Notícias

Abertura da Flipelô 2018 terá debate sobre escravidão e liberdade

Ladeiras, casarões e largos do Pelourinho vão pulsar de um jeito diferente entre os dias 8 e 12 de agosto, durante a realização da segunda edição da Flipelô. A festa literária vai movimentar o Centro Histórico da capital baiana, com mesas de debates, bate-papos com crianças, lançamentos de livros, saraus de poesia, programação infantil com contação de história, e diversas atividades lúdicas. A mesa de abertura do evento, às 18h, no Teatro Sesc-Senac, terá como tema “Escravidão e Liberdade”. Em seguida, às 20h, o concerto afro-barroco Flipelô faz as honras do evento sob o comando de Mateus Aleluia e o bonde musical, no Largo do Pelourinho.

O encontro de abertura reunirá a antropóloga Lilia Schwarcz e os historiadores João José Reis e Walmyra Albuquerque. Na ocasião, será feito o lançamento do livro “Dicionário da escravidão e liberdade”, de Lilia Schwarcz e Flávio Gomes (organizadores).

A Flipelô é realizada pela Fundação Casa de Jorge Amado (FCJA) e este ano homenageará o escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, falecido em julho de 2014, aos 73 anos. Autor de clássicos da literatura nacional, João Ubaldo era sócio da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) desde 1980. Além do escritor nascido em Itaparica (BA), a festa também reverencia a escritora Zélia Gattai(1916-2008) e a jornalista e poeta Myriam Fraga (1937-2016). Segundo Angela Fraga, diretora da FCJA, a festa busca promover uma verdadeira ocupação cultural no Centro Histórico.

“A Flipelô traz representatividade e festeja não só os livros e a literatura, como a amizade fraterna entre Jorge e João, e nos leva novamente para o Pelourinho, local tão importante para Jorge. A Flipelô é a prova de que a nossa sociedade gosta e clama por literatura”, afirmou, durante lançamento realizado no último dia 24.

Estrutura – Com 62 horas de programação gratuita e mais de 120 atrações nos cinco dias de evento, a Flipelô deve receber cerca de 50 mil pessoas, que transitarão em 13 espaços do Centro Histórico de Salvador – Largo do Pelourinho, Largo Quincas Berro D´Água, Teatro Sesc Senac, Arena Sesc Senac, Casa 12 (com a livraria oficial do evento – LDM), Casa das Editoras Baianas, Café Teatro Zélia Gattai, Galeria Solar Ferrão, Museu Eugênio Teixeira Leal, Casa 47, Igreja do Rosário dos Pretos, Faculdade de Medicina e Terreiro de Jesus, onde será montado o Espaço Infantil e estarão as bibliotecas móveis.

Além de 122 nomes locais, com escritores como Mabel Velloso, Paloma Amado, Lilia Gramacho, Florisvaldo Mattos e Ruy Espinheira Filho, e artistas como Jackson Costa, Lazzo Matumbi, Juliana Ribeiro, Moraes Moreira e Márcia Short, participam do evento três escritores internacionais. O angolano Gociante Patiss, por exemplo, estará na mesa de debate Com os Pés na África na sexta-feira (10), às 20h, no Teatro Sesc-Senac. A escritora africana Rutendo Tavengerwei, do Zimbábue, recebida será recebida pela historiadora baiana Luiza Reis na quinta (9), às 18h, no Teatro do Sesc-Senac. (Com informações de Naiana Ribeiro para o jornal Correio*)

  • A programação completa da Flipelô pode ser conferida no site www.flipelo.com.br
publicidade
publicidade
ABI BAHIANA

Museu de Imprensa da ABI realiza oficina gratuita de conservação documental

De 14 a 20 de maio acontece a 16ª Semana Nacional de Museus, temporada cultural promovida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) em comemoração ao Dia Internacional de Museus, celebrado em 18 de maio. Nesta edição, 1.130 museus de todo o país oferecem ao público 3.261 atividades especiais e o Museu de Imprensa da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) é uma dessas instituições. O Museu de Imprensa vai realizar a “I Mini oficina de Conservação e Higienização Documental”, de 14 a 17 de maio. Os interessados devem enviar o formulário de inscrição para o e-mail <[email protected]> de 26 a 30 de abril. As vagas são limitadas.

O Museu de Imprensa da ABI está fechado ao público desde 2010. Criado pela Associação Bahiana de Imprensa em sua própria sede, o Museu tem como finalidade preservar a história da imprensa, através do seu acervo de periódicos antigos, volantes, obras e objetos pertencentes a jornalistas. O equipamento passará por reestruturação completa e em breve estará de portas abertas para visitação. Em razão disso, a oficina gratuita será promovida na seda da ABI, no Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé (Centro).

  • Faça download da Ficha de Inscrição aqui

Museus hiperconectados

A cada ano, o Icom (Conselho Internacional de Museus) lança um tema diferente para a celebração dessa data, que é também o mote norteador das atividades da Semana de Museus. Com o tema “Museus hiperconectados: novas abordagens, novos públicos”, a proposta deste ano é que museus e instituições participantes busquem amplificar suas relações com a comunidade e seu entorno.

Os principais objetivos do evento são promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; aumentar o público visitante e intensificar a relação dos museus com a sociedade.

Em 2016, pesquisa do Ibram mostrou que no período da Semana de Museus a frequência de público nas instituições participantes chega a aumentar 79% em comparação à semana anterior – o que reforça o papel da comunicação e a continua aproximação com os frequentadores por meio de programação diversificada.

