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“Washington Post” recorrerá contra condenação de correspondente no Irã

O jornal americano The Washington Post declarou nesta segunda-feira (12/10) ser uma “injustiça ultrajante” a condenação do correspondente Jason Rezaian no Irã. Informou também que trabalha com seus advogados e com a família do jornalista para apresentar uma apelação. Segundo a agência de notícias AFP, Rezaian, de 39 anos, foi preso em julho do ano passado acusado de espionagem e de outros crimes contra a Segurança Nacional, depois de trabalhar durante dois anos como correspondente em Teerã.

O jornalista compareceu quatro vezes diante do Tribunal Revolucionário de Teerã desde maio. Uma corte especial do órgão é responsável por julgar crimes políticos e casos relacionados à segurança do país. Washington chegou a solicitar que as autoridades iranianas libertassem Rezaian, mas Teerã, que não reconhece a dupla nacionalidade do profissional, alega que se trata de um caso exclusivamente iraniano.

“O Irã se comportou de forma excessiva ao longo deste caso, mas nunca como nesta ocasião, com essa sentença de um tribunal revolucionário, pelo qual um jornalista inocente é condenado por graves crimes após um procedimento que se desenvolveu em segredo, sem que fossem exibidas provas de qualquer tipo”, afirmou o reforçou o editor executivo do jornal, Martin Barón, em um comunicado.

Fonte: Portal IMPRENSA

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Jornalista do ‘Washington Post’ continua preso no Irã

O julgamento do jornalista do Washington Post, Jason Rezaian (39), passou por uma terceira audiência na última segunda-feira (13/7). O correspondente do jornal americano está há mais de um ano na prisão de Evin, em Teerã, acusado de “recolhimento de informações confidenciais”, “colaboração com governos hostis” e “propaganda contra o regime”. Sua advogada, Leila Ashan, não pode falar com a imprensa sobre o caso, mas a família do jornalista afirma que ele foi aberto durante o interrogatório com autoridades iranianas. A detenção do repórter provocou tensões entre Irã e Estados Unidos, que romperam suas relações diplomáticas após a revolução de 1979.

A mãe do jornalista, Mary Breme Rezaian, está no Irã para acompanhar o julgamento do filho. Em pedido feito às autoridades ela cita uma lei que limita em um ano as detenções de pessoas que aguardam julgamento. “Essa é uma lei criada para proteger cidadão iranianos. Uma vez que estão fazendo acusações contra Jason com base em sua cidadania iraniana, essa lei também deve se aplicar a ele. Exigimos que ele saia para que se reúna com sua família”, afirmou Mary Breme. Em um artigo publicado no Washington Post, ela também falou sobre os motivos que levaram Jason a aderir a dupla cidadania. Ela diz que o jornalista se preocupava com a forma com que o Irã era retratado pela mídia americana.

Jason foi preso em julho de 2014 com dois fotógrafos e sua mulher, Yeganeh Salehi, também jornalista. Depois de pagamento de fiança, ela foi liberada, mas Rezaian continuou detido. Depois que as autoridades confiscaram seu computador pessoal, o repórter também é acusado de visitar um consulado americano para pedir um visto para sua mulher e de pedir emprego na equipe do governo Obama, em 2008.

*As informações são do Portal IMPRENSA e da Agence France-Presse

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Irã liberta jornalista presa desde julho

Autoridades do Irã libertaram a jornalista Yeganeh Salehi, de 30 anos, colaboradora do jornal dos Emirados Árabes The National. Libertada sob fiança, a esposa de Jason Rezaian, correspondente do jornal The Washington Post em Teerã, havia sido detida junto ao marido e outro casal de jornalistas – que já foi libertado –, em julho deste ano. Rezaian (38), que é iraniano-americano, permanece detido, de acordo com informações divulgadas pelo Post nesta segunda-feira (6). Os Estados Unidos solicitaram a libertação do profissional, mas o Irã não reconhece a dupla nacionalidade, e por isso rejeitou os apelos do Departamento de Estado americano.

Segundo o The National, o irmão de Rezaian, Ali Rezaian, afirmou que Salehi foi solta no fim da semana passada, após ter tido permissão para visitar seu marido. Ali Rezaian ainda teria declarado que os dois estavam “psicologicamente saudáveis” e que a família de Salehi no Teerã não comentará o caso com a imprensa e pediu privacidade. Ele acrescentou que Salehi não pode mais trabalhar como jornalista no Irã e não deu mais detalhes.

Yeganeh Salehi e seu marido Jason Rezaian, que permanece detido/ Foto: Reprodução
Yeganeh Salehi e seu marido Jason Rezaian, que permanece detido/ Foto: Reprodução

O casal foi preso em 22 de julho como parte de questões ligadas à segurança da república islâmica, conforme declarações de um funcionário do Judiciário do Irã, em meados de agosto. As forças de segurança foram até a casa dos jornalistas e confiscaram seus bens pessoas, incluindo computadores, livros e notas. Ainda em agosto, um jornal conservador mencionou acusações de espionagem. No fim de julho, outro funcionário falou de ‘atividades dos inimigos (do Irã) e de seus agentes’, em relação às duas detenções.

O diretor-geral do departamento de meios de comunicação estrangeiros no ministério iraniano da Cultura, Mohamad Kushesh, afirmou aguardar uma nova definição sobre o caso. “Esperamos que Jason Rezaian seja libertado em breve”, acrescentou. O executivo disse que sua pasta está fazendo o possível para que Rezaian também seja libertado, embora tal decisão não esteja em sua alçada. Em comunicado, a família de Yeganeh agradeceu a libertação. “Estamos convencidos de que Jason não cometeu nenhum crime, e rezamos para que o governo iraniano chegue à mesma conclusão e o liberte também”.

*Informações da AP e da AFP  via Estadão.

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