ABI BAHIANA

Solenidade na ABI marca os 100 anos do nascimento de Afonso Maciel Neto

A manhã desta quarta (10) na Associação Bahiana de Imprensa (ABI) foi dedicada a homenagear Afonso Maciel Neto (1921-2015), no centenário de seu nascimento, transcorrido no dia 8 de  novembro. A solenidade em memória do jornalista, advogado e deputado estadual ocorreu na sede da entidade à qual Maciel serviu por mais de vinte anos e é sócio benemérito. Com a presença da família do homenageado, a diretoria executiva da ABI exaltou o legado deixado por Afonso Maciel à instituição e à imprensa baiana. 

Ernesto Marques, presidente da ABI

“Hoje e o tempo inteiro os dirigentes da ABI convivem e são desafiados pelo que Afonso nos legou. É o cuidado, o trato e a divulgação da Biblioteca Jorge Calmon; é o bom uso da sala que ele concebeu como espaço para uso dos jornalistas e que hoje é nossa sala de reuniões; é o Museu Casa de Ruy Barbosa, que nos anima agora a reeditar uma empreitada liderada por Afonso Maciel em 1973”, recordou o presidente da ABI, Ernesto Marques. “Ele deixou sua marca de dedicação, de lealdade e de compromisso com a ABI e com a cultura e a memória da nossa Bahia”.

A trajetória de Afonso Maciel junto a ABI possui mais de 20 anos de duração. Foi bibliotecário, diretor do  Museu Casa de Ruy Barbosa e presidente da entidade por 14 anos (de 1972 a 1986). Entre suas principais realizações destacam-se a ampliação do acervo da Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, a criação do Museu de Imprensa, a edição do livro comemorativo dos 50 anos da ABI, o Seminário de Técnica e Atualização Jornalística com intelectuais e grandes expoentes da imprensa brasileira e a reforma da Casa de Ruy Barbosa. Em 2000, foi agraciado pela ABI com a Medalha do Mérito Jornalístico. 

Presidente da Assembleia Geral da ABI, Walter Pinheiro

Walter Pinheiro, presidente da Assembleia Geral da ABI, pôde testemunhar os anos finais da gestão feita pelo primeiro radialista a presidir a entidade. Ele relatou o empenho e a defesa feita por Maciel Neto ao livre exercício da imprensa. “Em nossos anais está registrado o telex por ele enviado ao então presidente Geisel, em 78, protestando contra as restrições impostas aos jornalistas, quando da visita do presidente a Salvador. Àquele tempo, diante da dureza do regime, insurgir-se contra esses procedimentos era algo que amedrontava a todos, mas o destemor de Afonso Maciel não observava isso”.

O presidente da Assembleia Geral afirmou seu desejo de viver boas lembranças daquela figura que tanto trabalhou pela consolidação e capacitação da classe jornalística. Entre as suas memórias, está a de um almoço realizado também na sede da ABI em comemoração aos 10 anos do jornal Tribuna da Bahia, em 1979, com a presença do homenageado. Walter Pinheiro recorda as palavras de Afonso Maciel naquela ocasião: “A trajetória do espírito humano em sua evolução cultural não resulta apenas da aquisição do saber através da preparação científica, artística e literária nas suas múltiplas modalidades. Entre os fatores de ilustração da inteligência e de avanço cultural, está a imprensa, como uma dos mais vigorosos e de mais largo alcance. Por isso, entendemos liberdade de imprensa como direito também do povo a obter informações sem limitações ou deformações, a receber notícias e emitir suas opiniões por todos os meios de comunicação social”.

O evento foi prestigiado por parte da família de Maciel Neto. Sua filha, Rose Marie Brandão, recebeu a homenagem emocionada ao lado de sua irmã, Sandra Auster. “Agradeço pelas palavras explicando a trajetória de meu pai e principalmente os anos que ele serviu a essa casa de uma maneira firme, profissional e competente. Não foi à toa que ele ficou na presidência por catorze anos. Acredito que terminou sua jornada com honra. Tenho certeza que ele e minha mãe, onde estiverem, estão aplaudindo orgulhosos e agradecendo essa homenagem”. 

