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Orquestra de Violões da UFBA homenageia Gal Costa e Rolando Boldrin na Série Lunar

Em uma noite triste para a cultura brasileira, a Orquestra de Violões da UFBA emocionou o público da Série Lunar, no auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). Nesta quarta-feira (9), em meio à forte comoção nacional, por causa das mortes de Rolando Boldrin e Gal Costa, a penúltima atração do projeto em 2022 homenageou os artistas, com a cantata 156 de J.S. Bach. A música ficou popularmente conhecida no país pela adaptação feita por Flávio Venturini, na obra “Céu de Santo Amaro”, cantada em dueto com o tropicalista Caetano Veloso.

Foi a primeira apresentação da Orquestra a ser aberta para o público desde a pandemia. Além de Bach, o programa trouxe obras de importantes compositores, como Vivaldi; H. Villa-Lobos e Astor Piazzolla. Merece destaque a participação especial de Saulo Gama, com o seu acordeon.

A Orquestra de Violões da UFBA é composta por professores, alunos e egressos da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/Ufba). O grupo foi fundado em 2010, pelo professor Ricardo Camponogara de Mello, e conta com uma média de 17 integrantes. Atualmente, ele coordena a Orquestra ao lado do professor Robson Barreto.

“O resultado foi ótimo, todo mundo com uma energia muito boa. Não só pela apresentação, mas pela entrega que tivemos, o pessoal trabalhando forte e até mesmo, ensaiando em feriados”, revela o fundador da Orquestra, Ricardo Camponogara. Já o professor Robson destacou a importância da parceria com a ABI. “Tem sido muito importante, porque o músico precisa sair do local de estudo dele, precisa tocar para comunidade externa, em outros ambientes. Eu diria que na Escola é mais treino do que apresentação”.

Leveza e saudosismo

A noite foi marcada pelo luto e pelo saudosismo, mas com muita leveza. A diretora da ABI e coordenadora da Série Lunar 2022, Amália Casal, convidou a plateia a participar de um minuto de silêncio pelas mortes de Gal Costa e Rolando Boldrin. Amália enfatizou o alto nível técnico-interpretativo e a importância de o grupo interagir com o público. “O saldo da noite foi extremamente positivo pela qualidade da apresentação, da plateia e, é claro, pelo teor didático das explicações dadas a respeito de cada peça escolhida para o concerto”, avalia.

“É uma alegria muito grande manter essa parceria com a Escola de Música da Universidade. Aqui também se faz balbúrdia. Essa é a nossa balbúrdia”, pontuou o presidente da ABI, Ernesto Marques.

“Nos pegou de surpresa o falecimento de Gal. Quando ouvi, achei que fosse fake News. Essa homenagem valeu a pena. Tenho certeza de que ela gostaria muito. Achei maravilhosa a apresentação e o repertório foi brilhante”, elogia Romilda Tavares, que acompanha a Série Lunar desde a estreia do projeto, ao lado de seu esposo Luís Guilherme Pontes Tavares, 1º vice-presidente da ABI.

Com a casa cheia, o auditório da Associação Bahiana de Imprensa contou com a presença de Daniel Gallego Arcas e Christian Dejour, respectivamente, diretores do Instituto Cervantes e da Aliança Francesa.

A Série Lunar é uma programação realizada através de parceria entre a ABI e a Emus/Ufba. O evento gratuito e aberto ao público segue até dezembro, com o concerto natalino, previsto para o dia 7/12.

