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O retrato de Manuel Antonio da Silva Serva

Luis Guilherme Pontes Tavares*

Se esmoreço, o jornalista e amigo Leão Serva, autor de Um tipógrafo na Colônia (São Paulo: Publifolha, 2014) me anima: “cadê o retrato de Manuel Antonio da Silva Serva (Freguesia de Cerva, Portugal 1761(?)-Rio de Janeiro,1819)?” A última vez que isso aconteceu foi em 14 de maio passado, quando ele participou de evento virtual da ABI sobre os 210 anos da estreia do Idade d’Ouro do Brazil, o primeiro jornal baiano, impresso na Cidade do Salvador pela tipografia de Silva Serva.

Nos dias seguintes ao evento, com o auxílio dos colegas Nelson José de Carvalho, da Irmandade de Senhor do Bonfim, e de Nelson Varón Cadena, autor de recente e alentado livro sobre a Santa Casa de Misericórdia, procurei o retrato de Manuel Antonio nessas duas instituições, às quais o empresário pertenceu entre os finais do século XVIII e seu falecimento em 1819. Nada. Leão Serva, com razão, argumenta que a possibilidade de existência do retrato na Cidade do Salvador é mais aceitável do que sua localização em Portugal. Aqui, o empresário, pioneiro da indústria gráfico-editorial privada brasileira, era homem importante, que detivera, além de outros, o título de representante da Real Fábrica de Cartas de Jogar (portuguesa).

Registro do povoado de Cerva
Recordações da viagem de Tavares ao povoado de Cerva.

Este texto tem a ver com os 202 anos da morte de Manuel Antonio da Silva Serva em 03 de agosto de 1819, durante a sua quarta viagem ao Rio de Janeiro, sede da Corte, onde ele negociava livros, assinatura do Idade d’Ouro do Brazil e obtinha encomendas de novos impressos. A propósito, cometi, em 02 de agosto de 2019, publicação semelhante no Facebook.

Agora volto ao tema com novas recordações da visita que fizemos (Ronrom [Romilda Tavares, esposa do autor] estava comigo) em junho de 2012 em junho de 2012 à Freguesia de Cerva, no Norte de Portugal, com o propósito de procurar mais informações sobre Manuel Antonio e, quiçá, o retrato dele.

Antiga ponte no povoado de Cerva.
Registro de antiga ponte romana em Cerva.
O 1° vice presidente da ABI e Daniel Cardoso, em visita à Freguesia de Cerva, Portugal.
Luís Guilherme Tavares (à direita), e o assessor da Câmara de Ribeira de Pena, Daniel Cardoso, em viagem à Freguesia de Cerva.

Preparei a viagem com antecedência, de modo que a carta de apresentação do cônsul português José Lomba (que saudade!) está datada de 2011 e inclui o então 1º vice-presidente, jornalista Ernesto Marques, como o parceiro que, comigo, representaria a ABI junto à Câmara de Ribeira de Pena. O companheiro não foi; mas irá adiante, tenho certeza.

Da visita que fizemos a Cerva, em 2012, de que restaram as lembranças e a boa amizade com Daniel Cardoso, assessor da Câmara e entusiasta das atrações turísticas e esportistas de Ribeira de Pena, fui surpreendido, nove anos após, com a constatação de que o site Vila de Cerva registrou nossa passagem. A propósito, as informações sobre Silva Serva devem ser lidas com cuidado e o autor do verbete não está identificado.

Apreciaria muitíssimo colaborar com a busca de novos dados sobre Silva Serva em Portugal. Em 2012, fui advertido que deveria consultar o arquivo de Braga, onde estariam guardados os livros de batismo do século XVIII relativos à Cerva. Quiçá possa fazer esta e outras visitas portuguesas em companhia dos pesquisadores Pablo Magalhães, Leão Serva, Nelson Varón Cadena, Jorge Ramos, Sérgio Mattos e Ernesto Marques, quiçá com as respectivas.

Oxalá, juntos, encontraremos o retrato.

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*Jornalista, produtor editorial e professor universitário. É 1º vice-presidente da ABI. [email protected]

Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).
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ABI BAHIANA

Jornalistas palestram na ABI sobre a história da imprensa no Brasil

Para dar continuidade ao projeto “Temas Diversos”, série idealizada pela diretoria da ABI, com o intuito de discutir assuntos relevantes da relação entre a imprensa e a sociedade, a entidade abrigou na reunião desta quarta-feira (12) uma palestra sobre a história da imprensa no Brasil e o papel da Gazeta do Rio de Janeiro, fundadora e patrona da chamada imprensa áulica no Brasil. A palestra mediada por Luís Guilherme Pontes Tavares (leia aqui o texto “O pioneirismo da Bahia na indústria gráfico-editorial privada brasileira”), diretor da ABI, foi proferida pelos jornalistas Nelson Cadena e Jorge Ramos.

