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Manual de checagem nordestino é lançado pela COAR

O “Arriégua! Ói as fake news: manual de checagem nordestina” é um material que propaga a educação midiática e digital. Com abordagem voltada para o Nordeste, o documento é pioneiro na região e visa apurar a capacidade dos leitores de identificar e combater boatos e desinformações. A publicação, além de apresentar técnicas de verificação, explora as nuances da cultura nordestina, tornando-o mais acessível e relevante para a comunidade local. Baixe aqui.

A COAR destaca a importância de uma sociedade informada e crítica, principalmente diante de um cenário eleitoral, onde as fake news podem influenciar decisões cruciais. Ciente dos desafios impostos pela disseminação rápida e volumosa de informações falsas, a entidade busca não apenas corrigir falsidades, mas também promover a conscientização e a capacitação digital. O Manual não é só uma ferramenta estática, mas um convite à participação ativa da comunidade nordestina na construção de uma cultura de verificação de fatos.

 A linguagem autêntica utilizada na elaboração do material reflete a identidade cultural do Nordeste, estabelecendo uma conexão mais profunda com o público-alvo. Para Thiago Silva, doutorando em comunicação pela Universidade Federal do Ceará, a regionalização do material busca preencher uma lacuna, adaptando o conteúdo às necessidades específicas da região na intenção de criar uma cultura de vigilância informacional. Para o pesquisador, é imprescindível que cada leitor e leitora possa se ver como parte importante no combate à desinformação no Nordeste.

“O ‘Arriégua!’ representa, portanto, uma resposta proativa e culturalmente alinhada a essa necessidade, visando fortalecer a defesa da verdade e da integridade nas comunidades do Nordeste”, afirma. “Essa iniciativa se insere em um contexto mais amplo de fortalecimento da democracia digital, onde a educação e o empoderamento se tornam as principais ferramentas na luta contra a desinformação.”

É importante ressaltar que, desde 2020, a COAR tem atuado no combate à desinformação no país, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A organização atua em três frentes: Site (coarnoticias.com); Podcast E-COAR; COAR Educa, uma extensão educacional que oferta cursos gratuitos para a sociedade.

A redação é dos jornalistas e doutorandos em Comunicação Marta Alencar (Unisinos) e Thiago Silva (UFC). Além disso, o Manual é diagramado pelo pesquisador e mestrando em Comunicação Jhonnatan Santos (UFMA, campus Imperatriz). Também conta com a revisão da jornalista e Mestra em Comunicação Ohana Luize.

*Com informações da COAR

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ABI BAHIANA

ABI participa do lançamento da Revista Nova Bahia

Os principais investimentos, entregas e ações realizadas pelo Governo do Estado da Bahia em 2023 estão reunidos na primeira edição da Revista Nova Bahia, lançada nesta terça-feira (20), durante um evento na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador.

Os jornalistas Mara Santana e André Curvello, secretário de Comunicação | Foto: Márcia Moreira

A solenidade de lançamento da publicação teve a presença do governador Jerônimo Rodrigues, do jornalista André Curvello, secretário estadual de Comunicação, além de outras autoridades e representações da sociedade civil. A Associação Bahiana de Imprensa foi representada pela jornalista Mara Santana, diretora de Defesa do Direito à Informação e dos Direitos Humanos da instituição.

O secretário André Curvello agradeceu a presença da ABI, enquanto entidade colaboradora da comunicação na Bahia.

Com 366 páginas, a publicação traz 36 temas sobre as realizações da gestão em áreas como segurança pública, saúde, educação, desenvolvimento econômico e redução das desigualdades econômicas e sociais.

A produção da revista é resultado de um trabalho conjunto, que contou com a colaboração de jornalistas e repórteres fotográficos de todas as assessorias das secretarias e órgãos do Estado, além de profissionais de design gráfico e técnicos do Governo.

De acordo com o secretário de Comunicação, o documento é um instrumento de consulta e que vai contribuir para a ampliação da transparência das informações. Distribuída gratuitamente, a Revista Nova Bahia estará disponível também na versão digital, que pode ser acessada no site ba.gov.br.

Para André Curvello, a revista desempenha um papel crucial na prestação de contas à sociedade. “Esta publicação não só mostra os avanços do primeiro ano da gestão estadual, mas também reitera o compromisso do Estado em manter uma comunicação transparente e acessível, permitindo que os cidadãos acompanhem de perto as ações e investimentos para o desenvolvimento e bem-estar de todos os baianos”, enfatizou o titular da Secom.

