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Abraji promove curso gratuito sobre Lei de Acesso à Informação

Seguem abertas até o dia 1º de março as inscrições para mais uma edição do curso on-line “Lei de Acesso à Informação para Jornalistas”. O treinamento é voltado a jornalistas e a estudantes de jornalismo e tem como objetivo qualificar os participantes a tirar o melhor proveito da Lei 12.527/2011 no trabalho de apuração jornalística. Pessoas que atuam em organizações da sociedade civil voltadas a controle social também podem participar do curso.

Esta edição será gratuita e é a quinta dentro do projeto que a Abraji realiza em parceria com a Transparência Brasil para o fortalecimento da Lei de Acesso à Informação no Brasil. O projeto é financiado pela Fundação Ford e envolve, além de mais um treinamento on-line, dois cursos presenciais e o portal Achados e Pedidos, que reúne pedidos de acesso a informações a as respectivas respostas.

As inscrições devem ser feitas via formulário on-line até as 23h59 do dia 1º de março (clique aqui). São 135 vagas disponíveis; caso o número de inscrições ultrapasse esse número, a Abraji selecionará os(as) participantes. Os(as) selecionados(as) receberão um e-mail em 7 de março com instruções para acessar o treinamento.

Com duração de 4 semanas (de 12 de março a 9 de abril), o curso apresentará os principais aspectos da Lei de Acesso a Informações Públicas: desde as informações que devem ser divulgadas sem necessidade de pedidos até os casos de sigilo. O treinamento será ministrado por Marina Atoji, gerente-executiva da Abraji e secretária-executiva do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas.

A cada semana, um módulo ou capítulo é liberado aos estudantes. O conteúdo pode ser consultado em quaisquer dias e horários ao longo do curso. Há prazos apenas para completar exercícios relativos a cada semana e para a entrega do trabalho final.

Serviço

Curso on-line “Lei de Acesso a Informações para jornalistas”

Custo: gratuito

Inscrições: até 1º de março de 2018, às 23h59, via formulário on-line

Duração do curso: de 12 de março a 9 de abril de 2018

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Jornal do Brasil retorna às bancas depois de oito anos sem edição impressa

O Jornal do Brasil retornou às bancas depois de oito anos sem edição impressa. Segundo informações publicadas no site do JB, por volta das 11 horas deste domingo (25) todos os 40 mil exemplares já estavam esgotados. A partir de agora a tiragem será de 20 mil diários. A edição especial, com quatro cadernos, trouxe depoimentos de antigos jornalistas, de personalidades e autoridades, relembrou artigos, reportagens e fotografias históricas e premiadas do JB, e apresentou a nova equipe de editores e colunistas.

A capa do Jornal do Brasil também fez sucesso na internet e nas redes sociais. Com a imagem do Cristo Redentor assinada por Ziraldo, o jornal estampava em sua primeira página um artigo sobre a sua volta às bancas, a situação econômica do Rio e também a crise de violência que a cidade enfrenta.

Fundado em 1891, o “JB” marcou a modernização do jornalismo brasileiro a partir de 1959. Para o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Domingos Meirelles, 25 de fevereiro tornou-se “um grande dia para todos nós”. A primeira edição que marcou a volta do Jornal do Brasil está disponível no formato digital e pode ser acessada aqui.

Redação

Segundo o diretor de Redação, Gilberto Menezes Côrtes, serão cerca de 30 jornalistas. Contando colunistas e outros, o “time total” chega a 50, “jornalistas muito experientes, que abraçaram a causa”, diz Peres. Eles vão responder por reportagens especiais, artigos e colunas, que se somarão à edição, “para dar a cara do ‘Jornal do Brasil’”, do material fornecido por agências como Estado e France Presse e o jornal esportivo “Lance”.

Mais do que na produção de conteúdo, o jornal vai economizar com impressão e distribuição, que ficarão a cargo da Infoglobo no Rio e do “Jornal de Brasília” para a pequena tiragem na capital federal (2.000). Em São Paulo, só estará disponível nos aeroportos.

O site do “Jornal do Brasil”, mantido nestes oito anos por outra redação, também estreia novo formato. Peres decidiu deixar o portal Terra, onde está abrigado, mas ainda definiu novo destino. O que está mais adiantado é o lançamento da JB-TV, que “é um outro produto, não tem nada a ver com o jornal impresso, nada a ver”, diz. “É outro time, vai ser feito por jovens que são hoje linkados à internet.”

Negócios

O “Jornal do Brasil” volta a circular com um plano de negócios inesperado. “Vamos focar as bancas”, diz o empresário à frente do relançamento, Omar Resende Peres, 60. Ele diz que a tiragem será de 50 mil exemplares no primeiro dia e, ao longo do mês seguinte, para testar a recepção dos leitores, de 20 mil exemplares diários, sete dias por semana. O preço de capa será de R$ 5, em formato standard.

Publicidade e assinaturas não serão prioridade. “O nosso plano de negócios foi todo realizado para a venda de bancas”, diz, citando uma pesquisa que levantou “um potencial de 50 mil a 100 mil leitores por dia” no Rio. Assinaturas, inclusive para a versão digital, podem ser implementadas no futuro. E o jornal já tem um departamento de publicidade, com seis profissionais, mas o eventual retorno “será lucro”.