Jorge Ramos e Nelson Cadena – Foto: ABI

Jorge Ramos, diretor de Cultura da ABI, fez um resgate histórico sobre a invenção da imprensa – ainda no início do Século XV, pelo alemão Gutenberg -, o nascimento da imprensa no Brasil e a fundação da Gazeta do Rio de Janeiro. Segundo ele, a censura sempre esteve presente, principalmente nos países católicos. “Em Portugal ela foi maior ainda, nada podia ser impresso sem a autorização dos órgãos censórios. Isso foi inibidor do jornalismo lusitano, e, consequentemente, do aparecimento da imprensa no Brasil”, explicou. (Confira o texto “Pequena contribuição ao estudo da história da imprensa“, de Jorge Ramos)

Nelson Cadena falou da expressividade da Gazeta e sua importância para a história da imprensa no Brasil. “Durante muito tempo o Dia da Imprensa era celebrado em 10 de setembro, em referência à fundação da Gazeta. Mas isso mudou”. De acordo come ele, houve “um lobby muito poderoso entre a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais)”. (Leia o texto “Um baiano foi o primeiro jornalista brasileiro”, de Nelson Cadena

“A ANJ era presidida por Paulo Cabral, então diretor do Correio Braziliense. Ele tinha muito interesse em vincular o nome de seu jornal à publicação original de Hipólito da Costa. Por isso esse lobby foi tão bem sucedido. Pressionaram o presidente Fernando Henrique Cardoso e ele sancionou em 1999 a lei que transferiu o Dia da Imprensa para 1º de junho, que é a data de fundação do Correio Braziliense“, explicou.

Leia também: O pioneirismo da Bahia na indústria gráfico-editorial privada brasileira

Ele ressaltou “a presença de um jornalista baiano, o primeiro jornalista brasileiro, de fato: Manuel Ferreira Araújo Guimarães”. Segundo ele, o militar da marinha brasileira cursou matemática em Portugal, tendo ensinado astronomia ao regressar ao Brasil. Como jornalista, Manuel começou a atuar na Gazeta e, 1812 e foi o fundador do jornal literário O Patriota, em 1813. “Ele é considerado o primeiro jornalista profissional do Brasil”. Nelson Cadena destacou também o aspecto tecnológico da Gazeta, que, segundo ele, usava maquinário de ponta, semelhante ao da Europa. “Quando surgiu, era um jornal compatível com qualquer jornal do mundo”.

Número 1 da Gazeta do Rio de Janeiro, publicado em 10 de setembro de 1808 – Foto: Biblioteca Nacional

Pioneirismo – Lançada a 10 de setembro de 1808, no Rio de Janeiro (RJ), a Gazeta do Rio de Janeiro foi o órgão oficial do governo português durante a permanência de Dom João VI no Brasil. Tendo circulado às quartas-feiras e aos sábados, foi editada primeiro pelo frei Tibúrcio José da Rocha e, depois, redigida pelo primeiro jornalista profissional do Brasil, Manuel Ferreira de Araújo Guimarães. Precursora do Diário Oficial da União, foi o segundo jornal da história da imprensa brasileira, sendo, no entanto, o primeiro a ser redigido e publicado totalmente no Brasil, pela Impressão Régia, com máquinas trazidas da Inglaterra – o primeiro periódico nacional, o Correio Braziliense, editado por Hipólito José da Costa em postura contrária à Coroa, foi lançado cerca de três meses antes, totalmente editado em Londres. Até a década de 1820, apenas publicações da Impressão Régia e de poucos impressores ligados ao poder tinham licença para circular no Brasil. Todavia, com a Independência, a publicação da Gazeta do Rio de Janeiro acabou sendo suspensa, sendo sua edição nº 157, de 31 de dezembro de 1822, a derradeira. Manuel Ferreira de Araújo Guimarães não atuou na Gazeta do Rio de Janeiro até o período final do jornal. Com a eclosão do movimento constitucionalista português, em meados de 1821, ele abandonou a publicação para criar O Espelho, suspenso após um ano e meio de atividades. (Saiba mais no site da Biblioteca Nacional).

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Notícias

200 anos de história consumidos pelas chamas do descaso

Fósseis, múmias, registros históricos, obras de arte. Mais de 20 milhões de itens históricos e científicos foram destruídos no incêndio que aconteceu no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, na noite deste domingo (2). O acervo da instituição que completou 200 anos este ano começou a virar cinzas por volta das 19h e o fogo só foi controlado no fim da madrugada desta segunda-feira (3). Como boa parte da estrutura do prédio era de madeira e o acervo tinha material inflamável, as chamas se espalharam rapidamente. Pedaços de documentos queimados foram parar em vários bairros da cidade, transformando em poeira não só uma parte importante da história do Rio de Janeiro ou do Brasil, mas registros fundamentais para a história mundial.

