ABI BAHIANA

Série Lunar com Duo Tota e Teca celebra 92 anos da ABI

O aniversário da Associação Bahiana de Imprensa, no dia 17 de agosto, será comemorado de um jeito muito especial. Na noite em que a entidade celebrará seus 92 anos, a Série Lunar vai receber o flautista Tota Portela e a pianista Teca Gondim, vice-diretora da Escola de Música da UFBA (Emus/Ufba). A apresentação do Duo Tota e Teca, que conta com obras de Chiquinha Gonzaga, Villa-Lobos, Debussy, Beethoven, Mozart e outros clássicos em seu programa, acontece às 19h no auditório da ABI, no Centro Histórico de Salvador.

“A Série Lunar, parceria entre a ABI e a Emus, é um projeto incrível, que considero de grande importância, pois podemos mostrar um pouco da nossa produção num espaço novo, para um público diferente, e ainda ser brindado com a vista espetacular da lua cheia sobre o Centro Histórico da nossa cidade. Estamos felizes e honrados de celebrarmos juntos neste mês os 92 anos da ABI”, destaca Teca Gondim.

Maria Thereza (Teca) Gondim é professora da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia desde 1995. Possui graduação, especialização e mestrado pela Universidade Federal da Bahia, e doutorado em piano pela Universidade de Alabama. Especializou-se na música brasileira para piano do início do século XX, em especial a obra de sua avó, Maria de Lourdes Gondim. Entre seus professores de piano estão Esther Cardoso, Paulo Gondim (seu pai), Diana Santiago e Amanda Penick.

Antônio Carlos (Tota) Portela é flautista principal da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia e assistente da Orquestra Sinfônica do Estado da Bahia. Graduou-se em flauta pela UFBA e especializou-se nos Estados Unidos com a flautista Sheryl Cohen, na Universidade do Alabama, com bolsa do Ministério da Cultura do Brasil. Mais tarde, em 2006, retornou aos EUA por mais 5 anos para realizar mestrado e doutorado em flauta na mesma instituição, sob a orientação de Diane Boyd Schultz, especializando-se em música barroca.

Juntos na arte e na vida desde 1987, Tota e Teca compartilham belas memórias de festivais nacionais e internacionais. O Duo, que é frequentemente convidado para recitais na América Latina, EUA, França e Brasil, tem dois CDs gravados: “Fim de Tarde”(1999) e “Catedral”(2003), com repertório variado.

Ernesto Marques, presidente da ABI, elogia o programa do Duo e fala da expectativa para a noite festiva. “Como todo aniversário, é o momento de reflexões sobre o ciclo que se encerra e é quando a gente projeta os desejos para o ciclo que se inicia. Vai ser inspirador fazermos esta virada celebrando a vida, porque a ABI é uma composição de muitas vidas reunidas e somadas, como numa partitura”.

A Série Lunar – Temporada 2022 é uma programação realizada através de parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da UFBA (Emus). O evento gratuito e aberto ao público segue até dezembro com concertos mensais, sempre na lua cheia.

SERVIÇO

Série Lunar – Temporada 2022
Apresenta: Duo Tota e Teca
Quando: 17 de agosto (quarta-feira), às 19h
Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino

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Duo Sá-Cramento esbanja sintonia na Série Lunar

Eles nasceram no mesmo dia: 22 de março. Érica Sá chegou sete anos antes de Aquim Sacramento – eles explicam em meio a risos, no encerramento do espetáculo. A perfeita sintonia entre os músicos do Duo Sá-Cramento extrapola o espaço do palco e chega fácil, de ponta a ponta, na plateia. Foi assim na terceira noite de Série Lunar 2022, realizada pela Associação Bahiana de Imprensa e pela Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/UFBA). Como num plano paralelo de conexão, eram almas em diálogo musical no auditório da ABI. A cada toque nos instrumentos, era o público que vibrava. E cantava.

O sincronismo não é à toa. Os dois percussionistas se conheceram há 20 anos. “A gente foi se acompanhando e isso reflete na nossa performance”, observa Aquim. Para Érica, tocar na Série Lunar foi “surpreendente”. Assim como Aquim, a musicista nunca tinha entrado no auditório da Casa dos Jornalistas. “É um espaço maravilhoso para concertos, com uma vista belíssima”, afirmou Érica.

Natasha e Ueliton | Foto: Joseanne Guedes

Gratuito e aberto ao público, o evento acontece uma vez por mês, sempre na lua cheia, e vai até dezembro. A próxima apresentação será no dia 17 de agosto, no aniversário de 92 anos da ABI. Diretores da Casa, Luis Guilherme Pontes Tavares, Ernesto Marques e Amália Casal, na função de coordenadora da Série Lunar, receberam o público.

