ABI BAHIANA

ABI e Sinjorba lançam rede de combate à violência contra a imprensa

Como parte das atividades relacionadas ao Dia do Jornalista, comemorado nacionalmente em 7 de abril, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) lançam no dia 4 (terça-feira), às 10h, a Rede de Combate à Violência Contra Profissionais de Imprensa. A criação do coletivo foi anunciada em 31 de janeiro, durante audiência pública que debateu o avanço dos ataques contra a categoria na Bahia. O lançamento acontece no Auditório Samuel Celestino, no edifício-sede da ABI.

A ideia recebeu o aval de instituições como as polícias Civil e Militar (Secretaria da Segurança Pública), Defensoria Pública do Estado (DPE), Secretaria da Justiça e Direitos Humanos da Bahia e Ministério Público Estadual (MPE), representadas na audiência. Também foram convidados a compor o coletivo o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), a Ordem dos Advogados do Brasil – seção Bahia (OAB-BA) e a União dos Municípios da Bahia (UPB).

A construção da Rede vai ao encontro da necessidade de conter a escalada de ataques que coloca o Brasil entre as nações mais inseguras para o trabalho jornalístico. Um cenário documentado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) no relatório “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil”.

Os números são expressivos: de 99 ocorrências, em 2017, os casos saltaram para 430, em 2021. E, embora tenham apresentado ligeira queda, as agressões continuaram em níveis preocupantes, alcançando, no ano passado, um total de 376 registros.

A Bahia é um microcosmo desse universo. Em 2022, pelo menos 14 jornalistas baianos foram alvo de violência, agravada pela sensação de impunidade. Nestes primeiros meses de 2023, já foram contabilizados ao menos cinco casos no estado e mais de 60 em todo o Brasil. São ataques como o sofrido pela jornalista Tarsilla Alvarindo, em 16 de janeiro, “punidos” com o registro de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), procedimento lavrado em infrações “de menor potencial ofensivo”.

Durante o lançamento, será apresentada a Carta de Princípios da Rede e marcada a primeira reunião de trabalho do grupo.

SERVIÇO

Lançamento da Rede de Combate à Violência contra Profissionais de Imprensa
Data: 4 de abril, 10h
Local: Associação Bahiana de Imprensa (Auditório Samuel Celestino, 8º andar do Edifício Ranulfo Oliveira, Rua Guedes de Brito, 1, Praça da Sé – Centro Histórico de Salvador)

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Secretários municipais Cacá Leão e Luiz Carreira visitam a ABI

Nesta quinta-feira (30), a Associação Bahiana de Imprensa recebeu Cacá Leão, titular da Secretaria Municipal de Governo (Segov), e Luiz Carreira, à frente da Casa Civil do município. Os secretários foram recepcionados pelos jornalistas Ernesto Marques, presidente da ABI, e Valter Xéu, conselheiro fiscal da instituição. O encontro contou também com Luciano Barreto, repórter e editor do site Panorama da Bahia.

Cacá Leao e Luiz Carreira foram presenteados com a moeda comemorativa

Em um passeio pelas dependências do Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI, os secretários foram apresentados aos equipamentos culturais da entidade, como a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, a Sala de Exibição Cinematográfica Roberto Pires e o Auditório Samuel Celestino, no oitavo andar no prédio localizado na Praça da Sé, Centro Histórico de Salvador.

A pauta da reunião discutiu melhorias para o edifício que abriga a Prefeitura-Bairro Brotas/Centro e seu entorno. Cacá Leão e Luiz Carreira receberam a moeda comemorativa aos 50 anos de fundação da ABI, cunhada em 1980 para eternizar a conquista histórica.

Os secretários municipais também compartilharam com os diretores da ABI preocupações com a segurança da região e citaram algumas ações com reflexos positivos na requalificação da cidade e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos da capital baiana.

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Com abordagem histórica, ABI debate negritude e gênero na imprensa soteropolitana

O encerramento da Roda de Conversa “Salvador, 474 anos: Entre história, memória e luta” movimentou o Auditório Samuel Celestino, no edifício-sede da ABI, nesta quarta-feira, 29 de março. Conectada e comprometida com as muitas camadas sociais que envolvem o pensar a cidade, a ABI promoveu, no dia do aniversário de Salvador, uma importante discussão sobre negritude e gênero na imprensa soteropolitana, a partir de uma abordagem histórica e cultural.

O evento teve como convidados o professor e historiador Rafael Dantas, com o bloco “O 29 de março e a Cidade do Salvador: Iconografia e História”; e da jornalista Silvana Oliveira, com o debate “Negritude e gênero na imprensa de Salvador. Os blocos foram mediados pelo jornalista e pesquisador Luis Guilherme Pontes Tavares, 1º vice-presidente da ABI, e pela jornalista Jaciara Santos, diretora de Comunicação da instituição.

Através da iconografia, Rafael Dantas explicou o processo de formação da cidade, seus contextos sociais e culturais. Na sequência, Silvana Oliveira levantou importantes questionamentos sobre o papel e o lugar do negro e da mulher na imprensa da capital baiana.

“A ideia de analisar iconograficamente essas peças é tentar entender Salvador e a sociedade daquele período, onde as imagens representam possibilidades de olhares, mas que não são as únicas formas de enxergar a cidade ao longo desses mais de 400 anos”, destacou Rafael Dantas.

O pesquisador enfatizou que a data 29 de março não corresponde à fundação de Salvador. “Não sabemos e não saberemos, de fato, quando a cidade do Salvador foi fundada. Do ponto de vista documental, não foi preservado um documento que comprove isso”, explica. Segundo ele, a data diz respeito à chegada de Tomé de Souza. “Foi uma data escolhida no século XX por uma comissão de notáveis”, afirmou.

Representatividade

“Apesar de sermos uma cidade tão preta, tão negra, tão parda, quantas mulheres negras em cargos de direção você conhece?”, questionou a jornalista Silvana Oliveira. Ela apresentou diversos levantamentos que registram as desigualdades no mercado de trabalho em relação aos recortes de raça e gênero, principalmente nos últimos anos. “Tivemos evolução? Sim. Na frente da tela e na frente do microfone. Mas, e na gestão?”, disse, provocando reflexões e discussões na plateia.

A roda de conversa em homenagem ao aniversário de Salvador aconteceu nos dias 28 e 29 de março, na ABI. No primeiro dia, o debate “Túnel para pedestres: Qual o impacto na mobilidade do Centro Histórico?” reuniu o arquiteto urbanista Paulo Ormindo, a engenheira Ilce Marília Dantas Pinto e o secretário municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (SEINFRA), Luiz Carlos Souza. (Assista aqui)

  • Confira todos os momentos da discussão direto do Youtube da ABI:
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Nelson Cadena fala sobre os 99 anos da Rádio Sociedade

O jornalista, publicitário e pesquisador Nelson Cadena, diretor de Cultura da ABI, concedeu entrevista à Rádio Sociedade nos 99 anos da emissora.

Confira a íntegra:

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