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Novas tendências da comunicação impõem desafios para o ensino do jornalismo

Uma pesquisa mundial sobre o futuro do ensino do jornalismo, realizada pelo Instituto Poynter (Flórida – EUA), procurou identificar percepções e opiniões sobre o que ensinar para as novas gerações de jornalistas. O estudo revelou que as escolas de jornalismo estão sendo preteridas pela rapidez e intensidade das mudanças na área da imprensa e dos meios de comunicação – profissionais ou estudantes de jornalismo devem estar atentos e se adaptar a novos cenários, buscando o bom aproveitamento das novas ferramentas e tendências dentro da profissão.

Sem dúvida, o advento da internet e a popularização das mídias sociais destacam ainda mais as discussões sobre o futuro do jornalismo, na era em que jornais “completos” são desafiados por grandes tabloides online. Buscar, recolher, selecionar, processar, conhecer e compartilhar informação se tornou o essencial. Se a era industrial precisava de mão-de-obra para tocar as máquinas mecânicas e elétricas, a era do conhecimento vai requerer cérebros operantes, para extrair da informação eletrônica o que ela pode dar da melhor.

As novas tendências do ensino do jornalismo, no contexto da nascente sociedade da informação, são abordadas no artigo “O que ensinar aos novos candidatos ao jornalismo?”, do jornalista Carlos Castilho, autor do weblog Código Aberto e professor de Jornalismo Online em três instituições de ensino superior, onde desenvolve pesquisas na área de produção colaborativa online de informações em comunidades sociais.

Confira a íntegra:

O que ensinar aos novos candidatos ao jornalismo?

Por Carlos Castilho

Uma das mais perturbadoras perguntas, das várias que tiram – ou deveriam tirar – o sono dos profissionais e professores é sobre o que transmitir aos milhares de jovens que ingressam em escolas de jornalismo. Parece uma pergunta óbvia, mas quem é do ramo é forçado a admitir que não há respostas prontas, ou as que possui não resolvem o dilema.

O ensino do jornalismo enfrenta os mesmos dilemas das empresas jornalísticas nesta transição de um modelo industrial e analógico para o modelo digital baseado na produção de conhecimento. Ensinar o uso de tecnologias de comunicação e informação ou transmitir aos alunos a preocupação com os novos valores emergentes na era digital no jornalismo?

Sempre que essa polêmica surge, os resultados são inconclusivos, em parte por conta das divergências entre críticos e defensores da nova ordem na comunicação jornalística, mas, basicamente, porque como ninguém sabe o que vai acontecer com o jornalismo e com a imprensa, também não sabe qual será o perfil futuro do profissional.

O Instituto Poynter, de São Petersburg, Flórida (EUA), lançou no início de dezembro a última fase de uma pesquisa mundial sobre o futuro do ensino do jornalismo, depois de divulgar o relatório Estado do Ensino do Jornalismo – 2013, contendo as conclusões preliminares do estudo. A pesquisa via internet está dirigida basicamente a professores de jornalismo e a profissionais da imprensa, procurando identificar percepções e opiniões sobre o que ensinar para as novas gerações de jornalistas.

O relatório afirma que os administradores e professores em escolas de jornalismo estão sendo atropelados pela rapidez e intensidade das mudanças na área da imprensa e dos meios de comunicação. Afirma também que quem não mudar currículos e estratégias pedagógicas acabará caindo fora do mercado.

O conteúdo básico do documento é a comparação das percepções e posicionamentos de professores e profissionais, apontando a manutenção do fosso entre as opiniões de um lado e outro. Enquanto os educadores apresentam um otimismo moderado em relação às mudanças já realizadas, os profissionais mostram-se extremamente críticos na capacidade de as faculdades acompanharem as mudanças tecnológicas.

