Após uma estreia de sucesso, com casa lotada, a temporada de 2022 da Série Lunar dá continuidade à sua programação mensal. Fruto de parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da UFBA (Emus), o evento gratuito será protagonizado pelo conjunto musical Quinteto de Sopros da UFBA. A apresentação acontece na quarta-feira (15), às 19 horas, no auditório da ABI. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla (clique aqui).
O Quinteto de Sopros da UFBA foi formado inicialmente na década de 50, no período de criação dos “Seminários Internacionais de Música”, tendo em suas antigas formações professores da EMUS. Recentemente, funcionários músicos da Orquestra de Música da UFBA (OSUFBA) resgataram a formação e já se apresentaram em concerto no Museu de Arte da Bahia.
Sob a liderança do flautista Antônio “Tota” Portela, o grupo conta com outros músicos premiados e com formação nacional e internacional: Celso Benedito (trompa), Gustavo Seal (oboé), Hudson Ribeiro (clarinete) e Bruno de Souza (fagote), formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Com estrutura estabelecida no século XIX, o quinteto de sopros é um dos agrupamentos instrumentais de câmara mais tradicionais da música erudita. A principal força do conjunto é a variedade de timbres conferida pelos instrumentos diferentes em seu corpo, bem como por um repertório versátil.
Na noite do próximo dia 15, o Quinteto de Sopros da UFBA vai interpretar obras de compositores como o americano John Philip Sousa, Nikolai Rimsky-Korsakov e Ernst Widmer, além do brasileiro Oscar Lorenzo Fernandez. O musicista Tota Portela falou sobre a variedade de compositores que essa apresentação busca contemplar, contrastando a produção musical de diversos países e explorando o lado lúdico das composições. Segundo ele, poderá haver até uma “surpresa musical”, mas esse é um segredo que somente os presentes irão descobrir.
“Nós, do Quinteto de Sopros da UFBA, achamos louvável a criação dessa Série Lunar, e a iniciativa da ABI e da Emus em abrir mais esse espaço em Salvador para que o público possa apreciar a música erudita”, elogiou Tota. “Teremos um alinhamento de lua cheia, boa música e de pessoas com vontade de curtir uma bela e eclética noite. Esperamos que todos desfrutem de bons momentos”, completou.
O evento estará sujeito à lotação máxima do auditório. Faça a sua reserva gratuita pela Sympla neste botão:
OBS: Interessados em assistir às apresentações deverão apresentar o comprovante de vacinação no acesso ao local, bem como manter medidas de prevenção contra a Covid-19.
Série Lunar – Temporada 2022 Estreia: Quinteto de Sopros da OSUFBA Quando: 15 de junho, às 19h Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino
O Auditório Samuel Celestino, no oitavo andar do Edifício Ranulfo Oliveira, se expandiu feito ‘coração de mãe’, para abrigar um público alegre, sensível e ávido por boa música, na noite desta quarta-feira (18). Com mais de oitenta pessoas na plateia, a casa cheia entusiasmou o violonista clássico Mario Ulloa, que interpretou a Obra Completa para Violão Solo de Heitor Villa-Lobos, no concerto de abertura da Série Lunar 2022. O projeto, fruto da parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/UFBA), prevê apresentações mensais até dezembro.
Esta não foi a primeira apresentação de Ulloa na ABI. O músico natural da Costa Rica já havia marcado presença na primeira temporada da Série, em 2019, e agora agradece pela retomada. “Estou muito grato por poder voltar a abraçar os amigos, voltar a ver públicos, poder sair de casa. Isso é mais uma coisa que as vacinas nos permitiram. Ver esta sala cheia como está hoje só me traz felicidade”, festejou o professor da Emus.
Ele destacou que a escolha do programa da noite foi motivada também pela retomada: se trata de sua primeira apresentação com repertório formal depois da pandemia. “Tive oportunidade de tocar em locais menores, com todos ainda de máscaras e com programas muito específicos. Mas esse, de Villa-Lobos, é extremamente exigente do ponto de vista técnico e musical. É um conjunto de peças com demandas gigantescas, até físicas. Então, é uma forma de entrar em campo de novo. É um programa muito especial, raramente executado. Tinha tocado há muitos anos”, afirmou Ulloa.
A Série retorna após uma interrupção de dois anos ocasionada pela pandemia. O presidente da ABI, Ernesto Marques abriu a apresentação falando do esforço das duas instituições ao produzir iniciativas culturais que sejam acessíveis para a população. Para ele, a casa lotada só evidenciou a demanda que existe por projetos desse tipo. “Foi uma noite maravilhosa, com um público surpreendente e uma apresentação primorosa do professor Mario Ulloa. O sucesso desta retomada nos anima muito a caprichar ainda mais nas próximas apresentações”, comentou o presidente, que apreciou o concerto ao lado de sua esposa, a professora Cybele Amado, diretora-geral do Instituto Anísio Teixeira.