O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação. Como museu universitário, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a instituição tem perfil acadêmico e científico. O museu abrigava um acervo histórico desde a época do Brasil Império, tendo servido de residência para um rei e dois imperadores. Além de ter sido residência oficial da família real no Brasil entre 1816 e 1821, o prédio histórico foi palco para a primeira Assembleia Constituinte da República, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891, que marcou o fim do império no Brasil.

A tragédia teve grande repercussão entre as entidades e personalidades que atuam no cenário cultural. Pesquisadores, professores e artistas usaram as redes sociais para lamentar a perda. Uma manifestação tomou conta da entrada da Quinta da Boa Vista, onde fica o Museu Nacional, em apoio à instituição na manhã desta segunda-feira (3). Grande parte dos manifestantes formada por estudantes da UFRJ.

Em meio a manifestações e denúncias sobre a situação de descaso com o patrimônio histórico brasileiro, políticos de diferentes partidos e candidatos em campanha eleitoral também usaram as redes sociais para falar sobre o incêndio. A Agência Lupa realizou uma checagem e descobriu que só 2 dos 13 programas presidenciais falam em proteção a museus, evidenciando a quase invisibilidade da área cultural. Confira aqui

Descaso – Apesar de sua importância histórica, o Museu Nacional também foi afetado pela crise financeira da UFRJ e há pelo menos três anos funcionava com orçamento reduzido, segundo reportagem do Bom Dia Brasil, em maio. A situação chegou ao ponto de o museu anunciar uma “vaquinha virtual” para arrecadar recursos para reabrir a sala mais importante do acervo, onde fica a instalação do dinossauro Dino Prata. A meta era chegar a R$ 100 mil.

Para a museóloga do Museu de Imprensa da ABI, Renata Ramos, a tragédia expõe o descaso com nosso patrimônio histórico e a falta de uma política que proteja os museus brasileiros. “Como a maioria dos nossos museus, o Museu Nacional vinha sofrendo com a falta de reforma e os cortes no orçamento. Foi uma perda inestimável para a memória mundial”, lamentou.

As causas do fogo ainda não foram esclarecidas. Bombeiros fizeram trabalho de rescaldo nesta manhã. Técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Fizeram uma inspeção no Museu Nacional. Eles pretendem calcular o tamanho do estrago e descobrir o que pode ser resgatado. A Polícia Civil abriu inquérito e repassará o caso para que seja conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal, que irá apurar se o incêndio foi criminoso.

Acervo – O acervo do museu foi formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações. Ele abrigava coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. A mais antiga instituição cientifica do país guardava alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira e mundial no campo das ciências naturais e antropológicas.

Entre seus principais tesouros estavam a primeira coleção de múmias egípcias da América Latina e o Bendegó, o maior meteorito já encontrado no Brasil – ele foi achado no sertão da Bahia no século 18 e pesa mais de 5 toneladas. O fóssil humano mais antigo já encontrado no Brasil, batizado de “Luzia”, faz parte da coleção de Antropologia Biológica. A história dos povos indígenas também faz parte do acervo do museu com, por exemplo, uma coleção de trajes usados em cerimônias dos índios brasileiros há mais de cem anos.

*Informações são do G1/Rio.

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ABI BAHIANA Notícias

Associação Bahiana de Imprensa chega ao seu 88º aniversário

Prisões de jornalistas, empastelamentos e censura explícita. Esse era o cenário, três semanas depois da posse da primeira diretoria da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), em 1930

Há 88 anos, 73 jornalistas se juntaram em torno de um sonho: fundar a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), para, além de prestar assistência aos profissionais ligados à atividade jornalística, defender a liberdade de expressão e zelar pelo respeito às leis estabelecidas. Esses ideais seriam adiados pela “Revolução de 30”, com a decretação do estado de sítio e severas restrições à ordem pública e às liberdades individuais, apenas três semanas depois da posse da primeira diretoria. A ABI só viria a funcionar em 10 de setembro daquele ano, sob a presidência de Altamirando Requião. Assim, o dia 17 de agosto é momento de relembrar todos os importantes integrantes da história dessa instituição, cuja trajetória está incorporada à própria História da Bahia e do Brasil.

Para o presidente da ABI, Antonio Walter Pinheiro, a entidade preserva sua memória sem perder de vista o futuro e as novas formas de comunicar. “A ABI é vista como uma das poucas instituições apartidárias, comprometida com a verdade, equilíbrio e seriedade dos seus atos. Isto exige vigilância, decisões rápidas e sintonizadas com os interesses da comunidade”, afirma. Ele ressalta o compromisso da ABI com a luta pela verdade, liberdade de imprensa, liberdade de expressão e pela garantia dos direitos humanos.