Segundo os autores do relatório, as escolas de jornalismo estão perdendo alunos por conta da percepção de que o diploma ajuda muito pouco na busca de empregos numa indústria em crise. Os dados são mais relacionados ao mercado norte-americano porque a maioria dos participantes na fase inicial da pesquisa mora e trabalha nos Estados Unidos. Mas a tendência vale também para o Brasil, onde a evasão de candidatos ao jornalismo é menos intensa porque muitos interessados ainda acreditam que podem se tornar repórteres, apresentadores ou correspondentes das grandes redes de televisão do país.

Por aqui, as dúvidas sobre o futuro ainda não superam o ceticismo quando se trata de ingresso numa escola de jornalismo. Mas quem tem a responsabilidade de dirigir um curso de graduação não deve estar muito feliz com os prognósticos sombrios no setor.

A questão básica parece ser um impasse. As escolas esperam que as empresas mudem para adaptar seus currículos às possíveis novas oportunidades de emprego. Por seu lado, a indústria do jornalismo critica a lentidão das mudanças acadêmicas mostrando uma aparente segurança de que vai conseguir resolver sozinha os seus problemas e achar um novo modelo de negócios, antes que seja tarde demais.

Um está esperando pelo outro. As escolas, que durante décadas se colocaram na posição de supridoras de mão de obra qualificada para a imprensa, resistem a mudar suas estratégias de ensino porque terão que fazer uma aposta na incerteza. A inevitabilidade da mudança é uma sensação generalizada no ambiente jornalístico, mas o medo de errar continua mais forte do que a busca de alternativas.

Não deveria ser assim, porque afinal as universidades são instituições de pesquisa e não de capacitação de mão de obra. Pesquisa implica experimentação na preocupação de explorar o inédito, o desconhecido e o incerto. Quem teme errar não faz pesquisa. Mas a mentalidade comercial dos cursos de jornalismo levou-os a abandonar a experimentação em favor da reprodução de conteúdos e técnicas.

Evolução constante dos programas e equipamentos usados pelo jornalismo tornou inviável o recurso da repetição de aulas e treinamentos. Quando entra na faculdade o candidato a jornalista se defronta com uma realidade tecnológica e quando sai, quatro anos mais tarde, está tudo diferente. O que ele aprendeu tem pouca utilidade na procura de empregos em empresas que buscam a sobrevivência por meio da inovação tecnológica constante.

Insistir na reprodução de conteúdos pode ser cômodo para o professor, mas é fatal para o curso. As faculdades precisam dar-se conta de que sua continuidade depende do desenvolvimento de uma nova abordagem no ensino do jornalismo. E não podem esperar pela indústria porque esta busca hoje a sua sobrevivência em meio a uma incerteza jamais vista pelas empresas jornalísticas.

E essa nova abordagem está diretamente ligada à preocupação com os novos valores do jornalismo na era digital, uma área onde as faculdades, em teoria, têm muito mais vantagens do que as empresas.

  • Artigo: “O que ensinar aos novos candidatos ao jornalismo?”,  de Carlos Castilho

Fonte: Observatório da Imprensa

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África do Sul e o mundo perdem Mandela

Humanidade se despede do ex-presidente que levou a reconciliação à África do Sul; Imprensa mundial destaca trajetória de Mandela contra o racismo

No dia em que a humanidade homenageia o principal representante do movimento antiapartheid, os principais jornais do mundo destacam em seus sites o exemplo de luta e o pacifismo do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, morto nesta quinta-feira (5) aos 95 anos. Mandela lutou contra o domínio branco como um jovem advogado e foi condenado por traição em 1964. Ele passou os próximos 27 anos na prisão. Mas foi através de sua vontade de perdoar seus carcereiros brancos que Mandela deixou sua marca indelével na história.

Madiba, o nome de seu clã, se tornou também a forma carinhosa como seus conterrâneos passariam a chamá-lo. Na verdade, o líder africano nunca se chamou Nelson. Rolihlahla Mandela nasceu em Transkei, na África do Sul, em 18 de julho de 1918. Foi de um de seus professores a ideia de chamá-lo de Nelson. Seu pai, Henry, era um respeitado conselheiro da família realThembu, mas caberia ao filho se tornar o primeiro presidente negro do país, em 1994. O caminho para isso passaria por três décadas de prisão, parte delas numa pequena cela, em Robben Island. Onde, com sua serenidade, nunca se curvou e acabou conquistando o respeito mesmo dos guardas que o vigiavam.