No meio da plateia, um jovem casal parecia não querer perder um só movimento do Duo. A percussionista Natasha e seu esposo, Ueliton Pereira, desfrutaram da noite e prometeram retornar. “É sempre um prazer vê-los tocando, mas ainda não tinha visto um recital somente dos dois”. Já Ueliton, que é trompista, se rendeu ao som do Duo e acredita que esse tipo de evento é importante para derrubar a visão estereotipada em relação aos instrumentos percussivos. “Ver percussão solo hoje foi uma experiência completamente nova. Não conhecia o potencial desses instrumentos”, reconheceu.

Hilton e sua filha Mariá | Foto: Joseanne Guedes

A pequena Mariá, de 5 anos, estava atenta e parecia não querer ir embora, mesmo depois que o Duo se despediu. “Ela gosta muito de música e eu queria que ela se soltasse, aproveitasse a percussão do Duo. Virei mais vezes, especialmente se tiver essa lua”, brincou Hilton Japyassu, pai de Mariá e professor do Instituto de Biologia da UFBA.

A pianista Teca Gondim, vice-diretora da Emus, falou de sua satisfação em acompanhar o crescimento de Érica e Aquim. Ela testemunhou o comecinho dos dois na música. “Eu sempre fico emocionada, porque foram meus alunos. É muito legal vê-los profissionais competentes, fazendo um concerto tão lindo, com tanta sintonia. Eles estudam muito, são sérios”, contou.

“Além da bela apresentação, eles conseguiram uma interação muito grande com o público. Houve co-participação, simbiose. Eu gostei muito. Estarei aqui sempre que possível”, garantiu o engenheiro e escritor Ancelmo da Rocha.

Vitalidade no Centro Histórico

O advogado Marcos Perez, representante da Central Única da Cidadania (CUC), é frequentador da Série Lunar. “Adoro essa programação. Essa apresentação de hoje traz o lado espiritual. Os tambores, o vibrafone, desencadeiam uma ligação impressionante com a música”.

O presidente da Associação do Centro Histórico Empreendedor (ACHE), José Iglesias Garcia, também marcou presença. “É o tipo de música que a gente escuta com a alma, não com os ouvidos. A ABI e a Emus foram muito felizes ao trazer esses dois jovens para fazer essa apresentação. Eventos com essa qualidade cultural são importantes para o Centro Histórico, que é a parte mais bela da nossa cidade”, afirmou.

“É um projeto extraordinário. Traz um público fantástico para o Centro Histórico de Salvador. A ABI e a Escola de Música estão de parabéns. Quero dizer que vocês contam com a minha parceira, minha alegria e resistência. Viva a magia que é a Série Lunar, viva o Pelô!”, festejou o escritor, jornalista, poeta e agitador cultural Clarindo Silva.

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Duo Sá-Cramento leva música percussiva à Série Lunar

A temporada de 2022 da Série Lunar segue levando muita música ao Centro Histórico da capital baiana. Agora é a vez do Duo Sá-Cramento levar sua percussão fervilhante ao palco do Auditório da Associação Bahiana de Imprensa, às 19h do próximo dia 13 de julho. A Série Lunar é uma programação realizada através de parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da UFBA (Emus). O evento gratuito e aberto ao público segue até dezembro com concertos mensais, sempre na lua cheia. 

O Duo Sá-Cramento é formado por Aquim Sacramento e Érica Sá. Eles se conheceram em 2003 no Curso Básico de Percussão da UFBA, onde foram alunos do consagrado percussionista e professor Jorge Sacramento. Em 2014, fizeram o seu primeiro concerto como Duo Sá-Cramento, executando obras solo e duos, na Escola de Música da UFBA. Juntos, já participaram de festivais e concertos em diversos estados brasileiros como Pernambuco, Bahia e Espírito Santo. O Duo também foi confirmado no XIII International Marimba & Percussion Festival 2020 em Tabasco, no México – evento adiado por conta da pandemia. 

Filho do maestro Jorge Sacramento, Aquim iniciou seus estudos de percussão aos nove anos de idade. Ele é bacharel em Percussão pela UNESP, mestre em Educação Musical pela UFBA e doutorando pela UFMG em Performance Musical. Recentemente se tornou professor de percussão da UFBA. Além do Duo Sá-Cramento, ele participa de formações como a MultiFaces, a MarinGinká e atua como solista, tocando e ministrando palestras e masterclasses em festivais brasileiros e em outros países como os Estados Unidos, Europa e Colômbia.

Já Érica Sá começou a estudar percussão aos 15 anos, tendo integrado a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo por quase quatro anos. Assim como Aquim, ela atua como solista e ministra palestras e masterclasses em festivais. É bacharel em Percussão pela UFBA, possui especialização em Teclados Percussivos em Strasburg e mestre em Performance Musical pela UFMG. Em 2019, se tornou professora de percussão do projeto NEOJIBA.

