marine Hall, em São Paulo.

A flautista Gabriela Machado, também compositora e educadora, se destaca pela sua originalidade. Mestre em Música pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e doutoranda pela UFBA, lançou em 2024 o álbum autoral “Equilibrando no Acupe”, no qual revela o lado poético para este universo musical. Seu percurso é marcado pela participação em projetos que valorizam a presença feminina na música, como o Amplifyher, o Forrobodó: Quando Elas Tocam, Mulheres e os Grupos Instrumentais na Universidade Federal de Goiás (UFG).

A violoncelista Suzana Kato empresta ao grupo sua maturidade artística. Formada pela Faculdade de Santa Marcelina, em São Paulo, conseguiu o título de Mestre em Artes pela Universidade da Cidade de Nova York (NYU), como bolsista da CAPES, e foi agraciada pela Fundação Vitae para também se especializar na Robert Suetholz (USP). Em 2007 a 2009, atuou como violoncelista principal da Orquestra Sinfônica da Bahia, colaborando com maestros e solistas de renome internacional. Doutora em Execução Musical pela UFBA, é professora da instituição, integrante do Quarteto Metamorfosis e coordenadora do Grupo de Violoncelos da UFBA.

SERVIÇO

Trio Cristalinas – Série Lunar
📅 Dia: 05 de novembro (quarta-feira)
🕖 Hora: 19h
📍 Local: Auditório Samuel Celestino – 8° andar do Edifício Ranulfo Oliveira, Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador
🎟 Entrada gratuita

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Notícias

Filme baiano “Aprender a Sonhar” percorre o interior com histórias de resistência e educação

A partir do dia 30 de outubro, o filme “Aprender a Sonhar” inicia sua exibição em Irecê, Teixeira de Freitas, Teófilo Otoni e Caratinga, cidades do interior da Bahia. O longa, que estreou em Salvador no dia 2 de outubro, revela o impacto transformador das políticas de cotas nas trajetórias de jovens negros e indígenas em sua luta para ingressar e se formar no ensino superior.

O filme é dirigido pelo cineasta baiano Vitor Rocha e foi gravado entre 2016 e 2023, poucos anos após a instituição da Lei de Cotas (12.711/2012), revelando os desafios enfrentados por estudantes negros, indígenas e quilombolas para conseguirem conquistar o seu espaço na universidade sem abrir mão de seus territórios e saberes ancestrais.

“A política de cotas permitiu que mais de 50% dos estudantes das universidades sejam, atualmente, pretos, pardos e indígenas, e fez com que nossas cosmovisões passassem a disputar o conhecimento acadêmico, contribuindo com o desenvolvimento dos saberes institucionais”, afirma Vítor Rocha.

O diretor lembra ainda que o documentário foi filmado num período “de exceção política”, em que diversos direitos estavam sob ataque. “No entanto, houve luta, houve resistência. As jornadas que acompanhamos mostram jovens agarrados aos seus direitos constituídos, mas que estavam sob ameaça constante”, explica.

Segundo ele, o documentário contém uma costura poética da vida dos personagens e suas tradições. “É como um megafone, mostrando as lutas contra a colonização, a escravidão e a exploração no Brasil. Ele mostra que essas injustiças continuam e que há resistência. Por isso, não é só um filme, é um manifesto ‘afropindorâmico’ , denominação utilizada pelo pensador quilombola contracolonial Nêgo Bispo”.

O longa-metragem apresenta a trajetória de Taquari e Tamiwere Pataxó, para quem cursar Direito jamais significou romper com a cultura ancestral; Nadjane Cristina, moradora da ocupação Quilombo Paraíso, no Subúrbio de Salvador, formou-se em Serviço Social e fortaleceu suas estratégias de luta por justiça e igualdade racial; Marina Barbosa, médica oriunda do Quilombo Quenta Sol, no sertão baiano, alia os saberes científicos aos conhecimentos tradicionais, praticando uma medicina guiada por princípios ancestrais; Já Ana Paula Rosário, jovem negra e periférica de Itabuna, transforma suas vivências em pesquisa e ativismo, levando para as Ciências Sociais uma perspectiva situada em seu corpo político e em seu caminho de resistência.

Produzido pela Caranguejeira Filmes e distribuído pela Abará Filmes, com apoio da Lei Paulo Gustavo Bahia e do Ministério da Cultura, Aprender a Sonhar é resultado de um cinema independente e baiano que se conecta diretamente às lutas sociais e ancestrais.

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Revista Memória da Imprensa aborda papel estratégico da Logística e Infraestrutura no desenvolvimento do estado

A edição especial de outubro da Revista Memória da Imprensa, lançada pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) nesta sexta-feira (24), coloca a Logística e a Infraestrutura no centro do debate sobre o desenvolvimento da Bahia e do Brasil. A publicação faz parte do Ciclo de Conferências ABI 95+5, série que celebrou ao longo deste ano os 95 anos da entidade. As páginas registram o encontro do dia 13 de agosto entre Antônio Alberto Valença, assessor especial da Secretaria do Planejamento da Bahia (SEPLAN), e Humberto Rangel, diretor executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (SINICON).

Na conferência, Valença defendeu o impacto positivo do projeto da Ponte Salvador–Ilha de Itaparica, orçado em R$ 11 bilhões, e a necessidade de integração entre os portos, ferrovias e rodovias para uma logística eficiente. Ele também falou sobre a revitalização da hidrovia do Rio São Francisco, a recuperação da malha ferroviária baiana e a criação de um trem entre Salvador e Feira de Santana como alternativas sustentáveis de transporte.