Já passaram pela Série Lunar 2022:

18/05 – Mario Ulloa ✔
15/06 – Quinteto de Sopros da UFBA ✔
13/07 – Duo Sá-Cramento ✔
17/08 – Duo Tota e Teca (especial 92 anos da ABI) ✔
14/09 – Madrigal da UFBA ✔
11-10 – Nilton Azevedo Quarteto ✔
09/11 – Orquestra de Violões da UFBA ✔
07/12 – Concerto de Natal

Confira abaixo alguns cliques:

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ABI lança projeto da Casa da Palavra Ruy Barbosa

Estações audiovisuais, estúdios interativos e espaços para eventos populares de cultura – de batalhas de slam, rap e poesia a concursos de redação. Ao mesmo tempo, um mobiliário clássico e esculturas que serão totalmente recuperadas. Essa é a proposta de requalificação do Museu Casa de Ruy Barbosa, que foi apresentada à sociedade na manhã desta quarta-feira (9), pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI), na sede da entidade, no Centro Histórico de Salvador.

Assinado pelo curador, arquiteto e artista visual Gringo Cardia, o projeto prevê a reestruturação da casa onde o Águia de Haia nasceu, na rua que leva seu nome, também no Centro. Reconhecido internacionalmente, Cardia, através de seu estúdio, é o nome responsável pelos projetos de alguns dos mais importantes museus da história recente de Salvador, como a Casa do Carnaval, a Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, e a Cidade da Música da Bahia.

Diante de autoridades, parlamentares, profissionais de imprensa e representantes de instituições baianas, a entidade indicou quais serão os próximos passos para a reestruturação do equipamento em homenagem ao jurista e jornalista baiano, que agora será rebatizado de Casa da Palavra Ruy Barbosa. Os esforços da ABI para reestruturar o Museu Casa de Ruy Barbosa compõem a agenda “Ruy, 100 anos depois”, uma programação para homenagear o centenário de falecimento do ilustre jurista, em 1º de março de 2023. Desde o ano passado, por iniciativa da Associação, a programação começou a ser construída junto com outras importantes instituições do estado. 

“Nos deparamos aqui com um desafio de devolver ao Centro de Salvador um equipamento tão importante que é a casa de Ruy Barbosa”, afirmou o presidente da ABI, Ernesto Marques, durante o evento. “A gente queria traduzir Ruy Barbosa, que muitas vezes é colocado como prolixo e difícil de alcançar”. 

Marques celebra a convergência do brienfig com o resultado apresentando por Gringo Cardia. “Queríamos manter esse acervo em diálogo permanente com as pessoas. Ver isso começar a ser trilhado dá um ânimo muito grande. Vamos executar o projeto e tenho certeza de que esse museu vai ser um diferencial, porque já é concebido para que os jovens se vejam na figura de Ruy Barbosa. Para que cada jovem baiano que luta por igualdade, justiça e direitos consiga ver que tem um pedacinho de Ruy dentro de si”.

Na abertura, os convidados foram recepcionados por um café da manhã embalado por canções de chorinho tocadas pelo grupo Cartão de Visita. Integram o conjunto os músicos Jailson Coelho (violão de sete cordas), Carlinhos do Bandolim (bandolim); Débora Guimarães (pandeiro) e Gabriela (flauta). O gênero foi escolhido justamente por ser admirado por Ruy Barbosa. 

Renovação

Com soluções tecnológicas dialogando com o visual clássico, o ousado projeto prevê inovações importantes para o equipamento cultural, a começar pela escolha do novo nome: “Casa da Palavra Ruy Barbosa”. É o que explica o diretor de cultura da ABI, Nelson Cadena. “Vamos ressignificar a palavra de Ruy Barbosa, atualizar essa palavra que permanece viva há mais de 100 anos”, explicou, durante a apresentação do projeto. 

No primeiro andar, haverá um espaço chamado de Salão do Grande Homem e da Liberdade, com monitores para que visitantes tenham acesso a vídeos e conteúdos interativos. Nesse local, ficará também o mobiliário clássico, como esculturas, quadros, retratos e objetos relacionados ao intelectual. Haverá, ainda, o Café da Liberdade de Imprensa, com móveis e paredes visuais sobre o tema.

