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Universidade Columbia oferece bolsa para jornalistas

O Dart Center for Journalism and Trauma, um projeto da faculdade de jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York,  abriu inscrições para a bolsa Ochberg Fellowship até 30 de setembro de 2016. Em seu 18º ano, o programa é voltado para jornalistas veteranos ou em meio de carreira que queiram aprofundar seus conhecimentos sobre violência, conflito ou tragédia e sobre traumas emocionais e danos psicológicos.

A bolsa existe desde 1999 e proporciona aos jornalistas a oportunidade de participar de seminários na Universidade Columbia, durante uma semana. As atividades do programa incluem briefings com proeminentes especialistas interdisciplinares sobre trauma e saúde mental, conversas com colegas jornalistas sobre ética, o ofício e outros aspectos da prática profissional, e uma série de outras oportunidades de engajamento intelectual e aprendizagem entre colegas.

A bolsa cobrirá custos de deslocamento, alojamento, refeições e demais despesas relacionadas à viagem, que acontece de 16 a 21 de janeiro de 2017.

Podem se inscrever jornalistas com, pelo menos, 5 anos de experiência, fluência em inglês e um histórico de reportagens nos tópicos de violência e seus impactos em indivíduos, famílias ou comunidades. Doze jornalistas serão selecionados. As inscrições devem ser feitas até 30 de setembro 2016, no site do Dart Center.

 

*Informações da Abraji e Dart Center.

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ONG Think Olga lança guia do jornalismo humanizado sobre deficiência

A ONG feminista Think Olga lançou a Parte 2 do seu Minimanual do Jornalismo Humanizado. A publicação, em formato pocket, reúne dicas e exemplos práticos para jornalistas que vão escrever sobre pessoas com deficiência para evitar erros clássicos na abordagem de notícias relacionadas à grupos minorizados.

“Nosso objetivo é fornecer ferramentas que ajudem de forma prática aos profissionais dos meios de comunicação a se livrarem de abordagens e termos preconceituosos que somente contribuem com as limitações enfrentadas por grupos minorizados na sociedade”, explica a ONG.

A Think Olga, que também pretende educar o público a identificar e apontar os erros cometidos pela mídia com a iniciativa, lembra que mais de um bilhão de pessoas no mundo possuem algum tipo de deficiência, segundo dados de 2011 do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

Para desenvolver a segunda parte de seu minimanual, a Think Olga convidou a antropóloga Adriana Dias, que é coordenadora do Comitê “Deficiência e Acessibilidade” da Associação Brasileira de Antropologia, coordenadora de pesquisa no Instituto Baresi e na ONG Essas Mulheres.

No guia, a antropóloga traz dados sobre a deficiência, os termos corretos para utilizar em reportagens, questões sobre o corpo e sexualidade, doenças raras e exemplos de boas práticas.

A primeira parte do Minimanual foi lançada em Junho, e fala sobre a violência contra a mulher.

 

*Informações do Portal Imprensa, ABI Nacional e site Think Olga.

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Projeto de Lei quer transformar homicídio de jornalistas em crime hediondo

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 329/2016 quer transformar em crime hediondo o homicídio de jornalistas em razão de sua profissão. A proposta foi apresentada pelo senador licenciado Acir Gurgacz (PDT-RO). A punição para crimes hediondos é mais dura.  Os condenados por esse tipo de crime não têm, por exemplo, direito a anistia, graça e indulto. Outra regra é que a pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.

Acir Gurgacz argumenta que a violência contra profissionais de imprensa é uma afronta à liberdade de expressão e, por isso, nociva à democracia. Citou dados da International Press Institute, que é uma organização dedicada à liberdade de imprensa, segundo os quais o Brasil ficou, em 2013, em oitavo lugar no ranking dos países com mais mortes de jornalistas. Os sete primeiros são: Síria, Iraque, Filipinas, Índia, Paquistão, África do Sul e Somália.

Os casos mais recentes de assassinatos são do jornalista Mateus Júnior, encontrado morto no último dia 8, em Palmas (TO), e do jornalista João Miranda do Carmo, atingido por 13 tiros em Santo Antônio de Descoberto, no entorno de Brasília (DF).

“Não podemos mais admitir que essa situação se prorrogue. Nesse sentido, apresentamos este projeto para agravar a resposta penal aos homicídios praticados contra jornalistas, em razão de sua profissão. Estando o tipo relacionado como crime hediondo, o agente poderá ser demovido da ideia de praticar a conduta delituosa, sob pena de suportar a severidade do regime”, explicou o senador.

O projeto seguiu para análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ainda não há um relator designado para analisar a proposta.

*Informações da Agência Senado.

 

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ABI BAHIANA Notícias

ABI homenageia Roberto Santos na véspera do seu 90º aniversário

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) homenageou com um almoço, nesta quarta-feira (14), o professor e ex-governador da Bahia (1975 a 1979), Roberto Figueira Santos pelos seus 90 anos, completados hoje (15), e toda a trajetória de vida pública, dedicação e fortalecimento da divulgação cientifica. Filho do fundador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Edgard Rego dos Santos e de Carmen Figueira Santos, Roberto Santos foi também reitor da UFBA (1967-1971), presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ministro da Saúde (1986 a 1987) no governo de José Sarney, entre outras funções.