O maestro e diretor da Emus, José Maurício Brandão, agradeceu a presença de todos, em especial aos professores, alunos e ex-alunos da Emus. O diretor saudou a retomada da iniciativa e ressaltou a importância de prosseguir com as atividades culturais. “É importante que retomemos, que não percamos a esperança. Mas também é importante cuidar, em todos os sentidos. Cuidemos para que, de fato, em todas as circunstâncias progridamos”, salientou.
“A alma quer encantamentos, ela não quer fatos. Pra mim, o projeto desde sempre foi um encantamento, eu fui tomada por ele”, disse Amália Casal, diretora da ABI e coordenadora da atual temporada da Série Lunar. Durante a abertura da noite, o presidente da ABI recordou que Amália se reaproximou da entidade após assistir a algumas das apresentações do projeto. Agora, tendo atuado pelo retorno da Série, ela declarou se sentir agraciada. “Eu acho que é uma gratificação profunda dar seguimento a uma Série que já tem um lugar e uma marca na cidade. A tendência é que, à medida que o tempo vá passando, iremos amadurecendo e aprimorando. Essa parceria com a Emus é fantástica”, avaliou.
O público também avaliou muito positivamente a noite. “Achei uma noite muito agradável, uma iniciativa excelente trazer música de qualidade e que não é tão comum ouvirmos. É maravilhoso também dar essa oportunidade para os profissionais, os músicos, estudantes da Escola de Música. Espero que o projeto continue e possamos prestigiar os talentos que temos e que ficam restritos à academia ou a eventos fechados, sem grande divulgação”, afirmou a designer gráfica Bianca Alves.
Quem esteve ontem na Série Lunar pela primeira vez não escondeu o encantamento. Foi o caso da professora de Artes, Raílma Amorim. Natural de Cachoeira, ela afirma que no interior do estado não há tanto fomento às artes quanto na capital e, por isso, essa foi a sua primeira experiência com uma apresentação de violão. “Foi maravilhoso. A gente para e ouve só o instrumento, o violão tocando, isso nos remete a várias coisas. Foi a primeira de muitas”, garantiu.
Já para Gabriel Lisboa essa foi uma das muitas vezes em que ouviu Mario tocar. Como aluno da Emus, ele já teve aulas e testes com o violonista, a quem avalia como um excelente professor. Mesmo tendo assistido a diversas performances de Ulloa, Gabriel classificou a apresentação como “surpreendente”. “Foi muito bacana, principalmente por ser música erudita, com a qual as pessoas não têm contato”.
A noite também teve a participação de um convidado mais que especial. Paulo Gondim, pianista, professor de música e amigo de longa data de Ulloa, chamou a noite de “deliciosa”. Ele comentou sobre os desafios da pandemia, por não poder sair de casa. “Com a gravação, nunca ficamos totalmente felizes. A coisa ao vivo é sempre mais emocionante”. Avisado pela filha de que o violonista iria tocar, Gondim se prontificou a participar do evento, acompanhado de sua esposa Nini Gondim, também musicista e professora. “Mario, quando vai tocar, a gente tem que ouvir. É um dos maiores violonistas que eu conheço. Além disso, essa energia dele é contagiante”, completou.
Também marcou presença o 1º vice-presidente da ABI, Luis Guilherme Pontes Tavares, junto com sua esposa Romilda Tavares, e as diretoras Simone Ribeiro e Sara Barnuevo. Além de diretores da ABI e da comunidade da Emus, a noite foi prestigiada por artistas, trabalhadores da área cultural e da educação, como Marinalva Nunes, presidente da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (Aceb); Marcos Perez, representante da Central Única da Cidadania (CUC); José Molinero, presidente da Associação Latino-Americana (ALA); o também músico e compositor Fernando de Oliveira; e o escritor, poeta, jornalista e agitador cultural Clarindo Silva.
As próximas apresentações da Série Lunar estão previstas para as datas:15/06, 13/07, 17/08, 14/09, 13/10, 09/11, 07/12.
Com a boa música tocando, a lua cheia como testemunha e a vista da Baía de Todos os Santos servindo de cenário, a Série Lunar retorna para mais uma temporada de apresentações, após dois anos da pausa motivada pela pandemia de Covid-19. Fruto de parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/UFBA), desde 2019 a Série leva ao público concertos musicais gratuitamente. Na primeira apresentação da temporada 2022, no dia 18 de maio, às 19h, o auditório da ABI receberá Mario Ulloa, violonista clássico natural da Costa Rica e radicado no Brasil. O evento tem apresentações mensais previstas até dezembro. Em breve, as entidades divulgarão a lista de atrações.
