Notícias

Camaçari começa vacinar profissionais da imprensa a partir de segunda (14)

Jornalistas do interior do estado e Região Metropolitana de Salvador (RMS) estão começando a se vacinar contra Covid-19. Camaçari vacinará profissionais da comunicação de 40 anos acima, seguindo a faixa etária determinada pela Comissão de Intergestores Bipartite (CIB) e que estejam atuando em atividades externas, ambientes confinados tais como redações e estúdios, a partir da próxima segunda-feira (14). 

Salvador retomou a imunização dos profissionais acima de 40 anos na Associação Bahiana de Imprensa (ABI) nesta sexta. O funcionamento da sede como ponto de vacinação será até as 14h e nos demais postos das 09h às 19h. Na capital, para se vacinar, o cidadão precisa constar nome no site da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), além da documentação que comprove profissional. Confira a lista de documentos aqui

Itapetinga, região do centro-sul da Bahia, deu o pontapé inicial para a vacinação da categoria nesta sexta-feira (11). De acordo com a prefeitura do município, os profissionais estão recebendo a primeira dose da vacina AstraZeneca. No caso de Itapetinga, pessoas acima de 18 anos e que possam comprovar trabalhar em veículo de comunicação estão sendo vacinados. Num boletim epidemiológico do município, divulgado na quinta-feira (10/06), 4.726 casos da doença estão confirmados, dos quais 4.561 são pessoas recuperadas e 42 casos. Ilhéus também iniciou hoje a vacinação da categoria no Centro Municipal de Atendimento Especializado (CMAE).

Desde o final de maio, a partir de uma intensa campanha conjunta do Sinjorba, Sinterp e ABI, vários municípios da Bahia organizam seus planos de vacinação para contemplar os profissionais de imprensa, que estão expostos aos riscos de contrair, em suas atividades diárias, o novo Coronavírus. Localidades como Lauro de Freitas, Alagoinhas, Senhor do Bonfim, Bom Jesus da Lapa, Maragojipe, Serrinha, entre outras, já estão com trabalhadores da comunicação social em suas listas de vacinados.

A vacinação dos profissionais de imprensa é fruto da articulação do Sinjorba, com o apoio da ABI e do Sinterp-Ba, junto à Secretaria Municipal da Saúde. Para que sejam vacinados, é importante que os comunicadores aptos para a imunização observem as especificidades de faixa-etária e as exigências de documentação solicitadas em sua região.

publicidade
publicidade
ABI BAHIANA

Associação Bahiana de Imprensa estreita laços com ABI Nacional

A reunião ordinária da Diretoria Executiva da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) ocorrida hoje, 09 de junho, contou com a presença do jornalista Paulo Jerônimo de Sousa, também conhecido como Pagê, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI Nacional). O encontro entre as Associações na figura do presidente Paulo Jerônimo na abertura da reunião, teve o objetivo de estreitar laços entre as entidades. 

Paulo Jerônimo se disse honrado pelo convite realizado por Ernesto Marques, presidente da ABI e também orgulhoso em participar da reunião. Nascido em Mococa, município interior de São Paulo e eleito presidente da Associação Brasileira de Imprensa em 2019, Pagê comentou sentir-se em meio a um Butantã – expressão usada para se referir a algo como coletivo de pessoas preparadas –  diante dos nomes que integram a Diretoria da Associação Bahiana de Imprensa. 

O presidente da ABI Nacional também afirmou que o momento é de unir forças porque “a situação está muito difícil” e relembrou casos de ataque à imprensa. No entanto, ponderou: “Fiquem tranquilos para trabalharmos juntos em defesa da profissão e da liberdade de imprensa”, disse Pagê.

Ernesto Marques aproveitou o ensejo para comunicar coletivamente sua associação à ABI Nacional e também aproveitou a oportunidade para convocar os diretores da ABI para se associarem à entidade que reúne profissionais da imprensa no Brasil. 

Moção rejeitada

Durante a Reunião Ordinária, a Diretoria também debateu sobre a prisão do jornalista e blogueiro Oswaldo Eustáquio. Por indicação de Valber Carvalho, diretor da ABI, o colegiado avaliou a “Moção pela defesa do direito de liberdade de imprensa contra a prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio” e decidiu por ampla maioria rejeitar o documento.

