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Duo Sá-Cramento leva música percussiva à Série Lunar

A temporada de 2022 da Série Lunar segue levando muita música ao Centro Histórico da capital baiana. Agora é a vez do Duo Sá-Cramento levar sua percussão fervilhante ao palco do Auditório da Associação Bahiana de Imprensa, às 19h do próximo dia 13 de julho. A Série Lunar é uma programação realizada através de parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da UFBA (Emus). O evento gratuito e aberto ao público segue até dezembro com concertos mensais, sempre na lua cheia. 

O Duo Sá-Cramento é formado por Aquim Sacramento e Érica Sá. Eles se conheceram em 2003 no Curso Básico de Percussão da UFBA, onde foram alunos do consagrado percussionista e professor Jorge Sacramento. Em 2014, fizeram o seu primeiro concerto como Duo Sá-Cramento, executando obras solo e duos, na Escola de Música da UFBA. Juntos, já participaram de festivais e concertos em diversos estados brasileiros como Pernambuco, Bahia e Espírito Santo. O Duo também foi confirmado no XIII International Marimba & Percussion Festival 2020 em Tabasco, no México – evento adiado por conta da pandemia. 

Filho do maestro Jorge Sacramento, Aquim iniciou seus estudos de percussão aos nove anos de idade. Ele é bacharel em Percussão pela UNESP, mestre em Educação Musical pela UFBA e doutorando pela UFMG em Performance Musical. Recentemente se tornou professor de percussão da UFBA. Além do Duo Sá-Cramento, ele participa de formações como a MultiFaces, a MarinGinká e atua como solista, tocando e ministrando palestras e masterclasses em festivais brasileiros e em outros países como os Estados Unidos, Europa e Colômbia.

Já Érica Sá começou a estudar percussão aos 15 anos, tendo integrado a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo por quase quatro anos. Assim como Aquim, ela atua como solista e ministra palestras e masterclasses em festivais. É bacharel em Percussão pela UFBA, possui especialização em Teclados Percussivos em Strasburg e mestre em Performance Musical pela UFMG. Em 2019, se tornou professora de percussão do projeto NEOJIBA.

Com longa estrada na música, Érica e Aquim exploram, no Duo Sá-Cramento, a cultura brasileira através de conhecimentos e instrumentos eruditos e populares, executando obras autorais e arranjos de músicas brasileiras. Em seu espetáculo, eles experimentam performances musicais com diversas expressões artísticas, como a dança, a poesia e o teatro. “É um trabalho que traz a riqueza da música brasileira e da música afro-baiana de uma maneira moderna e com uma nova sonoridade, trazendo instrumentos como marimba, vibrafone para uma atmosfera popular”, explica Aquim Sacramento. 

Para a próxima quarta-feira o Duo já separou marimba, vibrafone, timbal, sino e pandeiro. O público da Série Lunar vai poder dançar ao som de um repertório diversificado, com músicas autorais e interpretações de canções de artistas como Chico Buarque e Dorival Caymmi.

SERVIÇO

Série Lunar – Temporada 2022
Apresenta: Duo Sá-Cramento
Quando: 13 de julho (quarta-feira), às 19h
Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino

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Em ritmo junino, Quinteto de Sopros da UFBA homenageia Luiz Gonzaga

O Quinteto de Sopros da UFBA reservou uma agradável surpresa para o público da Série Lunar, nesta quarta-feira (15). Protagonizando a segunda noite da temporada 2022, o conjunto levou ao auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) um repertório alegre, diversificado e com direito a uma homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga. A Série Lunar ocorre uma vez por mês, por meio de parceria entre a ABI e a Escola de Música da UFBA (Emus). A próxima apresentação acontecerá no dia 13/07, com o Duo Sá-Cramento.

Atualmente o grupo conta com a liderança do flautista Antônio “Tota” Portela e a participação de Celso Benedito (trompa), Gustavo Seal (oboé), Hudson Ribeiro (clarinete) e Bruno de Souza (fagote). Entre um movimento e outro, Tota Portela compartilhava conhecimentos com o público, explicava a história de cada música, além de curiosidades sobre os compositores. Como ensinou o professor, a plateia aguardou as pausas entre os atos do programa da noite para oferecer aos músicos as merecidas palmas.

