ABI BAHIANA

Orquestra de Violões da UFBA lançará CD e livros na Série Lunar

A Série Lunar do mês de outubro acontece no próximo dia 25 (quarta-feira), às 19h, e traz a Orquestra de Violões da UFBA ao auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), espaço que, além de ambientar atividades culturais distintas, possui uma incrível vista para a Baía de Todos os Santos e para o conjunto arquitetônico do Centro Histórico de Salvador.

O grupo vai lançar um CD e três publicações durante o evento gratuito realizado pela ABI, em parceria com a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/Ufba). A noite contará com participações especiais.

A Orquestra de Violões da UFBA foi fundada em 2010, pelo professor Ricardo Camponogara de Mello, e conta com 17 integrantes, entre professores, funcionários-técnicos, alunos do curso de Violão, e egressos. O grupo já se apresentou na Série Lunar em 2019 e na temporada 2022.

Coordenada pelos professores Ricardo Camponogara e Robson Barreto, o grupo destaca-se pela excelência dos seus integrantes, os quais têm em comum o fato de serem concertistas.

Segundo Camponogara, este é um aspecto fundamental para a escolha do repertório que vem sendo desenvolvido, cujas características são o alto nível técnico-interpretativo e a importância histórica das obras e compositores. O repertório da Orquestra é composto por concertos para solistas e orquestra, que são transcritos para essa formação ou por composições feitas especificamente para o grupo.

O grupo preparou um presente para o público da Série Lunar! Serão sorteados kits com o CD “Orquestra de Violões da UFBA – Concertos Brasileiros” e três livros com transcrições de obras para a Orquestra de Violões: Concerto para Violão e Pequena Orquestra – Heitor Villa-Lobos, Concerto para Violão e Orquestra – Francisco Mignone, Concerto para dois Violões, Oboé e Orquestra de Cordas – Radamés Gnattali.

Participam da apresentação como convidados especiais os músicos Gilson Santana (regente), Pedro Robatto (clarineta), Mario Ulloa (violão), Saulo Gama (sanfona), Cameratas de Violões da Neojiba (coordenador: Otávio Fidalgo) e cantores do Madrigal da UFBA (Janaína Carvalho, Aishá Roriz, Igor Garcia, Vinicius Abreu).

O concerto terá também as participações do diretor da Emus, José Maurício Brandão, a professora Cristina Tourinho e o advogado Rodrigo Moraes, que prestará um tributo a José Leal, biógrafo do compositor João Pernambuco.

Já passaram pela Série Lunar 2023:

01/03 – Sarau Literomusical ✔️
03/05 – Quinteto de Sopros ✔️
31/05 – Duo Cello e Violão ✔️
05/07 – Núcleo de Choro da Emus ✔️
30/08 – Mario Ulloa ✔️
27/09 – Duo Ricardo Camponogara e Aquim Sacramento ✔️
25/10 – Orquestra de Violões da UFBA
06/12 – Madrigal (concerto de natal)

SERVIÇO

Série Lunar – Temporada 2023
Orquestra de Violões da UFBA
Quando: 25 de outubro, às 19h
Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino

publicidade
publicidade
ABI BAHIANA

50 anos do golpe no Chile: ABI discute reflexos na liberdade de imprensa

Em 11 de setembro de 1973, o Chile testemunhou um dos eventos mais impactantes de sua história, quando um golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet depôs o presidente eleito Salvador Allende. Na manhã desta quarta-feira (11), a Associação Bahiana de Imprensa recebeu em sua reunião mensal de diretoria a jornalista chilena Cecilia Soto. Ela analisou os eventos que culminaram no golpe, a forte repressão sofrida pela imprensa e discutiu os reflexos do período no cenário de mídia do país 50 anos depois.

Soto nasceu em Santiago, morou em Linares e fez faculdade de Técnico em Turismo, na antiga Universidade Técnica del Estado, na cidade de Valdivia. Chegou ao Brasil em 1986 para fazer intercâmbio em Curitiba. Em 1988, desembarcou em Salvador. Em 1991, formou-se em Comunicação Social pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA), onde atuou como professora nas disciplinas de Assessoria de Comunicação e Comunicação e Atualidade.

