A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promove nesta segunda-feira (21) o ‘Viradão da Vacinação’, para aplicação da 1ª dose da vacina contra a Covid-19 em grupos prioritários de Salvador. O agendamento foi aberto ontem, através da plataforma Hora Marcada (www.vacinahoramarcada.saude.salvador.ba.gov.br) e a novidade é que dessa vez a imunização acontece exclusivamente no formato drive-thru (não terá ponto na ABI e nem nos pontos fixos da rede). Os drives da Arena Fonte Nova e Unijorge (Paralela) funcionarão das 22h da segunda-feira (21/06) até 07h da terça-feira (22/06), para atendimento exclusivo das pessoas que realizarem o agendamento. De acordo com a SMS, foram abertas 8 mil vagas através do portal.
Incluídos no grupo prioritário, os profissionais da imprensa cujos nomes estiverem no site da SMS também poderão realizar o agendamento. No momento, está mantida a idade estabelecida pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para a categoria, que é de 40 anos ou mais. “No momento da vacinação, é preciso apresentar os documentos exigidos, original e cópia impressa”, lembra Moacy Neves, presidente do Sinjorba. Segundo ele, o Sindicato segue mobilizado na tentativa de baixar faixa-etária da vacinação para os profissionais.
A vacinação para grupos prioritários na Bahia havia sido suspensa no último dia 17, passando a ser apenas por critério de idade, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). A decisão foi tomada em reunião da CIB e começou no dia 18.
Na terça-feira (22) a vacinação volta a ser EXCLUSIVAMENTE por idade e demanda aberta (ou seja, sem agendamento). Confira a programação divulgada pela SMS.
A partir de agora, a vacinação contra Covid-19 passa a ser apenas por critério de idade na Bahia. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a decisão foi tomada ontem (17), em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e começa a valer nesta sexta-feira (18). As únicas exceções são as gestantes, puérperas e os trabalhadores da saúde, que podem entrar como grupos prioritários. Ainda segundo a Sesab, a nova resolução será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) afirma que ainda analisará detalhadamente os efeitos práticos da nova decisão para a categoria, que recebeu com surpresa a suspensão da vacinação. “A entidade compreende o objetivo de garantir avanço da imunização no Estado da Bahia, mas a suspensão da vacinação dos públicos prioritários é uma grande injustiça com as categorias de serviços essenciais que não foram totalmente imunizadas, como os profissionais de imprensa”, argumenta Moacy Neves, presidente do Sinjorba.
Segundo o Sinjorba, a vacinação dos jornalistas foi atrapalhada desde o início pela não inclusão no PNO, pelo Ministério da Saúde. Depois, porque somente em 18 de maio a CIB aprovou a medida, prejudicada posteriormente pelas “recomendações” intempestivas do MPF e MPE às prefeituras. Por fim, pelo atraso dos municípios em iniciar a imunização. Moacy Neves lembra que há cidades onde a imunização dos profissionais de imprensa está iniciando apenas nesta sexta (18), como em Juazeiro e Eunápolis, um mês depois da resolução 085.
“Por dever de coerência e por respeito ao SUS, devemos respeitar a decisão soberana da CIB, mesmo defendendo que ela seja revista”, defende o jornalista Ernesto Marques, presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Ele considera um avanço o aumento na oferta de vacinas, mas acredita que a ainda demora para atingir uma cobertura que proteja a população do surgimento de novas cepas do vírus. “Isso significa dizer que, tanto quanto a essencialidade do trabalho da imprensa, permanece a necessidade de termos os profissionais protegidos para cumprirem sua missão com a maior segurança possível. Não me parece racional interromper a vacinação de um grupo numericamente pequeno, depois de iniciada a vacinação dos comunicadores. Cabe à CIB explicar a sua decisão”, completa o dirigente.
O presidente do Sinjorba diz que a categoria não vai aceitar conformada esta nova situação. Além da ação judicial contra a União para resolver esse impasse em definitivo, já ingressada, a entidade vai continuar mobilizada para garantir a equidade do princípio de vacinação do público prioritário. “Outras categorias de trabalhadores foram totalmente imunizadas enquanto os jornalistas e radialistas, que estão nas ruas, redações e estúdios expostos ao adoecimento e morte, caso se confirme a suspensão, serão vacinados pela metade”, reclama Moacy Neves.
Qualquer novidade sobre a retomada da vacinação da categoria será informada nos canais oficiais da ABI e do Sinjorba.