Família de Afonso Maciel Neto prestigia solenidade na ABI

Das mãos do diretor do Departamento Social, Nelson Carvalho, e amigo do homenageado, a família recebeu uma medalha do Senhor do Bonfim. Nelson Carvalho, que é também comendador e membro benemérito da Venerável Irmandade do Senhor do Bonfim, recorda a faceta religiosa de Maciel Neto. “Ele sempre foi um nome muito assíduo, constante com sua presença, e sempre participou de todos os eventos religiosos”. 

Amigo fraterno 

Foi também mencionada a amizade entre Afonso Maciel e Jorge Calmon – outro intelectual multitalentoso e ex-presidente da ABI -, que o apelidou de “Afonsinho”. Rose Marie Brandão lembrou outro apelido que foi dado a seu pai pelo colega: amigo fraterno. 

“A vida de Afonso Maciel está aqui dentro”, completou Ernesto Marques. “Nós convivemos com Afonso, com Ranulfo Oliveira, com Dr. Jorge Calmon, nós convivemos e reverenciamos todos aqueles que nos antecederam e que deram a contribuição para essa construção muito sólida que nos abriga até hoje, não somente para abrigar acervos, mas para fazer isso que fazemos aqui hoje: relembrar, rememorar, reverenciar e, sobretudo, agradecer pelos 14 anos que ele dedicou à Associação Bahiana de Imprensa”. 

*Larissa Costa, estudante de Jornalismo, estagiária da ABI.
Edição: Joseanne Guedes

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De luto pela morte do professor João Eurico Matta, ALB e ABI adiam II Simpósio

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Academia de Letras da Bahia (ALB) manifestam profundo pesar pelo falecimento do acadêmico João Eurico Matta, e se solidarizam com seus familiares e amigos. Enlutadas pela grande perda que representa a partida do professor, as entidades decidiram adiar o II Simpósio de Jornalismo e Literatura, cujo início estava previsto para a noite desta terça (9). Em momento oportuno, será divulgada uma nova data.

João Eurico foi um dos mais antigos acadêmicos a ocupar uma das cadeiras da ALB, em seu caso, a de número 16. Aos 86 anos, deixa uma carreira profícua, dedicada à profissionalização da administração pública e de empresas. Foi professor titular de Administração da Universidade Católica de Salvador e professor e diretor da Escola de Administração da UFBA, onde ajudou a fundar o Mestrado em Administração. 

Matta foi também Secretário de Estado Extraordinário para a Reforma Administrativa, durante o governo de Lomanto Júnior. Sua experiência e conhecimentos estão transcritos no livro “Modernização do Poder Executivo na Bahia: Estratégia e Dinâmica do Programa de Reforma Administrativa do Governo Lomanto Júnior (1963-1967)”. Ele também presidiu o Conselho Regional de Administração, entre 1997 e 2006, foi membro da Academia Baiana de Educação e fundador e presidente de honra da Academia Baiana de Ciência da Administração. 

Em reconhecimento de seus pares, a Academia de Letras da Bahia decretou luto pela partida do mestre. 

*Com informações fornecidas pelo portal UFBA.

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ABI celebra os 100 anos do nascimento de Afonso Maciel Neto

Há 100 anos, em 8 de novembro de 1921, nascia Afonso Maciel Neto (1921-2015). Para homenagear a memória desse conceituado homem público que partiu aos 94 anos, a Associação Bahiana de Imprensa vai realizar nesta quarta-feira (10), às 11h, um evento comemorativo do centenário de nascimento do jornalista, advogado, deputado estadual, ex-presidente e sócio benemérito da instituição. A solenidade será realizada, com os devidos protocolos sanitários, na sede da entidade à qual Maciel serviu por mais de vinte anos, e contará com a presença da família do homenageado.

Afonso Maciel Neto desempenhou na ABI as funções de bibliotecário, diretor do Museu Casa de Ruy Barbosa e presidente da entidade (de 1972 a 1986). Entre suas principais realizações destacam-se a ampliação do acervo da Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, a criação do Museu de Imprensa, a edição do livro comemorativo dos 50 anos da ABI, o Seminário de Técnica e Atualização Jornalística com intelectuais e grandes expoentes da imprensa brasileira e a reforma da Casa de Ruy Barbosa. Em 2000, foi agraciado pela ABI com a Medalha do Mérito Jornalístico. 

