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Teatro Gregório de Mattos recebe a exposição Trajes de Cena do Teatro Baiano

[Texto: Valmir Soares/Secom]

A Galeria da Cidade do Teatro Gregório de Mattos (TGM) apresenta a exposição Trajes de Cena do Teatro Baiano – Um Recorte no Tempo. A mostra é gratuita e acontece até o dia 16 de junho, de terça a sábado, das 13h às 19h, no Centro. A realização é da Fundação Gregório de Mattos, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), e produção do acervo de figurino Boca de Cena. 

O objetivo é relembrar espetáculos marcantes do teatro baiano dos últimos 30 anos, através dos figurinos. Diversas peças, de cerca de 23 espetáculos, estão à mostra no espaço, dentre elas, O Indignado, A Vaca Lelé, A Bofetada, Siricotico e a Comida de N’zinga.  

Preservação da memória – Para o gestor do TGM, Moisés Victório Castillo, a exposição ajuda a cuidar da história do teatro baiano. “Abrir a casa, acomodar e receber a exposição para o público vir se deparar com peças de figurinos originais é uma ação de fomento e preservação de memória para a classe artística”, disse 

O curador da exposição, Maurício Martins, destaca a importância da iniciativa.  “Estamos no momento de retomada da atividade cultural em nosso país. Pensando nisso, nosso objetivo é fomentar a arte. Todos os figurinos são originais, foram construídos em uma época, usados por atores, mantidos e hoje estão sendo mostrados.  

Visita mediada – A exposição ainda permite que atores, alunos e profissionais da arte participem do momento por meio de uma visita mediada, pelo próprio curador. Na última terça-feira (30), o professor de teatro Péricles Lomba acompanhou seus alunos na visita à exposição.  

Ele reforçou a importância do figurino na construção do espetáculo e na caracterização do personagem. “O figurino conta sempre uma história e os alunos de teatro precisam saber disso. Através desta análise, eles conseguem visualizar a personagem que veste aquela roupa”. 

Aprendizado prático – A estudante Caele Borges, de 25 anos, destacou sobre o aprendizado prático e parabenizou o trabalho do curador Maurício Martins, através da exposição. “Essa visita foi muito gratificante para mim. Ver de perto como é a construção de figurino, ver um figurinista experiente mostrando quais técnicas usadas para desenvolver a peça e contar sobre inspirações é muito legal para nós, enquanto artista. O aprendizado prático é muito importante para nossa grade curricular”, disse. 

Moradora do bairro de São Marcos, a aluna de teatro Beatriz Dias, de 20 anos, revelou que o teatro é sua grande paixão e considerou a exposição uma experiência incrível. “Nós, enquanto atores, percebemos o quanto é importante estar com um figurino que represente aquilo que queremos passar para o público”, pontuou.

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Blog das vidas

Morre Carlinhos Santiago, primeiro operador de VT da Bahia

Profissionais de peso fizeram parte do início da televisão no Brasil e trouxeram o mundo até o conforto de nossas casas. Na Bahia, a TV Itapoan, nascida em 1960 com o sinal da TV Tupi, fez história ao realizar a primeira transmissão televisiva. Nesta sexta, 2 de junho, a imprensa baiana se despediu de um dos seus personagens fundamentais: Carlos Alberto Santiago (79), o primeiro operador de videotape da emissora igualmente pioneira. Carlinhos, como era chamado por familiares e amigos, foi sepultado na tarde de hoje, no Cemitério Campo Santo, Salvador.

Carlos Alberto ingressou na TV Itapoan aos 17 anos, durante sua implantação, e dedicou à empresa toda a sua trajetória profissional, como destaca a família Santiago no anúncio da cerimônia fúnebre. Foram mais de quarenta anos em atividade, formando gerações de profissionais da imprensa, no dia a dia da notícia.

Nos grupos de aplicativos de mensagens, na TV e nas redes sociais, amigos lamentaram a perda e compartilharam histórias de aprendizado, registrando o carinho pelo companheiro de tantas jornadas.

“Sempre me tratou como um filho, orientando mesmo. Me ensinou que não existem degraus entre cargos e funções, mas sim que somos um time, e o objetivo é a imagem boa que passamos para os telespectadores”, conta César Brandão, produtor executivo do Globo Esporte, na Rede Bahia. “Sou incapaz de conseguir palavras que contemplem tudo que Carlinhos me doou. Tenho imenso orgulho de poder dizer que fui um dos privilegiados por aprender com ele. Cabo Wilson, Seu Zé Maria, Cezidio, Seu Walter, os irmãos Pettersen e tantos outros estão a recebê-lo, para transmitir a sua simpatia e alegria”, completa Brandão.

