Blog das vidas

Morre Suely Soares, ex-gerente de jornalismo da rádio Educadora

A jornalista Suely Soares Diniz, lembrada principalmente por sua atuação nos veículos do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), tanto na rádio como na TV Educadora da Bahia, faleceu no último domingo (05). A causa da morte não foi divulgada.

Suca, como também era conhecida, era considerada pelos amigos como uma pessoa risonha. No Facebook, o colega jornalista do Irdeb Ivan Gomes Ataíde lembrou de sua passagem pela então TV Itapoan, no programa Parquinho.

Sueli Soares Diniz começou na Rádio Educadora como estagiária em 1976. Fez concurso em 1978 e, em julho de 2010 assumiu a Gerência de Jornalismo. Ela foi responsável por uma crônica semanal, “Acontecências”, que fazia uma interpretação bem humorada do cotidiano.

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Jornalistas baianos se despedem de Ana Calazans

Uma mulher doce. Essa tem sido a adjetivação que os jornalistas baianos mais têm recorrido nas últimas horas, em homenagens nas redes sociais e em trocas de mensagens, para eternizar a memória de Ana Calazans. A alagoana, comunicadora de destaque em Salvador, morreu neste domingo, em sua terra natal, aos 55 anos, vítima de um câncer. 

Sua doçura, mistura-se com lembranças de generosidade, meiguice, humanidade, mas principalmente com memórias de sua vasta e competente atuação no mercado de comunicação baiano. Ana atuou como jornalista cobrindo e editando política no jornal Bahia Hoje (1993-1994) e no então Correio da Bahia (1996-2001, onde também foi editora de Tecnologia, no último ano). Atuou na Assembléia Legislativa da Bahia (1994-1997) e nos governos dos estados da Bahia (1999-2001) e de Alagoas (2018-2019), além de ter atuado por mais de dez anos na Comunicação das Obras Sociais Irmã Dulce – Osid (2001-2012), inclusive trabalhando na comunicação da canonização da santa baiana. 

Nascida Ana Guiomar Teixeira Calazans, formou na Faculdade de Comunicação da UFBA em 1993, além de ter se especializado e se tornado mestre em Filosofia. Ela deixa um filho, o DJ e gerente de projetos Ian Nunes. A jornalista também se dedicou nos últimos anos às Artes Marciais. Durante o período de quimioterapia, foi aprovada no exame de Karatê para a faixa marrom, segundo contou, orgulhoso, o filho nas redes sociais. Ana era também conhecida por ser uma leitora voraz. “Morei em muitos lugares, mas onde gosto mesmo de morar é dentro de um bom livro”. Era como ela se apresentava em um blog que manteve.  

Despedida e lembranças 

O presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques, solidarizou-se com amigos e parentes de Ana. “A partida de uma profissional com o talento e o carisma de Ana é o que se pode chamar realmente de uma perda. É difícil assimilar a morte de alguém com tanto para retribuir à vida. Por isso as reações das pessoas mais próximas, muito sentidas, e a ABI se solidarizam com a família e com as muitas amizades que Ana colecionou ao longo da vida”, afirmou.

Em nota, o Sinjorba também lamentou a morte da jornalista. A Faculdade de Comunicação da UFBA também se pronunciou. “Ana sempre teve sua atuação marcada pelo profissionalismo, pela correção, pela ética e, sobretudo, pela delicadeza e elegância”, enfatizou a nota de pesar da instituição.

O jornalista e ex-cunhado de Ana, Roberto Nunes, lamentou também a perda de quem considerava sua confidente. “Ana Calasans sempre foi uma mulher de personalidade e com muitas qualidades. Conheci Aninha ainda adolescente, bem jovem, mas com talentos para a música e a literatura. De voz doce e afinada, ela encantou nos festivais escolares. Namorou e casou com meu irmão Fernando e tiveram Ian“, lembrou Nunes.

Já o jornalista de política Tasso Franco acredita que Ana tinha algo também de “anjo bom”, em referência a sua atuação na Osid. “Conhecia-a de longas datas desde a época em que atuou no jornalismo político, sempre serena, doce, parecia flutuar”, escreveu.  Amiga pessoal de Ana, a editora de fotografia do jornal Correio, Sora Maia, lembrou, em publicação do jornal, da carreira brilhante de Ana. “Ela é uma pessoa muito afável, uma pessoa delicada, cuidadosa com o outro. Uma jornalista brilhante”, afirmou. 

“Ana Calazans é uma das pessoas mais bonitas que conheci. Fisicamente, mas não só. Com suas roupas pretas contrastando com aquela pele muito branca. Mas, sobretudo, Ana tinha uma beleza de alma que iluminava com aquele sorriso”, escreveu a colega jornalista Socorro Araújo.

De acordo com os colegas, o velório e sepultamento do corpo de Ana serão nesta segunda-feira (29), a partir das 14h, no Memorial Parque Maceió. 

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Notícias

Comunicação baiana perde o cinegrafista José Raimundo Alves

Um grupo de aplicativo de mensagens instantâneas de ex-funcionários da TV Bahia, animado por centenas de mensagens diárias, congelou na manhã de hoje (5) com a notícia do falecimento do cinegrafista José Raimundo Alves. Boca de Piranha, como era apelidado pelos colegas, era um repórter cinematográfico experiente, com participações em diversos programas da Rede Globo, como Jornal Nacional, Fantástico e Domingão do Faustão, além de coberturas de grandes eventos, pela TV Bahia.

Zé Raimundo, xará do consagrado repórter baiano, estava internado num hospital de campanha de Salvador, mas não resistiu à violência do novo coronavírus por ser hipertenso e diabético, comorbidade que, associada a anos de exposição à radiação do visor da câmera de vídeo, lhe causou o comprometimento da visão. Ele deixa esposa e filhos.

Amigos e familiares utilizaram as redes sociais para prestar homenagens. Uma das manifestações foi feita pela jornalista e apresentadora Wanda Chase, amiga de Zé Raimundo. “Aos poucos, vou assimilando. Não posso ficar com a minha imunidade baixa. Mas que é cruel, é. A dor da perda”, lamentou.

Cristina Costa pela lente de José Raimundo Alves | Foto: reprodução

“Juntos (com João Castro) fomos uma equipe da TV Bahia durante um bom tempo. José Raimundo era um dos cinegrafistas com quem eu mais gostava de trabalhar. Ele sabia me aturar e às minhas loucuras. Ríamos muito. Tínhamos nossos códigos (uma boa equipe sempre tem) e nos entendíamos com poucas palavras. Zé, vai com Deus e muita Luz. Estou arrepiada escrevendo isto. Um texto que você já teria me mandado parar: -Bora, bora, bora”, escreveu a jornalista Cristina Costa.

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