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WhatsApp restringe limite mundial de reenvio de mensagens a cinco destinatários

Nos últimos anos, cresceram preocupações globais em torno da disseminação de notícias falsas, fotos manipuladas, vídeos fora de contexto e boatos transmitidos por mensagens de áudio, principalmente por meio dos aplicativos de comunicação instantânea. Como parte das iniciativas do WhatsApp para combater a disseminação de desinformação, a empresa vai limitar a cinco vezes a quantidade máxima de reenvio de cada mensagem por seus usuários.

A regra passa a valer para todo o mundo, de acordo com anúncio feito pela vice-presidente de comunicações do serviço de mensagens, Victoria Grand, durante evento realizado nesta segunda (21), na Indonésia. “Estamos impondo um limite de cinco mensagens em todo o mundo a partir de hoje”, disse. Os usuários de dispositivos Android receberão a atualização primeiro. Depois o novo limite também será disponibilizado para aparelhos Apple.

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Desde julho a medida era aplicada na Índia, quando uma onda de boatos espalhada pela rede levou a uma série de mortes e tentativas de linchamento. Para o restante do mundo, a empresa havia adotado nesse período o limite de 20 reenvios para usuários ou grupos, independentemente do número de pessoas que existam em cada um. O limite de pessoas em um grupo do WhatsApp é 256. Com a nova medida do aplicativo, ainda é possível encaminhar uma mensagem para 5 grupos, por exemplo.

No Brasil…

A reivindicação de limitação de reenvios ganhou fôlego durante o período eleitoral. O aplicativo foi apontado como um dos principais vetores de informações corrompidas durante a campanha, com alta circulação de imagens adulteradas e conteúdos falsos.

Leia também: Pesquisadores criam métodos para estudar os usos do WhatsApp nas eleições 2018

Para o WhatsApp, a mudança permitirá que o serviço de troca de mensagens mantenha seu foco original em proporcionar contato rápido com contatos próximos. “Continuaremos ouvindo o feedback do nosso usuário sobre sua experiência e procurando novas maneiras de abordar conteúdos virais”, destacou a empesa.

Na última semana, o WhatsApp tirou do Facebook a condição de aplicativo mais utilizado no mundo em celulares. Relatório divulgado pela App Annie registrou que o serviço de troca de mensagens instantâneas teve mais usuários ativos por mês do que a rede social a partir de setembro do ano passado. A empresa, contudo, não revelou os números exatos.

*Com informações da agência Reuters e do Portal IMPRENSA

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Mulheres latino-americanas impulsionam startups de jornalismo independente

Projetos inovadores focados em alfabetização midiática, sexualidade, questões de gênero e verificação de informações, entre outros, foram selecionados para receber orientação e treinamento por 20 semanas, através do New Ventures Lab. Em sua segunda edição, o Laboratório de Novos Empreendimentos (NVL) é o primeiro acelerador de mídia independente liderado por mulheres. A iniciativa, que começou no dia 14 de janeiro e segue até 7 de junho, é da “Chicas Poderosas”, uma comunidade global que promove a liderança feminina e gera conhecimento para o futuro da mídia.

Por meio de reuniões virtuais e presenciais, as líderes desses meios de comunicação baseados no Brasil, México e Argentina participarão de uma semana imersiva, em São Paulo, com workshops sobre modelos de negócios, gerenciamento de projetos e inovação, com especialistas internacionais.

Usando a metodologia do design thinking, as equipes desenvolverão modelos de negócios sustentáveis ​​que serão apresentados aos potenciais investidores no final do programa. O objetivo é melhorar a gestão das empresas, planejamento estratégico e ajudar a consolidar suas equipes.

Confira abaixo os nove projetos selecionados para este ano:

Az Mina

A revista Az Mina usa a informação como arma para combater a desigualdade de gênero. O time composto pela CEO Carolina Oms, a editora-chefe Thais Folego, a editora e repórter Helena Bertho e a diretora de arte Larissa Ribeiro já vem fazendo barulho no meio de mídia independente brasileiro e agora buscam ainda mais força para combater o autoritarismo e o machismo.

Facebook: https://www.facebook.com/revistaazmina

Twitter: https://twitter.com/revistaazmina

Instagram: https://www.instagram.com/revistaazmina/

Eté Checagem

Eté Checagem ingressou na luta contra as fake news em 2018 para defender os direitos humanos, a população LGBTQI, negra, mulheres e jovens. Usando o Facebook, Twitter e Whatsapp, postavam o resultado das investigações jornalísticas, tornando-se uma das vozes de suporte à informação de qualidade. As jornalistas Viviane Tavares, Leila Salim e a produtora Mariana Medeiros querem desenvolver o Eté Checagem com modelo de negócios e descobrir que fontes de renda são viáveis para o projeto. Indo além, querem treinar mulheres e meninas para desenvolver seus projetos de verificação.

