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Dia do Jornalista: 10 obras cinematográficas que retratam o cotidiano da profissão

A busca pelo furo, a batalha pela melhor notícia, um árduo trabalho pela informação. A cobertura dos fatos não é apenas dar a notícia, mas analisá-la, discuti-la, debatê-la. Neste 7 de abril, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI), entidade que congrega profissionais vinculados à atividade jornalística de todo o estado, parabeniza os jornalistas que cumprem sua missão com dignidade, ética e respeito. São esses trabalhadores que dão olhos, ouvidos e voz à sociedade, que correm atrás da história e não desistem de perseguir a verdade, desvendando casos que impactam o mundo.

Em homenagem a esse profissional que desempenha papel tão fundamental, a ABI lista 10 filmes e um documentário que retratam o cotidiano do jornalismo, ofício frequentemente narrado pelo cinema — seja como forma de poder, como em “Cidadão Kane”; manipulação, como em “Rede de Intrigas”; ou da forma prática, como em “Todos os Homens do Presidente“, que trata do escândalo “Watergate”, ocorrido em Washington, em 1972.

Top 10

  1. Todos Os Homens do Presidente
  2. O Mensageiro
  3. Cidadão Kane
  4. O Jornal
  5. Boa Noite, Boa Sorte
  6. A Primeira Página
  7. Spotlight – Segredos Revelados
  8. Rede de Intrigas
  9. O Diabo Veste Prada
  10. Primeira Página: Por Dentro do New York Times (assista abaixo). Com acesso irrestrito à redação do New York Times, o filme discute o papel e os rumos do jornalismo.

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Sarau da Imprensa avalia produção jornalística diante do atual cenário político

Terceira edição do evento é marcada pelo combate à polarização política e por reflexões sobre o papel do jornalismo

Criar registros, armazenar dados, preservar a História. Incorporada à existência do homem, a escrita ocupa um papel cada vez mais central para manter viva a essência humana e as relações sociais. Para discutir a interface entre “A Escrita e o Poder”, a terceira edição do Sarau da Imprensa reuniu profissionais e estudantes da comunicação, professores, artistas e representantes de instituições ligadas ao segmento cultural, que lotaram o Auditório Samuel Celestino, da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), no Centro Histórico de Salvador. Nem a véspera do feriado conseguiu esfriar o debate, que teve como convidado o jornalista Bob Fernandes e terminou em clima fraternal, com a apresentação de uma banda formada por jornalistas.

Sarau-Foto_joseanne guedes-ABICom o agravamento da crise política, institucional e ética no Brasil, reflexões sobre o cenário atual e o papel da imprensa deram o tom do encontro. O vice-presidente da ABI, Ernesto Marques, que atua na organização do Sarau e mediou a conversa, resgatou a trajetória da entidade de 85 anos e explicou o objetivo do evento. Segundo ele, a ideia surgiu em 2012, quando foram realizados três encontros que trataram de temas-chave para a sociedade. “A Casa dos Jornalistas, para a atual diretoria da ABI, é a casa do contraditório. Nossa contribuição para louvar a democracia é oferecer seu teto para abrigar grandes polêmicas de interesse público, e não apenas para temas do interesse direto dos profissionais e empresários da comunicação”.

Desde que se intensificaram no Brasil os movimentos contra e pró-governo, a cobertura dos atos e dos fatos políticos tem dividido opiniões. Os sintomas da polarização que afeta o país podem ser percebidos em publicações na internet, que, embora tenha ampliado o espaço de divulgação de notícias, virou palco de guerra de informação. Quais interesses estão em jogo na condução dos acontecimentos? Qual o papel das grandes empresas de comunicação na produção das notícias? E os jornalistas? Questionamentos como esses foram levantados por Bob Fernandes, que criticou o posicionamento da imprensa e classificou de “opinionismo” boa parte do conteúdo noticioso.

Pluralidade

As transformações do fazer jornalístico não passaram despercebidas. Segundo Bob, o imediatismo da informação tem feito profissionais esquecerem lições básicas do ofício. “Não se tem mais cuidado com a apuração, não se checa mais. Basta reproduzir o que leu no site de alguém”. Para ele, é necessário que os jornalistas sejam criteriosos, evitando publicizar informação enviesada, pouco precisa. “Eu não vejo problema em investigar e divulgar. O que não pode é a imprensa ou o judiciário adotarem um lado. Não façam disso um jogo de poder. O dinheiro não pode ser sujo para um e limpo para outro”. Bob evitou falar nomes de políticos e instituições, limitando sua fala à análise da cena política e o jogo mediático. “O importante é preservar a pluralidade de opiniões, criar espaços para discutir todos os lados. Que programa da TV aberta está debatendo esses assuntos?”, questionou. “Nesse monumental bordel, eu também quero respostas”.