Quando conclui a leitura das 176 páginas da revista carioca Ilustração Brasileira (ano LX, n. 175, novembro de 1949), comemorativa do 1º centenário do jornalista, jurista, político, abolicionista e republicano Ruy Barbosa (1849-1923), restou-me a suspeita de que o homenageado se distanciou dos militares desde o final do século XIX – primeiros anos da República proclamada em 1889 –, a ponto de rejeitar títulos e objetos afins com as Forças Armadas.
Retomarei essa suspeita mais adiante.
A Ilustração Brasileira de novembro de 1949 foi dirigida pelo escritor Pedro Calmon (1902-1985) e reúne textos sobre Ruy Barbosa assinados por autores nacionais (de vários estados brasileiros) e estrangeiros. O periódico de formato 35,5 x 27 cm, ilustrado – como seu título o apresenta –, foi impresso em p&b, exceto a capa – retrato de Ruy pintado pelo artista plástico fluminense Luiz Goulart (1920-2002. A revista, propriedade de SA O Malho, foi fundada em 1909 e circulou em três períodos distintos: 1909-1915; 1920-1930; 1935-1958, conforme a Wilkipédia (consulta em 08 de junho de 2021).
Escritores convidados
A edição comemorativa do primeiro centenário do nascimento de Ruy Barbosa, dirigida pelo escritor Pedro Calmon, contou com textos, pela ordem das páginas, do baiano Clemente Mariani (1900-1981), então ministro da Educação e Saúde Pública; do carioca Américo Jacobino Lacombe (1909-1993), então diretor da Casa Ruy Barbosa; do citado baiano Pedro Calmon; do pernambucano Celso Vieira (1878-1954); do cearense Gustavo Barroso (1888-1959); do pernambucano Carneiro Leão (1887-1966); do fluminense Carlos Maul (1889-1974); do também fluminense Levi Carneiro (1882-1971); do baiano Nestor Duarte (1902-1970); do alemão Ernest Feder (1881-1964), a quem nos referiremos mais adiante.
Prosseguindo a lista de autores, acrescento: Fernando Nery, autor de biografia de Ruy; o paraense Osvaldo Orico (1900-1981), o maranhense Coelho Neto (1864-1934); o baiano Afrânio Peixoto (1876-1947), o catarinense Alexandre Konder (1904-1953), de cujo texto destacaremos, mais adiante, algumas informações afins com o título deste artigo; o carioca Armando Ferreira Peixoto (1908-?), que integrou a equipe jornalística da United Press; o fluminense Elmano Cardim (1891-1979); De Mattos Pinto; o paranaense Manoel de Lacerda Pinto (1893-1974); o também paranaense Tasso da Silveira (1895-1968); o carioca Edmundo de Macedo Soares e Silva (1901-1989); o português Fléxa Ribeiro (1884-1971); o fluminense José Magalhães; Bertho Condé (1895-1966); Murilo Ribeiro Lopes; o baiano Carneiro Ribeiro (1839-1920); Henrique Gonzalez.
A relação acima acrescenta aos nomes dos autores listados no sumário da Ilustração Brasileira de novembro de 1949 o gentílico e os anos de nascimento e falecimento de cada um. Essas informações foram levantadas em sites da web (CPDOC, ABL, FCRB, Itaú Cultural e outros). Alguns nomes não foram contemplados porque a pesquisa a respeito não alcançou o êxito pretendido. Além dos artigos, a revista estampa anúncios e quase 10 páginas (da 57 a 64) de textos do próprio homenageado; uma seção denominada “Antologia de Rui”.
Feder, Peixoto e Konder
Os três autores destacados na listagem acima me ensinaram novas lições. O escritor Ernest Feder, nascido em Berlim, salientou o pioneirismo de Ruy Barbosa como “O primeiro defensor de Dreyfus”. O oficial francês Alfred Dreyfus, de origem judaica, foi vítima do antissemitismo, e sua expulsão do Exército provocou reações tais como o famoso manifesto Eu Acuso (J’Accuse), do escritor francês Emile Zola (1840-1902).
Por sua vez, o jornalista Armando Ferreira Peixoto me apresentou o também jornalista inglês William Thomas Stead (1849-1912), pacifista, espírita, apontado como um dos precursores do jornalismo investigativo, que foi solidário a Ruy Barbosa na Conferência de Paz, em Haia (Holanda), em 1907. Fez-me lembrar do jornalista norte-americano John Reed (1887-1920). A paixão por causas humanitárias os moveu e os distinguiu como personalidades admiráveis do jornalismo e da humanidade.