Facebook: https://www.facebook.com/EteChecagem

Twitter: https://twitter.com/ete_checagem

Fiquem Sabendo

Fiquem Sabendo se autointitula agência de dados independente que tem a proposta de divulgar informação de interesse social que o poder público não dá publicidade. A missão deles é democratizar o uso da Lei de Acesso à Informação (LAI) – dispositivo similar ao que ocorre com o Ato pela Liberdade de Informação (FOIA) nos Estados Unidos. Com isso, promover uma cultura de transparência e controle social.  Maria Vitória Ramos, líder do projeto, e Luiz Fernando Toledo , gerente do projeto, querem estruturar o negócio financeiro e torná-lo sustentável. E, claro, esperam que mais cidadãos, jornalistas e pesquisadores conheçam a LAI e fomentem mudanças positivas na sociedade.

Facebook: facebook.com/fiquemsabendo

Twitter: https://twitter.com/_fiquemsabendo

Instagram: https://www.instagram.com/_fiquemsabendo/

Mídia Makers

Este time carioca quer levar tecnologia para as salas de aula e transformar cada aluno e professor em um produtor de mídia. E quem consegue escapar das ferramentas de busca e das mídias sociais atualmente? Midia Makers pretende encurtar a distância entre a escola e a vida tecnológica do aluno em casa, tornando tudo mais moderno e atraente, sem esquecer de mencionar o quão urgente é tornar todos alfabetizados para lidar com os novos fenômenos da mídia digital. A CEO Mariana Ochs, juntamente com a estrategista de conteúdo Nayse Lopez e o designer Rodrigo Moura querem, em 2019, ver todos os segmentos da sociedade engajados em apoiar uma sociedade saudável, ética e democrática através da comunicação.

Facebook: https://www.facebook.com/midiamakers/

Twitter: https://twitter.com/MidiaMakers

Modefica

Fundado por Marina Colerato e contando com a repórter Juliana Aguilera, a plataforma de conteúdo tem a ambição de engajar o público numa nova forma de produzir, consumir e se organizar sócio e economicamente para que haja uma sociedade mais próspera.  E a discussão passa por Moda, Gênero e Sustentabilidade. O portal de conteúdo já tem uma trajetória de conquistas, realizando conversas on e off-line e campanhas bem sucedidas de crowdfunding.

facebook: https://www.facebook.com/modefica/

instagram: https://www.instagram.com/modefica/

ONG Casa Mãe

Alexia Santi, Júlia Vianna, Ana Meigger, Thaiz Leão e  Zá Coelho compõem o time da Casa Mãe, organização sem fins lucrativos que busca tornar a maternidade numa experiência mais saudável e também mais igualdade para as mulheres. Em 2019, querem aprender a como tornar o negócio delas sustentável.

Garotas que Gozam

Que a educação sexual seja naturalizada é o objetivo deste projeto. E vão fazer uso de podcast para fomentar discussões baseadas no autoconhecimento e no conhecimento do corpo. O convite é para que profissionais da sexualidade e mulheres estejam juntas nesta conversa, com muita leveza e humor. Mariana Nagem e Bianca Jhordão formam a equipe de Garotas que gozam.

BEBA – Argentina

Esta equipe  de comunicadoras argentinas está ajudando a compor o cenário efervescente das discussões feministas na Argentina. Esses últimos anos foram agitados e com progressos, mas elas acreditam que ainda há muito o que percorrer no que diz respeito à educação sexual e ao feminismo para os jovens. E para ajudar, pretendem fazer uso de muitas plataformas, recursos visuais e tecnologias. Em 2019, a CEO do projeto Emilia Ruiz de Olano, a editora-chefe Ayelén Cisneros, a gerente de comunidades Ana Montes e a designers líderes Silvina Galzerano, Lucía Olmos, Agostina Cincotta e Camil Camarero querem crescer e dominar o mundo.

Facebook: https://facebook.com/somosbeba

Twitter: https://twitter.com/somosbeba

Instagram: https://www.instagram.com/somosbeba/

El Placer de Saber – México

Este coletivo independente vem do México para discutir a sexualidade com jovens e adultos de forma didática e atrativas, deixando o tabu de lado e alcançando uma vida mais saudável e esclarecida para todos. E como farão isso? Construindo uma plataforma que conecta profissionais sobre sexualidade e estimula que trabalhem juntos e também divulguem seus trabalhos a fim de que monetizem. Em 2019, Claudia Gutiérrez Montaño e Paulina Guijarro Núñez querem lançar uma nova plataforma e engajar ainda mais gente interessante em sua comunidade.

Facebook: https://www.facebook.com/Elplacerdelsaber/

Twitter: https://twitter.com/placerdelsaber

Instagram: https://www.instagram.com/elplacerdelsaber/

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Centro Knight abre curso online gratuito sobre algoritmos de notícias

As redações em todo o mundo estão usando automação para produzir relatórios de ganhos, checagem de fatos, entre outras funções. O poder e as armadilhas dessas tecnologias serão abordados no curso online gratuito “Algoritmos de Notícias: O impacto da automação no jornalismo”, que está com inscrições abertas. O treinamento acontece de 11 de fevereiro a 10 de março e integra o programa de capacitação do Centro Knight para Jornalismo nas Américas, instituição que se dedica a aumentar os níveis ético e profissional do jornalismo e contribuir para a liberdade de imprensa e a democracia.