Valber Carvalho defendeu a tese de que a prisão do jornalista e ativista Oswaldo Eustáquio era exemplo de violação da liberdade de imprensa. Prevaleceu o entendimento de que o profissional em questão, e as razões de seu indiciamento, se relacionam mais à realidade do sistema jurídico-penal brasileiro e suas consequências traduzidas em qualquer análise de perfil da população carcerária brasileira. Sem entrar no mérito dos questionamentos quanto aos limites e competências dos ministros do STF, a Diretoria Executiva, entendeu que o caso não se enquadra, ou mesmo afronta a defesa da liberdade de imprensa como premissa para o bom exercício do jornalismo, e, portanto, não caberia manifestação da ABI.

publicidade
publicidade
Artigos Imprensa e História

O Dia Nacional da Imprensa e o Museu de Imprensa da ABI

*Por Nelson Cadena

Comemora-se hoje o Dia Nacional da Imprensa, data instituída em 1999, sancionada por Fernando Henrique Cardoso, após um poderoso lobby do então presidente da Associação Nacional de Jornais-ANJ, Paulo Cabral, que envolveu a Associação Brasileira de Imprensa, a Fenaj e o deputado Nelson Marchezan, autor da proposta.

Cabral queria dar notoriedade ao jornal sob sua direção, Correio Braziliense, cujo título era o mesmo do periódico lançado por Hipólito da Costa, em 1º de junho de 1808. O arrazoado teórico da proposta sustentava que, embora editado em Londres, o Correio Braziliense tinha sido o primeiro jornal do Brasil, se antecipara três meses, à Gazeta do Rio de Janeiro, cuja data inicial 10 de setembro, foi celebrada como Dia Nacional da Imprensa por mais de seis décadas.

O lobby deu certo diante da argumentação de que A Gazeta era situação e o Correio oposição, e de que ambos eram jornais. Meias verdades A Gazeta foi um jornal, o Correio um mensário. A gazeta publicava notícias, o Correio longas dissertações. A Gazeta tinha formato, diagramação e distribuição de jornal; o Correio circulava com 160 a 180 páginas por edição, com diagramação de livro.

E, se o Correio foi oposição, recebeu subsídios através do governo do Maranhão, para não chamar a atenção, autorizados pelo Imperador. Alguns autores chamaram isso de propina e suborno e enfatizaram o propósito do apoio financeiro, direcionando críticas aos “adversários” dentro do governo, minando aliados do governo. Barbosa Lima Sobrinho contemporizou, chamou de “um pecadilho” que mereceria ser anistiado, considerando o relevante papel do jornalista como formador de opinião.

O Museu de Imprensa

Foi num dia 10 de setembro, de 1930, que tomou posse na Câmara Municipal, a primeira diretoria da ABI e a data celebrada, desde então, pela entidade baiana para dar posse às diretorias eleitas. Foi em 10 de setembro de 1960 que a ABI inaugurou a sua atual sede, edifício Ranulfo Oliveira, então denominada de Casa do Jornalista. E, em 10 de setembro de 1973, inaugurou a Biblioteca Jorge Calmon.

Em 10 de setembro de 1977, a museóloga Ligia Sampaio organizou, no espaço contiguo à biblioteca, a primeira de várias exposições realizadas anualmente e em datas comemorativas com documentos e periódicos do acervo do Museu de Imprensa, criado sob a supervisão de Hildegardes Viana, inaugurado em 10 de setembro do ano anterior. A diretoria da ABI o definiu em ata como “núcleo modesto”, em referência ao acanhado espaço de menos de 20m2.

Mais de quatro décadas transcorridas desse núcleo inicial, a ABI inaugurou ou reinaugurou, em 17 de agosto de 2020, o Museu de Imprensa, num espaço de mais de 100 metros quadros, no andar térreo do edifício Ranulfo Oliveira, esquina da Rua Guedes de Brito com a Praça da Sé, nele incorporado um moderno laboratório de restauração. E abriu para poucos convidados, em função das restrições da pandemia; mais tarde e, até hoje, aberto à visitação do público, mediante agendamento, de acordo com o protocolo da prefeitura para museus.

O Museu de Imprensa da ABI expõe, na sua primeira amostra, painéis ilustrados que contam a história da entidade nos seus 90 anos de trajetória e resgata a trajetória jornalística de Ruy Barbosa, a sua representatividade na imprensa baiana e brasileira. A memória da mídia nas suas principais plataformas, abrange a história dos jornais diários, da imprensa alternativa, das revistas, do rádio e da televisão com mais de 150 fotografias que ilustram os painéis nos seus respectivos contextos temáticos.

Expositores projetados especificamente para o museu exibem objetos e jornais antigos, a vitrine exibe objetos utilizados na prática jornalística do passado. E telões deveriam exibir vídeos sobre o jornalismo online e televisivo. Serviço este não disponível por enquanto. Os protocolos para museus restringem a exibição de vídeos, nos espaços, para evitar aglomerações.

Quando a pandemia amainar e o museu estiver funcionando, no antigo contexto de normalidade, outras exposições serão programadas, é propósito da ABI, inclusive itinerantes para levar o Museu às cidades do interior.

*Nelson Cadena é jornalista, pesquisador e publicitário.
Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)
publicidade
publicidade