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Sessão Especial na Câmara celebra Dia do Jornalista e 72 anos do Sinjorba

Na manhã de hoje (25/04), a Câmara Municipal de Salvador realizou uma Sessão Especial, no plenário Cosme de Farias, pela passagem do Dia do Jornalista, comemorado nacionalmente em 7 de abril, e também para celebrar o aniversário do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia – Sinjorba. A entidade completou 72 anos no último dia 17.

Ernesto Marques | Foto: Reginaldo Ipê/CMS

Participaram da sessão a diretoria do Sinjorba, profissionais de imprensa e educadores que atuam no ensino superior em Jornalismo. O radialista e jornalista Ernesto Marques, presidente da Associação Bahiana de Imprensa – ABI, também compôs a mesa instalada para a homenagem. O dirigente foi acompanhado por sua esposa, a professora Cybele Amado, diretora de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação, da Secretaria de Educação Básica – Ministério da Educação (DICAP/SEB/MEC).

A iniciativa da homenagem foi de Augusto Vasconcelos (PCdoB), vereador e ouvidor-geral da CMS. Às vésperas do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio, a sessão foi um ato em defesa da democracia e do livre exercício do jornalismo.

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves, falou da preocupação do Sindicato com a segurança dos profissionais de imprensa, os ataques diários contra a categoria, a desvalorização profissional, além de abordar a luta pela exigência do diploma de jornalista.

Moacy Neves, presidente do Sinjorba | Foto: Reginaldo Ipê/CMS

O dia 14 de abril de 1945 marca a fundação da Associação dos Jornalistas da Bahia. A entidade originou o Sinjorba, que só em 17 de abril de 1951 conquistou sua Carta Sindical junto ao Ministério do Trabalho.

O Sindicato participou de momentos importantes da história do país. Durante a ditadura militar de 1964, quando foi fechado, chegou a funcionar clandestinamente até sua reabertura e efervescência política no período de redemocratização. Recentemente, lançou campanha pela aprovação da #PECdoDiploma e a Rede de Combate à Violência contra Profissionais de Imprensa. Esta última, em parceria com a ABI, assim como foi a mobilização pela imunização dos jornalistas contra o coronavírus, em 2021.

Rede

No início de abril, a ABI e o Sinjorba lançaram a Rede de Combate à Violência Contra Profissionais de Imprensa. A criação do coletivo foi anunciada em janeiro, durante audiência pública que debateu o avanço dos ataques contra a categoria na Bahia.

Outra importante luta em curso é a campanha para a Câmara dos Deputados aprovar a Proposta de Emenda Constitucional 206/2012, que restabelece a formação superior em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, como exigência para o exercício profissional. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sinjorba têm empreendido diversas ações, inclusive com presença permanente em Brasília, como forma de garantir o apoio de parlamentares.

>> Confira galeria de imagens (por Reginaldo Ipê/CMS)

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ALBA lança novo livro de Florisvaldo Mattos

“A Academia dos Rebeldes e Outros Exercícios Redacionais” é o nome do novo livro do professor, escritor, poeta e jornalista Florisvaldo Mattos. A obra será lançada às 17h da terça próxima, dia 25 de abril, no Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, em Salvador. A publicação integra o programa editorial da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA. Haverá distribuição gratuita no evento de lançamento.

Os 27 ensaios, dispostos em pouco mais de 500 páginas, estão divididos em quatro eixos temáticos. O primeiro dedicado à literatura; o seguinte, às artes plásticas; o terceiro trata de poetas e artistas com afeto; o último aborda outros exercícios redacionais.

O título do livro alude à famosa Academia dos Rebeldes (leia aqui e aqui), um grupo de escritores baianos responsável pela formulação de um projeto de modernidade contrário ao modernismo de 1922. É o chamado “modernismo à moda baiana”, uma arte moderna, sem ser modernista.

Reprodução

Os encontros boêmios reuniam Jorge Amado (1912-2001), Edison Carneiro (1912-1972), Dias da Costa (1906-1974), João Cordeiro (1905-1938), Alves Ribeiro (1909-1978), Áydano do Couto Ferraz (1914-1985), Sosígenes Costa (1901-1968), Clóvis Amorim (1912-1970), Da Costa Andrade (1906-1974), Walter da Silveira (1915-1970), sob a mentoria inicial do poeta e agitador cultural Pinheiro Viegas (1865-1937). Em Navegação de cabotagem; apontamentos para um livro de memórias que jamais escreverei, registra Jorge Amado: “Academia dos Rebeldes foi fundada na Bahia em 1928 com o objetivo de varrer com toda a literatura do passado (…)” – (Amado, 1992, p. 84).

“O movimento se inseria no conjunto de preocupações e aspirações marcantes de um período de pós-guerra e prenúncios de outro conflito mundial, com os desdobramentos, na década de 1920, de toda a efervescência cultural e atropelos provocados pelas vanguardas do início do século”, contextualiza o professor.