Para a abertura da terceira edição da Série Lunar, Ulloa executa a Obra Completa para Violão Solo de Heitor Villa-Lobos. Ulloa é um músico reconhecido nacional e internacionalmente. Ele marcou presença na primeira temporada da Série Lunar, com a experiência de quem esteve nos palcos de mais de dez países, entre eles a França, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Holanda e EUA, e pelas capitais brasileiras. Formou-se em Música na Escuela de Artes Musicales de la Universidad de Costa Rica. Atualmente é professor de violão na Emus. Por suas contribuições à educação e à cultura recebeu a Medalha 2 de Julho, da Prefeitura de Salvador, e o título de Cidadão Soteropolitano, pela Câmara Municipal.
Celebrando o retorno – Em 2019, a Série proporcionou sete apresentações, entre shows, concertos e recitais. Para 2020, estavam previstas 10 atrações, mas a pandemia mudou os planos das instituições. O presidente da ABI, Ernesto Marques, lembra que a suspensão da Série ocorreu logo após um concerto regido pelo maestro e diretor da Emus, José Maurício Brandão, com mais de trinta músicos da Orquestra Sinfônica da Ufba (Osufba). “Sentimos muito aquela interrupção, porque começamos a criar um público que passou a frequentar cada apresentação e também porque são concertos belíssimos, combinando um lugar especial com uma música que estica os nossos sentidos. Estamos muito felizes com o retorno e com planos para caprichar cada vez mais na produção”, celebra o presidente.
Concerto de abertura fica por conta de Mário Ulloa | Arte: Gentil/Bamboo Editora
Para José Maurício, um dos objetivos da retomada do evento é restabelecer os laços com o público. “Fomos forçados a paralisar as atividades presenciais, o que inclui as aulas e os ensaios reunindo os conjuntos e, obviamente, o elo que fecha todo esse desenho, que é a relação com o público”, explica. O diretor da Emus destaca que a parceria entre as instituições nasce da vontade de levar os diferentes grupos musicais para tocarem em espaços fora dos muros da universidade. “Nós mantivemos a relação com o público através dos materiais que produzimos, mas há essa interação que está sendo retomada neste momento, em muitos setores da Escola de Música, e uma delas é a Série Lunar”, afirma.
A diretora da ABI e coordenadora da Série Lunar 2022, Amália Casal, recorda com carinho as noites vividas no Auditório Samuel Celestino. Ela compôs o público cativo que prestigiou as atrações desde a estreia do projeto. “Além do abençoado brilho da lua cheia, que nos espreita em silêncio, somos levados pelo intimismo das interpretações musicais que ecoam do auditório, associadas à suprema beleza da vista panorâmica do Centro Histórico de Salvador”, descreve. “Um momento, deveras, poético, imantado”, ressalta.
Sem dúvida, Amália recebeu com alegria a ideia do retorno do evento. Ela garante que as instituições estão se empenhando para que as apresentações, mais uma vez, sejam de grande qualidade. “A Série Lunar, além de promover e proporcionar uma relevante contribuição à sociedade baiana, através da arte e da cultura musical, atraiu e fidelizou plateias de todos os recantos da nossa cidade, por vezes carente de espaços gratuitos com esse grandioso propósito”, declara.
Interessados em assistir às apresentações deverão apresentar o comprovante de vacinação no acesso ao local, bem como manter as medidas de prevenção contra a Covid-19.
Enquanto todos achavam que ela não viria, as nuvens se renderam e abriram caminho para o fenômeno que iluminou o céu. O tempo chuvoso que fazia em Salvador, na noite desta segunda-feira (9), não foi capaz de esconder a “Superlua” que abrilhantou a estreia da Série Lunar 2020. Em sua segunda temporada, o projeto realizado pela Associação Bahiana de Imprensa, em parceria com a Escola de Música da UFBA (Emus), trouxe para o auditório da ABI, no Centro Histórico, a OSUFBA – Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia. Em formato de concerto de câmara, a apresentação regida pelo maestro José Maurício Brandão marcou a abertura do calendário comemorativo dos 90 anos da ABI, e recebeu jornalistas, estudantes e músicos, entre eles o maestro Fred Dantas (confira a live).