Uma das músicas da noite foi a marcha composta por John Philip Sousa, em 1889, para o jornal The Washington Post, cuja abertura-tensão é famosa e muito familiar. “A gente está na casa de vocês. Quando fazemos a apresentação, gostamos de pensar em obras que se adaptem à realidade daquele momento”, explicou Tota Portela. Além da interpretação da peça “Washington Post”, de Sousa, o Quinteto de Sopros também trouxe peças inspiradas pela proximidade do São João, em uma homenagem a Luiz Gonzaga. “Nesta noite, a gente misturou russo com brasileiro, com suíço e americano, com nordestino”, brincou Tota. Para ele, uma das coisas que mais o atrai na música é o trabalho em conjunto. “Fazer música é uma preposição. Você toca a música de alguém, para alguém e com alguém”. 

Foto: Paula Fróes

A diretora da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) Amália Casal, coordenadora da Série Lunar, agradeceu a presença de todos, em especial aos músicos que planejaram uma apresentação especial para ser realizada na Casa dos Jornalistas.

Foto: Paula Fróes

A vista do auditório da ABI surpreendeu a flautista Gabriela Machado, doutoranda da Emus. Paulista, ela visitou a região do Centro Histórico de Salvador algumas vezes, mas nunca tinha ido ao Edifício Ranulfo Oliveira, sede da Associação. Assim como o restante do público, ela reservou um tempo para admirar a paisagem noturna do local. “Achei muito interessante o espaço, com esse visual. Um lugar que merece mesmo ter esse tipo de programação. Espero que cada vez mais as pessoas tenham uma rotina de vir aqui para apreciar a boa música”.

O diretor da Emus, professor José Maurício Brandão, não pôde comparecer por motivos de saúde, mas foi muito bem representado pela pianista Teca Gondim, vice-diretora da instituição. Gondim, que é esposa de Tota Portela, confessou sua paixão pelo projeto. “Essa Série tem um potencial imenso. A ideia principal era achar meios de escoar a produção da Escola de Música, que conta com poucos espaços para se apresentar e não tem um palco próprio além do Salão Nobre da Reitoria da UFBA. O fato de podermos trazer nossa produção para cá, para esse auditório, é fantástico”, disse. A professora revelou um plano especial para as próximas edições: buscar uma parceria que possibilite improvisar no mirante da ABI um mini observatório astronômico em noites de Série Lunar.

Foto: Paula Fróes
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Série Lunar recebe o Quinteto de Sopros da UFBA

Após uma estreia de sucesso, com casa lotada, a temporada de 2022 da Série Lunar dá continuidade à sua programação mensal. Fruto de parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da UFBA (Emus), o evento gratuito será protagonizado pelo conjunto musical Quinteto de Sopros da UFBA. A apresentação acontece na quarta-feira (15), às 19 horas, no auditório da ABI. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla (clique aqui).

O Quinteto de Sopros da UFBA foi formado inicialmente na década de 50, no período de criação dos “Seminários Internacionais de Música”, tendo em suas antigas formações professores da EMUS. Recentemente, funcionários músicos da Orquestra de Música da UFBA (OSUFBA) resgataram a formação e já se apresentaram em concerto no Museu de Arte da Bahia.

Foto: Eduardo Ravi | Arte: Gentil/Bamboo Editora

Sob a liderança do flautista Antônio “Tota” Portela, o grupo conta com outros músicos premiados e com formação nacional e internacional: Celso Benedito (trompa), Gustavo Seal (oboé), Hudson Ribeiro (clarinete) e Bruno de Souza (fagote), formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Com estrutura estabelecida no século XIX, o quinteto de sopros é um dos agrupamentos instrumentais de câmara mais tradicionais da música erudita. A principal força do conjunto é a variedade de timbres conferida pelos instrumentos diferentes em seu corpo, bem como por um repertório versátil.

