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Jornalismo domina redes sociais em protestos por todo o país

O noticiário produzido por jornais, portais e TVs brasileiros dominou os compartilhamentos em redes sociais durante os protestos que pararam o Brasil em junho.

Entre 6 e 22 de junho, links da mídia brasileira responderam por 80% dos endereços de maior alcance nas principais “hashtags” das manifestações no Twitter, segundo dados do site Topsy. Só 5% eram postagens em blogs.

No Facebook, embora não seja possível analisar a composição dos links, a imprensa também multiplicou seu alcance. Levantamento no site SocialBakers mostra que triplicou no período o volume de pessoas que comentam e compartilham textos de jornais e revistas brasileiros.

Foi o que ocorreu com a página da Folha de S.Paulo no Facebook: de uma média de 200 mil interações diárias antes dos protestos, o conteúdo do jornal saltou para quase 600 mil interações de 20 a 22 de junho. Com 1,7 milhão de fãs, nos dias do protesto o site do jornal viu mais do que dobrarem as visitas vindas do Facebook.

Autoridade

Segundo especialistas, reportagens de jornais e portais compartilhadas em ferramentas como Twitter e Facebook tiveram o papel de embasar informações, opiniões e críticas dos manifestantes.

Fábio Malini, coordenador do Laboratório de Estudos sobre Internet e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo, diz que os levantamentos confirmam estudos do seu grupo: “As autoridades [informativas] têm se caracterizado por ser da imprensa”. Com isso, os usuários de redes sociais usam notícias para legitimar afirmações: “É um papel estratégico que a imprensa ocupou”.

Rosental Calmon Alves, diretor do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, da Universidade do Texas, aponta a simbiose entre mídia social e jornalismo. “Apesar de ter sido articulado fora da mídia tradicional, o movimento se nutre do jornalismo. Este se torna ainda mais importante como instância verificadora, preparada para investigar e publicar fatos.”

Liderança

O relatório sobre Jornalismo Digital de 2013, divulgado na semana passada pelo Instituto Reuters, de Oxford, apresenta os brasileiros na dianteira mundial no compartilhamento de notícias.

Enquanto 44% dos brasileiros trocam e comentam reportagens via mídia social, só 8% dos alemães e dos japoneses o fazem. Os espanhóis chegam mais perto: 30%.

Realizada pela YouGov, a pesquisa ouviu 11 mil internautas de EUA, Reino Unido, França, Dinamarca, Alemanha, Itália, Espanha, Japão e Brasil. Os resultados “sugerem que a cultura de um país é o que define o engajamento com as notícias on-line”, segundo Nic Newman, ex-estrategista digital da BBC e coordenador do relatório.

A cultura brasileira “é muito social” fora da rede, comenta Newman, o que se reflete também no on-line.

Desmentir boatos

A imprensa teve outro papel nos protestos: o de validar ou desmentir informações desencontradas disseminadas por usuários das redes.

De um falso Jô Soares anunciando duas mortes em uma manifestação, no Facebook, ao alerta geral sobre um golpe militar, no Twitter, os boatos se espalharam sem controle naquele período.

Outro boato dizia que a presidente Dilma Rousseff havia declarado que desligaria a internet se as manifestações prosseguissem. A origem deste último foi identificada em sites de humor.

Mas os demais se perdem no emaranhado de versões que acabaram recebendo guarida em perfis do Facebook e contas do Twitter.

Um deles dizia que um dos depredadores da sede da Prefeitura de São Paulo seria a mesma pessoa que rasgou as cédulas de jurados na apuração do Carnaval de 2012, Tiago Ciro Tadeu Faria.

Na realidade o agressor era o estudante de arquitetura Pierre Ramon Alves de Oliveira, como revelou a imprensa.

“Você vai descascando, descascando, e é como telefone sem fio: lá atrás era outra coisa”, afirma Leonardo Sakamoto, professor de jornalismo da PUC-SP. Ele chegou a postar em seu blog no UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha, “os dez mandamentos para jornalista de Facebook e Twitter”. O primeiro é “não divulgarás notícia sem antes checar a fonte de informação”.

Por Marcelo Soares e Nelson de Sá, da Folha de S.Paulo

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ABI BAHIANA Notícias

ABI e os Anais do I Colóquio Memorial da Cultura Jurídica Baiana

No dia 04.07,  a Faculdade Ruy Barbosa, juntamente com os grupos de Pesquisa “Contando e Recontando Ruy Barbosa” e “Célebres Juristas Baianos”, a Fundação Orlando Gomes, o Museu Casa de Ruy Barbosa e a Associação Bahiana de Imprensa promoveram o lançamento dos Anais do I Colóquio Memorial da Cultura Jurídica da Bahia, o qual ocorreu no Teatro Eva Hertz da Livraria Cultura do Shopping Salvador.
Com a participação do Diretor da Faculdade Ruy Barbosa, Rogério Flores; do Professor, Jurista e Vereador Edvaldo Brito; do Escritor, Advogado e Jornalista Joaci Góes, da Advogada e Professora Christianne Gurgel, da Defensora Pública e Professora Andea Tourinho, da Doutora em Crítica e Literatura e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa “Contando e Recontando Ruy Barbosa – Prof. Maria Helena Franca; da Advogada, Professora e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa “Contando e Recontando Ruy Barbosa” – Prof. Ezilda Melo; do Juiz e Professor Rodolfo Pamplona.
Todos os participantes listados contribuíram efetivamente para a feitura do I Colóquio Memorial da Cultura Jurídica da Bahia, com a escritura de artigos, que compõem o material impresso dos Anais. Na noite do lançamento dos Anais do I Colóquio Memorial da Cultura Jurídica da Bahia, foram distribuídos exemplares gratuitamente, com a participação especial do Prof. Dr. Ricardo Aronne, da PUC-RS, que palestrou “De Ruy a Orlando: um Código na Contramão da História”.

