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Brasília sediará o XI Congresso Nacional de Jornalistas de Imagem

Brasília sediará, dos dias 25 a 27 de setembro, o “XI Congresso Nacional de Jornalistas de Imagem: a precarização do trabalho”, no Sindicato dos Jornalistas do DF. O evento terá o objetivo de discutir os impactos das novas tecnologias digitais no fazer cotidiano dos fotojornalistas. O atual cenário impõe aos profissionais da área uma maior capacitação e, até mesmo, a reivindicação de um novo código de ética para a manipulação de imagens digitais.

ARFOC-congressoEspecialistas com vasta experiência na área de imagem farão parte das mesas de debates do evento. Eles terão o desafio de discutir temas como: o desafio e as tendências do mercado de trabalho, a produção de fotos panorâmicas, a utilização dos drones, a capacitação e formação para novas tecnologias e os novos rumos do fotojornalismo.

  • Confira a programação aqui 

Para além de discutir as tendências da área, o evento também tem o intuito de ser um instrumento de capacitação para os participantes, visando o aprimoramento técnico dos profissionais. Outro objetivo do Congresso é a troca de experiências e integração dos jornalistas de imagem de todo o Brasil.

Um dos temas destaques dos debates serão as discussões sobre drones, veículos aéreos não tripulados (vant), que podem ser utilizados com câmaras ou filmadoras como mais uma ferramenta dentro de coberturas jornalísticas. Questões como segurança em coberturas de risco, maior qualidade das imagens, flexibilidade de custos e regulamentação dos drones serão tratadas no evento.

Direcionado para profissionais de área de imagem que atuam em diferentes segmentos (assessoria de imprensa, empresas jornalísticas, universidades, etc.) e para estudantes da área de comunicação social, o congresso é uma realização da Associação Brasileira de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (ARFOC-Brasil) e dos Cronistas Esportivos de Imagem . A organização está sob a responsabilidade da ARFOC-Brasília, com o apoio do Sindicato dos Jornalistas do DF.

Fonte: Arfoc Brasil

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Jornal publica páginas sem fotos como protesto à crítica por imagem de criança síria

O jornal Bild, da Alemanha, não publicou imagens em sua versão impressa desta terça-feira (8/9), numa medida de confronto em torno das recentes críticas que recebeu após a publicação da imagem de Aylan Kurdi, garoto sírio encontrado morto em Bodrum, na Turquia. De acordo com o The Drum, o jornal justificou sua ação defendendo a importância da fotografia como ferramenta de ilustração do jornalismo. A foto da criança foi registrada no último dia 2/9 e divulgada pela agência de notícias turca DHA. Em poucos minutos, a imagem viralizou nas mídias sociais e ganhou repercussão, no momento em que a Europa discute como lidar com o que considera o maior fluxo de refugiados desde a Segunda Guerra.

“Queremos mostrar a importância das fotos dentro do jornalismo e que vale a pena lutar todos os dias para fazê-las da melhor forma possível”, diz a manchete de capa do periódico. O Bild também ressaltou a importância das imagens como forma de “sensibilizar as pessoas sobre o que acontece ao redor do mundo, em especial a situação dos refugiados sírios na Europa”.

Leia também: Foto de criança síria afogada na Turquia choca o mundo

No Brasil, um dos alvos de críticas foi o UOL, que defendeu em um editorial a publicação da imagem na primeira página do site. O texto pondera sobre a decisão de estampar as fotos chocantes e mostra que a discussão sobre os critérios de publicação de fotos sensíveis não é simples. “Nossos usuários deveriam, sem qualquer aviso prévio, ser impactados pela foto? Nós entendemos que sim”.

O site de notícias argumenta que “imagens influenciam o curso da história e cita o exemplo da foto da menina vietnamita correndo nua, em 1972 -após o lançamento de bombas incendiárias perto de Trang Bàng – que fortaleceu o movimento antiguerra. “Provavelmente seremos acusados de sensacionalismo e de busca por audiência fácil. Mas o jornalismo existe para informar. E palavras não descreveriam com a força necessária a dimensão da tragédia em curso na Europa e Oriente Médio”.

“Infeliz coincidência”

le mondeOKO jornal francês Le Monde publicou nesta sexta-feira (4/9), em seu site, uma ratificação oficial a respeito de um erro na diagramação de sua versão impressa que fez a imagem do menino sírio morto na região de Bodrum, na Turquia, ficar em contraste com uma publicidade alocada na página cinco. No texto, o jornal pediu desculpas pela “imagem ter soado involuntariamente como o drama” vivido por Aylan Kurdi, de três anos. “Nós não percebemos esta infeliz coincidência. Lamentamos a impressão ruim que ela possa ter causado e pedimos desculpas a todos os nossos leitores”.

Na redes sociais, usuários manifestaram descontentamento com a falha cometida pelo Le Monde. “Esta coincidência incrível e indesejada representa a dicotomia entre a Europa e os refugiados”, disse um deles. “Coincidência ou alegria discreta?”, questionou outro internauta.

Em um texto publicado ontem (8) pelo Observatório da Imprensa, o jornalista Luiz Felipe dos Santos afirma que o exemplo de Aylan Kurdi “mostra que, definitivamente, estamos longe do fim do jornalismo; estamos, porém, bem perto do fim de uma ideia sobre o jornalismo. A ideia do jornalismo como agente neutro que cumpre a função de informar a sociedade se degrada; a ideia do jornalismo como agente público que orienta a sociedade sobre dinâmicas políticas e de comunicação se reforça”.

*Informações do Portal IMPRENSA, Uol e Observatório da Imprensa

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