Salão Ruy Barbosa”, um dos espaços previstos no projeto | Imagem: ACASAGRINGOCARDIA Design

Até a escada que leva ao primeiro andar será plotada com conceitos ligados ao pensamento de Ruy Barbosa. Já nesse pavimento ficarão dois estúdios interativos: o primeiro será profissional, totalmente equipado para gravações gratuitas de podcasts sobre direitos fundamentais, enquanto o segundo será um estúdio amador. Nesse último, visitantes poderão se sentir como repórteres e até gravar uma notícia diante de uma parede de chroma key.

No segundo andar, ficará o Salão Ruy Barbosa, com configuração multiuso e cabines de vídeos, e uma galeria de heróis baianos defensores da liberdade, incluindo também nomes como Maria Felipa, Maria Quitéria e Luiz Gama. A obra de engenharia civil inclui toda a adequação do espaço para que o museu também tenha acessibilidade, inclusive a instalação de elevadores. 

“Em se tratando de Gringo Cardia, a gente já esperava que tivesse um projeto expográfico moderno e que, ao mesmo tempo, dialogasse com o passado. Além do expográfico, tem a coisa conceitual, porque Ruy Barbosa sempre se expressou através da palavra. Tudo que ele escreveu e falou está muito presente hoje na sociedade”, acrescentou Cadena. 

No mês de outubro, Gringo Cardia apresentou o projeto à Diretoria da ABI

O curador, por sua vez, destacou que pretende trazer o “pensamento ruyano” para o presente. Para Gringo Cardia, a proposta é de fazer um paralelo entre o grande homem que foi Ruy Barbosa, enquanto comunicador e propagador de ideias, e  a juventude de hoje. Daí veio a ideia dos ambientes interativos, como os estúdios que ficarão no segundo pavimento. 

“Esse ambiente simboliza a conversa do comunicador do início do século XX com os comunicadores da atualidade, fazendo o link entre passado e presente e reforçando que os valores não se perdem com o tempo”, disse Cardia. 

Além disso, na lateral do imóvel, o projeto prevê uma praça com um busto de Ruy Barbosa. A praça deve ser revitalizada e há um projeto do governo do Estado e da prefeitura de Salvador que prevê a implantação de um piso compartilhado no local, além da Rua das Vassouras. Assim, aos finais de semana, a rua poderia ser fechada para a passagem de carros e tornaria os eventos mais seguros. 

Financiamento

O presidente da ABI, Ernesto Marques, fez o chamamento para um financiamento coletivo que possibilite a obra da Casa da Palavra. “Este museu nasceu pelos esforços coletivos da sociedade baiana. Com esse mesmo espírito de agregação, solidariedade e trabalho coletivo, estamos convidando vocês para que mais uma vez a sociedade baiana se reúna para uma tarefa mais do que nobre, que é manter viva a memória de um grande baiano, brasileiro e amante da justiça”, pontuou, no encontro. 

A partir de agora, haverá diferentes frentes de atuação. A entidade se prepara para lançar uma campanha de financiamento coletivo, para ajudar a conseguir os recursos, com foco especial na restauração do acervo. Ao todo, o projeto tem custo estimado de R$ 7 milhões. A outra linha de atuação será buscar apoio de empresas privadas através de leis de incentivo ou de organismos públicos que trabalhem com editais. 

“Estamos na expectativa de uma conversa com o governador do estado e com o governador eleito, para ver se o estado poderia nos apoiar com as obras civis que são necessárias, como o estado fez em quatro oportunidades anteriores, ao longo desses mais de 70 anos de funcionamento do museu”, disse Marques. Após essas obras civis, viriam as obras de instalação e de segurança. 

Foto: Fábio Marconi

Outro desafio é a reforma do telhado, especialmente para evitar situações de infiltração, uma vez que o espaço será todo climatizado. “O museu vai ter muita tecnologia, então a casa tem que estar preparada para isso”, completou. Uma vez que os recursos sejam captados, a estimativa é que o museu possa ser reaberto em aproximadamente oito meses. 

