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Credibilidade dos jornais se estende a plataformas digitais

DEU NA ABI – Associação Brasileira de Imprensa

A credibilidade dos jornais já ultrapassa  o papel e se estende a outras plataformas, como a web, os tablets e os smartphones. Jornais continuam sendo fonte essencial de informação e são a base dos posts nas redes sociais, das conversas entre amigos e das reuniões de empresas. Também se mantêm fortes para lançar, fortalecer e renovar marcas e produtos, aumentando a visibilidade das campanhas publicitárias. As conclusões são de um levantamento feito pela agência de publicidade Lew’Lara/TBWA para identificar a imagem dos jornais junto a diferentes públicos, que será a base de uma campanha que a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a indústria jornalística lançam no 10º Congresso Brasileiro de Jornais,  que termina hoje (19) em São Paulo.

O objetivo é mostrar aos leitores e ao mercado anunciante que a instituição “jornal” continua sendo um dos meios de comunicação mais fortes do mercado. — Os jornais impressos ainda são os campeões de credibilidade — diz Ricardo Pedreira, diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Pedreira cita uma pesquisa recente feita pelo Ibope, a pedido da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal, que aponta que 53% dos 18,3 mil entrevistados que leem jornais impressos confiam nas notícias publicadas e que 57% das pessoas que pesquisam notícias na web o fazem por meio de sites de jornais.

Foto: Reprodução/Internet
Foto: Reprodução/Internet

Segundo o diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais o leitor tem a percepção de que a informação impressa no jornal “é fruto de um trabalho profissional, com investimento de recurso e tempo”, diferentemente do conteúdo das redes sociais. Ele diz ainda que a credibilidade do noticiário também transborda para a publicidade veiculada nos jornais. — Quem está lendo o jornal acaba detendo mais sua atenção também nos anúncios, se dispersa menos — afirma Pedreira. Luiz Lara, chairman da Lew’Lara/TBWA, confirma que quando o anunciante quer dar mais confiabilidade à propaganda o meio escolhido é o jornal impresso.

Para o publicitário o mercado reconhece que a credibilidade dos meios mais antigos “é insubstituível”. A leitura de jornal está se renovando graças aos novos formatos criados com a expansão da internet, de acordo com quatro dirigentes de grandes veículos do país. Isso significa que os jornais nunca tiveram tanta audiência diante das diferentes formas de distribuição de conteúdo.

— O que queremos mostrar com a campanha é que as pessoas buscam a leitura do jornal nas multiplataformas pela mesma razão: credibilidade — afirma Marcello Moraes, diretor geral da Infoglobo, que edita os jornais O GLOBO, “Extra” e “Expresso”. Ele observa que esse contexto derruba alguns paradigmas, como o de que jovem não lê jornal. Moraes, que é membro do Comitê de Gestão da ANJ, lembra que a ideia de fazer uma campanha para mostrar ao mercado anunciante e ao público em geral as transformações que estão acontecendo nos jornais surgiu um ano atrás.

Leia também: Congresso da ANJ analisa avanço das inovações tecnológicas nos jornais

O primeiro passo foi fazer um diagnóstico da imagem que o meio tem entre diferentes públicos, por meio da pesquisa da Lew’Lara/TBWA.

— Após esse levantamento, nasceu o conceito “Jornal. Está em tudo”. A campanha terá um anúncio mostrando que a notícia do jornal é a mesma compartilhada nas redes sociais — explica Moraes.

Reprodução
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O conceito multiplataforma já vale para todas as áreas, da redação ao relacionamento com assinantes e anunciantes, e os jornais estão se adaptando a essa nova realidade, desenvolvendo soluções específicas para cada meio. Mas o diretor-presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita, lembra que o jornal impresso continuará sendo, por muito tempo, a base principal do jornalismo de credibilidade.

— Em muitos casos, coisas que saem antes na web só se consolidam na versão impressa. Está ficando cada vez mais clara a força das marcas construídas ao longo de décadas. Em qualquer meio, a qualquer hora, as pessoas, em paralelo a ter informações de várias fontes, buscam aquelas reconhecidas para construir e validar sua visão e interpretação sobre os fatos — afirma Mesquita.