De acordo com Soto, o golpe não apenas mudou o curso político do país sul-americano, mas também deixou cicatrizes profundas na liberdade de imprensa. “As manipulações e mentiras foram muito grandes. Não havia uma imprensa de oposição para denunciar as violações. A gente vê que o Chile ainda é um país dividido e muito conservador”, destacou.

O golpe de Estado ocorreu em plena Guerra Fria e não foi um fenômeno isolado. Soto traçou uma espécie de linha do tempo, correlacioando os fatos históricos que aconteciam em países vizinhos, como a Bolívia de Hugo Banzer, o Uruguai de Juan María Bordaberry, a Argentina sob o domínio das Forças Armadas e o Brasil, que enfrentaria 20 anos de regime militar.

Linha do tempo

Euforia e censura (1973-1989)

Após o golpe de 1973, o governo militar de Pinochet instaurou um regime autoritário que se caracterizou pela censura à imprensa. Vários veículos de comunicação, considerados críticos ao regime, foram fechados, e jornalistas enfrentaram perseguições e ameaças. A liberdade de imprensa praticamente desapareceu e o fluxo de informações estava sob controle estrito do governo.

Transição democrática (1989-1990)

Em 1989, o Chile deu um passo crucial em direção à democracia com o plebiscito que resultou na saída de Pinochet do poder. A transição democrática trouxe consigo um novo fôlego para a liberdade de imprensa. Muitos jornais e meios de comunicação que haviam sido fechados sob o regime militar foram reabertos, e o país começou a se reconectar com a comunidade internacional.

Consolidação da liberdade de imprensa (1990-atual)

Desde o retorno à democracia, o Chile tem mantido um compromisso com a liberdade de imprensa. Há agora uma expectativa, principalmente por parte da imprensa, em torno da reforma da Constituição de 1980, herdada do regime militar.

Segundo Cecilia Soto, o novo processo tenta deixar para trás o documento dos tempos de Pinochet. É a segunda tentativa de mudança no texto constitucional chileno, após um plebiscito ter recusado a primeira proposta, em 2022.

“O país tem fortalecido sua tradição de jornalismo independente, com diversos meios de comunicação informando sobre uma ampla variedade de tópicos e questões políticas. O povo chileno consegue manifestar pela internet, por meio da imprensa alternativa, o que não é denunciado na imprensa oficial”, afirma a jornalista.

Desafios atuais

Apesar dos avanços, ataques cibernéticos a sites de notícias e a desinformação são ameaças crescentes ao jornalismo de qualidade. “O financiamento e a sustentabilidade dos meios de comunicação são preocupações constantes, para garantir um ambiente de mídia livre e responsável”, observa Soto.

publicidade
publicidade
Notícias

Alma Preta e Sleeping Giants realizam pesquisa sobre desinformação e racismo

A Alma Preta Jornalismo, em parceria com a Sleeping Giants, realiza a pesquisa “O Perfil da Desinformação no Brasil”, com o intuito de traçar um perfil estruturado da desinformação e como ela atinge a população brasileira, especificamente a negra. 

“A pesquisa é importante porque, ao final, apontará o comportamento de diferentes perfis de pessoas diante de notícias falsas ou assuntos que sofreram com grande volume de conteúdos desinformativos. Para isso, estão sendo coletados dados como idade, sexo, raça/cor, escolaridade e informações sobre estado e região geográfica”, defende Camila Rodrigues da Silva, jornalista de dados da Alma Preta.

A jornalista explica que o levantamento pretende entender como os brasileiros caem em uma fake news e quais delas mais se perpetuam entre os diferentes públicos. Além disso, saber as respostas que foram dadas de maneira errada e por quais grupos.

A organização Sleeping Giants Brasil desenvolveu um canal automatizado para o recebimento de denúncias. Após o questionário, a plataforma permite ao usuário saber quantas informações quem participa do levantamento errou ou acertou.