Com informações do repórter Tácio Santos/GOVBA.

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Ato em defesa da libertação de Julian Assange acontece em Ondina

WikiLeaks é uma biblioteca gigante para os documentos mais perseguidos do mundo. Nós damos asilo a esses documentos, os analisamos, os promovemos e obtemos mais

Julian Assange, Der Spiegel Interview

Programador e jornalista, o australiano Julian Assange seguiu sua carreira em busca de informações confidenciais, mas de interesse público. No momento, Assange é prisioneiro na penitenciária de segurança máxima em Belmarsh, Londres. Nesta semana, o mundo se mobilizou para impedir sua extradição para os Estados Unidos, a ser julgada nos dias 20 e 21 de fevereiro de 2024. Na manhã desta segunda-feira, manifestantes se reuniram na Biblioteca Central da Ufba.

Ex-diretora da Faculdade de Educação da Ufba, Celi Taffarel, foi uma das responsáveis pela mobilização do grupo. Membro da Rede Nacional Universitária em Solidariedade ao Povo Palestino, ela destaca a necessidade de convocar os estudantes e a sociedade em prol desta causa. Ela entende que a mobilização das autoridades mundiais e da população é essencial para a segurança do jornalista.

“O que nos motiva é a solidariedade internacional na defesa de uma causa: a imprensa livre, o jornalismo livre, a verdade e a vida de Assange”, afirma Taffarel. “Esse é um ato internacional porque ele se liga a outros atos que estão sendo organizados no mundo inteiro. Amanhã, nós vamos ter (na Inglaterra) o julgamento da extradição de Assange. Se isso for aprovado, ele será entregue para os Estados Unidos e será detido da prisão de Guantánamo, um lugar terrível. Eles pretendem matar esse jornalista”.

Para os manifestantes, a libertação de Assange significa um avanço em direção à liberdade de imprensa e à democracia no cenário internacional. Um calendário de manifestações movimenta a semana decisiva para o fundador do Wikileaks, organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia.

Processado nos Estados Unidos por ter publicado mais de 700 mil documentos confidenciais sobre as atividades militares e diplomáticas do país norte-americano, especialmente no Iraque e no Afeganistão, desde 2010, Julian Assange foi detido pela polícia britânica em 2019. Antes, passou sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar extradição para a Suécia. Caso seja extraditado, ele poderá ser condenado a uma pena de 175 anos em prisão de segurança máxima em condições desumanas.

Em torno de 30 pessoas compareceram ao ato convocado pelo Comitê Baiano em Defesa da Libertação de Assange, com o apoio do Comitê Poético Contra O Golpe, CEBRAPAZ e CONEN. Dentre elas, o manifestante Márcio Sampaio de 45 anos. Ele conta que a causa inspirava seus ideais por justiça e que assistir o documentário Ithaka – A Luta de Assange, aguçou seu interesse pelo caso.

“A luta de Assange é uma coisa que me mobiliza porque é muito nítido o processo de silenciamento que os EUA querem fazer sobre ele. A pergunta que exemplifica muito isso é ‘Qual crime ele cometeu?’, divulgar a verdade não pode ser crime. A prisão de Assange é uma mensagem para o mundo. Para todos nós. Se você quiser falar a verdade, se você quiser lutar por uma causa justa, o que eles estão querendo dizer é ‘tome cuidado, você também pode ser vítima”, reflete Sampaio.

A concentração para o ato começou às 9h e seguiu até às 10h, quando o Comitê Poético Contra O Golpe abriu a programação com uma performance em grupo. Com jornais em mãos e placas representando a imprensa, a mídia e as nações, membros do comitê representaram o silêncio e a cegueira dessas entidades para a situação de Julian Assange. Durante o pronunciamento dos membros organizadores do evento, a artista Deusi Magalhães representou a Estátua da Liberdade em ataque a Assange e reafirmou a importância de momentos como este para a manutenção da democracia.

