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Entidade de imprensa alerta sobre autocensura de jornalistas na Venezuela

DEU NO PORTAL IMPRENSA – O Instituto de Imprensa e Sociedade (Ipsys, na sigla em espanhol) divulgou uma nota para denunciar a autocensura de jornalistas que atuam na Venezuela. No comunicado, o órgão afirma que os repórteres evitam publicar informações com receio de retaliações governamentais. Há também, conforme a entidade, possíveis sanções de veículos por matérias prejudiciais às autoridades do país.

Segundo o portal Venezuela Al Día, a entidade identificou o problema durante um levantamento para verificar as condições de trabalho dos comunicadores na região. “A conclusão […] é o reconhecimento da autocensura como um sintoma muito grave na situação dos jornalistas”, disse Marielena Balbi, diretora do IPYS, na apresentação de “A ordem é o silêncio”.

A investigação foi realizada entre agosto e setembro deste ano e foram consultados cerca de 225 jornalistas de meios privados (89%), comunitários (5%), estatais (3%) e independentes (3%). Os repórteres entrevistados trabalham em diversas cidades venezuelanas, como Miranda, Carabobo, Zulia, Aragua, Táchira, Lara, Mérida, Anzoátegui, Falcón, Portuguesa, Barinas, Bolívar, Monagas.

Dos comunicadores entrevistados, 29% reconheceu que se autocensurou depois que o veículo em que trabalha não divulgou uma informação. Já 28% revelou que o fez para evitar ameaças contra sua segurança e integridade pessoal, enquanto 26% fizeram isso para evitar sanções e novas leis sobre meios. Além disso, 23% disseram evitar publicar um dado por mera precaução.

O estudo constatou, também, que a censura é proveniente do poder Executivo em 34% dos casos. O relatório confirma as dificuldades vivenciadas pelos meios de comunicação na Venezuela. Além da autocensura, os veículos lutam para se manter em circulação diante da falta de subsídios para a compra de papel, o que resultou na deterioração dos jornais na região.

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