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Imprensa baiana lamenta morte do fotojornalista Arthur Ikissima

Profissionais da imprensa na Bahia manifestaram pesar pelo falecimento do fotojornalista Arthur Ikissima, aos 77 anos, em Salvador. Ikissima, que travava uma luta contra um tumor no cérebro, morreu vítima de uma parada cardíaca na casa onde morava, na tarde do dia 27, e a cerimônia de cremação aconteceu nesta quinta-feira (28), Cemitério Bosque da Paz.

Paulista, Arthur Ikissima chegou a Bahia aos 20 anos, onde começou a fotografar. Dentre os locais em que trabalhou, estão a sucursal do Jornal do Brasil e da revista Veja e no jornal A Tarde. No final da década de 1970, Arthur integrou o Grupo de Fotógrafos da Bahia. Bastante ligado à área cultural, principalmente à dança, Arthur Ikissima fez o registro de vários artistas, dentre eles Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jorge Amado. Dentre os trabalhos mais famosos do fotógrafo estão as capas dos discos ‘Barra 69 Cateano e Gil’ (1972), dos baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, e ‘Cantoria’ (1984), de Elomar, Geraldo Azevedo, Vital Farias e Xangai.

“Perda sem tamanho para o foto jornalismo nacional, para a inteligência, cultura e a arte da convivência pessoal e profissional na Bahia, especialmente Salvador, sua cidade do coração”, registrou o jornalista Vitor Hugo Soares, do site Bahia em Pauta.

*Informações do Correio* e Bahia em Pauta.

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Câmara homenageia fotojornalista Anízio Carvalho

Uma sessão especial realizada na Câmara Municipal de Salvador homenageou, na manhã desta sexta (18), o repórter fotográfico Anízio de Carvalho. A honraria sugerida por jornalistas, ex-colegas de Anízio, destacou sua contribuição para o fotojornalismo baiano e representa o reconhecimento da importância do seu acervo para a história do estado e do país.

Durante a solenidade, o homenageado, que é natural do município de Conceição da Feira, recebeu o Título de Cidadão de Salvador. A sessão presidida e requerida pela vereadora Aladilce Souza contou com a presença da família do fotojornalista, além de significativa representação dos profissionais da imprensa.

Aos 85 anos de idade, sendo 60 em atividade, o fotógrafo baiano possui um acervo que reúne mais de seis mil negativos, com imagens que eternizam acontecimentos ao longo de seis décadas de história da Bahia e do Brasil, com destaque para as coberturas do período da ditadura militar e campanhas políticas. É de sua autoria uma das fotografias mais inusitadas da visita da rainha Elizabeth II, ao Brasil. Foi o primeiro baiano a receber, em vida, uma exposição de seus trabalhos como homenagem por sua importância na documentação dos costumes da cultura afrodescendente, proferida pelo Museu Afro em São Paulo.

A homenagem desta sexta serviu também para alertar sobre o mau estado de conservação do valioso acervo. A partir da sessão, será feita uma indicação para a retomada da proposta que cria o Museu Anízio de Carvalho.

A sessão foi abrilhantada por um Anízio emocionado e orgulhoso de sua trajetória. A outorga da honraria foi feita pela vereadora e pela esposa de Anízio, Terezinha Carvalho. “Esta homenagem veio selar a minha história, marcada pela vontade de vencer. Eu me sinto orgulhoso e isso também envaidece a minha família. Saí de Conceição da Feira aos 14 anos e hoje estar sendo homenageado nesta Casa, para mim, significa que eu venci”, enfatizou o fotógrafo, exibindo no pescoço a sua primeira companheira de trabalho, a conhecida Rolleiflex que ganhou na década de 40.

“Meu pai não é só. Ele é feito das personagens que ele fotografou durante a vida. Do simples mendigo ao general, da rainha Elizabeth à Mulher de Roxo”, destacou o filho de Anízio, Juarez Carvalho.

