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Vice-presidente da ABI discute perspectivas da profissão jornalística

Aconteceu no último dia 15 de fevereiro, no auditório da Fundação Hansen um debate sobre as peculiaridades e as perspectivas da profissão de jornalista. O evento contou com a presença do vice-presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o jornalista Ernesto Marques, que discutiu sobre o mercado de jornalismo na Bahia. O debate fez parte da programação do IV Prêmio Montezuma de Jornalismo Laboratorial.

De acordo com o jornalista, o melhor nicho de mercado atualmente é a assessoria. Para ele, o mercado de jornalismo é muito pequeno e a oferta da mão de obra tem aumentado muito, principalmente, depois do crescimento do número de cursos de jornalismo que são oferecidos, sobretudo, em faculdades particulares.

Ernesto afirma que o mercado jornalístico baiano não tem capacidade para comportar os jornalistas. “O mercado não tem tamanho para segurar e manter nossos talentos”, disse ele.

A perspectiva de crescimento para o mercado apontada pelo presidente da ABI são as assessorias de imprensa e de comunicação. Diferente de alguns, Marques defende o trabalho do jornalista na assessoria. Ele ressaltou que ao contrário do que muitos dizem, o trabalho de assessor não pode ser considerado inferior. “Assessoria não é um trabalho de segunda. Os compromissos éticos são exatamente os mesmos, tanto do jornalista que está na redação quanto o que está na assessoria”, afirmou ele.

Durante a discussão, Ernesto disse que o trabalho de repórter tem que ser valorizado, e que o jornalista não deve ser apenas alguém que recebe uma pauta de seu editor e vai cumpri-la sem questionar, mas um cidadão crítico.

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