Na avaliação dele, num ambiente cada vez mais saturado de oferta informativa, o público — especialmente o mais qualificado — busca “portos seguros” para formar sua opinião. Por isso não há dúvida de que a formação de marcas de produtos e serviços está intimamente ligada a ambientes informativos de alta credibilidade, complementa Mesquita.

Assim como o mundo digital permitiu a cada pessoa ser um produtor e difusor de conteúdo, com circulação maior e mais rápida de informações, também trouxe a incerteza quanto à confiabilidade da mensagem, acredita Antonio Manuel Teixeira Mendes, diretor-superintendente do Grupo Folha. É nesse ponto que os jornais podem alicerçar suas posições no mundo digital, acredita ele:

— Somos e seremos relevantes porque produzimos informação crível. Este patrimônio é que nos permitirá, cada vez mais, rentabilizar nossas marcas e produtos no ambiente digital.

Segundo Antonio Manuel, várias medidas vêm sendo adotadas nas redações para consolidar a posição de veículo multiplataforma do jornal:

— Entre elas, posso citar a integração da redação, impresso e digital, em um único corpo. A composição de equipes multidisciplinares envolvendo tecnologia, redação, marketing e publicidade para o desenvolvimento de produtos. Além disso, há o contínuo investimento em tecnologia da informação e o alinhamento de campanhas publicitárias e comunicação, fortalecendo a marca do jornal, independentemente da plataforma.

Para Marcelo Rech, diretor-executivo de Jornalismo do Grupo RBS (que edita, entre outros veículos, o diário “Zero Hora”), a notícia publicada no jornal dá uma espécie de “certificação” ao que é veiculado na internet. Rech afirma que o leitor tem consciência de que o jornal levou décadas para construir uma marca sólida e sabe que essa reputação pode ser destruída rapidamente caso não haja zelo com a apuração das informações:

— Portanto, se o jornal está aí há tanto tempo, o leitor sabe que há um motivo para isso. E esse motivo é a credibilidade. É inevitável a relação que o leitor faz da credibilidade com o jornal.

* Com informações de O Globo via ABI – Associação Brasileira de Imprensa

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Governo convoca Guarda Nacional em Ferguson para conter a violência

DEU NO G1

(AFP) – O governador de Missouri, Jay Nixon, ordenou nesta segunda-feira (18) a mobilização da Guarda Nacional para ajudar a polícia a restabelecer a ordem na cidade de Ferguson, abalada há vários dias por distúrbios relacionados com a morte de um jovem negro em uma ação policial. Os protestos e a violência não param em Ferguson desde que, em 9 de agosto, um policial branco matou a tiros o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, que estava desarmado. No domingo (17) à noite, a polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes que saqueavam lojas. Os oficiais também foram alvos de ataques com coquetéis molotov e tiros.

“Diante dos atos violentos deliberados, coordenados e cada vez mais enérgicos contra pessoas e bens em Ferguson, ordeno que a Guarda Nacional de Missouri ajude a polícia a restaurar a paz e a ordem na comunidade”, anunciou o governador. As escolas locais anunciaram a suspensão das aulas em Ferguson nesta segunda em consequência da “violência em algumas áreas e no interesse da segurança dos estudantes e das famílias”.

Domingo

Manifestação em Ferguson_Foto Lucas Jackson-ReutersOs protestos pacíficos de domingo foram “abalados por atos de violência criminal, obra de um grupo organizado e crescente de indivíduos, muitos deles procedentes de fora da comunidade e do estado do Missouri”, destacou Nixon em um comunicado. Entre os atos criminosos registrados horas antes do toque de recolher diário a partir da meia-noite, Nixon citou tiros contra a polícia, tiros contra um civil, o uso de coquetéis molotov, saques e uma tentativa coordenada de bloquear estradas.