Pinheiro recorda o seu início na ABI, como diretor-financeiro e tesoureiro, na década de 1980. Em 2011, assumiu a presidência da entidade. “Cheguei à ABI através do saudoso professor, poeta e economista Jairo Simões, um dos responsáveis pela implantação de um novo Conselho Diretor da entidade, mesclando jornalistas com dirigentes de órgãos de comunicação”, lembra. Nessa época, o jornalista Samuel Celestino ocupava a presidência executiva e Jorge Calmon comandava a Assembleia Geral da ABI. “Sem abrir mão das diretrizes que nortearam o idealizador Thales de Freitas, a sensação é a de que conseguimos manter a ABI fortalecida, respeitada e presente junto à comunidade baiana”.

ABI na História

Na foto, Altamirando Requião (primeiro sentado à esquerda), Ranulfo Oliveira (Presidindo a mesa, no centro, de óculos) e Thales de Freitas (No fundo, o mais baixo de todos) em 28 de junho de 1933 – Foto: Arquivo

Autor de levantamento histórico da instituição, o jornalista e pesquisador Nelson Varón Cadena segue estudando o tema. De acordo com ele, o que motivou o surgimento da ABI foi a criação de um tipo de seguridade social para os associados, que teriam benefícios de pecúlio para auxílio funeral, assistência médica e odontológica, amparo na velhice. Mais tarde é que se focou na defesa da liberdade de expressão porque a entidade nasceu durante a ditadura Vargas. “Tiveram papel relevante na entidade Thales de Freitas, como idealizador, e Ranulpho Oliveira, pela sua longa gestão, equilibrada e conciliadora”. (Confira aqui a lista de ex-presidentes da ABI)

Sua relação com a ABI foi iniciada em 1979, com pesquisas na biblioteca e nos arquivos fontes primárias de jornais do século XIX, para um trabalho sobre a história da propaganda baiana (“468 Anos de Propaganda na Bahia”). Em 1980, foi chamado por Jorge Calmon, então diretor do jornal A Tarde, para escrever a memória da ABI. “O jornal me liberou um turno, o da manhã, para que pudesse intensificar a pesquisa a partir de fontes primárias: os livros de atas da entidade”. O livro foi publicado em setembro daquele ano, com revisão de texto do jornalista Beu Machado.

Segundo Cadena, poucas são as associações de imprensa do país que preservam a sua memória. “Para se resgatar a história de uma entidade é preciso matéria-prima, ou seja, documentação. E a ABI teve o cuidado de preservar seus arquivos”. Isso, de acordo com o jornalista, facilitou o trabalho de consulta às fontes. “No meu livro 50 Anos da ABI há centenas de tópicos que podem inspirar pesquisas mais aprofundadas sobre cada tema. Em especial no que diz respeito ao cerceamento da liberdade de expressão durante as ditaduras Vargas e Militar a partir de 1964”.

Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI, na esquina da Rua Guedes de Brito com a Rua José Gonçalves – Foto: Arquivo

Entre as muitas descobertas durante o levantamento, Nelson Cadena cita uma especial. “Na sede da ABI, foi projetado um abrigo antiaéreo subterrâneo, para a eventualidade de um bombardeio. Estávamos em plena II Guerra Mundial e a costa da Bahia tinha sido torpedeada por submarinos alemães”, relembra o jornalista, que reforça o papel da ABI na história da imprensa da Bahia. “Teve momentos marcantes. A cada período cronológico, uma prioridade. Atualmente, é a capacitação através de seminários e palestras com personalidades que trazem conhecimento e propiciam debates interessantes”, avalia. Para os próximos anos, ele espera “uma ABI mais aberta às novidades do mundo, considerando os novos tempos de transição das ferramentas, plataformas e conteúdos da comunicação”. 

Memória da imprensa

Também pesquisador do tema, o jornalista Luís Guilherme Pontes Tavares integra a diretoria da ABI. Ele destaca as principais contribuições da entidade para a preservação e divulgação da memória da imprensa baiana. Para ele, isso se dá em três perspectivas: “No cuidado que dedica aos acervos bibliográfico, imagético e de objetos afins com a história da imprensa da Bahia; no apoio que oferece para os estudos acadêmicos e autorais realizados por pesquisadores que utilizam tais acervos; e na realização de eventos em que são enaltecidos personagens, fatos e instituições relacionadas à história de nossa imprensa”.

Luís Guilherme é autor do livro 200 anos da imprensa na Bahia, uma publicação que demonstra seu empenho pelo resgate da história da imprensa no âmbito estadual. Segundo ele, a ABI contribuiu em duas etapas dessa publicação: além dos acervos da Biblioteca de Comunicação Jorge Calmon e do Museu de Imprensa terem sido usados como fontes dos estudos realizados, a publicação teve o selo editorial da ABI, que intermediou o patrocínio dado pela Empresa Gráfica da Bahia (EGBA).

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