Durante os 14 anos em que esteve à frente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Afonso Maciel Neto encarou um dos momentos mais difíceis para a imprensa brasileira, a ditadura militar. O presidente da Assembleia Geral da ABI, Walter Pinheiro, explica que o jornalista se tornou figura conhecida e respeitada por causa de sua importante contribuição em defesa da liberdade de imprensa. “Sentimo-nos orgulhosos em poder reverenciar a memória do nosso saudoso ex-presidente. A passagem de Afonso Maciel pela ABI foi muito marcante, especialmente no período em que ocupou a presidência. Era uma época difícil para quem atuava no campo da comunicação, da imprensa, dos jornais, em face do AI-5, que estava com todo rigor censurando, fechando instituições, perseguindo as liberdades. Afonso Maciel não mediu esforços para defender a prática jornalística”, afirma. 

Para o presidente da ABI, Ernesto Marques, Afonso Maciel teve contribuição importante para a manutenção e o fortalecimento da entidade. “Ele marcou sua passagem pela presidência já pelo fato de ter sido o primeiro homem de rádio a dirigir a ABI, mas não só por isso. Vem do período dele a criação da Biblioteca Jorge Calmon, por um bom momento vivido pelo Museu Casa de Ruy Barbosa, do qual ele já tinha sido diretor. Para nós ele é uma referência da atenção que a ABI deve dar ao seu papel de instituição da cultura baiana”.

Sobre o homenageado

Afonso Glicério da Cunha Maciel Neto nasceu em Salvador, no dia 8 de novembro de 1921. Formou-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Bahia, tendo exercido diversas funções públicas durante sua vida. Aos 24 anos, foi auxiliar de imprensa e chefe de revisão da Imprensa Oficial do Estado da Bahia, 1945-1946. Chefe de gabinete do Secretário da Educação e Saúde do Estado, 1946; redator de debates da Assembleia Legislativa da Bahia; Assistente jurídico do Ministério da Viação e Obras Públicas, servindo na Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, 1947-1957; consultor jurídico da Rede Ferroviária Federal S/A. Conselheiro, diretor e tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB-BA. Assumiu o cargo de delegado regional do trabalho na Bahia, em 1967, e integrou o quadro de advogados da União, cargo no qual aposentou-se. Recebeu diversas condecorações de medalhas, entre as quais destaca-se a Ordem do Mérito da Bahia, no Grau de Comendador.

SERVIÇO

Homenagem dos 100 de nascimento de Afonso Maciel Neto 

Quando: 10 de novembro de 2021, às 11 horas. 

Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8° andar, Auditório Samuel Celestino)

Mais informações

Assessoria: [email protected] / 71 98791-7988 (Wa)

Fontes disponíveis: 

Ernesto Marques –  presidente da ABI: 71 99129-8150

Simone Ribeiro – diretora de Divulgação da ABI: 71 98816-7285

Site: http://www.abi-bahia.org.br/

  • Encontre a ABI nas redes sociais:

Youtube: @ABIBahia | Instagram e Twitter: @abi_bahia |Facebook: @abi.bahia

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ABI e ALB retornam com o Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura

Saber escrever uma boa narrativa é dever comum entre jornalistas e escritores. Entender suas implicações políticas e sociais também. A segunda edição do Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura irá se debruçar nas interfaces do trabalho jornalístico, a atividade literária e a realidade social. O evento, fruto de uma parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Academia de Letras da Bahia (ALB), será transmitido pelo canal de Youtube da ALB, nos dias 9, 10 e 11 de novembro. 

Seguindo a tradição iniciada na primeira edição, o II Simpósio será aberto pelos presidentes das duas entidades. Para o jornalista e radialista Ernesto Marques, presidente da ABI, o evento contempla ambas as áreas com a gama de nomes convidados para a ocasião. “Este segundo simpósio traz uma programação muito rica, grandes nomes do jornalismo e da literatura e de diferentes gerações. Representa a consolidação de uma parceria estratégica entre ABI e Academia de Letras que esperamos reproduzir com outras instituições importantes da cultura baiana”, afirma.

