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Missa marca trigésimo dia de falecimento de Afonso Maciel Neto

O trigésimo dia de falecimento do bacharel Afonso Maciel Neto foi lembrado em uma missa realizada nesta quinta-feira (23), na Igreja da Vitória, em Salvador. Amigos, familiares e personalidades públicas homenagearam a memória desse conceituado homem público que partiu aos 94 anos, deixando sua esposa, Sílvia Araújo Maciel, suas três filhas, Sílvia Maria, Rose Marie e Sandra Maria, oito netos e seis bisnetos.

Durante os 14 anos em que esteve à frente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Afonso Maciel Neto encarou um dos momentos mais difíceis para a imprensa brasileira – a ditadura. Ele presidiu a instituição de 1972 a 1986 e se tornou uma figura conhecida e respeitada por causa de sua importante contribuição em defesa da liberdade de imprensa.

Afonso Maciel Neto presidiu diversas instituições durante sua vida pública - Foto: Arquivo ABI
Além da ABI, Afonso Maciel Neto presidiu diversas instituições – Foto: Arquivo ABI

“Foi através da presidência da rádio Excelsior da Bahia que ele exercitou a comunicação e veio a se tornar presidente da Associação Baiana de Imprensa, com o apoio do seu velho amigo, Jorge Calmon, presidente da ABI na época”, lembrou o atual presidente da ABI e diretor-presidente da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, salientando as principais características de Afonso Maciel. “Sempre visto como um Lord, pela sua elegância, pela sua postura, muito ponderado, calmo e firme nas suas decisões. Um homem moral e intelectualmente respeitado, devotado à sua família”, conclui o dirigente, que prestigiou a missa acompanhado de diretores da ABI.

Mário Calmon, filho do jornalista Jorge Calmon – recentemente homenageado pelo transcurso do centenário de seu nascimento –, recordou a amizade entre seu pai e Afonso Maciel. “Ele sempre se referia ao ‘Doutor Afonso’ como um grande amigo. Eram irmãos, confidentes, tiveram uma relação muito próxima durante décadas e, para nós, é uma perda muito grande”, afirmou.

Afonso Maciel Neto também foi homenageado durante a reunião mensal do Conselho da ABI, no dia 9 de julho. A diretoria da entidade abriu a sessão com uma manifestação do presidente e de outros integrantes do órgão. Na ocasião, foi expedida uma moção de pesar encaminhada à família, para externar as condolências e o sentimento pela figura de Afonso Maciel, que colaborou não só para a manutenção e fortalecimento da Associação, como também para a recuperação da casa de Ruy Barbosa, ação para a qual ele dedicou atenção especial.

Bio – Nascido em Salvador, em 1921, Afonso Glicério da Cunha Maciel Neto foi vice-presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da Bahia, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Durante sua vida publica, foi presidente de várias instituições, entre elas a ABI. Foi auxiliar de imprensa e chefe de revisão da Imprensa Oficial do Estado da Bahia, 1945-1946. Chefe de gabinete do Secretário da Educação e Saúde do Estado, 1946; redator de debates da Assembléia Legislativa da Bahia; Assistente jurídico do Ministério da Viação e Obras Públicas, servindo na Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, 1947-1957; consultor jurídico da Rede Ferroviária Federal S/A. Conselheiro, diretor e tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB-BA.

*Informações de Chayenne Guerreiro para o jornal Tribuna da Bahia

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