Repercussão mundial

O The New York Times, dos Estados Unidos, salientou que, em vez de vingança, o líder africano sempre insistiu no perdão. Confira a seguir a repercussão da morte de Mandela na imprensa mundial:

New York Times: De rebelde prisioneiro a presidente

“As décadas na prisão e a insistência no perdão, em vez de vingança, fizeram de Mandela um poderoso símbolo da luta pelo fim do Apartheid, o sistema de dominação racial que existia na África do Sul.”

Le Monde: Nelson Mandela está morto

“O ex-presidente sul-africano e Prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela, que disse ter dedicado sua vida à luta pelo povo africano, morreu nesta quinta-feira, aos 95 anos.”

Corriere della Sera: Adeus ao patriota do continente negro

“Madiba” morreu aos 95 anos de idade. O presidente sul-africano, Zuma, anunciou a morte, em um discurso televisionado à nação. Prêmio Nobel da Paz, Mandela lutou contra o Apartheid e foi o primeiro presidente negro do país.”

The Telegraph: Nelson Mandela morre: reação e desdobramentos

“Siga os últimos desdobramentos na sequência da morte do ex-presidente sul-Africano e herói anti-Apartheid Nelson Mandela”

The Guardian: Nelson Mandela morre aos 95 anos

“Primeiro presidente negro da África do Sul, que liderou o país do Apartheid racial à democracia inclusiva, morreu depois de anos de declínio da saúde.”

 

Com informações dos jornais Zero Hora e El País

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Especialistas advertem sobre possível ‘efeito bumerangue’ do Marco Civil da Internet

O avanço das telecomunicações torna quase ingovernável o tráfego de dados, cujos fins podem ser ou não benéficos. As revelações sobre a espionagem da NSA, a agência nacional de segurança dos EUA, fez o governo brasileiro concentrar novamente suas atenções no chamado Marco Civil da Internet, para garantir a proteção de dados e a transparência na rede. Mas, especialistas afirmam que o projeto é uma tentativa de impor limites que poderão se voltar contra o Brasil. Alvo de controvérsias que geraram mais de 250 emendas aglutinativas, o projeto segue sem acordo e voltará à discussão em 2014.

Tentativa brasileira de garantir proteção de dados pode causar efeito contrário

O marco é visto como a “Constituição” da internet. É por meio dele que serão fixados os princípios gerais de uso e prestação do serviço, como liberdade de expressão e proteção de dados pessoais. No entanto, a pressão das empresas de telecomunicações e a falta de consenso entre os parlamentares fariam com que o projeto fosse derrotado, caso a votação acontecesse ainda neste ano, sem mais discussões.

Entre as polêmicas do projeto, ideia surgiu há seis anos e que está sendo debatida atualmente no Congresso brasileiro, está a neutralidade da rede, que impede tratamento diferenciado para usuários por provedores de conexão e conteúdo. Ficariam proibidos, por exemplo, a venda de pacotes de internet com apenas um ou outro serviço – como o acesso apenas a redes sociais ou a e-mail. Também não há acordo sobre a obrigatoriedade de data centers no Brasil para o armazenamento de informações ou sobre o tempo mínimo de guarda de informações dos usuários em aplicativos.

O aspecto mais polêmico da lei é o que obrigaria grandes provedores da internet que operam no país a nacionalizarem suas bases de dados e a guardarem os registros durante pelo menos um ano. Um integrante do Governo tornou público, além do mais, um plano para criar um cabo submarino alternativo que evitaria o território dos Estados Unidos, mas ligaria o país com a Europa, a Ásia e a África, e a própria Rousseff anunciou no seu Twitter a criação de um correio eletrônico criptografado, dependente de uma rede local que não atravesse o solo norte-americano.

