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ABI restaura acervos pessoais de João Falcão e Jorge Calmon

“Preservar o passado para orientar o futuro”. Esse é o lema vinculado à equipe especializada em restauração de documentos na Associação Bahiana de Imprensa (ABI). A instituição está recuperando e vai disponibilizar as bibliotecas pessoais dos jornalistas Jorge Calmon e João da Costa Falcão, dois personagens centrais para a história da imprensa baiana do século XX. As obras doadas à Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon testemunham as principais transformações sociais, políticas e econômicas da Bahia e do Brasil.

A museóloga Renata dos Santos e a técnica em restauro Marilene Oliveira são responsáveis pela intervenção em conservação, restauração e tratamento arquivístico da rara documentação sob a tutela da entidade. Renata dos Santos, explica que, até chegar à prateleira, os documentos passam por três etapas: o diagnóstico, para verificar o estado de preservação dos arquivos; a higienização; e o restauro dos que forem necessários. Depois, elas realizam o acondicionamento adequado.

“É importante preservar o documento, evitar a deterioração. Mas ‘preservar’ não é só guardar”. O material doado em abril de 2014 pela família de João Falcão, falecido em 2011, à Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon foi avaliado e higienizado, estando agora em fase de restauro e indexação. “O acervo ficou em quarentena de junho a outubro. Nesse período, os documentos recebem tratamento contra a infestação de insetos”, afirma Renata.

Para o presidente da ABI, Walter Pinheiro, “a sociedade moderna se caracteriza pela dinâmica e, em consequência disso, muito do que hoje se faz, perde-se amanhã”. O dirigente enaltece o trabalho das profissionais da ABI, que “motivam leitores, pesquisadores e principalmente estudantes a revisitarem escritos de séculos passados, avaliando como se deu o avanço cultural em nossa terra”, afirma. No bojo das iniciativas de preservação da história, a ABI estuda uma proposta que prevê a digitalização das obras do Museu de Imprensa.

Nova aquisição

A ABI se prepara agora para ampliar o estoque das obras pertencentes a Walter da Silveira (1915-1970), através da recente doação feita pela família do advogado e crítico de cinema. A instituição já detinha parte do acervo composto por obras raras, responsáveis por formar uma geração de cineastas. Além de livros e coleções de revistas, o acervo completo contém documentos que o crítico mantinha em caixas, alguns manuscritos. Entre as obras, estão fotografias de Jorge Amado, livros autografados por Vinicius de Moraes e correspondências trocadas com Carlos Drummond de Andrade. A doação será formalizada pela família numa solenidade marcada para 16 de setembro, na Biblioteca Jorge Calmon. Antes de ser disponibilizada para estudantes e pesquisadores e para o público em geral, todo o acervo passará pelos cuidados da equipe de restauro da ABI.

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Abraçaço clama pela restauração do Palácio Arquiepiscopal

A Associação Bahiana de imprensa (ABI) e o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) reuniram representantes de entidades da sociedade civil, professores e estudantes de Salvador, na manhã desta quarta-feira (13), para o “abraçaço” do Palácio Arquiepiscopal, localizado na Praça da Sé (Centro). O abraço simbólico, que integra o ciclo “Três novos endereços de Cultura”, é a terceira atividade que as duas instituições realizam este ano com o propósito de reivindicar o início da obra de restauração do Palácio, monumento da arquitetura religiosa construído na primeira metade do século XVIII e que serviu de residência do arcebispado primaz do Brasil, tendo sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938.

Abraçaço_Palácio Arquiepiscopal - Foto: Joseanne Guedes/ABI
Concentração do abraçaço na fachada do Palácio Arquiepiscopal, Praça da Sé.