Já a jornalista Jaciara Santos, que falou em nome dos amigos do fotógrafo, exaltou características marcantes de sua personalidade. “Um texto, por mais bem escrito que seja, jamais será realista se não estiver associado a uma imagem. Anízio teve uma carreira brilhante, mas nunca conheci uma pessoa com a humildade dele”, reconheceu.

homenagem anízio carvalho Reconhecimento – Para o presidente da Associação Bahiana de Imprensa, Walter Pinheiro, Anízio é um ícone do fotojornalismo. “Poucas vezes, este salão abrigou uma homenagem tão merecida. Ele teve a oportunidade de testemunhar fatos que entraram para a história e foram registrados por suas lentes. Foi um dos poucos que tiveram a sabedoria de guardar os negativos, que são verdadeiras relíquias para a memória do estado”, reforça o dirigente, que esteve acompanhado por outros diretores da entidade, como Luís Guilherme Pontes Tavares, Agostinho Muniz, Sérgio Mattos e Nelson de Carvalho. Além do presidente da ABI, compuseram a mesa de trabalho o presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Brasil (Arfoc), Luiz Hermano Abbehusen; a presidente do Sindicato de Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura; o presidente da Arfoc-Bahia, Roque Leônidas; o filho de Anízio, Juarez Carvalho, a jornalista Jaciara Santos e o jornalista e ex-deputado federal, Emiliano José.

Filha de um fotógrafo, Aladilce Souza levou ao Plenário Cosme de Farias a máquina que seu pai usou para ensiná-la a fotografar. Aladilce, que é enfermeira, acompanhava o trabalho do pai e contou que recorda todo o antigo processo de nascimento de uma fotografia. “[A homenagem] Não é uma iniciativa minha, mas de todos os colegas dele. A fotografia é muito mais do que usar uma câmera. Agora que tomamos conhecimento da importância deste acervo, vamos nos esforçar para dar um destino e preservar esse material”. A vereadora estendeu a homenagem a todos os repórteres fotográficos de Salvador, com menção especial aos servidores da Secom, Reginaldo Ipê, Valdemiro Lopes e Antônio Queirós.

Decano – Anízio de Carvalho nasceu em 23 de fevereiro de 1930. Chegou a Salvador ainda criança, na década de 40, para trabalhar na casa da família Rosenberg, composta de empresários na área de fotografia e filmagem – Leão e Isaac. Eram deles os melhores estúdios, os melhores laboratórios e os melhores equipamentos de fotografia, revelação e filmagem da Bahia. E foi aí que Anísio Carvalho, então laboratorista, ganhou sua primeira câmera e aprendeu a fotografar. Em 1957, foi contratado pelo dono do Jornal da Bahia, João Falcão, para integrar a equipe do periódico, assumindo a chefia do departamento fotográfico. Com isso, o JB passou a ser o primeiro jornal em Salvador a ter uma Rolleiflex. Lá, Anízio Carvalho ganhou reconhecimento internacional.

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Fotógrafo Anízio Carvalho será homenageado na Câmara Municipal de Salvador

O repórter fotográfico Anízio de Carvalho será homenageado em sessão especial da Câmara Municipal de Salvador, nesta sexta (18), às 9h. Aos 85 anos de idade, sendo 60 em atividade, o baiano de Conceição de Feira possui um acervo que reúne mais de seis mil negativos, com imagens que eternizam acontecimentos ao longo de seis décadas de história da Bahia e do Brasil.

O evento terá a participação de representantes de entidades ligadas ao segmento da imprensa, como a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o Sindicato dos Jornalistas (Sinjorba) e a Associação dos Repórteres Fotográficas e Cinematográficos (Aforc).

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Foto – reprodução/gabinete vereadora Aladilce Souza

Iniciativa da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a sessão especial é um reconhecimento ao trabalho dos profissionais de imagem como ferramenta indispensável na elaboração da noticia.

Decano – Anízio de Carvalho nasceu em 23 de fevereiro de 1930. Chegou a Salvador ainda criança, na década de 40, para trabalhar na casa da família Rosenberg, composta de empresários na área de fotografia e filmagem – Leão e Isaac. Eram deles os melhores estúdios, os melhores laboratórios e os melhores equipamentos de fotografia, revelação e filmagem da Bahia. E foi aí que Anísio de Carvalho, então laboratorista, ganhou sua primeira câmera e aprendeu a fotografar.

Em 1957, foi contratado pelo dono do Jornal da Bahia, João Falcão, para integrar a equipe do periódico, assumindo a chefia do departamento fotográfico. Com isso, o JB passou a ser o primeiro jornal em Salvador a ter uma Rolleiflex. Lá, Anízio Carvalho ganhou reconhecimento internacional. É de sua autoria uma das fotografias mais inusitadas da visita da rainha Elizabeth II, ao Brasil. Foi o primeiro baiano a receber, em vida, uma exposição de seus trabalhos como homenagem por sua importância na documentação dos costumes da cultura afrodescendente, proferida pelo Museu Afro em São Paulo.

