ABI BAHIANA

ABI e Fundação Pedro Calmon debatem preservação da memória da imprensa

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) promoveu uma reunião com a Fundação Pedro Calmon (FPC), na manhã desta sexta-feira (27/07), para discutir medidas de preservação do acervo sobre a imprensa no estado. As atividades dão continuidade ao acordo de cooperação técnica firmado entre as duas instituições, como parte da produção do projeto “Memória da Imprensa na Bahia”.

O principal objetivo do encontro foi desenvolver ações para salvaguardar o importante acervo da ABI. A instituição possui livros raros e documentos históricos, um conjunto formado por coleções de revistas especializadas, jornais, fotografias, além das bibliotecas pessoais de jornalistas como Jorge Calmon, João Falcão e Berbert de Castro. As obras abrigadas pelo Museu de Imprensa da ABI e pela Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon procedem também do acervo de outros personagens centrais para a história da imprensa e do cinema baianos, como o cineasta Walter da Silveira.

“Vamos organizar o acervo, a partir da NOBRADE [Norma Brasileira de Descrição Arquivística]. A primeira atividade será iniciada na terceira semana do mês de agosto, com a digitalização dos boletins da ABI”, afirmou Valdicley Vilas Boas, coordenador de Documentação do Centro de Memória da Bahia, unidade da Fundação Pedro Calmon.

O vice-presidente da ABI, o jornalista Ernesto Marques, ressalta que a aproximação entre as instituições vai possibilitar cuidar melhor do que a entidade possui e estudar alternativas para ampliar o trabalho, tornando o acervo cada vez mais acessível. “Cuidar de acervo histórico é sempre muito trabalhoso e caro, essa é uma dificuldade que temos. Ficamos comprometidos e com um olhar mais audacioso, no sentido de desenvolver outras atividades em conjunto, por conta de tudo o que temos guardado aqui. É um volume muito grande que demanda um permanente trabalho de restauro”.

Participaram da reunião o diretor de Patrimônio da ABI, Luis Guilherme Pontes Tavares; o coordenador de Pesquisa da FPC, Walter Silva; o secretário da ABI, Márcio Müller; a técnica em restauro e conservação da ABI, Marilene Rosa; a bibliotecária da ABI, Valésia Oliveira; e a museóloga da ABI, Renata Santos, responsável pelo Museu de Imprensa da ABI. O espaço, que está em fase de reestruturação, foi criado para preservar a história da imprensa, através do seu acervo de periódicos, volantes, obras e objetos pertencentes a jornalistas. Já a Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon funciona de segunda a quinta, das 8h às 17h, e durante as sextas, das 8h às 12h.

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Notícias

Luis Henrique Dias Tavares recebe homenagem no Arquivo Público da Bahia

Por Luís Guilherme Pontes Tavares*

Em 20 de setembro (quarta-feira), às 15h, no auditório do Arquivo Público da Bahia, a coletânea “Capítulos de história da Bahia – Independência”, organizada pelas professoras Maria das Graças de Andrade Leal e Avanete Pereira Sousa, terá novo lançamento e, desta vez, elas e os demais autores homenagearão o professor doutor Luis Henrique Dias Tavares, Emérito da UFBA e Honoris Causa da UNEB, a quem a obra é dedicada. A propósito do local do evento, o professor dirigiu o Arquivo durante dez anos nas décadas de 1950 e 1960.

As organizadoras registram na página 12 da “Apresentação” que a “homenagem desta coletânea ao nosso importante e querido mestre, professor e historiador Luís Henrique Dias Tavares, deve-se ao reconhecimento da sua trajetória intelectual, política e profissional dedicada ao fortalecimento da cultura historiográfica na Bahia que influenciou gerações de estudantes, colegas e amigos que tiveram e têm a oportunidade de usufruir das suas experiências, dos seus conhecimentos e ensinamentos. Além de se constituir em historiador destacado que muito tem contribuído para a historiografia baiana, por revelar novos temas e análises profundas sobre acontecimentos que marcaram a história social e política da Bahia, como o estudo inaugural sobre a conjuração baiana de 1798 e a Independência do Brasil na Bahia, atuou ativamente na formação de muitos professores e pesquisadores enquanto docente e pesquisador da Universidade Federal da Bahia”.

Registre-se, ademais, que o livro estampa, entre as páginas 23 e 44, o ensaio “Homenagem. Luis Henrique Dias Tavares. Trabalho, dedicação, precisão e crítica”, com o qual as professoras Maria José de Souza Andrade e Marli Geralda Teixeira informam sobre a vida e a obra do professor e colega. O ensaio se encerra com a lista das obras dele no campo da História.

Além dos quatro autores citados, o livro Capítulos de história da Bahia – Independência tem textos dos professores Patrícia Valim, Paulo César Oliveira de Jesus, Pablo Antônio Iglesias Magalhães, José Flávio Pereira, Argemiro Ribeiro de Souza Filho e Maria Aparecida Silva de Souza, Lina Maria Brandão de Aras, Sérgio Armando Diniz Guerra Filho, João José Reis e Hendrik Kraay e Lucas F. Junqueira. O livro de 442 páginas, cuja edição foi iniciada em 2013, tem os selos editoriais da UNEB e da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA).

*O jornalista e historiador Luís Guilherme Pontes Tavares é diretor da ABI.

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