O debate sobre a situação da primeira sede do governo primaz da Igreja Católica, iniciado no dia 22 de abril, com a palestra do arquiteto e professor Francisco Senna, foi retomado no dia 29 de maio pelo arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger. No último dia 29, a Arquidiocese de São Salvador da Bahia e a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na Bahia apresentaram o projeto de restauração do edifício para implantação do primeiro Centro de Referência da História da Igreja Católica do Brasil. De acordo com o arcebispo dom Murilo Krieger, a Igreja Católica tem o projeto pronto e está concluindo a captação de recursos para a obra. Ele anunciou que o BNDES financiará 50% e a outra metade será arcada pelo Banco Itaú e por uma terceira instituição a ser anunciada em breve.

A professora Consuelo Pondé de Sena, presidente do IGHB, continua expressando descrença, mesmo após a apresentação do projeto. Para ela, falta vontade política, além de conscientização dos baianos para efetivar o plano de restauro. “Queremos salvar o prédio que está à beira da destruição total, já que casa fechada é casa perdida. Eu acho um atentado, um crime contra o patrimônio deixar essa casa desativada. Eu não acredito nesse projeto e não tenho nenhuma expectativa. Lamentavelmente, aqui na Bahia, se faz um movimento, as coisas são estimuladas e depois cai tudo no marasmo”.

“Eu quero acreditar, mas tenho dúvidas porque o IPHAN tem o hábito de fazer tombamentos dos bens patrimoniais e não ajudar a resolver os problemas, como fez com o IGHB. Os projetos não funcionam na Bahia, a menos que se tenha um ‘padrinho’. Carlos Amorim [superintendente do IPHAN], para mim, conversa muito e fica nisso. De conversa já estou cheia, eu quero é ação”. A historiadora lembrou, ainda, a atuação do Instituto no episódio de derrubada da Sé. “Perdemos, como tantas outras instituições, mas não podemos ficar parados. Temos que bradar”, defende.

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Segundo o presidente da ABI, Walter Pinheiro, o abraçaço acontece depois de duas semanas da apresentação do projeto, com o objetivo de incentivar no início das obras. “Junto ao IGHB, estamos atuando em favor da comunidade baiana, porque é inexplicável que um imóvel com essa expressão, localizado nessa posição de ampla visibilidade, e que é tombado pelo IPHAN, se encontre dessa forma degradante. Há pouco, ouvi turistas perguntarem ‘o que é esse prédio?’ e ficarem surpresos ao saber que se trata de uma construção histórica ligada à Arquidiocese e que está fechada há mais de uma década”.

“Para nós, da ABI, é ainda mais chocante porque estamos logo aqui na frente, nos deparando diariamente com esse quadro de abandono. Várias matérias foram feitas para retratar a necessidade de recuperação. Acompanhamos, inclusive, a elaboração do projeto. Sabíamos das dificuldades do governo para investir, mas é importante salientar que esse é um imóvel que completará 300 anos em 2015. Ele merece agilização na liberação do IPHAN, no aporte dos recursos necessários para o início das obras e o objetivo da ABI é dar um empurrão nesse processo”, concluiu Pinheiro.

Estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a história do Palácio
Estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a história do Palácio

Para a idealizadora do abraçaço, a administradora Alba de Aguiar, que é neta do advogado Manoel Pinto de Aguiar (1910-1991), a apresentação do projeto não deve desmotivar o movimento em busca da recuperação do Palácio. “Temos conhecimento sobre o projeto de restauração, participamos da reunião e sabemos do andamento porque acompanhamos todas as discussões referentes ao prédio. Mesmo assim, não podemos deixar de chamar a atenção da sociedade para a importância de recuperá-lo. Ele é uma joia, uma preciosidade do nosso patrimônio e a gente não vai descansar até que ele esteja a salvo”.

A estudante do 7º semestre do curso de História da Unijorge, Mariana do Carmo, comemorou a presença de estudantes dos ensinos fundamental e médio na cerimônia de abraçaço. “Esse ato é importante porque reclama a preservação de um imóvel que, embora seja símbolo de poder e opressão da Igreja, deve ser preservado por sua relevância histórica. É importante que as crianças conheçam a história da cidade, por meio de sua arquitetura, que aprendam a valorizar o nosso rico patrimônio histórico, do qual cuidamos muito mal. Precisamos lutar pela preservação não apenas do Palácio, mas de todo o Centro Histórico. Uma prova disso é que o Palácio Rio Branco, onde eu estagio, que é menos preservado do que o Memorial da Câmara, por exemplo”, afirmou.