Efeito contrário

“[O projeto do Marco Civil] tem muitos aspectos positivos, mas pontos negativos”, diz o advogado Ronaldo Lemos, um dos autores do projeto inicial, que era, segundo suas palavras, muito menos controverso. “A obrigação de instalar os data centers no Brasil pode dissuadir as empresas estrangeiras de oferecerem seus serviços, diante do temor de aumentar seus custos, e ser um obstáculo para as companhias brasileiras que pretendam se instalar no mercado local ou global”, afirma.

“E além do mais”, acrescenta Lemos, “paradoxalmente poderia se obter o efeito contrário ao que o Governo diz perseguir: que os usuários fiquem desprotegidos e que seus dados venham a público. O texto original estabelecia que, para proteger a privacidade, o armazenamento dos registros seria facultativo, e não obrigatório (embora pudesse ser solicitado de forma oficial). No entanto, agora existe a possibilidade de que esses dispositivos possam se alterar, e os dados de acesso de todos os brasileiros precisem ser obrigatoriamente armazenados, o que seria negativo para a sua privacidade, que é o que se deveria proteger”.

Proposta brasileira é ineficaz, diz criador da internet

Em meados de novembro, o ministro das Comunicações Paulo Bernardo garantiu que o governo não recuaria da proposta de obrigar as empresas de internet a instalar seus servidores no país, mesmo depois de críticas de especialistas do setor e da oposição de gigantes como a Google e o Facebook.

O criador da internet, Tim Berners-Lee, criticou nesta quinta-feira, 5, a proposta do governo brasileiro de obrigar empresas da web a instalar seus servidores no País. “Trata-se apenas de uma reação emocional do Brasil. Na prática, não terá qualquer impacto”, disse Lee em entrevista coletiva em Genebra. O britânico ainda alerta que a introdução desse debate no Brasil pode acabar retardando a aprovação do Marco Civil. “O que eu recomendo é retirar isso (exigência sobre servidores) e não enfraquecer o Marco, que é bom”, disse o criador da web. Ele não deixou ainda de elogiar o Brasil por “liderar o debate no mundo” no que se refere à web e sua proteção.

Berners-Lee explicou que a opção do governo brasileiro não vai funcionar por dois motivos. “O primeiro é técnico. Vai ser mais difícil operar redes sociais se cada um dos países exigir agora que servidores estejam em seis países. O segundo motivo é que a web tem como sua fortaleza justamente o fato de não ter uma nação. É algo que é mais que ser internacional. Internacional é a ONU. A web não tem nação e nacionalizar servidores não vai funcionar”, declarou.

Leia também:

Manifestações cobram aprovação do projeto

Em mais uma manifestação, integrantes de movimentos sociais pela democratização da comunicação defenderam, na última terça-feira (3), a aprovação do projeto sobre o marco civil da internet como uma medida concreta para a democratização das comunicações no País. Eles participaram do seminário “A democratização dos meios de comunicação”, promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informação, e cobraram a votação imediata do projeto.

O secretário-executivo substituto do Ministério das Comunicações, James Görgen, disse que há muitos desafios a serem enfrentados para reformular as regras das comunicações, a maioria que datam do século 20, como as questões sobre as mídias tradicionais e as mídias do campo público. Enquanto as questões deste século, como mídias na internet e governança da rede necessitam de igual esforço. Ele assegurou que o governo não desistiu do projeto de modernização do marco regulatório das mídias eletrônicas.

 Com informações dos jornais Folha de S. Paulo, El País e Estadão.