Atualmente, o Ibram tem mapeados cerca de 3,8 mil museus no Brasil. Em 2018, mais de 1,1 mil instituições participarão da Semana de Museus. As atividades propostas são as mais diversas – como exposições, ações educativas, exibição de filmes e bate-papos.

publicidade
publicidade
Notícias

Marcha no Centro de Salvador dá início ao Fórum Social Mundial

Pela primeira vez a Bahia vai sediar o Fórum Social Mundial, um espaço de encontro para debates organizado por movimentos sociais de muitos continentes e que tem como objetivo elaborar alternativas para uma transformação social global. O evento – que teve início em 2001, na cidade de Porto Alegre – será realizado em Salvador, entre 13 e 17 de março. A tradicional Marcha de Abertura do FSM 2018 acontece nesta terça (13), a partir das 15h, com saída da praça do Campo Grande, passando pela Avenida Sete, até a Praça Castro Alves, palco de grandes manifestações de luta e resistência baiana. Com desfecho aos pés do poeta Castro Alves, na “Praça do Povo”, a grande abertura contará com um palco para apresentações culturais, performances artísticas e musicais.

O FSM 2018 terá como território principal o Campus de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), além de outros locais da capital baiana, como o Parque do Abaeté, em Itapuã, e o Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário da cidade. Segundo os organizadores, são esperadas cerca de 60 mil pessoas, de 120 países, reunidas para debater e definir novas alternativas e estratégias de enfrentamento ao neoliberalismo, aos golpes e genocídios que diversos países enfrentam na atualidade. Com o lema “Resistir é criar. Resistir é transformar!”, o Fórum visa promover a transformação do ser humano em busca de “Um outro mundo possível”.

Com mais de 1500 coletivos, organizações e entidades cadastrados, e cerca de 1300 atividades autogestionadas inscritas, o FSM 2018, terá representantes de entidades de países como Canadá, Marrocos, Finlândia, França, Alemanha, Tunísia, Guiné, Senegal, além de países Panamazônicos e representações nacionais.

Uma das atividades autogestionadas acontecerá nesta sexta-feira (16), das 10h às 11h30, no Auditório Samuel Celestino (8º andar do prédio da ABI, na Praça da Sé), sob a responsabilidade do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP). Na ocasião, a professora Cybele Amado debaterá o tema “Educação Libertadora: um lugar! – Tertúlia Dialógica sobre a alfabetização como ferramenta de transformação social”.

As atividades do Fórum devem convergir para os seguintes eixos temáticos: Ancestralidade, Terra e Territorialidade; Comunicação, Tecnologias e Mídias livres; Culturas de Resistências; Democracias; Democratização da Economia; Desenvolvimento, Justiça Social e Ambiental; Direito à Cidade; Direitos Humanos; Educação e Ciência, para Emancipação e Soberania dos Povos; Feminismos e Luta das Mulheres; Futuro do FSM; LGBTQI+ e Diversidade de Gênero; Lutas Anticoloniais; Migrações; Mundo do Trabalho; Um Mundo sem Racismo, Intolerância e Xenofobia; Paz e Solidariedade; Povos Indígenas e Vidas Negras Importam.

Confira a programação completa do FSM 2018 e das atividades autogestionadas no site.

Sobre o Fórum Social Mundial – O Fórum Social Mundial é uma iniciativa da sociedade civil organizada, nascida em Porto Alegre, em 2001, para promover o encontro democrático, plural e de resistência com o objetivo de incentivar debates, aprofundar a reflexão coletiva, troca de experiências e a constituição de coalizões e de redes entre os movimentos da sociedade civil e organizações comunitárias que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do capital. O evento é realizado a cada dois anos. Nos intervalos, fóruns temáticos descentralizados e autônomos são realizados para dar seguimento às articulações e reflexões críticas nos diferentes países e regiões. O último foi realizado no Canadá, em 2016.

publicidade
publicidade
Notícias

Festa literária movimenta cena cultural de Cachoeira

A sétima edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), um dos principais eventos do calendário cultural do estado, agitou o Recôncavo Baiano entre os dias 5 e 8 de outubro. Mesas de debates, lançamentos de livros, oficinas literárias, saraus, apresentações teatrais, exibições de vídeos e shows musicais fizeram parte da programação, que contou com autores nacionais e internacionais, além da presença de pesquisadores, jornalistas, críticos, estudantes e do público interessado pelo universo da literatura.

Às vésperas de completar 75 anos, o escritor e jornalista Ruy Espinheira Filho foi o homenageado desta edição. O autor de mais de 20 livros abrilhantou o evento na noite de sexta (6). Durante a mesa “A Poesia em suas Infinitas Estações”, mediada por Mônica Menezes, ele recitou poemas e falou sobre criação, técnica, estilos literários e da influência paterna no despertar do seu amor pelo campo das palavras.

A curadoria da Flica esteve sob responsabilidade do também escritor e jornalista Tom Correia. As mesas foram compostas por nomes como Francisco José, jornalista da Rede Globo; Ricardo Ishmael, jornalista e apresentador da Rede Bahia; as blogueiras Jout Jout e Tia Má, a finlandesa de origem africana Minna Salami, Paula Chiziane, de Moçambique, Maria Valéria Rezende, Ricardo Lísias, Daniela Galdino, a poeta e atriz Elisa Lucinda, entre outros. Uma programação especial foi montada na chamada “Fliquinha”, para levar conteúdo voltado à literatura infantil.

Confira galeria de fotos aqui.

publicidade
publicidade