ABI BAHIANA

Conferência da ABI enfatiza papel da imprensa na divulgação de ciência e economia

Nesta quarta-feira, 9 de abril, às 11h, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) promoveu a segunda edição da Conferência ABI 95+5, com tema “A Economia do Mar e as Perspectivas para a Capital da Amazônia Azul”. A palestra ministrada por Eduardo Athayde, diretor do Worldwatch Institute (WWI), teve como objetivo aproximar a imprensa baiana da realidade do setor econômico ligado à vasta área marítima brasileira, conhecida como “Amazônia Azul”.

A conferência é parte das comemorações dos 95 anos da ABI, que se completam em agosto deste ano. Em um ciclo de debates voltado para temas de relevância social, a ABI busca, por meio desses encontros, promover discussões de alto nível sobre questões fundamentais para a sociedade baiana e brasileira. A escolha da economia do mar como tema reflete a crescente importância desse setor no estado, particularmente em relação às oportunidades de desenvolvimento sustentável.

À frente do WWI no Brasil, Eduardo Athayde trouxe um panorama detalhado das principais ações desenvolvidas pelo Instituto no setor marinho e costeiro, com foco na Bahia. “O que se estima é que a Bahia movimenta hoje 80 bilhões de reais por ano na economia do mar. Seja petróleo e gás, náutica, turismo, portos, pesca, ou a marisqueira, os banhistas, a barraca de praia, camelôs de praia, tudo isso é economia do mar”, explicou ele, ressaltando que o Instituto visa montar um Atlas da Economia do Mar para sistematizar os dados existentes sobre a área.

Segundo dados da Marinha do Brasil, o setor gera mais de 1,3 milhão de empregos e representa cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A Bahia, com sua extensa costa e proximidade com importantes rotas marítimas, é um dos principais pólos econômicos ligados ao mar no Brasil. 

Diálogo com a imprensa

Na plateia da conferência, nomes importantes do jornalismo baiano ouviram e anotaram informações. Marcaram presença a diretora de Jornalismo da Band Bahia, Zuleica Andrade; o repórter da editoria de Turismo e coordenador da WebTV do BNews, Rafael Albuquerque; Emerson Miranda,  repórter da Band; o jornalista da rádio Band News FM, Victor Pinto; o editor do Bahia Notícias, Fernando Duarte; e o diretor da A TARDE FM e apresentador da TV ALBA, Jefferson Beltrão.

Para o diretor do WWI Brasil, a presença desses nomes na conferência é uma vitória para a compreensão pública da economia do mar. “A ABI está exatamente convocando esses jornalistas, editores de vários veículos de imprensa, para trocarem informações e ideias sobre que nós expusemos aqui sobre a economia do mar. Acho que com isso vocês estão escrevendo uma nova história do futuro”, disse ele.

Já o presidente da ABI, Ernesto Marques, enfatizou o papel da imprensa não só como difusora de informações sobre o potencial econômico da Bahia, mas como instrumento de pressão às autoridades para materializar políticas públicas na área. “Acho que uma grande contribuição que a imprensa pode dar, a partir da cobertura qualificada desses assuntos, é cobrar corretamente as responsabilidades de cada esfera de governo na criação de uma política pública permanente para a economia do mar”, avaliou.

Também compareceram ao evento o presidente da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos (ACBEU), Jorge Novis, e o diretor Ticiano Cortizo. A Associação promove articulações entre o Brasil e entidades americanas que já estão mais avançadas na economia do mar, facilitando a troca de informações e tecnologia na área.

WWI

Com sua atuação focada na promoção de soluções para a sustentabilidade, a ONG Worldwatch Institute Brasil tem contribuído ativamente para o desenvolvimento de políticas públicas e iniciativas privadas que buscam equilibrar a exploração dos recursos marinhos com a conservação ambiental. O Instituto tem desenvolvido projetos voltados para a gestão sustentável dos recursos pesqueiros, a proteção dos ecossistemas marinhos e a promoção de uma economia azul que seja inclusiva e responsável.

Acesse o álbum de fotos da conferência, no Facebook:

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ABI BAHIANA

Em conferência da ABI, superintendente do Iphan Bahia defende conjugação de esforços pelo patrimônio

Há pouco mais de um mês, o desabamento do teto da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como “igreja de ouro”, vitimou fatalmente a turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos. A tragédia intensificou a preocupação com o patrimônio cultural do Centro Histórico de Salvador, principalmente entre os proprietários de imóveis na região, como é o caso da Associação Bahiana de Imprensa, cuja sede está localizada na Praça da Sé. A entidade recebeu na manhã desta quarta-feira (12) o superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan/Bahia, Hermano Guanais.

A participação de Guanais abriu o Ciclo de Conferências ABI 95+5, um evento promovido pela ABI com o objetivo celebrar ao longo de 2025 os seus 95 anos de funcionamento ininterrupto, desde a sua fundada em 17 de agosto de 1930. “A partir das conexões entre comunicação e desenvolvimento, as conferências acontecerão mensalmente, na segunda quarta-feira de cada mês, coincidindo com as reuniões ordinárias da Diretoria Executiva”, explicou o presidente da ABI, Ernesto Marques.

O dirigente falou sobre o papel dos profissionais da imprensa na disseminação de informação qualificada e o quanto essa atuação ética e responsável ajuda órgãos e sociedade. “De que maneira o trabalho dos jornalistas se diferencia, sobretudo nesse tempo de comunicação digital, da informação frívola, imprecisa, às vezes mal intencionada e que se espalha com muita facilidade em redes sociais?”, indagou.