De acordo com Ronald Johnson, novo chefe de polícia de Ferguson, os atos foram resultado de uma “agressão preparada”. O policial afirmou em uma entrevista coletiva que pelo menos dois manifestantes foram feridos a tiros, mas não revelou o número de detenções. “Estávamos protestando pacificamente quando começaram a usar gás lacrimogêneo do nada. Sei o que é gás lacrimogêneo, o rosto ardia”, disse Lisa Williams, ex-soldado do exército americano.

Presença do governo federal

Diante da violência crescente, o governo federal decidiu ter mais envolvimento na investigação. Nesta segunda-feira o secretário de Justiça, Eric Holder, informará ao presidente Barack Obama sobre a violência em Ferguson, anunciou a Casa Branca. “Nosso objetivo imediato é garantir a segurança dos moradores de Ferguson, o fim dos saques e do vandalismo, e que as pessoas que vivem na comunidade confiem que a justiça será feita”, afirmou uma conselheira de Obama, Valerie Jarrett.

Agentes do FBI estão interrogando testemunhas do tiroteio que matou Michael Brown. O Departamento de Justiça anunciou no domingo que solicitará uma segunda necropsia do cadáver de Brown, em consequência das “circunstâncias extraordinárias” de sua morte. Duas investigações estão em andamento sobre o caso e as controversas circunstâncias de sua morte. Uma é coordenada pelas autoridades locais e a outra pelo FBI. A polícia afirma que Brown morreu depois de reagir de forma agressiva e resistir à detenção. Mas Dorian Johnson, que acompanhava Brown quando ele foi baleado, afirmou que o jovem foi atingido quando estava com as mãos para o alto.

De acordo com o jornal ‘New York Times’ (NYT), que teve acesso a um relatório preliminar de uma necropsia solicitada pela família do jovem, Brown recebeu pelo menos seis tiros. O corpo de Brown apresenta dois tiros na cabeça e quatro balas no braço direito, segundo o NYT, que cita o médico Michael Baden, responsável pela análise.

A polícia divulgou uma gravação de um roubo ocorrido 20 minutos antes da detenção e morte de Brown, que mostra um jovem negro com altura similar à vítima roubando maços de cigarro em uma loja. A família se declarou “escandalizada” com o que considera versões manipuladas divulgadas pela polícia para, segundo denuncia, tentar ‘responsabilizar a vítima e desviar a atenção’.

*Fonte: France Presse via G1/Mundo

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ABI BAHIANA Notícias

ABI comemora 84 anos em defesa das liberdades de imprensa e expressão

O dia 17 de agosto é um marco de dignidade e cidadania na imprensa baiana. Há 84 anos, nos salões da Associação Tipográfica Baiana, 73 jornalistas instalaram, em Salvador, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), cuja trajetória está incorporada na história da Bahia. Os fatos mais relevantes ocorridos em nosso Estado, de alguma forma, passaram pela entidade, que acompanha permanentemente as transformações sociais, políticas e econômicas da Bahia e do País.

sede da ABI-ArquivoNo ano do seu nascimento, em 1930, os sonhos iniciais – entre outros, a sede – foram adiados, diante de um fato político que perturbaria a vida dos brasileiros, “a Revolução de 30”, com a decretação do estado de sítio e severas restrições à ordem pública e às liberdades individuais. A ABI surge exatamente para defender a liberdade de expressão e zelar pelo respeito às leis estabelecidas.

A sede própria, apesar do estado de sítio, era o principal objetivo do presidente, Altamirando Requião. Mas, por influência da chamada “Revolução de 30” seguida da ditadura de Getúlio Vargas, de 1937 a 1945, e da II Guerra Mundial, de 1939 a 1945, ela só seria inaugurada em 2 de fevereiro de 1960, período de calmaria que, aliás, duraria pouco tempo, pois quatro anos depois surgiria o regime militar, que duraria até 1985.

A luta incessante pela democracia está cada vez mais viva e continua norteando os ideais desta combativa entidade, que, na passagem do seu aniversário, parabeniza a todos os profissionais da imprensa baiana.

