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7 de Setembro: Entidades orientam repórteres sobre segurança na cobertura

O crescimento dos casos de violência contra profissionais da imprensa tem preocupado entidades ligadas ao segmento. Para trabalhadores da mídia que atuam na cobertura política, então, algumas agendas são sinônimo de intimidações e agressões, que põem em risco suas vidas. É o caso do “7 de Setembro”, Dia da Independência do Brasil. Com a proximidade das eleições gerais, as diversas manifestações marcadas para a data, em todo o país, colocaram instituições representativas da categoria em estado de alerta, e suscitaram a edição de materiais com dicas de segurança e orientações sobre como agir em caso de violações.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) orientou os Sindicatos filiados a reforçarem as medidas de segurança dos profissionais na cobertura dos atos. A entidade destacou o contexto difícil deste ano, principalmente para repórteres que cobrem comícios, manifestações e a agenda política. Segundo a Fenaj, os atos convocados pela extrema-direita para o 7 de Setembro despertam preocupação.

Em 2021, segundo o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, foram registrados 430 episódios de agressões à categoria. De acordo com a Fenaj, o presidente Jair Bolsonaro foi o principal agressor, com por 147 casos (34,19% do total). Também aparecem como perpetradores de violência contra profissionais da mídia “manifestantes bolsonaristas”, com 20 casos.

A Arfoc-Brasil divulgou carta derivada do XVI Congresso Nacional dos Jornalistas de Imagem, realizado em Florianópolis. No documento, a Associação reafirma o compromisso de continuar a defender os cinefotojornalistas, o jornalismo e a liberdade de imprensa, “diante das múltiplas agressões que os jornalistas e a profissão vêm sofrendo”.

Medidas

Além da manutenção de equipes de plantão no feriado, a Diretoria Executiva da Federação recomendou que os Sindicatos enviassem ofício às empresas empregadoras, para pedir a adoção de medidas protetivas. A FENAJ também sugere aos jornalistas  a leitura do “Guia de Proteção a Jornalistas na Cobertura Eleitoral “, elaborado pelo Sindicato dos Jornalistas de SP e disponível AQUI. Na Bahia, o Sinjorba também estará com plantão de diretores à disposição.

Para Ernesto Marques, presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), ataques contra a imprensa representam riscos para a própria democracia. “Precisamos de liberdade e respeito para realizarmos o nosso trabalho. A preocupação das entidades com a segurança, com a integridade física e moral, dos profissionais da imprensa é um grande sintoma da situação de desajuste institucional que o Brasil está vivendo. Se isso está acontecendo no dia 7 de setembro, nos 200 anos da Independência, é porque muita coisa precisa ser revista e consertada neste país”, avalia.

  • Confira abaixo algumas dicas compartilhadas pela Fenaj:
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