Colaborações

Presidente do colegiado que organiza a agenda comemorativa pelo centenário de Ruy Barbosa, o professor e vereador Edvaldo Brito ressaltou a importância do museu para a educação dos jovens. “Um não é um repositório de coisas velhas. Um museu é sempre um elemento fundamental para transmitir às gerações sucessivas os feitos que são daquela civilização. No nosso caso, Ruy Barbosa é a maior expressão do direito, do jornalismo e da cultura do Brasil”, ressaltou. 

O professor destacou os debates sobre a vida de Ruy Barbosa, inclusive aspectos controversos, que estão sendo considerados também para o museu. Ele citou a presença do professor Silvio Almeida, um dos principais intelectuais brasileiros, que aceitou o convite para participar dessas discussões. “Ruy foi transversal em todos os assuntos neste país. Estes assuntos devem ser revisitados na palavra de Ruy para que possa ser resgatado. A sociedade precisa trazer isso para os jovens”, afirmou. 

O presidente em exercício do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), Alcino Soares, felicitou a proposta de requalificação. “É uma tardia homenagem da revitalização da casa de Ruy Barbosa. O Tribunal Regional vê com muita alegria e por isso estamos aqui para prestigiar essa iniciativa”, disse. 

Para o presidente da Assembleia Geral da ABI, Antônio Walter Pinheiro, a marca deixada por Ruy Barbosa deve ser reconhecida por todos. “Os exemplos deixados por Ruy, seja para justiça, para a educação, para a imprensa ou para os homens públicos, são algo magnífico e que não deve morrer nunca. Nosso papel como comunicadores é ficar reverenciando isso permanentemente”. 

Já a diretora do Instituto Anísio Teixeira (IAT), Cybele Amado, destacou que o equipamento será importante para os estudantes do estado. “Nós temos 27 núcleos territoriais de educação e a ideia é que a gente possa disseminar isso no nível dos territórios, dos professores e dos estudantes. A gente vai montar trilhas territoriais para que os estudantes venham até Salvador e possam conhecer o museu”, explicou. 

Homenagem

O evento também marcou a inauguração do painel em homenagem ao jornalista Samuel Celestino, no auditório que leva seu nome. A parede da frente do espaço foi plotada com uma caricatura do jornalista, assinada pelo designer e artista visual Gentil. Samuel Celestino presidiu a ABI durante 25 anos e depois ocupou a presidência da Assembleia Geral da entidade.

Além de membros da Diretoria da ABI, o evento foi prestigiado por Maurício Leahy, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da Bahia, que esteve na companhia de outros membros daquela entidade; Marília Sacramento, juíza do TRT-5; o jornalista e agitador cultural Clarindo Silva; Cleia Costa, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Instituto de Advogados da Bahia – CDH/IAB; Érico Mendonça, representando a Secult; Gabriel Carvalho, diretor de Comunicação, Cultura, Esporte e Lazer do Sinjorba – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia; Ana Cristina Barreto, coordenadora de Redação da Diretoria de Comunicação da CMS; e outros representantes de diversas instituições baianas comprometidas com a preservação do legado de Ruy Barbosa.

*Texto: Thais Borges | Colaboração: Joseanne Guedes

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Série Lunar recebe a Orquestra de Violões da UFBA

A Série Lunar do mês de novembro acontece nesta quarta-feira (9), às 19h, e traz a Orquestra de Violões da UFBA ao auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). O evento gratuito realizado pela ABI, em parceria com a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Emus/Ufba), está em sua penúltima apresentação da temporada 2022. O concerto terá as participações especiais dos professores José Maurício Brandão (regência), diretor da Emus, e Saulo Gama (acordeon).