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Congresso da ANJ analisa avanço das inovações tecnológicas nos jornais

“Ruptura, Inovação e Avanço” é o tema central do 10º Congresso Brasileiro de Jornais (CBJ), tido como o mais importante evento do ano para a indústria jornalística do País. O encontro organizado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) vai reunir cerca de 600 profissionais ligados aos meios de comunicação, entre hoje (18) e amanhã, em São Paulo, para discutir os rumos do setor. O reposicionamento dos jornais no mercado anunciante, inovações no relacionamento com o leitor e nas vendas de produtos digitais, e novos modelos de organização das redações serão temas debatidos no evento direcionado à apresentação de ações e iniciativas para o fortalecimento dos jornais junto ao mercado.

Entre seus 14 eventos, o encontro terá palestrantes ilustres como o francês Jean-Marie Dru, presidente da rede de agências TBWA, que ministrará a palestra “Inovar para avançar”. Nela, o executivo francês retoma fórmulas que ele implantou na TBWA, com grande impacto no mundo publicitário em diversos países. Os demais painéis e debates envolverão profissionais das mais diferentes áreas da comunicação – redação, operações, tecnologia, multimídia, comercial, marketing, gestão de pessoas, circulação e distribuição.

Durante o 10º CBJ, a ANJ elegerá e empossará uma nova diretoria, que assumirá em solenidade realizada amanhã (19). Serão prestadas homenagens póstumas aos publishers Ruy Mesquita e Roberto Civita, além da entrega do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa a Catalina Botero, Relatora de Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Na função, Catalina se destacou por resistir a pressões de alguns governos, como os da Venezuela e Equador, que tentaram esvaziar seu papel dentro da comissão.

Reposicionamento

Os jornais no mundo inteiro enfrentam o desafio de se alinhar às novas tendências, com a revolução digital trazida com o desenvolvimento da internet. A Associação Nacional dos Jornais há um ano vem promovendo estudos para diagnosticar os desafios do setor e esse será o pano de fundo do encontro. O jornal hoje tem um novo posicionamento, que vai além do papel. As notícias são lidas também na internet (nos computadores, tablets e smartphones), como ocorre com o site da ABI – Associação Bahiana de Imprensa. O alcance vai muito além do tradicional IVC, o Instituto Verificador de Circulação, focado nos exemplares impressos.

De acordo com Ricardo Pedreira, Diretor Executivo da ANJ, o 10º CBJ terá um grande diferencial em relação aos eventos anteriores, porque “num momento em que o cenário do investimento publicitário brasileiro tem tido muito mais concorrência do que há alguns anos, entendemos que o mercado precisa ser conscientizado da real força dos jornais como veículo publicitário e receber, da parte dos jornais, ferramentas para isso”.

Ricardo Pedreira explica que o trabalho de diagnóstico dos desafios enfrentados pelos jornais brasileiros e de definição das estratégias para enfrenta-los vem sendo feito há um ano, com muita dedicação. Por essa razão, ele acredita que este CBJ será muito especial, “acho que vai marcar um novo momento dos jornais brasileiros”, opina.

Nos dois dias de evento, a ANJ promoverá uma exposição paralela, na qual fornecedores, parceiros da indústria jornalística e responsáveis por projetos inovadores nas empresas jornalísticas apresentarão novidades em produtos e serviços, direcionados especialmente aos publishers, diretores e editores de jornais de todo o Brasil. O credenciamento de jornalistas pode ser na chegada ao evento cuja abertura está marcada para 9h. Mais informações: [email protected] ou acesse  www.anj.org.br/cbj 

SERVIÇO

O que: 10° Congresso Brasileiro de Jornais

Quando: 18 e 19 de agosto de 2014, às 9h

Onde: WTC Events Center (junto ao Sheraton São Paulo WTC Hotel).
Av. das Nações Unidas, 12.551 – Brooklin Novo – São Paulo – SP

*Informações da ANJ, Estadão e Gazeta Online.

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