ABI BAHIANA

Sinjorba, Sinterp e ABI buscam reunião para discutir início da vacinação

Jornalistas com mais de 40 anos, além de radialistas, cinegrafistas, apresentadores, fotógrafos e blogueiros registrados se tornaram prioridade na vacinação contra a Covid-19 na Bahia. A decisão foi tomada nesta terça (18), durante a reunião da Comissão de Intergestores Bipartite (CIB), que reúne os secretários estadual e municipal de saúde, em uma vitória histórica dos profissionais da imprensa no estado. A inclusão foi resultado de uma forte campanha encampada pelo Sinjorba, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores em Rádio e TV na Bahia (Sinterp) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

Foram conversas e entendimentos junto às autoridades de saúde do Estado e dos municípios para incluir entre os segmentos prioritários na vacinação contra a Covid-19 os jornalistas e radialistas que estão na linha de frente do trabalho durante a pandemia. Agora, Sinjorba, Sinterp e ABI buscam reunião com gestores para discutir a operacionalização da vacina. “Por enquanto, estão incluídos os profissionais que estão realizando trabalho externo, na linha de frente. A luta pela vacina é a luta por aqueles que estão expostos, os trabalhadores em modalidade presencial”, explicou Moacy Neves.

“Este momento é para celebrar o reconhecimento da relevância da nossa categoria para garantir que as pessoas recebam informação de qualidade. A vitória é estarmos incluídos no rol das categorias prioritárias e vamos seguir na luta para que as outras faixa-etárias também sejam imunizadas”, garantiu o presidente do Sinjorba, Moacy Neves. O Sinjorba agradeceu “a sensibilidade do secretário Vilas Boas e de todos os gestores municipais de saúde, que acolheram os argumentos da entidade, reconhecendo o alto grau de adoecimento dos profissionais de imprensa, dada à enorme exposição a que são submetidos durante a execução de seu trabalho”, afirmou o dirigente.

Mortes de jornalistas por Covid-19

O jornalista e radialista Ernesto Maques, presidente da Associação Bahiana de Imprensa, ressaltou a importância da conquista, alcançada no mesmo dia em que o relatório da organização Press Emblem Campaign (PEC) registrou pelo menos 194 mortes de profissionais de imprensa desde março de 2020 no Brasil. O país liderava a lista de países com maior números de óbitos de jornalistas por Covid-19, mas foi ultrapassado pela Índia, com 200.

“Além da importância para uma das categorias mais expostas e mais vitimadas pela covid-19, a inclusão nos grupos prioritários fortalece nossas entidades, especialmente o Sinjorba, que liderou o processo”, observou. “Estaremos mais seguros para cumprir nossa missão e, desta forma, seguiremos contribuindo com informação qualificada para a superação da pandemia, cobrando vacinas para toda a população”, concluiu Marques.

O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, explicou que “a ideia é proteger os profissionais que estão em risco nesta classe essencial para a sociedade”. Na reunião de ontem (18), ficou definido que 70% das doses recebidas serão destinadas à continuidade da vacinação de grupos prioritários definidos no Plano Nacional de Imunização. Os demais 30% serão usados para vacinar a população em geral, com idade de 59 a 18 anos, de forma escalonada. A decisão da CIB será publicada no Diário Oficial do Estado na próxima quinta-feira (20).

*Com informações do Sinjorba

publicidade
publicidade
Notícias

Sinjorba convoca categoria a vestir azul pela vacinação contra a Covid-19

O Sinjorba está convocando os profissionais de imprensa para vestirem azul nesta quarta (19), Dia de Luta da categoria em defesa da vida. Além disso, é importante utilizar a hashtag #VacinaJa, nas redes sociais, especialmente nas publicações que fizerem referência à campanha da categoria. Juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores em Rádio e TV na Bahia (Sinterp) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), o Sinjorba têm empreendido gestões junto às autoridades de saúde do Estado para incluir entre os segmentos prioritários na vacinação contra a Covid-19 os jornalistas e radialistas que estão na linha de frente do trabalho durante a pandemia.

O Decreto Federal 10.288, de 22 de março de 2020, no artigo 4º, incluiu a imprensa como serviço essencial durante a pandemia. Diz o texto: “São considerados essenciais as atividades e os serviços relacionados à imprensa, por todos os meios de comunicação e divulgação disponíveis, incluídos a radiodifusão de sons e de imagens, a internet, os jornais e as revistas, dentre outros”.

Porém, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, de janeiro de 2021, não incluiu os profissionais de jornal, rádio, TV, blogs e assessorias no rol das categorias prioritárias para a imunização contra a Covid. O mesmo vale para a gripe a H1N1, em cujo programa de imunização também estes profissionais não são indicados.

Para o presidente do Sinjorba, Moacy Neves, a imprensa é serviço essencial e, por isso, seus trabalhadores deveriam merecer dos governos proteção para exercerem seu ofício com segurança. “Os jornalistas e radialistas estão sendo chamados ao trabalho presencial, cumprindo pautas em hospitais, supermercados, filas de vacinação, estações de transporte, entre outros locais de aglomeração, além de ficarem em redações fechadas, com outros colegas, sem direito de se negarem à convocação”, diz ele.

Adoecimento e morte

Moacy diz que o preço pago tem sido alto à categoria. Levantamento preliminar feito pelo Sinjorba mostra que, na Bahia, mais de 300 jornalistas e radialistas contraíram Covid-19, com pelo menos sete mortes confirmadas e registros de repórteres que adoeceram mais de uma vez desde o ano passado. “Os números reais são bem maiores que estes, aos quais seguem-se outros – que estamos organizando-, de colegas com sequelas psicológicas e físicas, um drama para quem precisa encarar a doença de frente de novo, diariamente, na cobertura de pautas específicas ou gerais”, diz o presidente da entidade.