“Entender esse perfil da população e as formas como cada um desses grupos sociais está sendo impactado diferentemente por essas narrativas é importante para a elaboração de políticas públicas e para a gente conseguir desvendar efetivamente aquilo que está acontecendo e que está impactando na vida das pessoas”, acrescenta Ribeiro.

Saiba como participar 

Para colaborar com a Alma Preta e participar da pesquisa, basta acessar o link fornecido, dar “oi” para iniciar a interação e responder a algumas perguntas via WhatsApp.

publicidade
publicidade
Notícias

Sinjorba inicia terceira etapa de reforma da sede

A sede do Sinjorba – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia está prestes a ganhar um novo aspecto físico e visual. Segundo a diretoria da instituição, o ambiente ficará mais confortável e aconchegante para receber associados e visitantes, além de oferecer melhores condições de trabalho para o corpo funcional. A sala localizada no 3º andar do edifício Bráulio Xavier, na Rua Chile (Centro), passa por intervenções desde o mês de setembro e a reforma chega agora em sua terceira etapa. As obras serão concluídas em novembro.

O edifício Bráulio Xavier | Foto via jornal A Tarde

“Após anos convivendo com muitas dificuldades no espaço, finalmente a diretoria conseguiu apoio e uma sobra de recursos para iniciar as obras e requalificar o local”, comemora a jornalista Fernanda Gama, vice-presidente. De acordo com a jornalista, foi finalizada no dia 29 de setembro a colocação do piso e do revestimento do banheiro, além do rejunte da cerâmica assentada.

A terceira etapa da obra compreende a instalação da fiação e dutos dos aparelhos de ar-condicionado e das divisórias/teto (em drywall) que farão a separação dos espaços previstos no projeto do arquiteto Floriano Freazza Amoedo, que também doou seu trabalho ao Sindicato. A entidade está firmando parcerias para conseguir pagar o custo dessa parte da intervenção, estimada em cerca de R$ 20 mil. A sede também terá um novo mobiliário e estruturação, para permitir mais mobilidade e bem estar.

Projeto da sede do Sinjorba | Divulgação

A reforma vem contando com a colaboração de parceiros. A CNS Instalações & Projetos, do empreiteiro Denilson Coutinho, realizou todo o trabalho dessas duas etapas, após pedido do presidente da ABI, Ernesto Marques. Já boa parte dos materiais utilizados na intervenção (porcelanato, argamassa, massa, tinta, louça, fiação, revestimento, entre outros) foi doada pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), presidido pelo engenheiro Alexandre Landim.

Patrimônio da cidade

Promover a reforma de nossa sede foi um desafio para a diretoria do Sinjorba, forçada a buscar parcerias para viabilizar a obra e evitar a ruína de sua sede.

O painel de Carybé foi instalado em 64 | Foto: Reprodução

“É de conhecimento da categoria as dificuldades financeiras do Sinjorba, haja vista a baixa sindicalização de nossa categoria e a grande inadimplência nas mensalidades. Porém, não havia mais condições de manter o funcionamento nas condições físicas e insalubres que tínhamos”, observa Fernanda Gama.

Em 2021, a imprensa noticiou o mau estado de conservação do Ed. Bráulio Xavier, causado pela negligência do proprietário do quinto andar – ele vem sendo processado judicialmente desde 2016 porque seus imóveis provocaram infiltrações que causaram problemas nas paredes, pisos e tetos das primeiras salas dos andares 3 e 4.

Na ocasião, um alagamento se somou ao mofo que tomou conta do local, o que causou perdas do acervo de documentos e publicações da entidade. A diretoria do Sinjorba também denunciou os riscos ao painel “A colonização do Brasil”, de autoria do artista Carybé.

O monumento foi instalado no edifício em 1964 e, como destaca Moacy Neves, presidente do Sindicato, foi tombado como patrimônio cultural pela Fundação Gregório de Matos em janeiro de 2020. “É um dos mais belos registros do artista em Salvador, em uma área turística que está sendo revitalizada, com a abertura de hotéis, obras públicas e reforma de prédios antigos.”

publicidade
publicidade