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ABI BAHIANA Notícias

ABI prepara relatório sobre agressões de policiais a jornalistas em manifestações

Todos os jornalistas que foram vítimas da repressão policial na cobertura das manifestações participaram da audiência pública conjunta promovida pela ABI, OAB-BA, Sindicato dos Jornalistas, Sindicato dos Radialistas e Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos, na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

Sob a coordenação do presidente da ABI, Walter Pinheiro, as entidades ouviram os relatos detalhados de cada profissional que cobria as pautas. Representando a OAB-BA, o advogado Domingo Arjones lembrou do convênio firmado pelas entidades há cerca de 20 anos, para atuar nos casos em que estiverem em jogo, a liberdade de imprensa e o direito da sociedade à informação de interesse público.

Profissionais que cobriam a audiência acrescentaram testemunhos de situações semelhantes, no trabalho cotidiano. A presidente do Sinjorba, Marjorie Moura, explicou que o relatório vai incluir ocorrências anteriores às manifestações. Serão incluídas imagens da repressão contra os manifestantes, assim como o episódio em que um capitão ameaça atormentar a vida um casal em casa, “daquele jeito”. O flagrante contra a dupla de manifestantes entre os ditos “pacíficos” coincidiu com a circulação de um vídeo na internet em que um casal é torturado dentro de casa por um policial armado, que obriga a mulher, nua, a estender-lha as mãos para tomar “bolos” com um pedaço de madeira.

O relatório será entregue ao governador Jaques Wagner, conforme acertado na audiência da terça-feira 25, quando Jaques Wagner recebeu os representantes das entidades em seu gabinete.

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ABI BAHIANA

ABI lança publicação sobre a imprensa e recebe diploma da Presidente da República

O auditório do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) foi palco de dois grandes eventos em homenagem à imprensa baiana. Na tarde do dia 28.06, a contribuição dos jornais baianos no processo de independência do estado e do Brasil foi tema da mesa redonda, presidida por historiadores do assunto. O evento, idealizado pelo IGHB e Associação Baiana de Imprensa (ABI), comemorou os 190 anos da independência baiana com uma tarde de palestras abertas ao público, que atraiu pessoas de diversos segmentos. A anfitriã foi a historiadora Consuelo Pondé de Sena, presidente da Casa e, entre os presentes, o jornalista Walter Pinheiro, presidente da ABI.

O “A Imprensa na Independência” teve início com a palestra do professor Nelson Varón Cadena, que também é jornalista e destacou o trabalho dos periódicos nos episódios que antecederam a expulsão de portugueses das terras baianas. “Embora não tenham sido meios de comunicação populares, a imprensa a época foi muito importante por conseguir mobilizar a elite sobre a importância da independência”, explicou o especialista. Cadena também falou sobre a mudança da cobertura midiática nas comemorações da data. Ainda segundo ele, um dos periódicos mais completos e importantes para a abordagem e as mudanças da comemoração do 2 de julho é a revista do IGHB.

Como palestrante, Consuelo Pondé de Sena destacou a importância da comemoração do 2 de Julho para a cultura baiana e preservação da história do Brasil. A presidente do IGHB se diz decepcionada com a atual falta de participação popular nos cortejos. “Parece que perdemos a obrigação civil, a festa está morrendo a cada ano e o civismo está se acabando lentamente”, opinou. Ela chama atenção para o caráter reivindicatório do evento que marca a independência da Bahia e a participação de outros estados do nordeste na luta pela expulsão dos portugueses. “O monumento do Campo Grande deveria citar os alagoanos, paraibanos e outros guerreiros vizinhos que contribuíram para a independência”, finalizou.

Na oportunidade, a deputada federal Alice Portugal fez a entrega de um diploma, assinado pela presidente Dilma Rousseff. O documento – aprovação da Lei 12819/13 – finaliza um entrave de longas datas e integra o 2 de Julho nas datas históricas do calendário efemérides nacionais. “Esta conquista é a afirmação do nosso patrimônio, da nossa história que deve ser preservada”, disse a deputada.

 

O professor Pablo Magalhães fixou o discurso na figura do padre Inácio Loyola, que foi redator-chefe do primeiro periódico do país ‘Idade d’Ouro’ e sofreu diversas perseguições e teve que retornar para Portugal.

Já o docente Lucas de Farias Junqueira abordou o jornal Grito da Razão e da figura Vicente Ribeiro Moreira. O redator escreveu por muitos anos no periódico e recebeu perseguições em circunstâncias de suas ideologias.

No final do encontro, a palavra foi aberta ao público e perguntas foram feitas, inclusive do desembargador aposentado Eduardo Jorge Magalhães, que ficou interessado em saber como a censura acontecia à época, que foi explicado pelos palestrantes.

O presidente da ABI Walter Pinheiro encerrou o ciclo de palestras com o lançamento do livro 200 Anos de Imprensa Baiana, do pesquisador e jornalista Luís Guilherme Pontes Tavares. A obra reúne 16 textos entre artigos e outras publicações sobre o bicentenário da imprensa na Bahia, além de fatos que antecederam o lançamento do jornal ‘Idade d’Ouro’.

Fonte: Tribuna da Bahia

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