ABI BAHIANA

NOTA DE POSICIONAMENTO

A respeito da polêmica entre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, a Associação Bahiana de Imprensa entende que a democracia está acima da retórica e lamenta que um fato, sem relevância, resulte em uma querela alimentada por desinformação sobre a origem e destinação dos recursos do edital absolutamente fundamental para a sobrevivência do IGHB.

Como entidade defensora da liberdade de imprensa e do direito de expressão, dentro dos limites das leis vigentes no país, defende o correto dimensionamento do assunto, colocando a Cultura baiana no devido lugar na agenda de instituições e seus dirigentes.

O menor sinal de prática até assemelhada a censura teria e terá sempre, por parte da ABI, em linha de coerência com a nossa história de 93 anos, o mais contundente repúdio.

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Fundação Casa de Rui Barbosa homenageia a ABI

A cerimônia de outorga da Medalha Rui Barbosa, nesta sexta-feira (10), foi um verdadeiro tributo ao compromisso com a preservação e promoção da cultura. A honraria concedida pela Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) reconhece anualmente aqueles que se destacaram no fortalecimento da cultura brasileira. A Associação Bahiana de Imprensa esteve entre as instituições e personalidades homenageadas, ao lado de nomes como a escritora Conceição Evaristo, o cantor compositor Nei Lopes e a diretora do Museu dos Povos Indígenas, Fernanda Kaingang.

Sediada no auditório da FCRB, em Botafogo (RJ), a cerimônia de outorga de medalhas reuniu líderes, entusiastas e membros destacados da comunidade cultural. O evento aconteceu sob aplausos calorosos e apresentações artísticas, em uma ode ao espírito incansável daqueles que dedicam suas vidas à valorização da cultura e da memória.

A ABI foi representada pelo seu presidente, o jornalista Ernesto Marques, que recebeu a medalha das mãos do presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini. “Lá é ‘Ruy Barbosa’ com ‘y’ e ‘Bahiana’ com ‘h’. A coisa aqui é como manda o figurino”, brincou Santini, após a entrega da distinção. Ele agradeceu a presença de Marques, reconhecido por ele como um “grande parceiro e colaborador da Casa”.

Em declaração oficial, Santini já havia parabenizado a ABI pelo trabalho desenvolvido na área de memória e cultura e pela as ações desenvolvidas em prol da manutenção do legado de Ruy Barbosa. (Leia: Na Bahia, decretou Mangabeira, Ruy é com “y”)

  • Confira o momento em que a ABI recebe a Medalha:

O recebimento da Medalha Rui Barbosa foi motivo de alegria para a diretoria e para o corpo de funcionários da ABI. “Ficamos honrados. É um reconhecimento importante do trabalho que vimos fazendo para que o Centro Histórico de Salvador tenha mais um equipamento cultural com capacidade de atrair turistas, mas, sobretudo, as juventudes da Bahia, que certamente sairão transformadas depois de viverem a experiência da visita à futura Casa da Palavra Ruy Barbosa.”

Legado interinstitucional

Nos dias 7, 8 e 9 de novembro, Fundação Casa de Rui Barbosa realizou o seminário 100 anos sem Rui: o homem e sua Fundação. O evento integrou as atividades alusivas ao Dia Nacional da Cultura, comemorado no dia 5 de novembro, data do aniversário de Ruy Barbosa. (Acesse o site 100 Anos Sem Rui)

Na tarde de quinta (9), Ernesto Marques, palestrou sobre o legado interinstitucional do Águia de Haia. A explanação foi feita em conjunto com Luciano Bandeira, presidente da OAB-RJ; Ricardo Cavaliere, membro da Academia Brasileira de Letras, e Alexandre Santini.

“A densidade da programação reafirma a relevância e a atualidade impressionante do pensamento e da ação de Ruy Barbosa. Ela passa uma ideia mais precisa do que é a Fundação como instituição de memória e, sobretudo, de pensamento sobre o Brasil”, refletiu Marques.

  • Todos os dias de seminário estão disponíveis no Youtube da FCRB. Assista aqui.

O centenário de morte de Ruy Barbosa foi celebrado por diversas instituições brasileiras ao longo de 2023. Como uma das entidades responsáveis por cuidar de sua memória, a ABI cumpriu a agenda organizada em conjunto com outras 15 instituições baianas.

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Diretoria da ABI discute protocolo antifeminicídio para cobertura jornalística

Os números alarmantes de feminicídios ocorridos no Brasil destacam a urgência de uma abordagem mais cuidadosa e comprometida por parte dos veículos de comunicação. Esse é o entendimento expressado pela Diretoria Executiva da Associação Bahiana de Imprensa, nesta quarta (08/11), durante a reunião mensal da entidade. Uma comissão formada pelas diretoras da ABI prepara agora a minuta de um protocolo antifeminicídio, com o intuito de recomendar boas práticas aos veículos de comunicação e ajudar no combate à violência contra a mulher.

O Brasil registrou 1.153 feminicídios até julho de 2023, de acordo com dados divulgados pelo Laboratório de Estudos de Feminicídios (LESFEM). O levantamento é realizado a partir do tratamento de notícias da imprensa escrita e compila casos novos de feminicídios consumados e tentados. Aproximadamente 70% dos feminicídios foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros de relacionamento íntimo.

Somente em 2023, a Bahia já registrou 78 feminicídios, segundo apuração da jornalista Raquel Brito, publicada hoje pelo Correio*, com dados da Polícia Civil.

O caso da cantora gospel Sara Mariano, cujo marido é o principal suspeito da autoria do crime, foi citado na apresentação feita pela jornalista Suzana Alice, conselheira consultiva da ABI. Para ela, a forma como a imprensa aborda episódios do tipo é fundamental para a compreensão pública do problema.