Com longa estrada na música, Érica e Aquim exploram, no Duo Sá-Cramento, a cultura brasileira através de conhecimentos e instrumentos eruditos e populares, executando obras autorais e arranjos de músicas brasileiras. Em seu espetáculo, eles experimentam performances musicais com diversas expressões artísticas, como a dança, a poesia e o teatro. “É um trabalho que traz a riqueza da música brasileira e da música afro-baiana de uma maneira moderna e com uma nova sonoridade, trazendo instrumentos como marimba, vibrafone para uma atmosfera popular”, explica Aquim Sacramento. 

Para a próxima quarta-feira o Duo já separou marimba, vibrafone, timbal, sino e pandeiro. O público da Série Lunar vai poder dançar ao som de um repertório diversificado, com músicas autorais e interpretações de canções de artistas como Chico Buarque e Dorival Caymmi.

SERVIÇO

Série Lunar – Temporada 2022
Apresenta: Duo Sá-Cramento
Quando: 13 de julho (quarta-feira), às 19h
Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino

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Em ritmo junino, Quinteto de Sopros da UFBA homenageia Luiz Gonzaga

O Quinteto de Sopros da UFBA reservou uma agradável surpresa para o público da Série Lunar, nesta quarta-feira (15). Protagonizando a segunda noite da temporada 2022, o conjunto levou ao auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) um repertório alegre, diversificado e com direito a uma homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. A Série Lunar ocorre uma vez por mês, por meio de parceria entre a ABI e a Escola de Música da UFBA (Emus). A próxima apresentação acontecerá no dia 13/07, com o Duo Sá-Cramento.

Atualmente o grupo conta com a liderança do flautista Antônio “Tota” Portela e a participação de Celso Benedito (trompa), Gustavo Seal (oboé), Hudson Ribeiro (clarinete) e Bruno de Souza (fagote). Entre um movimento e outro, Tota Portela compartilhava conhecimentos com o público, explicava a história de cada música, além de curiosidades sobre os compositores. Como ensinou o professor, a plateia aguardou as pausas entre os atos do programa da noite para oferecer aos músicos as merecidas palmas.

Uma das músicas da noite foi a marcha composta por John Philip Sousa, em 1889, para o jornal The Washington Post, cuja abertura-tensão é famosa e muito familiar. “A gente está na casa de vocês. Quando fazemos a apresentação, gostamos de pensar em obras que se adaptem à realidade daquele momento”, explicou Tota Portela. Além da interpretação da peça “Washington Post”, de Sousa, o Quinteto de Sopros também trouxe peças inspiradas pela proximidade do São João, em uma homenagem a Luiz Gonzaga. “Nesta noite, a gente misturou russo com brasileiro, com suíço e americano, com nordestino”, brincou Tota. Para ele, uma das coisas que mais o atrai na música é o trabalho em conjunto. “Fazer música é uma preposição. Você toca a música de alguém, para alguém e com alguém”. 

Foto: Paula Fróes

A diretora da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) Amália Casal, coordenadora da Série Lunar, agradeceu a presença de todos, em especial aos músicos que planejaram uma apresentação especial para ser realizada na Casa dos Jornalistas.

Foto: Paula Fróes

A vista do auditório da ABI surpreendeu a flautista Gabriela Machado, doutoranda da Emus. Paulista, ela visitou a região do Centro Histórico de Salvador algumas vezes, mas nunca tinha ido ao Edifício Ranulfo Oliveira, sede da Associação. Assim como o restante do público, ela reservou um tempo para admirar a paisagem noturna do local. “Achei muito interessante o espaço, com esse visual. Um lugar que merece mesmo ter esse tipo de programação. Espero que cada vez mais as pessoas tenham uma rotina de vir aqui para apreciar a boa música”.

O diretor da Emus, professor José Maurício Brandão, não pôde comparecer por motivos de saúde, mas foi muito bem representado pela pianista Teca Gondim, vice-diretora da instituição. Gondim, que é esposa de Tota Portela, confessou sua paixão pelo projeto. “Essa Série tem um potencial imenso. A ideia principal era achar meios de escoar a produção da Escola de Música, que conta com poucos espaços para se apresentar e não tem um palco próprio além do Salão Nobre da Reitoria da UFBA. O fato de podermos trazer nossa produção para cá, para esse auditório, é fantástico”, disse. A professora revelou um plano especial para as próximas edições: buscar uma parceria que possibilite improvisar no mirante da ABI um mini observatório astronômico em noites de Série Lunar.

Foto: Paula Fróes
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