“O mercado no Rio está muito machucado, em decorrência da crise que estamos vivendo”, diz Peres. “Agora, nós temos que viver de banca.”Ele reconhece que parece estar “na contramão da história”, mas lembra que não é “um neófito”, tendo sido proprietário de uma afiliada da Globo e de um jornal em Juiz de Fora (MG). “E eu estou relançando o ‘Jornal do Brasil’, que é uma marca icônica no Rio e ainda tem um mercado relevante”, diz. “O ‘Jornal do Brasil’ ainda está vivo nas pessoas do Rio. Eu acredito nisso, nesse patrimônio.”

Confira o vídeo “Leitores celebram a volta do JB”:

*Informações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

 

 

 

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Novo manual de redação da Folha aborda comportamento dos jornalistas nas redes sociais

Uma das novidades do novo manual de redação do jornal Folha de S.Paulo é uma seção dedicada ao comportamento dos jornalistas nas redes sociais. A publicação faz parte da comemoração pelos 97 anos do jornal e traz novidades no conteúdo e no projeto gráfico. Segundo o Observatório da Imprensa, material de divulgação enviado à imprensa informa que a elaboração do manual levou mais de dois anos e se guiou pelas transformações sociais e comportamentais dos últimos tempos, além das que se impuseram com a difusão da internet.

Em caderno especial sobre o manual publicado na edição de domingo (18) da Folha, uma reportagem chama atenção para os cuidados éticos que os profissionais do jornalismo devem ter nos seus perfis públicos.

Atitudes como usar informação privilegiada para obter vantagens pessoais ou escrever sobre instituições nas quais tem interesse figuram como proibidas. Já aspectos como responder com agilidade e educação às manifestações dos leitores e deixar claro aos entrevistados os motivos da reportagem são incentivados. Ainda no caderno especial, a Folha uma matéria intitulada “O que a Folha pensa” elencou a opinião do jornal sobre temas da atualidade.

As questões relativas ao texto ocupam dois capítulos. Estilo trata de aspectos de organização da escrita, hierarquização do texto, verificação se todos os lados estão contemplados na abordagem. As regras gramaticais foram reunidas no capítulo “Língua Portuguesa”.

Outros capítulos novos são “Ciência e ambiente”, “Educação”, “Tecnologia” e “Poder Executivo”, que se somam aos anexos “Economia”, “Matemática e estatística”, “Religiões”, “Saúde”, “Poder Legislativo” e “Poder Judiciário”. O livro traz ainda a versão mais recente do Projeto Editorial do jornal, de 2017, precedida por uma lista de doze princípios.

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Entidades lançam guia que auxilia jornalistas na cobertura sobre drogas

Plataforma Brasileira de Políticas de Drogas (PBPD), em parceria com o IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) e a Catalize, lançou este mês o Guia sobre Drogas para Jornalistas. O projeto, financiado pela organização americana Social Science Research Council, tem texto do jornalista Tarso Araujo, especializado na área e autor do “Almanaque das Drogas”.

Com 96 páginas, o Guia é dividido em duas partes: a principal traz um glossário em ordem alfabética com mais de 200 verbetes comumente usados na cobertura de drogas, traduzindo conceitos jurídicos e científicos para uma linguagem mais acessível; a segunda traz uma sequência de fichas com informações por substâncias ou grupos de substâncias, listando mitos e verdades, dados relevantes e informações correlatas.

Segundo Harumi Visconti, coordenadora de comunicação da PBPD e coordenadora do projeto, o objetivo do guia é “qualificar o debate público sobre drogas através da imprensa”. Para ela, a cobertura de drogas costuma se limitar ao aspecto policialesco do assunto. “Muitas pessoas são hoje favoráveis à manutenção da criminalização das drogas porque não têm informação honesta, porque não sabem o panorama da guerra às drogas”, explica. Visconti ressalva que o material não se pretende um manual de cobertura, mas uma referência para ser usada no dia a dia.

A escolha dos verbetes partiu de um levantamento colaborativo de sugestões e passou por revisões técnicas tanto no aspecto medicinal quanto no aspecto jurídico. O formato é inspirado no “Direito Penal para Jornalistas – Material de Apoio para a cobertura de casos criminais”, iniciativa do IDDD(Instituto de Defesa do Direito de Defesa), em parceria com o IBCCRIM — lançado em 2013, o material foi feito no âmbito do Projeto Olhar Crítico. Além do Guia, a PBPD está captando recursos para levar o projeto adiante, realizando oficinas com estudantes de jornalismo e bate-papos sobre o assunto nas redações do país.

PBPD

A Plataforma Brasileira de Política de Drogas é uma rede com mais de 40 entidades e que nasceu “da necessidade de unir, em rede, especialistas e organizações dedicadas a estudar e a promover a reforma da política de drogas” no âmbito da saúde, da segurança pública, do acesso à justiça e dos direitos humanos. Surgida em 2014 e sediada no IBCCRIM, a plataforma também promove eventos e a publicação da revista Platô, que traz artigos e discussões sobre o assunto.

Os profissionais de imprensa interessados no assunto podem baixar a versão digital, disponível no site www.pbpd.org.br.

*Informações da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo)

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