Uma sessão especial promovida no plenário da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (AL-BA), nesta terça-feira (11), encerrou o ciclo de homenagens ao centenário de nascimento do jornalista Jorge Calmon (1915-2006) – comemorado no dia 7 de julho. A Casa inaugurou uma placa “Jornalista Jorge Calmon” que dá nome ao auditório do edifício Senador Jutahy Magalhães. As homenagens integram uma extensa programação organizada a partir de comissão instituída pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI), que colheu sugestões e elaborou um cronograma de eventos em conjunto com mais de 20 entidades e instituições.
Referência no jornalismo baiano, Calmon trabalhou por mais de 40 anos no jornal A Tarde, atuando como redator-chefe e diretor de redação. Elegeu-se duas vezes deputado estadual, foi advogado, professor, ativista cultural, entre outras funções. Prestigiaram a cerimônia o presidente da ABI, Walter Pinheiro, o secretário estadual de Comunicação Social, André Curvello, representando o governador Rui Costa, o ex-governador Waldir Pires, o presidente da AL-BA, Marcelo Nilo, o filho caçula do homenageado, Jorge Calmon Filho, além de representantes das mais diversas entidades que tiveram a história marcada pela passagem de Jorge Calmon.
Amigo e “discípulo” declarado de Jorge Calmon, o também jornalista Samuel Celestino avaliou as comemorações como importantes, mas não suficientes. “Por mais que tenha sido importante essa homenagem por seu centenário, foi muito pouco pelo homem que ele foi, pelo jornalista que ele foi”, afirmou ao Bahia Notícias. Celestino contou que o jornalista foi um de seus principais conselheiros. “Era a Jorge que eu recorria quando eu tinha problemas e ele geralmente me perguntava: ‘o que você acha?’ Quando eu respondia, ele levantava e só apertava a minha mão”, lembra.
Em um discurso emocionado, Jorge Calmon Filho destacou a trajetória do pai. “A gente está fazendo justiça a uma pessoa que realmente mereceu essas homenagens. Ele dedicou a vida toda à Bahia e a instituições baianas assistenciais, educacionais, esportivas e culturais, e cuja paixão foi o Jornalismo. E como pai, eu acho que ele também se realizou por ter uma família unida, que sempre o respeitou e o ouviu. Nós tivemos um pai e uma mãe que todos gostariam de ter”.
Homenagens
Uma exposição itinerante organizada pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-Ba) abriu em junho deste ano as homenagens ao centenário de Jorge Calmon. A mostra “100 anos de Jorge Calmon” reuniu, no foyer da Casa do Comércio, 20 fotos que foram cedidas pela família e retratam momentos marcantes da sua carreira e sua atuação em diversos segmentos, com personalidades políticas nacionais e internacionais e também com a família. No dia em que Jorge Calmon completaria 100 anos, uma missa na Basílica do Bonfim reuniu familiares e amigos do jornalista, que esteve à frente da ABI entre os anos de 1970 e 1972.
Leia também:
- Missa na Basílica do Bonfim celebra os 100 anos de Jorge Calmon
- Exposição abre homenagens ao jornalista Jorge Calmon no Dia da Imprensa
*Informações da Ascom/AL-BA, Bahia Notícias e A Tarde