ABI BAHIANA

ABI recebe Paulo Ormindo com projeto alternativo à ponte Salvador-Itaparica

Com o titulo “Um abraçaco em Quirimurê, ou Uma alternativa ao projeto do governo do Estado à ponte Salvador-Itaparica”, o professor e arquiteto Paulo Ormindo deu continuidade, no dia 05.06, na sede da ABI-Associação Bahiana de Imprensa, ao Ciclo de Debates que a Associação realiza sobre temas/problemas relevantes da cidade de Salvador.

Quirimurê é um nome indígena da origem tupy. Significa Baia de Todos os Santos. O projeto do arquiteto Paulo Ormindo é hoje o único contraponto ao da ponte Salvador-Itaparica, do governo do estado da Bahia que o secretário do Planejamento do Estado José Sérgio Gabrieli defendeu ao abrir o Ciclo de Debates da ABI na semana passada.

A proposta do arquiteto desbanca a ideia de que a ponte – a segunda maior do Brasil (atrás da Rio/Niteroi) e uma das mais caras do mundo – trará progresso a Ilha de Itaparica e a Salvador tampouco suprirá a demanda da travessia marítima.

Para Paulo Ormindo, além dos impactos ambientais e do alto custo, a funcionalidade da ponte se esgotará rapidamente na medida em que levar ao centro de Salvador uma explosão populacional e de veículos oriundos de todas as cidades circunvizinhas.

Ele acredita ainda que o projeto do governo apresenta inúmeras incongruências: está na rota dos quatro portos do entorno da Baía de Todos os Santos e prevê horários de abertura da ponte para passagens de navios, paralisando o fluxo de veículos.

Gabrielli, naquela oportunidade, esclareceu vários pontos do complexo projeto mas os custos e financiamentos de um projeto de tamanha magnitude foram brevemente considerados. A plateia formada de arquitetos, especialistas em planejamento urbano e os diretores da ABI debateram com o secretário formulando perguntas e críticas. Na sua exposição, Gabrielli considerou o projeto do arquiteto Paulo Ormindo como “bucólico”.

No dia 10.06, palestra de José Carlos Aleluia, secretário de Urbanismo e Transporte da Prefeitura de Salvador, sobre o “O projeto da ponte e a (i)mobilidade urbana da cidade de Salvador: crise, desafios e planejamento”, fecha o ciclo de debates da ABI.

Fonte: Tribuna da Bahia

publicidade
publicidade
Notícias

Marinha reforça defesa para a Copa das Confederações em Salvador

O contingente das Forças Armadas, responsável pelas ações de Defesa na Copa das Confederações 2013, será reforçado por tropas de Fuzileiros Navais e Mergulhadores de Combate , oriundas do Rio de Janeiro, previstas para desembarcarem em Salvador a partir do dia 05.06.

Por mar, serão recebidos equipamentos de defesa nuclear, química, biológica e radiológica (NQBR) e de comunicações, além de mais de 20 viaturas de transporte de tropas, comando e controle, ambulância e transporte de cães, que chegarão em Salvador a bordo do Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia”, cuja atracação no Porto de Salvador está prevista para ocorrer por volta das 15h30.

Por terra, virão, ainda, mais de cem militares do Batalhão de Engenharia, do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (Batalhão Tonelero) e do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GruMeC), que serão empregados em ações de defesa NQBR e de contraterrorismo.

Fonte: Tribuna da Bahia

publicidade
publicidade
Notícias

Salvador é uma das cidades-sede da Copa menos transparentes

Em encontro promovido pela Ouvidoria da Câmara de Vereadores, na manhã do dia 20.05, foram apresentados dados do Instituto Ethos sobre as ações voltadas para aumentar a transparência no Executivo municipal, para a Copa do Mundo de 2014. As informações apresentadas pela coordenadora de políticas púbicas do Ethos Christiane Sampaio apontam que Salvador é uma das 10 cidades-sede da competição que apresentam o mais baixo índice de transparência. Numa escala de 0 a 100, a capital baiana teve nota 14,46. O levantamento foi feito com base em parâmetros estabelecidos pela Lei Federal 12.527/2011, a Lei de Acesso a Informação. Eles foram organizados em um questionário com 100 perguntas feitas aos executivos municipais. Essa é a primeira vez que o Ethos é recebido em uma Casa Legislativa do país, para debater a proposta, chamada “Jogos limpos dentro e fora dos estádios – para melhorar os mecanismos de transparência ao cidadão. Os dados serão apresentados no 1ª Encontro de Ouvidorias das Cidades sede da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, nos dias 27 e 28 de Maio, no Centro de Convenções. “Temos que aproveitar esse grande evento internacional, que é a Copa do Mundo, e fortalecer uma rede de ouvidorias e parceiros, que possibilite ao cidadão ter acesso transparente a todos os dados relacionados aos gastos públicos”, afirmou a ouvidora-geral da Câmara, vereadora Aladilce Souza (PCdoB). A Lei de Acesso a Informação, em vigor em maio de 2012 e regula o acesso à informação na administração pública, em todos os níveis governamentais – federal, estadual, municipal e distrital.