Divididas em quatro módulos, as aulas serão ministradas por Nicholas Diakopoulos, professor assistente da Northwestern University e diretor do Laboratório de Jornalismo Computacional. O conteúdo ensina a desvendar o mistério sobre algoritmos e inteligência artificial, automação e o que essas tecnologias podem e não podem fazer para a produção de notícias e o jornalismo. Os módulos abordam quais tarefas as pessoas ainda são melhores e sobre como combinar algoritmos e pessoas juntos em fluxos de trabalho produtivos. O desenvolvimento de habilidades de pensamento computacional e como aplicá-las na produção de notícias também são abordados.

Leia também: Pesquisadores criam ferramenta que automatiza a coleta de reportagens

No último módulo, o aluno aprende sobre como os algoritmos estão criando um novo objeto para a investigação jornalística, o que está dando origem a uma prática especializada denominada relatório de responsabilidade algorítmica. O curso detalha ainda os métodos para investigar algoritmos, abordagens metodológicas, desafios e recursos para ser transparente na utilização dessa ferramenta no jornalismo. Inscrição no site da instituição.

Knight Center – O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas foi criado em 2002 pelo Professor Rosental Alves, presidente do Conselho de Jornalismo do Moody College of Communication da Universidade do Texas. Desde 2003, a instituição já treinou mais de 2.000 jornalistas das Américas e do Caribe, numa variedade de tópicos e disciplinas de jornalismo, como reportagem investigativa, ética, técnicas de jornalismo online, cobertura de conflitos armados, Reportagem Auxiliada por Computador (RAC), entre outros. O programa de capacitação é feito de três formas: cursos online de aprendizagem a distância, treinamento presencial através de conferências e palestras no continente, e a publicação de livros eletrônicos em nossa biblioteca virtual.

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Pesquisadores criam ferramenta que automatiza a coleta de reportagens

Analisar desequilíbrios na cobertura jornalística de um determinado tema requer o exame de grande quantidade de material e pode ser uma tarefa trabalhosa. Pensando em facilitar essa missão, um grupo de pesquisadores desenvolveu uma ferramenta que automatiza a coleta de reportagens. Feita na linguagem de programação python, a iniciativa provisoriamente chamada de “impacto-midia” é aberta e as instruções para utilizá-la estão em um repositório no GitHub. O objetivo é ajudar pesquisadores em uma área que precisa cada vez mais de apoio: a automação de pesquisas em mídia.

Sua interface permite que o usuário visualize todos os títulos, links e estatísticas de engajamento em redes sociais das reportagens que tenham os termos de busca no título ou no corpo, rankeando e categorizando-as. Depois disso, basta exportar e ver o resultado. “Costumava ser bastante laborioso selecionar, baixar e categorizar uma grande quantidade de reportagens. Usando nosso código, o tempo gasto com isso pode ser bastante reduzido”, explica Pedro Burgos, que desenvolveu a ferramenta junto com Álvaro Turicas e Bernardo Vianna.

Parte do código da impacto-midia tem origem no projeto iniciado por Burgos em 2017, o Impacto.Jor, cujo propósito é responder a duas perguntas: para que serve o jornalismo e como saber se ele está funcionando? Para isso, o projeto entrega aos veículos parceiros métricas que permitem avaliar o desempenho de uma reportagem e medir o seu impacto além dos números de audiência.

Burgos conta que o Impacto.Jor permitiu que algumas hipóteses sobre o impacto do jornalismo fossem revistas. No pleito eleitoral, por exemplo, percebeu-se que quando um político importante cita uma reportagem, isso não necessariamente influencia o debate político. “Durante a eleição o que mais vimos foi oponentes políticos usando reportagens apenas para atacar o adversário. O que é legítimo e pode ser impacto, mas pode-se dizer que é impacto ‘positivo’ para os leitores que são seguidores de um político X e ‘negativo’ para os outros eleitores”, diz.

Segundo o jornalista, a experiência se mostrou especialmente útil para veículos de cobertura essencialmente local, como a Gazeta do Povo. “Em nível local, o impacto costuma ser bem mais nítido: o repórter escreve sobre as lâmpadas queimadas de uma praça, e a prefeitura tem que agir”, exemplifica. “Não há partidarismo, e a função do jornal como instituição que cobra os poderosos, e faz a ponte entre sociedade civil e governo é bem nítida”, diz Burgos.

No caso de veículos de alcance nacional, apesar do impacto ser grande, muito do “automaticamente capturável” pela ferramenta se mostrava apenas parte do jogo político. “Nossos robozinhos, que alimentam a ‘dashboard de potenciais impactos’ de cada um dos parceiros, produziram vários ‘falsos positivos’ especialmente durante as eleições”, conta o desenvolvedor. (Informações da Abraji)

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