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Em Salvador Comissão Estadual da Verdade ouve presos da ditadura

Foto: Francisco Galvão

Depois da audiência pública na cidade de Feira de Santana, a Comissão Estadual da Verdade ouviu, em Salvador, o então prefeito da capital no ano de 1964, Virgildásio Senna, preso durante o regime militar por 60 dias. O ex-prefeito falou da importância da Audiência Pública da Comissão Estadual da Verdade para os mais novos. “A Comissão vai poder mostrar nestes dois dias para a sociedade, através de depoimentos de fontes fidedignas, os fatos como realmente aconteceram. Isso é de grande valia para os mais novos que não tiveram acesso ao verdadeiro significado dessa época para o Brasil”.

Ao lado do pai, Suzana de Senna lembrou os momentos tristes que vivenciou no início da adolescência, após a prisão de 60 dias do ex-prefeito. “A ditadura deixou marcas profundas na nossa família. Porém, esse encontro é fundamental para que outras gerações conheçam um pouco mais sobre esse período e que é possível fazer política com dignidade”, disse.

Coordenada pela Comissão Estadual  da Verdade, a  Audiência Pública  que teve início ontem (3) ouvirá oito pessoas que foram alvo  de repressão do regime militar instaurado no país.  Segundo Joviniano Neto, coordenador da Comissão, ela foi criada para reconstruir a verdade sobre as violações dos direitos humanos ocorridos entre  1946 e 1988, em especial o período da ditadura militar de 1964 até a constituição de 1988.

O objetivo é aumentar pesquisas

Joviniano Neto destacou também que, na Bahia, a Comissão ainda  está sendo implantada,  e  que esse encontro tem a finalidade de garantir  a efetivação do Convênio com o estado para garantir mais profissionais  para a realização de pesquisas dentro e fora do estado. “A Comissão da Verdade não tem poderes persecutórios nem juridiscionais. Não formaliza denúncia, como o Ministério Público, nem julga e sentencia crimes, como o Judiciário. É Comissão da Verdade mas não é Comissão de Justiça. O julgamento e punição legal dos torturados é outra etapa. Mas, a respeito, costumo lembrar o Velho Testamento: “quem diz a verdade, manifesta a justiça”, declarou.

Também, pela manhã, prestaram depoimentos Theodomiro Romeiro dos Santos – juiz aposentado do Trabalho que entrou para a história como o primeiro condenado à morte na República, e depois anistiado –, que falou da sua participação em grupos de contestação ao regime e das torturas e perseguições sofridas à época; O ex-militante Luiz Contreiras, engenheiro e ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro, que fez um relato minucioso do seu envolvimento nas ações e o sofrimento lhe imposto pelos órgãos de repressão; e finalizando, o auditório ouviu o artista plástico Juarez Paraíso, que fez entrega de um documento com suas lembranças do período da ditadura.

À tarde, das 14 às 18 horas, prestaram depoimentos Olderico Barreto, preso e torturado, irmão de José Barreto, que foi assassinado junto com Carlos Lamarca, em Brotas de Macaúbas, e Eliana Rolemberg, socióloga, presa, torturada e exilada na década de 70.

Participando da audiência como integrante da Comissão Estadual da Verdade, o presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e diretor-presidente da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, destacou que as audiências públicas tiveram início na cidade de Feira de Santana, situada a 100 km de Salvador,  com depoimentos de vítimas da ditadura do golpe de 1964, com destaque para o juiz aposentado Antonio Pinto, e que agora a capital baiana está sediando os encontros com a mesma finalidade de promover a verdade dos fatos por meio de depoimentos das pessoas que foram  torturadas durante a Ditadura Militar.

Após as audiências, a Comissão da Verdade vai elaborar um documento nacional oficializando o direito à memória sobre esse fato.  A audiência prossegue até hoje, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal da Bahia, no Canela. À tarde, o jornalista Emiliano José, que lutou contra o golpe militar, foi preso e torturado; a jornalista Mariluce Moura, viúva de Gildo Macedo Lacerda, sequestrado e morto, e cujo corpo até hoje está desaparecido;  e o sindicalista Marival Caldas, um dos fundadores do Sindipetro, estão entre os depoentes.

Fonte: Tribuna da Bahia

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