Clarinetista Hudson Ribeiro, solista nas apresentações do nocturno Los pájaros negros, do argentino Maurício Charbonnier – Foto: Joseanne Guedes
A Série Lunar oferece à população, sempre às noites de lua cheia, momentos musicais com diferentes grupos e músicos vinculados à Emus, de forma gratuita. Em 2019, a Série proporcionou sete apresentações, entre shows, concertos e recitais. Para o ano de 2020, estão previstas outras nove apresentações. O programa de abertura da temporada apresentou peças conhecidas do público brasileiro, como Clair de Lune, de Debussy; ou como a Suite Holberg para cordas, de Eward Grieg; mas uma peça, em especial, encantou a todos: o nocturno Los pájaros negros, do argentino Maurício Charbonnier. A obra, composta para Clarineta e Orquestra, foi apresentada ao público pela primeira vez em março de 2019 e teve sua estreia nacional um ano depois, através da Orquestra Sinfônica da UFBA e do clarinetista Hudson Ribeiro.
A apresentação contou com 34 músicos do grupo – Foto: Joseanne Guedes
A Osufba trabalha sob diversas formações. De acordo com o professor José Maurício Brandão, diretor da Emus e maestro da Osufba, o grupo conta com um corpo de 40 profissionais servidores técnicos da Universidade, mas pode chegar a um efetivo de até 90 membros, quando incluídos os alunos que fazem na Osufba as atividades de prática de conjunto. “Para o concerto de hoje, tocamos com 34 músicos, porque não podíamos trazer uma Osufba maior para o carinhoso e acolhedor auditório da ABI”, explica o músico.
Maestro José Maurício Brandão – Foto: Joseanne Guedes
O que muita gente não sabe é que a Osufba nasceu antes da Emus. “Em 1954, começa um movimento de artes na antiga Universidade da Bahia, que depois se tornaria Universidade Federal da Bahia (UFBA)”, disse José Maurício. Nesse contexto, foram criados os Seminários Livres de Música. Para que os seminários funcionassem, foi criada a Osufba – à época, Orquestra da Universidade da Bahia – e o Madrigal da UFBA, grupo que já participou da Série Lunar no ano passado e deve voltar em 2020. Apenas em 1958, os seminários são transformados na “Escola de Música da UFBA”.
90 anos – O vice-presidente da ABI, Ernesto Marques, agradeceu a apresentação e lembrou da luta da ABI nesses 90 anos de fundação. “Vocês estão abrindo as comemorações dos 90 anos desta entidade nascida em 1930”, disse o jornalista aos músicos da noite. Antes de passar a batuta para o maestro José Maurício, ele refletiu sobre o momento sociopolítico que o Brasil atravessa.
“Já são 90 anos dedicados à democracia, às liberdade de expressão e de pensamento, além da liberdade de informação. É importante dizermos isso nesses dias um pouco conturbados da vida brasileira. Momentos como esses são muito importantes porque além de comemorar o aniversário, a gente emula energias diferentes daquelas que estão vindo do Planalto Central do Brasil”, observou. O jornalista apontou o que ele considera como “antídoto” para a situação. “Uma das melhores maneiras de fazermos esse bom combate é com a cultura, com música, e toda forma de expressão artística. Cada vez mais a gente encontra formas de convergência de pensamentos, de desejos, sobretudo de sentimentos”, concluiu.
A noite foi abrilhantada pela penúltima superlua de 2020 – Foto: Hudson Ribeiro
José Maurício destacou a importância da Osufba para a música na Bahia e explicou a razão de o grupo abrir a temporada. “A Osufba e o Madrigal são as coisas mais antigas que temos de música na UFBA”, ressaltou. A Osufba é a mais antiga orquestra em atividade contínua no Estado da Bahia. São 66 anos em 2020. “No ano passado, começamos a construção da Série Lunar, que resultou em sete concertos da primeira temporada. No último concerto da temporada passada, estive aqui para encerrar o ciclo e me prometi, por conta do nonagésimo aniversário da ABI, fazer a abertura da temporada 2020 com um dos conjuntos mais representativos. Está aqui a Osufba”, celebrou Brandão.
O diretor Luís Guilherme Pontes Tavares ao lado de sua esposa, Romilda Tavares – Foto: Joseanne Guedes
“Ficamos muito comovidos com a oferta da Emus ao transformar este concerto numa abertura das comemorações dos 90 anos da ABI. Comove-nos ver como uma orquestra que tem um bom maestro funciona bem. Conseguiram aproveitar muito bem este espaço e foi com um imenso agrado que acompanhamos a apresentação”, declarou Luís Guilherme Pontes Tavares. Emocionado, o diretor de Patrimônio da ABI aproveitou o momento para homenagear o documentarista Roberto Gaguinho, falecido no domingo ontem (8), em Salvador. “Não deixamos de lembrar que hoje nos despedimos do querido companheiro Roberto Gaguinho”, lamentou.