Na noite do próximo dia 15, o Quinteto de Sopros da UFBA vai interpretar obras de compositores como o americano John Philip Sousa, Nikolai Rimsky-Korsakov e Ernst Widmer, além do brasileiro Oscar Lorenzo Fernandez. O musicista Tota Portela falou sobre a variedade de compositores que essa apresentação busca contemplar, contrastando a produção musical de diversos países e explorando o lado lúdico das composições. Segundo ele, poderá haver até uma “surpresa musical”, mas esse é um segredo que somente os presentes irão descobrir.

“Nós, do Quinteto de Sopros da UFBA, achamos louvável a criação dessa Série Lunar, e a iniciativa da ABI e da Emus em abrir mais esse espaço em Salvador para que o público possa apreciar a música erudita”, elogiou Tota. “Teremos um  alinhamento de lua cheia, boa música e de pessoas com vontade de curtir uma bela e eclética noite. Esperamos que todos desfrutem de bons momentos”, completou.

O evento estará sujeito à lotação máxima do auditório. Faça a sua reserva gratuita pela Sympla neste botão:

OBS: Interessados em assistir às apresentações deverão apresentar o comprovante de vacinação no acesso ao local, bem como manter medidas de prevenção contra a Covid-19.

Próximas datas – 13/07, 17/08, 14/09, 13/10, 09/11, 07/12.

SERVIÇO

Série Lunar – Temporada 2022
Estreia: Quinteto de Sopros da OSUFBA
Quando: 15 de junho, às 19h
Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino

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Concerto de Mario Ulloa lota auditório da ABI no retorno da Série Lunar

O Auditório Samuel Celestino, no oitavo andar do Edifício Ranulfo Oliveira, se expandiu feito ‘coração de mãe’, para abrigar um público alegre, sensível e ávido por boa música, na noite desta quarta-feira (18). Com mais de oitenta pessoas na plateia, a casa cheia entusiasmou o violonista clássico Mario Ulloa, que interpretou a Obra Completa para Violão Solo de Heitor Villa-Lobos, no concerto de abertura da Série Lunar 2022. O projeto, fruto da parceria entre a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/UFBA), prevê apresentações mensais até dezembro.

Esta não foi a primeira apresentação de Ulloa na ABI. O músico natural da Costa Rica já havia marcado presença na primeira temporada da Série, em 2019, e agora agradece pela retomada. “Estou muito grato por poder voltar a abraçar os amigos, voltar a ver públicos, poder sair de casa. Isso é mais uma coisa que as vacinas nos permitiram. Ver esta sala cheia como está hoje só me traz felicidade”, festejou o professor da Emus. 

Ver esta sala cheia como está hoje

só me traz felicidade

Mario Ulloa

Ele destacou que a escolha do programa da noite foi motivada também pela retomada: se trata de sua primeira apresentação com repertório formal depois da pandemia. “Tive oportunidade de tocar em locais menores, com todos ainda de máscaras e com programas muito específicos. Mas esse, de Villa-Lobos, é extremamente exigente do ponto de vista técnico e musical. É um conjunto de peças com demandas gigantescas, até físicas. Então, é uma forma de entrar em campo de novo. É um programa muito especial, raramente executado. Tinha tocado há muitos anos”, afirmou Ulloa.

A Série retorna após uma interrupção de dois anos ocasionada pela pandemia. O presidente da ABI, Ernesto Marques abriu a apresentação falando do esforço das duas instituições ao produzir iniciativas culturais que sejam acessíveis para a população. Para ele, a casa lotada só evidenciou a demanda que existe por projetos desse tipo. “Foi uma noite maravilhosa, com um público surpreendente e uma apresentação primorosa do professor Mario Ulloa. O sucesso desta retomada nos anima muito a caprichar ainda mais nas próximas apresentações”, comentou o presidente, que apreciou o concerto ao lado de sua esposa, a professora Cybele Amado, diretora-geral do Instituto Anísio Teixeira. 