O presidente da ABI, Walter Pinheiro, destacou a figura de Roberto Santos como “uma personalidade ilustre, querida e respeitada”. Lembrou que foi sua ligação com a comunicação a razão maior para a lembrança do diretor da ABI, Luiz Guilherme Pontes Tavares, que propôs o encontro. Falou ainda sobre a criação do Centro de Convenções e lamentou o fato deste estar fechado.

A trajetória de Roberto Santos é marcada por muitas iniciativas no âmbito da ciência, a mais recente delas, a criação da Academia de Ciências da Bahia, em 2010, da qual é presidente. Sobre este aspecto, a jornalista Mariluce Moura destacou outras iniciativas de apoio à área cientifica como a criação do Jornal Universitário, no qual trabalhavam os alunos de jornalismo da UFBA, que se dedicava à divulgação da ciência com os instrumentos da universidade, quando foi Reitor da UFBA. Lembrou também da fundação do Museu de Ciência e Tecnologia, em 1979, primeiro do gênero no País e também na América Latina, durante sua gestão como governador, que tinha como objetivo ser didático e demonstrar as ciências básicas de forma lúdica para as crianças das escolas de ensino fundamental. Atualmente o museu está desativado.

Sérgio Gomes, que foi secretário de comunicação social durante o governo Roberto Santos, destacou o administrador criterioso na gestão do dinheiro público que foi Roberto Santos e que “sua figura é indissociável da de Maria Amélia Menezes Santos, sua companheira de uma vida inteira”, de quem ficou viúvo em 2010. Gomes atribuiu a ela seu êxito na secretaria, com equipe rigorosamente profissional. “Hoje na Bahia não há setor, nem lado político, não há quem não reverencie Roberto Santos pelo que fez pelo estado, tendo deixado até hoje as bases em muitas coisas no crescimento da Bahia”, finalizou.

O secretário de comunicação social do atual governo e membro afastado da ABI, André Curvello, lembrou a amizade que existiu entre sua mãe e Maria Amélia, e também que foi a convite de Roberto Santos que seu pai, o jornalista José Curvello, dirigiu a Empresa Gráfica da Bahia (EGBA). Na oportunidade, Curvello anunciou convite feito pelo governador Rui Costa para homenagem a ser prestada ao professor e ex-governador do estado.

O Vice-Presidente da ABI, Ernesto Dantas Araújo Marques, falou da influência que o Museu de Ciências da Bahia teve em sua vida: “Eu fui um menino tocado pelo museu, aos 12 anos. No colégio em que eu estudava tinha uma feira de ciências. Eu posso dizer que mudei o padrão das feiras de ciências do Colégio Nossa Senhora da Conceição depois que eu conheci o museu, após pegar emprestado o material que simulava o sistema vascular, o que foi um choque na feira e aí depois todas as equipes quiseram conhecer o museu. A gente ia no fim de semana no museu fazer experiências. Era uma coisa fantástica. Essa obra sua me marcou profundamente”.

O também vice-presidente da ABI, Sergio Mattos lembrou a forte influencia que teve Roberto Santos no desenvolvimento do jornalismo e na formação de novas gerações. “Essa contribuição ao curso de jornalismo é marcante, pois deu continuidade ao curso criado na década de 50, um dos primeiro do Norte e Nordeste”. O empresário Joaci Góes parabenizou a ABI pela homenagem prestada e lembrou que foi o construtor do Museu de Ciência e Tecnologia. Também criticou o “abandono do equipamento durante o governo Antonio Carlos Magalhães”. Finalizou aplicando a ele a epigrafe que Orlando Gomes fez de si próprio: “Infatigável no trabalho, severo nos estudos, grande nos afetos, sereno nas preterições”.

O sub-procurador Geral da União, Augusto Aras, reforçou o legado da administração de Roberto Santos, inclusive com a preservação do Museu do Sertão, em Euclides da Cunha. Ele destacou que foi instaurado no seu governo “uma nova forma de governar com liberdade, respeito às profissões, à imprensa e ao espírito democrático” e que a ABI “a exemplo da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) defende a liberdade, democracia e dignidade da pessoa humana”.

Ao final de tantas homenagens, Roberto Santos agradeceu a “todos aqueles que têm sido tão generosos com o trabalho que tem procurado fazer em torno do bem estar dos baianos”.

Além de toda a diretoria da ABI, estiveram presentes à homenagem, a jornalista Mariluce Moura, o secretário estadual de Comunicação, André Curvello, o ex-secretário de Comunicação do Governo Roberto Santos, Sérgio Gomes, o Diretor de Redação da Tribuna da Bahia, Paulo Roberto Sampaio, o empresário Joaci Góes e o sub-procurador Geral da União, Augusto Aras.

Mais cedo, durante a reunião de diretoria, foi feita homenagem também os 120 anos do Jornal A Cachoeira, proposta por Sergio Mattos com as congratulações da ABI.

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