Por fim, dedico mais linhas ao escritor Alexandre Konder, que contribuiu com o número 175 da Ilustração Brasileira com a reportagem “A casa de Ruy Barbosa vista por um jornalista”. A matéria dele, com muitas fotografias, ocupa as páginas 40 a 47 e se completa, no final da revista, na página 160. Não me cabe o detalhamento das situações de que tratarei em seguida, mas Konder informa que estavam expostos na propriedade em que Ruy morara na rua São Clemente, em Botafogo, sua espada de general do Exército brasileiro e o veículo Benz que Guilherme II, kaiser da Alemanha, presenteara o marechal Hermes da Fonseca (1855-1923). Esses dois objetos constrangiam Ruy Barbosa.
Ruy Barbosa apoiara o fim da monarquia e assumira, após a Proclamação da República, a tarefa de redigir a nova constituição. Era, pois, interlocutor regular do presidente que inaugurara a República brasileira. A espada destinada a Ruy acompanhou o gesto do presidente, o marechal alagoano Deodoro da Fonseca (1827-1892), quando distinguiu alguns republicanos de primeira hora, entre os quais Ruy Barbosa, com o título de general de brigada honorário. Com o fim do gabinete de Deodoro, houve reação; Ruy, que era ministro da Fazenda, foi afastado e a ascensão do brigadeiro alagoano Floriano Peixoto (1839-1895) à presidência colocou o ilustre baiano no beco da morte. Ruy foi para o exílio (e esse episódio reforçou ainda mais os compromisso dele com o Brasil) e viveu, com a família, na Argentina, Portugal e Inglaterra. Só retornou ao seu país em 1895. Durante sua ausência, o Floriano Peixoto cassou (decreto publicado no DO de 25 de novembro de 1893) o título de general de brigada honorário com que o marechal Deodoro o distinguira.
A propósito desse episódio, o jornalista Konder, na nota 7 ao fim da reportagem, informa:
“Prudente de Moraes, em 1898, revogou o ato de Floriano que cassara a Rui as honras de general. Em carta dirigida ao Presidente da República, este, porém, declinou da gentileza, afirmando que o gesto do Marechal o livrara de um constrangimento muito incômodo, de uma distinção incompatível com a índole de sua vida…” (p. 160) Konder informa, na reportagem, que Ruy Barbosa dizia que a sua era “a espada mais virgem do Brasil” (p. 46).
Tampouco ele apreciava o veículo que o kaiser alemão presenteou o presidente Hermes da Fonseca. O veículo fora deixado na alfândega pelo presidente e, anos depois, o amigo Joaquim Pereira Teixeira (?), adquire o veículo e o presenteia a Ruy Barbosa, que rebate a oferta. Todavia, dona Maria Augusta, esposa de Ruy, aceita o presente e o incorpora ao patrimônio da família. Segundo o jornalista Alexandre Konder, Ruy jamais utilizou o veículo que chegara ao Brasil como presente para quem o ameaçara e à sua família de morte.
Encerro com alguns registros da Ilustração Brasileira sobre o hábito do baiano Ruy Barbosa de banhar-se de madrugada com água fria. Da sua visita ao imóvel da São Clemente, Konder destaca a pérgula existente no jardim da propriedade, que funcionava como banheiro. Ele conta:
(…) “no parque pode-se ver o banheiro externo em que o inolvidável brasileiro tomava diariamente o seu banho frio do chuveiro, fizesse bom ou mau tempo.
“Rui, como é sabido, foi um dos maiores madrugadores do país. Jamais o sol o apanhou no leito, e tinha por hábito correr descalço sobre a relva do seu jardim, após o banho, a fim de trazer sempre em forma o seu físico franzino. E é bem possível que não tivesse chegado à idade a que chegou não fosse essa disciplina verdadeiramente espartana, que desde a mocidade traçou para a sua maneira de viver e da qual nunca se afastou.” (p. 44)
Na página 50 da revista, sob o título “Recordações da infância e da mocidade”, há compilado de trechos da “Oração aos Moços”, de 1919, que Ruy leria na cerimônia do ano seguinte em que seria paraninfo da turma de formandos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. Neles, o autor rebate as hipóteses de que o consumo regular de café e a imersão dos pés em água fria ao despertar seriam hábitos que cultivava. Não, não eram esses os seus hábitos para animar-se para as lides do dia. De modo que rebate com este esclarecimento lapidar:
– Nem uma só vez na minha vida busquei num pedilúvio o espantalho do sono.
Vamos aprender com Ruy Barbosa!