Sobre o autor

Aos 91 anos e em plena atividade intelectual, Florisvaldo Mattos enriquece os autores e artistas que escrutina com passagens autobiográficas, já que participou ativamente do mundo cultural que investiga e também agrega valiosas informações sobre os costumes e boemia da época.

Ele desempenhou muitas funções no campo da comunicação, em mais de 50 anos no jornalismo profissional. Como professor na Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom), Mattos transmitiu ensinamentos para nomes de destaque na imprensa baiana.

Foto: Victor Hugo Soares/Reprodução

Esse grande intelectual baiano nasceu na cidade de Uruçuca (antigo distrito ilheense de Água Preta). Florisvaldo teve uma trajetória de sucesso na escola e no ginásio. Ainda no colégio, passou a ler Gonçalves Dias, Fagundes Varela e Castro Alves e, depois, os poetas parnasianos.

O então estudante publicava seus poemas em revistas das cidades de Ilhéus e Itabuna. Em contato com o poeta Sosígenes Costa, foi apresentado a Walter da Silveira e Glauber Rocha. Flori também mantinha amizade com nomes como Paulo Gil Soares, Carlos Anísio Melhor e Antônio Guerra Lima. Surgiu, então, a famosa Geração Mapa, que contava também com Fernando da Rocha Peres, Calasans Neto, Sante Scaldaferri, Myriam Fraga, Guido Araújo e João Ubaldo Ribeiro.

Os integrantes da Geração Mapa formaram a primeira redação de jornalismo com feição moderna (norte-americana) no Jornal da Bahia. Florisvaldo Mattos passou pelo Diário de Notícias, Jornal do Brasil e fez história no jornal A Tarde, implantando uma nova linha editorial ao suplemento literário.

É mestre em Ciências Sociais, membro da Academia de Letras da Bahia (ALB). Ex-diretor da Associação Bahiana de Imprensa, ele agora é membro do “Senado ABI”, um espaço de interação onde diretores veteranos se reúnem para trocar ideias e passar sua expertise para o corpo diretivo. Ao lado dos titãs Jorge Vital de Lima e Walter Lessa, ele segue na ativa, já propondo medidas para fomentar o relacionamento da ABI com os associados.

SERVIÇO

Lançamento do livro “A Academia dos Rebeldes e Outros Exercícios Redacionais”
Quando? 25 de abril
Que horas? 17h
Onde? Museu de Arte da Bahia (MAB), Corredor da Vitória, Salvador
Quanto? Gratuito

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ABI BAHIANA

8 obras para ler na biblioteca da ABI

No Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, um dos equipamentos culturais da Associação Bahiana de Imprensa, separou algumas obras de seu acervo e convida o público a conhecer o espaço. A Biblioteca fica no segundo andar do prédio da ABI, no Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé.

Com um acervo especializado em comunicação, ela foi idealizada pelo então presidente desta instituição, o jornalista Jorge Calmon (1915 – 2006), e inaugurada em 1º de setembro de 1972. Seu objetivo foi incentivar a cultura e aprimorar os conhecimentos dos profissionais da área, bem como servir ao público em geral. Em 10 de setembro de 1973, por decisão da Diretoria Executiva, passou a ter o nome do seu idealizador, “Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon”.

Nela, se encontram obras sobre as teorias da comunicação, jornalismo, semiologia, técnica de história em quadrinhos, propaganda, publicidade, marketing, relações públicas, fotografia, cinema, radiodifusão, televisão, além de biografias de cineastas e outras preciosidades.

Integra o acervo, por exemplo, a Coleção de Cinema do crítico Walter da Silveira, uma hemeroteca (coleção de recortes de jornais), a biblioteca pessoal do jornalista e professor Sérgio Mattos, os acervos de Berbert de Castro, José Umberto Dias e outros.

Simbólico para a literatura mundial, o dia 23 de abril foi escolhido na Conferência Geral da UNESCO, realizada em Paris, no ano de 1995. A razão é que nesta data morreram autores proeminentes, como William Shakespeare e Inca Garcilaso de la Vega. Assim, se celebra em 23 de abril esse produto cultural tão importante enquanto instrumento de difusão de conhecimento e, ao mesmo, a figura do escritor, sem o qual não existiria o livro.

  • Confira abaixo nossas dicas de hoje:

1. CIPRIANO BARATA NA SENTINELA DA LIBERDADE

2. INFLUÊNCIAS DA LITERATURA BRASILEIRA NAS LITERATURAS AFRICANAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

3. TELEVISÃO DIGITAL NA AMÉRICA LATINA: AVANÇOS E PERSPECTIVAS

4. WALTER DA SILVEIRA – O ETERNO E O EFÊMERO

5. O MUNDO DA PAZ

6. JORNALISMO: DIÁRIO DE NOTÍCIAS

7. HAF NA TB

8.  BAHIA, SÉCULO XIX – UMA PROVÍNCIA NO IMPÉRIO

>> A Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon funciona de segunda a sexta (9h-12h e 13h-16h). Ao público é possível consultar o acervo técnico, periódicos locais e do interior. Não dispõe de empréstimo. Contato: 71 3322-6903 | <[email protected]>.