Outro levantamento, feito pela Fenaj, mostrou que, até a primeira semana de abril deste ano, perderam a vida 169 jornalistas, vítimas da Covid-19. Em março, a organização Press Emblem Campaign informou que o Brasil foi responsável por um a cada três jornalistas mortos pela doença, no mês. Foram 47 mortes no país, elevando a 194 o número de óbitos registrados pela ONG, que ainda indicou redução na idade das vítimas, quando comparada a registros de casos anteriores. Quase a metade dos profissionais de imprensa que morreram no período observado tinha entre 40 e 60 anos.

Se jornalistas e radialistas são essenciais para trabalhar, se expondo à Covid-19, é lógico e consequente que deveriam ser prioritários para serem vacinados, diz o Sinjorba. “Espero que os secretários municipais e estadual de Saúde da Bahia tenham sensibilidade na hora de analisar nosso pleito pela vacinação”, reivindica Moacy Neves. Ele diz que o pleito não é um privilégio corporativo e sim o reconhecimento da exposição à doença no trabalho, como acontece com outras categorias de trabalhadores que já estão sendo vacinadas.

Levantamento
O Sinjorba está fazendo dois levantamentos entre os jornalistas. Primeiro uma pesquisa para contabilizar todos os profissionais que adoeceram no Estado, a fim de ter uma noção exata da situação de adoecimento e óbitos na categoria. Uma segunda ação é um cadastramento de todos os que estão em serviço presencial, seja em empresa de comunicação ou em assessorias individuais.

Link da pesquisa.

Link do cadastramento.

publicidade
publicidade
Artigos

“Jornalista é ‘essencial’ para trabalhar, mas não é ‘prioritário’ para ser vacinado”, diz presidente do Sinjorba

Por Moacy Neves*

O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) têm empreendido gestões junto aos órgãos públicos para incluir os profissionais de imprensa, que estão na linha de frente do trabalho, no rol das categorias de trabalhadores consideradas prioritárias no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. Em nosso estado, a campanha tem a participação do Sindicato dos Trabalhadores em Rádio e TV na Bahia (Sinterp) e da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

O decreto federal 10.288/20, no artigo 4º,  incluiu a imprensa como serviço essencial durante a pandemia: “São considerados essenciais as atividades e os serviços relacionados à imprensa, por todos os meios de comunicação e divulgação disponíveis, incluídos a radiodifusão de sons e de imagens, a internet, os jornais e as revistas, dentre outros”.

Porém o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, de janeiro de 2021, não incluiu os profissionais de jornal, rádio, TV, blogs e assessorias no rol das categorias prioritárias para a imunização contra a covid. O mesmo vale para a gripe a H1N1, em cujo programa de imunização também não somos indicados.

As empresas e contratantes dos serviços destes profissionais usam bem o decreto de março de 2020. Jornalistas e radialistas, sem direito à negativa, vão a unidades de saúde, supermercados, centros comerciais, terminais de transbordo, feiras e outros pontos com possibilidade de aglomeração para produzir matérias. Muitas vezes, fazem isso sem receber equipamentos de proteção adequados, como a máscara N95, e, ainda, se deslocando através de transporte comunitário, como táxi e carro por aplicativo.

Os que trabalham como assessores de imprensa em empresas, organizações sociais e órgãos governamentais, que inicialmente puderam desenvolver atividades de forma remota, já estão sendo convocados para o serviço presencial. Também vulneráveis ao novo coronavírus em ambiente de trabalho, ficam em salas fechadas e sem a observância de rígidos protocolos de prevenção. Além disso, fazem cobertura de atividades de seus assessorados, como é o caso de profissionais que prestam serviço a instituições do governo e de prefeituras, acompanhando gestores em reuniões e eventos.

Essa exposição tem cobrado um preço alto. Um levantamento feito pela Fenaj mostrou que, até o final de janeiro deste ano, perderam a vida 94 jornalistas, vítimas da covid-19. Em março, a organização Press Emblem Campaign informou que o Brasil foi responsável por um a cada três jornalistas mortos pela doença no mês. A ONG ainda levantou que a idade das vítimas está sendo menor, quando comparada a de registros de casos anteriores. Quase a metade dos profissionais de imprensa que morreram no período observado tinha entre 40 e 60 anos. Ou seja, são colegas que estão na ativa.

Já venceu o prazo para as autoridades brasileiras tratarem o pleito da vacinação dos profissionais de imprensa como uma necessidade real e não como um privilégio corporativo. Na Assembleia Legislativa da Bahia, já há um projeto de lei neste sentido, além de outros cinco projetos de indicação. As câmaras de vereadores de Salvador e de Vitória da Conquista também já aprovaram matérias semelhantes.

Se jornalista e radialista são “essenciais” para trabalhar, é lógico e consequente que deveriam ser “prioritários” para serem vacinados.

Com a palavra, o presidente da República, o governador do Estado e os prefeitos.

>> Texto originalmente publicado no site Bahia Notícias (ver).

*Moacy Neves é presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia

Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
publicidade
publicidade
ABI BAHIANA

AVISO: Sede da ABI está com atividade presencial suspensa

Informamos que, devido às medidas restritivas adotadas para combater a pandemia de Covid-19, estão suspensas as atividades presenciais em todos os espaços da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Dessa forma, não será possível consulta aos acervos da Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon, Museu Casa de Ruy Barbosa e visitação ao Museu de Imprensa. Avisaremos quando as atividades culturais e de pesquisa forem restabelecidas. Agradecemos a compreensão.

Secretaria: [email protected]

Administração: [email protected]

Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon: [email protected]

Museu de Imprensa | Museu Casa de Ruy Barbosa: [email protected]

Comunicação: [email protected]

publicidade
publicidade