*Jornalista, produtor editorial e professor universitário. É 1º vice-presidente da ABI. [email protected]
Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
A luta pela vacinação da categoria jornalística em todo estado da Bahia segue através do Sinjorba, Sinterp e da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Com a adesão de alguns municípios ao pedido de imunização dos profissionais, o objetivo das entidades agora é a diminuição da faixa etária, para que jornalistas com menos de 40 anos possam ser alcançados pela vacina contra a Covid-19. Nesta quarta-feira (16), aconteceu a retomada da vacinação em Salvador. Na ABI, a ação ocorreu das 8h às 13h. Nos demais postos, até 16h.
Conforme determina a resolução 085/2021 da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), de 18 de maio de 2021, reafirmada pela resolução 102/2021, de 02 de junho, estão aptos para a vacinação os jornalistas, radialistas, cinegrafistas e repórteres fotográficos que estejam em trabalho presencial em jornais, rádios, TVs, sites e assessorias.
No primeiro momento, estão sendo imunizados os profissionais com 40 anos ou mais. No entanto, algumas prefeituras já se anteciparam e, para evitar uma nova chamada nos próximos dias – e considerando sua autonomia conferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – promoveram a vacinação de toda a categoria. Estão incluídas entre estas Feira de Santana, Itabuna, Eunápolis e Lauro de Freitas.
No último sábado (12/06), 54 profissionais da imprensa com 40 anos ou mais foram vacinados em Vitória da Conquista. De acordo com Edna Nolasco, diretora do Sinjorba/seccional Sudoeste, a prefeitura está recebendo doses direcionadas a determinados públicos e não houve cota para jornalistas com menos de 40 anos. “Nós temos 130 jornalistas com idade abaixo de 40. O município tem colaborado bastante, mas alega que está sem condições de vacinar o público abaixo de 40 anos, porque a Sesab não permite. Eles dizem que não têm autonomia sobre a reserva técnica”, relata.
Depois que foi efetivada a vacinação da categoria no município, Nolasco afirma ter recebido diversos “pedidos de socorro” de colegas de cidades circunvizinhas. “Direcionei correspondências para os prefeitos de Poções, Boa Nova e Barra do Choça”, afirma a jornalista.
O Sinjorba já solicitou à CIB a redução da idade. “Continuamos na luta para que todos os municípios baianos iniciem a vacinação dos profissionais de imprensa, de todas as idades”, assegura Moacy Neves, presidente do Sinjorba.
Imprensa imunizada
Itapetinga, região do centro-sul da Bahia, deu o pontapé inicial para a vacinação da categoria na última sexta-feira (11). De acordo com a prefeitura do município, os profissionais estão receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca. No caso de Itapetinga, pessoas acima de 18 anos e que possam comprovar trabalhar em veículo de comunicação estão sendo vacinadas. Num boletim epidemiológico do município, divulgado na quinta-feira (10/06), 4.726 casos da doença estão confirmados, dos quais 4.561 são pessoas recuperadas e 42 casos. Ilhéus também iniciou a vacinação da categoria, no Centro Municipal de Atendimento Especializado (CMAE).
Na segunda-feira (14), mais colegas de Feira de Santana se vacinaram. Ontem (15), a Prefeitura de Juazeiro contactou o Sinjorba para iniciar a vacinação dos profissionais de imprensa contra a covid-19. O Sindicato pede que todos os profissionais de imprensa de Juazeiro, que fazem jus à vacinação, façam seu cadastramento através do link (https://bityli.com/TrvOG). Como ocorre em Salvador, as informações serão conferidas e enviadas à Prefeitura, que deverá exigir, no ato da imunização, documento comprobatório do exercício profissional e da atividade presencial.
Reconhecimento
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga já admite a inclusão de jornalistas no grupo prioritário de vacinação. De acordo com o Sinjorba, ao admitir, no dia 12 de junho, a inclusão dos jornalistas no Plano Nacional de Imunização (PNI), o ato “pode ser considerado um reflexo da mobilização que vem sendo feita pelos profissionais de imprensa em âmbito nacional”.
O Sinjorba, por meio da Fenaj, ingressou na Justiça Federal, no dia 9 de junho uma Ação Civil Pública, pedindo Tutela de Urgência Antecipada, para garantir a inclusão dos profissionais de comunicação dentro do grupo prioritário do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO). Em sua argumentação, a Ação aponta as falhas no Plano, que não se ateve às previsões legais em que deveria se basear. (Saiba mais)
No dia 3 de março deste ano, juntamente com o Sinterp, o Sinjorba já havia enviado ofício ao Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, ressaltando que o Decreto Federal 10.288, de 22/03/2020, em seu artigo 4º, incluiu a imprensa como serviço essencial durante a pandemia e, assim sendo, teria obrigatoriamente que figurar no PNO.