*Com informações da Câmara Municipal de Salvador

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ABI BAHIANA Notícias

ABI é homenageada na ALBA pela atuação em defesa das liberdades democráticas

Para lembrar os 85 anos da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), comemorados em 17 de agosto, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) recebeu, na manhã desta quinta-feira (8), diretores da entidade, autoridades, jornalistas, representações políticas, culturais e movimentos sociais, que lotaram o plenário do Palácio Dep. Luis Eduardo Magalhães, no CAB. A sessão especial conduzida pelo presidente da ALBA, deputado Marcelo Nilo, destacou a atuação da ABI em defesa da liberdade de imprensa e de expressão, e a importância da atividade jornalística para a manutenção da democracia.

“É uma honra para a ABI ter a chance de completar 85 anos sendo homenageada pelo Poder Legislativo. A consciência de que, sem imprensa, não há democracia tem que ser mantida e alimentada o tempo inteiro”, defende o presidente da ABI, Walter Pinheiro. O dirigente lembrou episódios em que foi decisiva a atuação dos jornalistas, como nos recentes casos de corrupção, em que a produção jornalística teve destacado papel na garantia da transparência.

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Diretores da ABI – Foto: Joseanne Guedes/ABI

Para o dirigente, é uma data importante não apenas para a entidade da qual ele é integrante desde 1986, mas para toda a sociedade. “A ABI está atenta ao cenário que se apresenta e temos a doce esperança e otimismo de acreditar nas potencialidades do nosso país”. Ele reforçou o compromisso da ABI no combate a qualquer ato que compreenda censura ou possa impedir os profissionais da comunicação de exercerem a atividade.

Neta de Demócrito Gomes de Carvalho, ex-dirigente da Associação Tipográphica da Bahia, a deputada estadual Fabíola Mansur foi responsável por articular a homenagem à ABI. Em um discurso contundente, a parlamentar parabenizou a entidade que se manteve atuante, mesmo quando o direito à informação esteve na mira do poder econômico ou político. “Sem imprensa livre, muitos problemas da sociedade seriam invisíveis. Quando, muitas vezes, o Estado não chega, o jornalista está lá”. A parlamentar elogiou a postura da ABI quando da retratação pública da instituição sobre suas omissões no período da ditadura. “Um gesto de grandeza”.

No papel de orador, o jornalista e pesquisador Nelson Varón Cadena reconstituiu a linha do tempo da ABI. Ele é autor do levantamento histórico da instituição, através das atas de diretoria e outros documentos, e prossegue estudando o tema. Segundo o historiador, a ABI não foi mais atuante no enfrentamento dos regimes ditatoriais porque as circunstâncias não permitiam. Cadena ressalta que a ABI atuou de forma protocolar, como as demais associações de imprensa do país.

“Na ditadura Vargas, fez ofícios e diligências junto aos interventores, solicitando a revogação da prisão de jornalistas e também solicitando o fim das penalidades que impediram a circulação por períodos de O Imparcial, Diário de Notícias e A Tarde”. Ainda nesse período, de acordo com o pesquisador, a entidade pediu ao Ministério da Justiça para apurar as circunstâncias do empastelamento do jornal A Cachoeira. “Na ditadura militar, atuou de igual forma. Mas, condenou o atentado de abril de 1965 ao O Estado de São Paulo e se manifestou contra a Lei de Imprensa de 1967”.

O presidente Walter Pinheiro esteve acompanhado do presidente da Assembleia Geral da ABI, Samuel Celestino, e dos diretores da entidade: Luís Guilherme Pontes Tavares, Raimundo Marinho, Pedro Daltro, Valter Lessa, Romário Gomes, Agostinho Muniz, Antonio Matos, Luiz Hermano Abbehusen, Nelson de Carvalho e Antonio Jorge Moura. A sessão foi prestigiada pelo governador em exercício, João Leão; secretário de Comunicação, André Curvello; a diretora da Faculdade de Comunicação, Susana Barbosa; a presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia, Marjorie Moura; desembargador Lindivaldo Brito; presidente da Academia de Letras da Bahia, Joaci Goes; presidente da Associação Comercial da Bahia, Luiz Fernando Queiroz; presidente da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo.

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