Arte: Bamboo Editora

A Orquestra de Violões da UFBA foi fundada em 2010, pelo professor Ricardo Camponogara de Mello, e conta com uma média de 17 integrantes, entre professores, funcionários-técnicos, alunos do curso de Violão, e egressos. Atualmente, a Orquestra é coordenada pelos professores Ricardo Camponogara e Robson Barreto, e destaca-se pela excelência dos seus integrantes, os quais têm em comum o fato de serem concertistas. Segundo Ricardo, este é um aspecto fundamental para a escolha do repertório que vem sendo desenvolvido, cujas características são o alto nível técnico-interpretativo e a importância histórica das obras e compositores.

O repertório da Orquestra é composto por concertos para solistas e orquestra, que são transcritos para essa formação ou por composições feitas especificamente para o grupo. Na Série Lunar, a Orquestra selecionou obras de importantes compositores: Vivaldi; H. Villa-Lobos; J.S. Bach; Astor Piazzolla.

O grupo gravou o CD “Orquestra de Violões da UFBA – Concertos Brasileiros”. No disco, estão obras de compositores brasileiros, sendo três delas transcritas para a Orquestra de Violões em projetos de pesquisa, envolvendo professores e alunos bolsistas. São eles: Concerto para Violão e Pequena Orquestra – H. Villa-Lobos, Concerto para Violão e Orquestra – F. Mignone, Concerto para dois Violões, Oboé e Orquestra de Cordas – R. Gnattali. Também foi gravada a obra Toadas de Pedro Dias, vencedora do concurso de composição Fernando Burgos, realizado em 2013 na Escola de Música da UFBA.

Saiba quem já passou pela Série e qual a próxima atração:
18/05 – Mario Ulloa ✔
15/06 – Quinteto de Sopros da UFBA ✔
13/07 – Duo Sá-Cramento ✔
17/08 – Duo Tota e Teca (especial 92 anos da ABI) ✔
14/09 – Madrigal da UFBA ✔
11-10 – Nilton Azevedo Quarteto ✔
09/11 – Orquestra de Violões da UFBA
07/12 – Concerto de Natal

SERVIÇO

Série Lunar – Temporada 2022
Orquestra de Violões da UFBA
Quando: 09 de novembro, às 19h
Onde: Sede da ABI (Rua Guedes de Brito, 1 – Praça da Sé | Edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, Auditório Samuel Celestino

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ABI manifesta pesar pela morte da colunista July Isensée

Faleceu, nesta quinta-feira (3/11), Julieta Isensée, a mais longeva colunista em atividade na imprensa baiana. Membra da Assembleia Geral da Associação Bahiana de Imprensa, July integrava o quadro associativo da entidade desde setembro 1961. A Diretoria da ABI manifesta profundo pesar pela morte da confreira e se solidariza com os familiares e amigos. O sepultamento de Julieta Isensée acontece às 11h30 desta sexta-feira (04/11), no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.

Julieta Miranda Isensée nasceu na capital baiana, no dia 25 de setembro de 1928. Ingressou no jornal A Tarde em 1963, para redigir e editar o suplemento “Tablóide”, aos sábados. Em 1964, a direção do jornal a transferiu para a coluna social, onde atuou por 58 anos de forma ininterrupta.

Torcedora do Vitória, fã de Frank Sinatra e leitora de Fernando Pessoa, July também trabalhou, por 15 anos, no semanário ‘Esporte Jornal’, com o pseudônimo ‘Juju de Mirante’.

Referência no jornalismo social, em 2013, no Dia da Cultura, recebeu das mãos do então presidente da ABI, Walter Pinheiro, a Medalha Ranulfo Oliveira, pelo seu reconhecido pioneirismo na crônica social. Não é à toa que ela é reconhecida como ‘Primeira-dama do colunismo social da Bahia’.

Em 2018, por ocasião da passagem dos 106 anos do jornal A Tarde, July recebeu da ABI uma moção de louvor e aplausos, que ressaltou sua atuação no veículo e a sua competência profissional, além da fidelidade, seriedade, credibilidade e elegância dos registros da vida social da Bahia. A homenagem havia sido proposta pelo saudoso diretor Eliezer Varjão, falecido em abril de 2021.

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