Depois de atender aos veículos de imprensa, Hermano Guanais, que – além de advogado – é doutor em Direito e Patrimônio, contextualizou informações importantes sobre as competências do órgão, desmentiu equívocos propagados nas redes sociais, conceitos e destacou os principais desafios enfrentados pelo Iphan, como a falta de recursos e a desarticulação entre as instâncias municipal, estadual e federal.

“Somente mesmo a ação integrada, o reconhecimento de que preservar o patrimônio não significa apenas intervir para restaurar, mas que é um programa de educação patrimonial muito amplo, de formação, de conhecimento, mesmo de investimento em profissionais, vamos conseguir contornar o problema. Precisamos de uma conjugação de esforços e de compreensão de que os proprietários, os poderes públicos e a sociedade dividem a responsabilidade sobre o patrimônio”, refletiu.

Fica a instituição federal com poucos recursos e poucos servidores tentando dizer para a sociedade que aquilo é importante para ela.

Hermano Guanais

Um dos pontos abordados pelo superintendente, ao citar as atribuições do Iphan, foi o famoso tombamento, principal instrumento de salvaguarda. Segundo Guanais, ele é um processo administrativo que reconhece o valor histórico, artístico ou paisagístico de um bem, impondo regras para sua conservação. Após ser inscrito nos livros do tombo do Iphan, o imóvel ou conjunto arquitetônico passa a ter sua integridade protegida, impedindo modificações que comprometam suas características originais. Para os proprietários de imóveis em áreas tombadas, a preservação do patrimônio é uma obrigação legal.

“Essa noção de que o patrimônio é do Estado e de que o tombamento é uma desapropriação é que leva ao entendimento de que, ao tombar um bem, o IPHAN passa a ser proprietário e dono dele”, observou.

Reformas, restaurações e até mudanças na pintura devem ser previamente autorizadas pelo Iphan ou pelo órgão municipal de patrimônio. Além disso, qualquer descumprimento das normas pode resultar em multas e outras penalidades.

“O papel do Iphan, como órgão fiscalizador, é dar ciência ao proprietário de que ali há problemas e recomenda medidas”, disse ele. “Como são bens privados, são os proprietários que fazem a estratégia de tentar resolver esses problemas”, explicou.

“Se nós não estivermos unidos em torno do fortalecimento dessas instituições que permanecem aí, que são instituições de Estado, o patrimônio vai se acabar. E na verdade ainda não acabou, mesmo com todas as dificuldades, porque existe um órgão que chega ali e diz para o proprietário que ele não pode construir mais cinco puxadinhos um atrás do outro”, disse.

Ele destacou que cabe à autarquia federal dar o suporte técnico e, às vezes, financeiro. Os donos podem obter incentivos fiscais e acesso a linhas de financiamento para a manutenção dos imóveis, garantindo que a história e a identidade cultural das cidades sejam preservadas para as futuras gerações.

No caso da Igreja de São Francisco, o órgão divulgou, na terça (11), localizada no Pelourinho, que destinará R$ 1,3 milhão para viabilizar serviços para estabilização, remoção e acondicionamento de elementos do forro e cobertura, intervenções previstas para serem iniciadas ainda em março.

Revitalização

“O Centro Histórico pede socorro”, dizia a placa segurada pelo jornalista, escritor e ativista cultural Clarindo Silva. O proprietário do restaurante Cantina da Lua liderou um ato também na manhã desta quarta (12), em frente à Igreja de São Francisco, para cobrar a revitalização da área. A manifestação reuniu comerciantes, moradores e trabalhadores da localidade.

Ouça a participação de Hermano Guanais:

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ABI BAHIANA

ABI recebe o IPHAN para avaliar situação do patrimônio histórico

Abrindo o Ciclo de Conferências ABI 95+5, a Associação Bahiana de Imprensa receberá o superintendente regional do Iphan, Hermano Guanais, nesta quarta-feira, 12 de março, às 11h.

Com o evento, a ABI inicia a programação alusiva aos 95 anos de funcionamento ininterrupto da entidade fundada em 17 de agosto de 1930. A partir das conexões entre comunicação e desenvolvimento, as conferências acontecerão mensalmente, na segunda quarta-feira de cada mês, coincidindo com as reuniões ordinárias da Diretoria Executiva.

Além de uma contextualização do seu setor de atuação, cada conferencista será desafiado a fazer projeções para 2030, quando a ABI completará 100 anos.

Guanais vai expor a situação dos patrimônios artísticos e históricos da Bahia hoje, e sobre as atribuições e responsabilidades do Iphan e dos proprietários de bens tombados na conservação e manutenção. E, claro, sobre o caminho a ser trilhado para transformar o quadro atual, avaliado como de extrema gravidade, com a ameaça iminente de novas ocorrências, como a fatalidade que vitimou, em fevereiro, a jovem turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, quando o forro da Igreja de São Francisco desabou.

Após a conferência, Hermano Guanais debaterá o assunto com especialistas convidados, dirigentes da ABI e jornalistas que forem cobrir o evento.

SERVIÇO:

Evento: Ciclo de Conferências ABI 95+5: patrimônios da Bahia hoje e em 2030
Quando: 12 de março (quarta-feira), a partir de 11h
Onde: ABI – Sala de Reuniões Afonso Maciel Neto (2º andar) – Edifício Ranulfo Oliveira – Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé (Centro Histórico)

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