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ABI BAHIANA

Exposição reverencia a genialidade do fotojornalista Anízio Carvalho

O Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa serviu de cenário para uma homenagem à altura da genialidade de Anízio Circuncisão de Carvalho, 93 anos, na manhã desta quarta-feira (19). A abertura da exposição “Ginga Nagô” foi um momento único para reverenciar a obra desse grande fotojornalista, baiano de Conceição da Feira. Sob a curadoria do premiado jornalista de imagem Manu Dias, a mostra traduziu a potência da simplicidade, através do afeto, carinho e respeito pelo legado do mestre Anízio.

O lançamento reuniu membros da Diretoria Executiva da ABI, jornalistas, educadores, fotógrafos, antigos colegas e aprendizes de Anízio Carvalho, representantes de entidades ligadas à cultura e à memória da Bahia, no térreo do Edifício Ranulfo Oliveira, sede da Associação.

A jornalista Isabel Santos (blusa vermelha) com a família de Anízio Carvalho | Foto: Paula Fróes

Se Anízio não pôde comparecer ao evento de lançamento, por estar hospitalizado, sua presença nunca foi tão forte. Ele estava lá bem antes de ser iniciada uma videoconferência com o decano. Anízio já se fazia presente no sorriso de seus filhos e familiares que o representaram, e em cada colega visivelmente emocionado com a homenagem.

“Através do seu trabalho, meu pai viveu coisas que nunca imaginou. Tanto que ele viveu mais no jornal, na imprensa, do que para nós, os filhos. Estamos mais do que gratos com esse reconhecimento”, agradeceu Juarez Circuncisão. De acordo com Juarez, seu pai enfrenta problemas de saúde associados à idade e segue ainda sem previsão de alta médica.

As lentes de Anízio Carvalho eternizaram acontecimentos marcantes da história da Bahia e do Brasil, com destaque para as coberturas do período da ditadura militar e campanhas políticas, manifestações culturais e religiosas, além da cena artística e o cotidiano da vida baiana. Manu Dias encarou a difícil tarefa de selecionar amostras desses momentos em meio à riqueza que é o acervo de Anízio. As fotos eleitas compõem os quatro painéis exibidos em “Ginga Nagô”.

O fotojornalista Manu Dias, curador de “Ginga Nagô” | Foto: Paula Fróes

Reconhecimento

O presidente da ABI, Ernesto Marques, salientou a importância da mostra. Segundo ele, a intenção da entidade é incentivar instituições culturais a atuarem na preservação do acervo reunido pelo fotojornalista em quase seis décadas de atuação plena como repórter fotográfico. Ele falou da necessidade de prover o acondicionamento do acervo, para evitar que esse material se perca.

“Essa exposição deveria ter acontecido em fevereiro, no aniversário de Anízio. Decidimos não adiar mais, porque talvez o tempo não nos concedesse a graça de ter Anízio entre nós para vivenciar isso. Ele acompanhou todo o processo, participou ativamente, recebeu a equipe da ABI mais de uma vez em sua casa”, destacou o jornalista.

Ernesto Marques (centro) com parte da equipe que trabalhou na exposição | Foto: Paula Fróes

Marques agradeceu aos profissionais que tornaram possível a instalação e reforçou a beleza de reconhecer as pessoas quando estão vivas e podem receber todo o carinho. “Anízio é para todos nós uma referência. É muito importante fazer esse reconhecimento. Eu não gosto de homenagens póstumas, quando temos a oportunidade de reconhecer em vida”, observou. O dirigente aproveitou para chamar a atenção para a questão dos direitos autorais. Ele pediu à imprensa que credite corretamente as fotos publicadas, para respeitar e prestigiar o trabalho dos profissionais de imagem.

Contemporâneo de Anízio nas aventuras pelos melhores cliques, Valter Lessa, outro grande da área, falou sobre o amigo e se alegrou com a iniciativa da ABI. “A gente se sente leve e tranquilo ao dizer alguma coisa sobre esse companheiro, um dos pioneiros do fotojornalismo na Bahia. Ele é um exemplo de dignidade e merece o mais alto pedestal”, disse.

Foto: Paula Fróes

“Só Anízio mesmo para me fazer falar na frente dessa gente toda”, brincou a diretora de Comunicação da ABI, Jaciara Santos. “Eu tenho o privilégio de ser uma das ‘meninas de Anízio’. Eu, Isabel [Santos] e Mônica [Bichara]. Queria dizer da minha alegria com este momento e queria que ele estivesse aqui, talvez, resmungando, mudando a posição das fotos. Qualquer homenagem que se preste a Anízio, a meu pai ‘véio’, ainda é pouco. Mas é o que a gente pode oferecer. Obrigada aos envolvidos na organização”, completou a coordenadora geral da exposição.

A mostra Ginga Nagô abrilhantará o Museu de Imprensa até o final do mês de maio. A visitação ocorre de segunda a sexta, das 9h às 16h. A entrada é gratuita.

Você sabe chegar ao Museu de Imprensa?

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