Rangel por sua vez, destacou como a infraestrutura é a base de todos os setores produtivos ressaltando que o desenvolvimento do país depende diretamente de investimentos sólidos e contínuos nessa área, uma vez que o setor privado, embora relevante, não é suficiente para suprir todas as demandas.

Durante o debate, o diretor do SINICON sinalizou a necessidade do aumento dos investimentos públicos e privados, lembrando que o setor de infraestrutura responde por cerca de 70% dos recursos aplicados em obras no país, segundo dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB). Para ele, o fortalecimento da engenharia nacional e a retomada de políticas de crédito à exportação são fundamentais para a retomada do crescimento econômico.

Nesta edição especial, a revista traz artigos de Waldeck Ornélas e Nelson Cadena, que aprofundam as reflexões apresentadas no encontro. Ornélas analisa o “isolamento logístico” como um obstáculo histórico ao progresso da Bahia, enquanto Cadena aborda a “herança do calote” e o impacto da falta de continuidade nos projetos de infraestrutura ao longo das décadas.

De acordo com a jornalista Suely Temporal, presidente da ABI, a publicação reafirma o papel da Associação Bahiana de Imprensa como promotora de reflexão crítica e registro histórico sobre temas estratégicos para o futuro da Bahia. “A revista mostra como o desenvolvimento logístico e de infraestrutura é condição essencial para a integração regional, o fortalecimento econômico e a sustentabilidade do estado e do país”, observa a dirigente.

  • Confira neste link todas as edições da Revista Memória da Imprensa.

OUTUBRO 2025 – Edição especial

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SECTI, Fapesb e ABI lançam edital do Prêmio Bahia Faz Ciência de Jornalismo

Nesta quarta-feira (22), Salvador sediou uma das principais agendas da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), reunindo estudantes, professores, pesquisadores e autoridades no Auditório Zezéu Ribeiro, na antiga sede da Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM), no Centro Administrativo da Bahia. O encontro contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues e foi marcado pelo anúncio de medidas relevantes para o fortalecimento da ciência no estado, entre elas o lançamento do Edital do Prêmio Bahia Faz Ciência de Jornalismo.

O prêmio, que integra as ações da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), tem a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) como parceira institucional e coautora do edital.

O objetivo da premiação é estimular a produção de conteúdos jornalísticos e de divulgação científica que aproximem a ciência, a tecnologia e a inovação da sociedade, incentivando profissionais da comunicação, estudantes e produtores de conteúdo a disseminarem conhecimento e promoverem a cultura científica no estado.

De acordo com o termo de cooperação firmado entre as instituições, o prêmio busca ampliar a presença de temas científicos nos meios de comunicação e reconhecer o papel do jornalismo na construção de uma sociedade mais informada e consciente sobre o impacto da ciência na vida cotidiana.

“Além da fase de elaboração, iniciada em 2024 após uma proposta do ex-presidente Ernesto Marques, a ABI participará ativamente das etapas de divulgação e avaliação dos trabalhos, reafirmando sua missão histórica de fortalecer o jornalismo e contribuir para o debate público qualificado”, observou Jaciara Santos, 1ª secretária da Associação e integrante do grupo responsável pela construção do edital.

Para a presidente da ABI, Suely Temporal, a iniciativa demonstra o compromisso da entidade com a popularização da ciência e o reconhecimento do jornalismo científico. “Este momento representa um passo importante na valorização do jornalismo comprometido com o conhecimento, a pesquisa e a verdade. Participar desta iniciativa reforça nossa convicção de que a boa ciência precisa de bom jornalismo e que a boa informação é parte essencial do desenvolvimento social”, afirmou a dirigente. Segundo ela, o prêmio surge como símbolo dessa convergência entre ciência, cidadania e informação de qualidade.

Durante a cerimônia, Jerônimo Rodrigues autorizou também o início das obras de recuperação do Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia e lançou a 4ª edição da revista Bahia Faz Ciência, publicação dedicada à difusão de experiências e pesquisas realizadas em solo baiano. 

Em seu discurso, o governador ressaltou os esforços para a integração entre educação, ciência e políticas públicas na busca por soluções locais para desafios ambientais e sociais. Ele reforçou o compromisso do governo em apoiar iniciativas que aproximem a comunicação científica do público. “Esse edital é para que todos os jornalistas se sintam valorizados. Nós ouvimos muito, durante a pandemia, um presidente negacionista, que não valorizava e nem acreditava na ciência”, lembrou.

Rodrigues ressaltou que a imprensa, a comunicação e as redes sociais têm papel central na construção de uma cultura que valorize o conhecimento e combata o negacionismo científico. Para o chefe do Executivo baiano, é essencial que os meios de comunicação contribuam para ampliar o entendimento da sociedade sobre a ciência em todas as suas formas, desde as pesquisas acadêmicas até os saberes populares e tradicionais.

A cerimônia reuniu também o vice-governador, Geraldo Jr.; o titular da SECTI, Marcius de Almeida Gomes; a secretária estadual da Educação, Rowenna Brito; o diretor-geral da Fapesb, Handerson Leite; o titular da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), Augusto Vasconcelos; os deputados estaduais Robinson Almeida e Olívia Santana, entre outras autoridades e representantes de entidades da sociedade civil.

Crise climática

Com o tema “Planeta Água: cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, a edição 2025 da SNCT dialoga com a agenda global de sustentabilidade, especialmente neste ano em que o Brasil se prepara para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP30). 

A agenda em Salvador incluiu ainda a posse do Comitê Intersetorial PopCiência Jovem, iniciativa voltada à orientação e ao monitoramento de ações de incentivo à ciência entre as juventudes baianas, reforçando a necessidade de formação de uma nova geração de pesquisadores e divulgadores científicos.

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