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ABI e IGHB promovem abraço simbólico no Palácio Arquiepiscopal

Em parceria com o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), a Associação Bahiana de imprensa (ABI) promoverá no dia 13 de agosto, às 9h30, a cerimônia de “abraçaço” do Palácio Arquiepiscopal, localizado na Praça da Sé, em Salvador. O abraço simbólico, que integra o ciclo“Três novos endereços de Cultura”, é a terceira atividade que as duas instituições realizam este ano com o propósito de auxiliar o início da obra de restauração do Palácio, monumento da arquitetura religiosa do início do século XVIII, que completará 300 anos em 2015 e passa por intenso processo de arruinamento.

Após denúncias de abandono, o imóvel será restaurado para abrigar o primeiro Centro de Referência da História da Igreja Católica do Brasil - Foto: Joseanne Guedes/ABI
Após denúncias de abandono, o imóvel será restaurado para abrigar o primeiro Centro de Referência da História da Igreja Católica do Brasil – Foto: Joseanne Guedes/ABI

O debate sobre a situação da primeira sede do governo primaz da Igreja Católica, iniciado no dia 22 de abril, com a palestra do arquiteto e professor Francisco Senna, foi retomado no dia 29 de maio pelo arcebispo de São Salvador da Bahia e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger. No último dia 29, a Arquidiocese de São Salvador da Bahia e a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na Bahia apresentaram o projeto de restauração do edifício para implantação do primeiro Centro de Referência da História da Igreja Católica do Brasil.

De acordo com o arcebispo dom Murilo Krieger, a Igreja Católica tem o projeto pronto e está concluindo a captação de recursos para a obra. Ele anunciou que o BNDES financiará 50% e a outra metade será arcada pelo Banco Itaú e por uma terceira instituição a ser anunciada em breve. Dom Krieger salientou que está ansioso para que a obra seja iniciada e informou que o andar superior do Palácio será ocupado por ele para os despachos e para reuniões e recepções.

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SERVIÇO

O que: Abraçaço do Palácio Arquiepiscopal de Salvador

Quando: Dia 13 de agosto, às 9h30

Onde:  Praça da Sé – Centro

Mais informações:[email protected]

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Palácio Arquiepiscopal é tema de palestra nesta quinta (29)

Às vésperas do aniversário de 300 anos do Palácio Arquiepiscopal de Salvador, o arcebispo da capital e primaz do Brasil, Dom Murilo Ramos Krieger, e o superintendente do Iphan na Bahia, Carlos Amorim, vão discutir a situação de abandono do imóvel construído no Século XVIII e a possibilidade de restauração do prédio tombado pelo Iphan em 1938.

Foto: Joseanne Guedes/ABI-Bahia
O Palácio do Arcebispado traz ao fundo o monumento da Cruz Caída, erguida em homenagem à antiga Igreja da Sé – Foto: Joseanne Guedes/ABI

O evento é uma realização da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), como parte da programação do ciclo de debates “Três novos endereços de Cultura”, que se encerra em novembro.

No dia 22 de abril, uma mesa redonda realizada no IGHB, com a participação do professor e arquiteto Francisco Senna, debateu a história do monumento, cuja notável beleza arquitetônica já não consegue disfarçar o avançado estado de arruinamento.

SERVIÇO

O que: Palestra sobre o Palácio Arquiepiscopal de Salvador
Quando: Dia 29 de maio (quinta-feira), às 16h
Onde: Salão Nobre do IGHB (Av. Sete de Setembro, 94 A, Piedade)
Quanto: Gratuito

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Fonte: ABI

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