Suzana Alice criticou a cobertura oferecida pela mídia, que, segundo a diretora, quase sempre traz as histórias de maneira sensacionalista, focando nos detalhes mórbidos em detrimento de uma análise mais profunda. “Esse enfoque pode perpetuar estereótipos prejudiciais e desviar a atenção de medidas eficazes de prevenção”, ressaltou.

Além da sugestão de um adendo final nos textos, contendo orientação sintética sobre os procedimentos a serem adotados pelas vítimas, o protocolo poderá avançar em algumas recomendações sobre a abordagem noticiosa do assunto, as fontes de informação , entre outros aspectos. O protocolo constituirá a recomendação oficial da ABI para o tratamento do assunto no noticiário, e conterá um apelo institucional – uma espécie de chamamento à responsabilidade social da mídia.

O documento terá papel educativo, incentivando reflexões sobre como o feminicídio é noticiado pela mídia e propondo caminhos para aprimorar a cobertura acerca desse fenômeno. “É um protocolo de recomendação. Não é uma norma. Não queremos ensinar aos veículos como trabalhar, são recomendações de boas práticas antifeminicídio para aqueles que ainda não incorporaram medidas nesse sentido. Precisamos de uma imprensa livre e responsável”, afirma a 2ª vice-presidente da ABI, Suely Temporal.

De acordo com Amália Casal, 1ª secretária da instituição, é essencial que a mídia assuma a responsabilidade de não apenas informar, mas também educar e promover a conscientização. “Esses casos merecem reportagens sensíveis e análises contextualizadas. A iniciativa constitui um avanço para a imprensa baiana e para o trabalho da Associação, que prestará um serviço de utilidade pública.”

Laço branco, memória e ação

“A cobertura do caso Sara Mariano pecou em aspectos importantes e causou uma dor ainda maior à família”, avaliou o presidente da ABI, Ernesto Marques.

O dirigente aproveitou para fazer uma importante convocação aos colegas, propondo aos homens que se engajem na campanha do Laço Branco, um movimento que chama a atenção para a participação masculina na defesa das mulheres. “Queremos mobilizar os colegas, os jornalistas baianos, como aliados na busca por uma sociedade mais segura e igualitária”.

O Dia Nacional da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres será celebrado no próximo dia 6 de dezembro. A data integra o calendário anual do movimento “Laço Branco”, realizado pela primeira vez em 1991, no Canadá.

A campanha teve origem a partir do “Massacre de Montreal”, ocorrido em 6 de dezembro de 1989, quando um homem entrou armado em uma escola, matando 14 mulheres e ferindo outras dez. Antes de cometer suicídio, o atirador fez disparos pelos corredores e gritou ofensas contra as mulheres. Os canadenses transformaram a data no Dia Nacional de Memória e Ação contra a Violência contra a Mulher. Já o próximo dia 25 de novembro, marca o Dia Internacional para a Erradicação da Violência contra as Mulheres, estabelecido pela ONU.

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ABI vai receber Medalha Rui Barbosa por atuação cultural

Nos dias 7, 8 e 9 de novembro, Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) realizará o seminário 100 anos sem Rui: o homem e sua Fundação. O evento, que acontece na Semana da Cultura, será sediado no auditório da instituição em Botafogo (RJ) – Rua São Clemente, 134. No dia 10 de novembro, será a outorga da Medalha Rui Barbosa, honraria que a Fundação concede anualmente àqueles que se destacaram na contribuição e fortalecimento da cultura brasileira. A Associação Bahiana de Imprensa está entre as instituições homenageadas.

O presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini, parabenizou a ABI pelo trabalho desenvolvido na área de memória e cultura, conferindo a condecoração à entidade. Em declaração oficial, Santini – que já havia visitado a ABI e a futura Casa da Palavra Ruy Barbosa no começo deste ano -, reconhece as ações desenvolvidas pela Associação em prol da manutenção do legado de Ruy Barbosa. (Leia: Na Bahia, decretou Mangabeira, Ruy é com “y”)

Também a convite da Fundação, o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI, representará a entidade como palestrante. Sua participação, às 17h10 do dia 9 de novembro, integra o debate sobre o legado interinstitucional do Águia de Haia. A explanação será feita em conjunto com Luciano Bandeira, presidente da OAB-RJ; Ricardo Cavaliere, membro da Academia Brasileira de Letras, e o próprio Alexandre Santini.

O seminário integra as atividades alusivas ao Dia Nacional da Cultura, comemorado no dia 5 de novembro, data do aniversário de Ruy Barbosa. (Acesse o site 100 Anos Sem Rui)

“A densidade da programação reafirma a relevância e a atualidade impressionante do pensamento e da ação de Ruy Barbosa. Ela passa uma ideia mais precisa do que é a Fundação como instituição de memória e, sobretudo, de pensamento sobre o Brasil”, refletiu Marques.

Além da programação, a expectativa de receber a medalha Rui Barbosa também foi motivo de alegria para a diretoria e o corpo de funcionários da ABI.

“Recebemos a informação da outorga da medalha com muita alegria e ficamos honrados. É um reconhecimento importante do trabalho que vimos fazendo para que o Centro Histórico de Salvador tenha mais um equipamento cultural com capacidade de atrair turistas, mas, sobretudo, as juventudes da Bahia, que certamente sairão transformadas depois de viverem a experiência da visita à futura Casa da Palavra Ruy Barbosa.”

O centenário de morte de Ruy Barbosa foi celebrado por diversas instituições brasileiras ao longo de 2023. Como uma das entidades responsáveis por cuidar de sua memória, a ABI cumpriu a agenda organizada em conjunto com outras 15 instituições baianas.

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