O maestro e diretor da Emus, José Maurício Brandão, agradeceu a presença de todos, em especial aos professores, alunos e ex-alunos da Emus. O diretor saudou a retomada da iniciativa e ressaltou a importância de prosseguir com as atividades culturais. “É importante que retomemos, que não percamos a esperança. Mas também é importante cuidar, em todos os sentidos. Cuidemos para que, de fato, em todas as circunstâncias progridamos”, salientou. 

“A alma quer encantamentos, ela não quer fatos. Pra mim, o projeto desde sempre foi um encantamento, eu fui tomada por ele”, disse Amália Casal, diretora da ABI e coordenadora da atual temporada da Série Lunar. Durante a abertura da noite, o presidente da ABI recordou que Amália se reaproximou da entidade após assistir a algumas das apresentações do projeto. Agora, tendo atuado pelo retorno da Série, ela declarou se sentir agraciada. “Eu acho que é uma gratificação profunda dar seguimento a uma Série que já tem um lugar e uma marca na cidade. A tendência é que, à medida que o tempo vá passando, iremos amadurecendo e aprimorando. Essa parceria com a Emus é fantástica”, avaliou. 

O público também avaliou muito positivamente a noite. “Achei uma noite muito agradável, uma iniciativa excelente trazer música de qualidade e que não é tão comum ouvirmos. É maravilhoso também dar essa oportunidade para os profissionais, os músicos, estudantes da Escola de Música. Espero que o projeto continue e possamos prestigiar os talentos que temos e que ficam restritos à academia ou  a eventos fechados, sem grande divulgação”, afirmou a designer gráfica Bianca Alves.

Quem  esteve ontem na Série Lunar pela primeira vez não escondeu o encantamento. Foi o caso da professora de Artes, Raílma Amorim. Natural de Cachoeira, ela afirma que no interior do estado não há tanto fomento às artes quanto na capital e, por isso, essa foi a sua primeira experiência com uma apresentação de violão. “Foi maravilhoso. A gente para e ouve só o instrumento, o violão tocando, isso nos remete a várias coisas. Foi a primeira de muitas”, garantiu.

Já para Gabriel Lisboa essa foi uma das muitas vezes em que ouviu Mario tocar. Como aluno da Emus, ele já teve aulas e testes com o violonista, a quem avalia como um excelente professor. Mesmo tendo assistido a diversas performances de Ulloa, Gabriel classificou a apresentação como “surpreendente”. “Foi muito bacana, principalmente por ser música erudita, com a qual as pessoas não têm contato”.

A noite também teve a participação de um convidado mais que especial. Paulo Gondim, pianista, professor de música e amigo de longa data de Ulloa, chamou a noite de “deliciosa”. Ele comentou sobre os desafios da pandemia, por não poder sair de casa. “Com a gravação, nunca ficamos totalmente felizes. A coisa ao vivo é sempre mais emocionante”. Avisado pela filha de que o violonista iria tocar, Gondim se prontificou a participar do evento, acompanhado de sua esposa Nini Gondim, também musicista e professora. “Mario, quando vai tocar, a gente tem que ouvir. É um dos maiores violonistas que eu conheço. Além disso, essa energia dele é contagiante”, completou.

“A coisa ao vivo é sempre mais emocionante”

Paulo Gondim, pianista e professor

Também marcou presença o 1º vice-presidente da ABI, Luis Guilherme Pontes Tavares, junto com sua esposa Romilda Tavares, e as diretoras Simone Ribeiro e Sara Barnuevo. Além de diretores da ABI e da comunidade da Emus, a noite foi prestigiada por artistas, trabalhadores da área cultural e da educação, como Marinalva Nunes, presidente da Associação Classista de Educação e Esporte da Bahia (Aceb); Marcos Perez, representante da Central Única da Cidadania (CUC); José Molinero, presidente da Associação Latino-Americana (ALA); o também músico e compositor Fernando de Oliveira; e o escritor, poeta, jornalista e agitador cultural Clarindo Silva.

As próximas apresentações da Série Lunar estão previstas para as datas: 15/06, 13/07, 17/08, 14/09, 13/10, 09/11, 07/12.

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