Os artistas e diretores teatrais Demian Reis e Deusi Magalhães representam Julian Assange e a Estátua da Liberdade || Foto: Felipe Costa

“Esse é o momento da gente colocar o mundo em alerta, por mais difícil que seja e por pequeno que comece, não podemos aceitar essa retórica e o avanço imperialista americano. A pergunta que não quer calar é qual é o sentido da OTAN? O mundo hoje, em todos os lugares, está sendo bombardeado por uma extrema-direita criminosa e muitas pessoas inocentes têm morrido.”

Doutor honoris causa na Faculdade de Comunicação da Ufba

Além da manifestação ocorrida na entrada da Biblioteca Central, os representantes trouxeram uma proposta para a Faculdade de Comunicação da Ufba. Com a solicitação em mãos, guiados pela professora Celi Taffarel, o grupo pleiteou a concessão de um título honorífico a Julian Assange por sua luta em defesa da democracia.

O diretor e professor associado da Facom, Leonardo Costa, recebeu o comitê pessoalmente e declarou conhecimento acerca da manifestação sobre Assange, aceitando o documento  para apresentá-lo na próxima reunião de congregação.

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Centro Knight e UFBA lançam curso gratuito sobre comunicação acessível

Textos alternativos, descrições de áudios, fotos e vídeos estão entre os muitos recursos de acessibilidade e inclusão trazidos pela era digital. Entretanto, o uso dessas novas tecnologias ainda não é uma realidade nas redações. Para contornar essa lacuna da atividade profissional, o Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, em parceria com o Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line (GJOL) da Universidade Federal da Bahia, anunciou o curso gratuito  “Como jornalistas podem garantir acessibilidade aos seus produtos digitais”, que será realizado de 4 a 31 de março de 2024.

Com o objetivo de fornecer aos jornalistas ferramentas para criar conteúdo multimídia inclusivo, em diferentes plataformas e para públicos diversos, esse MOOC (curso online, massivo e aberto, na sigla em inglês) pretende ensinar qual é a responsabilidade dos jornalistas na produção de conteúdo acessível e como fazê-lo em publicadores, sites e redes sociais.

Para quem?

O conteúdo é direcionado a jornalistas, professores, profissionais e estudantes de comunicação, profissionais com foco em comunicação corporativa, marketing, branding e publicidade que tenham interesse em aprender habilidades para tornar o conteúdo do seu trabalho mais inclusivo, ético e acessível a diversos perfis de público.

Conteúdo

O curso aborda tópicos importantes como a compreensão dos princípios de acessibilidade e as leis e normas que regulamentam a acessibilidade digital. Serão apresentadas as diretrizes do WCAG (Web Content Accessibility Guidelines 2.2), um conjunto de normas internacionalmente reconhecidas para tornar o conteúdo web mais acessível e inclusivo. Também serão abordadas as normas-chave para deixar um conteúdo acessível em sites e redes sociais e o Protocolo Reverta de Acessibilidade.

Ao concluir este curso, jornalistas terão aprendido melhores práticas de comunicação acessível para comunicólogos, incluindo a criação de estratégias de comunicação inclusivas e éticas. As aulas vão explorar conceitos sobre acessibilidade digital; linguagens para públicos diversos; e boas práticas para conteúdo acessível.

Os participantes realizarão exercícios práticos e discussões, para dominar a arte de criar conteúdos que não apenas atendam aos padrões de acessibilidade, mas também cativem e informem o público de maneira eficaz.

De acordo com a professora Carla Beraldo, instrutora do curso, a acessibilidade é uma característica do jornalismo em redes digitais. “A deficiência é um desencontro entre uma pessoa e seu ambiente. E a acessibilidade é a correção deste desencontro. Ao ser acessível, estamos permitindo um maior engajamento do público e evitando bolhas de informação ou câmaras de eco”, disse Beraldo. “Você deve criar um diálogo com e entre seus leitores, e buscar a acessibilidade amplifica a variedade de vozes e opiniões.”

Bio – Idealizadora do Protocolo Reverta de Acessibilidade e vencedora do Google News Challenge #2022, Beraldo é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) e especialista em Comunicação Jornalística pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Cursou MBA em Marketing na Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).

Defendeu seu mestrado e cursa doutorado no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (PósCom/UFBA), trabalha com comunicação e tecnologia. É pesquisadora sobre a produção de conteúdo jornalístico em redes digitais e acessibilidade.

  • Inscreva-se aqui >> https://journalismcourses.org/product/como-jornalistas-podem-garantir-acessibilidade-aos-seus-produtos-digitais/
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