“Esta é uma aliança que deve durar. estamos no segundo simpósio e vamos ter o terceiro, o quarto e muitos outros mais. Vamos continuar trabalhando juntos sempre com essa mesma esperança, sempre com a mesma vontade de combater o obscurantismo e de promover cultura”, celebra o antropólogo Ordep Serra, presidente da ALB. Ele destaca que, mais uma vez, o simpósio traz questões do “mais alto interesse público” para serem discutidas nas mesas. “Sem dúvida é uma boa notícia para todo o mundo da cultura a de que a Academia de Letras da Bahia e a Associação Bahiana de Imprensa estão trabalhando em conjunto na luta comum pelo conhecimento, pela liberdade e pela democracia”

Mesas

A primeira mesa será mais que especial. Com o tema “Mídia, história, literatura: marcas da exclusão”, a discussão contará com a presença da jornalista Ana Alakija, especializada nos estudos afro-diaspóricos e pesquisadora na Salem State University; o escritor baiano Wesley Correia, poeta, ensaísta e pesquisador na área de Estudos Étnicos e Raciais; a mesa estará completa com Ordep Serra. Na mediação, a jornalista e doutora em Antropologia, Cleidiana Ramos. 

Pautando outra área de conhecimento cujas repercussões afetam nossa realidade, a segunda mesa terá o tema “Mídia, política e economia: estratégias, interfaces”. O debate será coordenado pelo jornalista Luiz Fernando Lima, e terá as contribuições do jornalista e economista Armando Avena, ocupante da cadeira 38 da ALB e editor do portal Bahia Econômica; do professor universitário Alberto Oliveira, jornalista especializado em Economia e Marketing Digital; e do doutor em ciências econômicas, Ladislau Dowbor. 

Com atuação nos cargos de conselheiro técnico das Nações Unidas e como consultor do Secretário Geral da ONU na área de Assuntos Políticos Especiais, Dowbor atualmente mora no Brasil, para onde voltou depois de ser forçado ao exílio pela ditadura militar, e é professor titular em Economia e Administração na PUC – SP. Em obras já publicadas, Dowbor volta seu olhar para o futuro do capitalismo e as origens e repercussões da desigualdade social, como nos livros “A Era do Capital Improdutivo”, “O Capitalismo Se Desloca: novas arquiteturas sociais” e a “Formação do Capitalismo Dependente no Brasil”.

Para encerrar o evento, o debate “Cronistas e articulistas: um olhar crítico sobre a cidade do Salvador” discutirá o trabalho dessas figuras cujo ofício passeia entre o jornalismo e a literatura. Com as contribuições do arquiteto Paulo Ormindo de Azevedo, ocupante da 2ª cadeira da ALB e um especialista do Urbanismo e da preservação arquitetônica; o escritor e cronista, Jolivaldo Freitas, diretor de jornalismo no portal Notícia Capital; e o colecionador de arte Dimitri Ganzelevitch, produtor cultural e colunista. O jornalista Jorge Luiz Ramos, diretor do Museu Casa de Ruy Barbosa, intermediará a conversa. 

Serviço:

II Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura

Quando: 9, 10 e 11 de novembro de 2021, a partir das 18 horas.  

Onde: Online, via YouTube da Academia de Letras da Bahia (ALB)

Programação: 

09 de novembro / 18h30

Abertura: Ordep Serra (ALB) e Ernesto Marques (ABI)

Mesa 1 – Mídia, história, literatura: marcas da exclusão 

Ordep Serra, Ana Alakija e Wesley Correia.

Mediação: Cleidiana Ramos (jornalista)

10 de novembro / 18h00

Mesa 2 – Mídia, política e economia: estratégias, interfaces 

Armando Avena, Alberto Oliveira  e Ladislau Dowbor.

Mediação: Luiz Fernando Lima (jornalista)

11 de novembro / 18h30

Mesa 3 – Cronistas e articulistas: um olhar crítico sobre a cidade do Salvador 

Paulo Ormindo de Azevedo, Jolivaldo Freitas e Dimitri Ganzelevitch.

Mediação: Jorge Luiz Ramos (jornalista, ABI)

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