O repórter cinematográfico Júlio César também falou com a reportagem da ABI. “Pessoas como Carlinhos, que sempre trabalharam com carinho e empatia, amor pelo próximo, chegam do outro lado com grande galardão. Eu aprendi muito, ele estava sempre ensinando com paciência e boa vontade”, afirma. Júlio César atuou com Carlos Alberto por vários anos e pôde ver toda a desenvoltura do colega. “Ele formou muita gente, era um educador. Carlinhos era sinônimo de amor, carinho e atenção”, lembra. Nomes como Antônio Pastori, Hugo Brito e Zé Eduardo também manifestaram pesar.

Em 2006, Santiago foi entrevistado pela graduanda em Jornalismo e pesquisadora Joana Maltez e falou em detalhes sobre a criação da TV Itapoan, sob a ótica privilegiada de quem fez parte dessa história. A entrevista fazia parte de um projeto da Universidade Federal da Bahia e sua trajetória profissional foi registrada no artigo: “Do ceticismo à consolidação: a TV na Bahia – Notas sobre a primeira década de televisão em Salvador”, escrito pelas pesquisadoras Juliana Cíntia Menezes, Lourivânia Santos e a própria Joana, sob orientação da professora Ana Cristina Spannenberg.

Carlos Alberto participava do processo de montagem do aparato técnico da emissora e era um dos responsáveis por colocar no ar os programas preferidos de muitos baianos. Ele acompanhou a fase de corte e colagem dos filmes, quando os caracteres ainda eram gerados artesanalmente a partir de rolos de papel, posteriormente testemunhando a chegada das inovações tecnológicas ao setor.

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ABI BAHIANA

Grupo de Violoncelos da UFBA emociona público da Série Lunar

A beleza do violoncelo preencheu o Auditório Samuel Celestino na noite desta quarta (31). A segunda passagem do Grupo de Violoncelos da UFBA pela Série Lunar emocionou o público, com um repertório versátil que trouxe Schubert, Heitor Villa-Lobos, Piazzolla, Freddie Mercury e outros célebres compositores.

O projeto, fruto da parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa e a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, proporciona concertos mensais com professores, servidores do corpo técnico-administrativo e alunos vinculados à Emus.

O Grupo de Violoncelos da UFBA foi criado em 2013 pela professora Suzana Kato. Projeto de extensão permanente da Escola de Música, o conjunto busca promover a prática camerística de seus integrantes e divulgar o repertório para esta formação.

O conjunto tem formação rotativa e agrega alunos do bacharelado de Instrumento e de outros cursos de extensão e pós-graduação, e conta com a cooperação de violoncelistas profissionais de diferentes orquestras.

Como na primeira vez que tocou na Série Lunar, em 2019, o Grupo de Violoncelos encantou a plateia, formada por membros da comunidade universitária, profissionais da imprensa e do segmento cultural.

A cantora Maria Carla e o marido Thomaz Rodrigues, membro do Grupo de Violoncelos da UFBA, aproveitam a vista do oitavo andar da ABI

“Belíssima apresentação, com público engajado, participativo. O ambiente desse auditório permite essa imersão na música”, disse a cantora lírica Maria Carla Pino.

Atento a todos os movimentos estava o renomado pianista Miguel Angel Scebba. O compositor argentino, reconhecido pelo brilhante virtuosismo, integrou a animado público da noite. “A apresentação foi fantástica. Faz tempo que eu conheço esse grupo e a professora Suzana Kato. Também gostei muito dessa sala. Ela só tem um defeito: não tem um piano”, brinca.

Quem acompanha essa queixa é sua esposa, a pianista Beatriz Alessio, que integra o corpo docente da Emus. Ela falou da expectativa de encontrar um piano na ABI. “Sempre que posso, vou ver esse grupo. É um trabalho admirável, os arranjos são lindos. Já vim apreciar a Série Lunar algumas vezes. Acho tudo lindo, só falta um piano”, endossa. “Acho uma super sacada unir a música a essa vista linda”.

Perguntado sobre a apresentação, o maestro José Maurício Brandão, diretor da Emus, disparou: “Mais uma!”. E o professor explica. “A Escola de Música tem uma produção gigantesca. Por isso que precisamos encontrar espaços para escoar a produção. Para mim, nenhuma é especial. Todas têm repertórios lindos. Cada apresentação é preciosa”, ressalta.

Para ele, é preciso desmistificar a música de concerto como privilégio. “Temos uma programação imensa que percorre todo o ano, indo a diversos públicos. Eu não vendo sonhos, eu levo a realidade. O que fazemos é trabalho de operário”, enfatizou.

“Maio foi especial para o nosso projeto, pois tivemos duas apresentações belíssimas. Fechamos o mês de uma forma incrível e já planejando o concerto de julho, que certamente trará outros artistas maravilhosos”, salienta Amália Casal, 1ª secretária da ABI e coordenadora da Série Lunar.

  • Confira alguns cliques de Paula Fróes:

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