Fonte: Bahia Notícias

publicidade
publicidade
Notícias

PEC 37 – Chefe do Ministério Público fala em reserva de mercado para investigação

O procurador Geral de Justiça do Estado de São Paulo, chefe do Ministério Público paulista, Márcio Elias Rosa, tem percorrido as comarcas para defender que a aprovação da chamada PEC 37, pelo Congresso Nacional, não gera só ampliação de impunidade e reserva de mercado, mas enfraquece a ação das polícias no País, ao invés de fortalecer. Márcio contrapõe que o “senso do cidadão comum” é o de que “as instituições públicas atuem conjuntamente e, sempre que o caso pedir, consumindo foco e energia para enfrentar o crime e não o inverso, como se pretende na proposta de emenda constitucional”.

Na essência, a PEC 37 impediria os promotores de justiça e procuradores da República de presidir inquéritos penais, definindo a atribuição como exclusiva das polícias Civil e Federal.

Márcio Rosa acha que, longe de fortalecer, a emenda, fragiliza ainda mais as instituições policiais. “Fragiliza ainda mais as polícias porque ela passa a ser a única destinatária de todas as cobranças em crime. E nós sabemos que infelizmente as polícias não têm condições de absorver esta demanda, seja por questão de estrutura, seja pela demanda de crimes. A polícia tem em sua imensa maioria profissionais honestos e competentes, mas o fato é que não há condição material para enfrentar essas demandas. E essa reserva de mercado facilita a vida do criminoso e não o contrário”, ratifica.

O chefe do MP paulista rechaça a ideia de que a instituição quer ocupar espaço da polícia. “O Ministério Público não quer presidir inquérito policial. Esse trabalho já é realizado pela polícia e ela faz isso com muita competência. O que o Ministério Público quer é conservar a possibilidade de, quando necessário, também realizar a investigação. Isso pode acontecer na violação de direitos humanos, em crimes contra a administração pública, o controle externo da atividade policial, entre outras hipóteses que não têm sentido restringir a atuação como quer a PEC 37. O promotor não ocupa espaço da atividade do delegado. O que não pode é descartar a hipótese de o MP também realizar investigação. Quem combate o crime organizado em São Paulo é o MP e com o apoio das polícias muitas vezes e isso tem se mostrado eficiente. Por que restringir esse papel? Restringir enfraquece o papel das polícias que já contam com ampla gama de atuação. Suprimir a ação, mesmo conjunta, como se pretende, é retrocesso para o País”, defende.
Em sua visão, a Carta constitucional já garante prerrogativas, mas a PEC quer eliminar. “O que acredito é que a Constituição de 1988 já assegura a investigação de natureza criminal ao Ministério Público. O que a proposta de emenda à constituição pretende é eliminar isso. Mesmo antes de 1988 isso já acontecia, na verdade desde nosso Código de Processo Penal, que é da década de 40. Há exemplos típicos da década de 70, por exemplo, onde a investigação do caso do Esquadrão da Morte foi feita pelo Ministério Público, além de tantos outros casos ao longo da história. A Constituição não estabelece nenhum monopólio de investigação criminal”, diz.

Contra o MP

O procurador entende que a PEC viria para enterrar esse trabalho somente para o MP. “No âmbito Legislativo, as CPIs são realizadas por parlamentares, inclusive do ponto de vista criminal, além do inquérito policial. Antigamente, na lei falimentar o próprio juiz podia fazer investigações. A rigor, a constituição já contempla o poder investigatório de natureza criminal e o que se quer é restringir esse poder que já existe para estabelecer o monopólio da investigação criminal exclusivamente para as polícias civis estaduais e para a Polícia Federal e do Distrito Federal, o que não é bom para o País e nem para as polícias”, comenta.
Márcio não concorda com a tese de que a presença do promotor público na apuração criminal fere a relação de peso e contrapeso no Estado de direito brasileiro. “Há uma confusão no papel da atuação do Ministério Público nesse argumento. Fosse ele verdadeiro, o promotor de Justiça poderia concluir pelo arquivamento da investigação criminal ou nunca poderia pedir a absolvição dos réus ao longo do processo. Isso é questão de convencimento, que vem após o Ministério Público atuar na busca dos fatos, na elucidação do que se está apurando. A questão é que o Ministério Público atua com independência na fase de convencimento e depois sim se posiciona, novamente com imparcialidade, para pedir a absolvição ou arquivamento. Não há nenhuma contrariedade nisso. O Ministério Público tem a função precípua de formar seu convencimento em torno de uma denúncia tida como possível crime, que depois será julgada. E essa fase de convencimento é no inquérito. O artigo 129 inciso I da Constituição Federal especifica esta atribuição ao Ministério Público, a titularidade da ação penal pública”, menciona.

Para o procurador, outra consequência negativa da restrição da função investigatória é que, assim o fosse, ele seria obrigado a acusar sempre. “É uma questão elementar do direito que está sendo utilizada como argumento distorcido, de que o MP é parte e por isso acusa na origem. Não, o promotor público averigua, apura, investiga e, depois, forma seu convencimento. Se ele não desempenhar esse papel imparcial de busca do convencimento, então ele seria obrigado a acusar, denunciar sempre. Não é lógica essa questão abordada em favor da PEC 37”, acrescenta.

Fonte: Jornal da Cidade

publicidade
publicidade