“Com que roupa eu vou?”

Público-Foto_joseanne guedes-ABIPara Bob Fernandes, o fator mais preocupante é o clima de radicalização que tomou conta das ruas e das redes sociais, entendidas por ele como um relevante espaço de discussão e ativismo. Isso porque, conforme registrou o jornalista, o acirramento de ânimos já reflete na escolha da cor da vestimenta. Enquanto quem traja vermelho defende o governo e denuncia um possível golpe, pessoas de verde e amarelo pedem o impeachment da presidente Dilma Roussef (PT) e espalham o discurso de combate à corrupção. “O fenômeno de tanta violência é porque hoje as tribos se encontram na rede, se reconhecem. Um país que amarga em sua história mais de 300 anos de escravidão não poderia apagar os rastros de ódio tão facilmente. Nas ruas, o clima é de torcida”.

Em meio a relatos de casos de intolerância e agressões com motivações políticas, o jornalista da TV Gazeta adotou um discurso sóbrio para pedir mais respeito e civilidade. “Há um mal estar generalizado no Brasil, independentemente do lado em que você está. Meus amigos estão todos alterados, eu não sei se devo continuar conversando, me escondo de palestras. E nós, jornalistas, temos muita responsabilidade nisso”. Para ele, o debate é o melhor caminho. “A gente tem que reconstruir as pontes através do diálogo”, sinalizou Bob, que parabenizou a ABI pela iniciativa. “É um exemplo não apenas para outras entidades ligadas à imprensa, mas para todas as comunidades. Temos que reaprender a conversar, a ouvir o outro”.

Jam-jor

O tom de confraternização ficou por conta da sessão de música encabeçada por uma banda formada por jornalistas e aberta a todos os participantes. Não faltou espaço para o improviso e a mistura de estilos musicais. A diretora artística do Sarau, Rita Tavarez – jornalista, fotógrafa, compositora e cantora – abrilhantou o encontro, acompanhada por nomes como Suely Temporal, Manu Dias, Marcos Sampaio e Arthur Carmel, que entoaram clássicos da MPB. Participaram também do evento diretores da ABI: Valter Lessa, Luís Guilherme Pontes Tavares e Valber Carvalho; e o diretor-geral do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), Flávio Gonçalves.

Banda-Foto_joseanne guedes-ABI

O Sarau da Imprensa acontece até o mês junho, com um encontro por mês, sempre às quintas-feiras, 19 horas. Cada edição contará com a participação de convidados especiais, além de apresentações artísticas que dialogam com cada tema proposto. O projeto conta com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. A produção do evento é da Obá Cacauê, que tem como sócias Fabíola Aquino e Ceci Alves, jornalistas e cineastas.

• Acompanhe a programação na página oficial do Sarau da Imprensa!

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Bob Fernandes é o convidado da terceira edição do Sarau da Imprensa

Na era das mídias sociais, em que todos podem produzir conteúdo e disponibilizá-lo rapidamente, sem muito compromisso com qualidade da informação, o poder da escrita ganha contornos específicos. Para discutir o tema A Escrita e o Poder, o projeto Sarau da Imprensa recebe em sua terceira edição o jornalista Bob Fernandes. O encontro ocorre na quinta-feira, 24 de março, na sede da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), no Centro Histórico de Salvador. Como atração musical, uma Jam-session formada por jornalistas e aberta a todos os participantes que quiserem compartilhar a sua arte. Todas as atividades são gratuitas.

Desde a sua primeira edição, o Sarau da Imprensa discute temas contemporâneos, mas que não encontram espaço para debates aprofundados. De acordo com o jornalista e idealizador do evento, Ernesto Marques, que é vice-presidente da ABI, a escolha de Bob Fernandes se deu pela relação dele com a Bahia e pela sua trajetória profissional. “Bob carrega a experiência de quem exerceu o poder da escrita em redações de grandes veículos da imprensa brasileira, viveu uma experiência editorial numa revista como a Carta Capital, até criar um espaço próprio para o seu jornalismo muitas vezes crítico em relação à grande mídia”, argumenta.

12800201_218381388516547_5858530287714934450_n“O surgimento da escrita foi um divisor de águas na história da humanidade, é o poder que dela deriva se amplia com o avanço tecnológico”, pontua Ernesto ao defender uma reflexão crítica permanente sobre o tema. “É inegável que as novas mídias proporcionam autonomia para quem escreve e democratiza a informação. No entanto, devemos estar atentos e desenvolver um olhar crítico ao que é divulgado. Bob é um bom exemplo do exercício parcimonioso desse poder”, pondera o jornalista Ernesto Marques.

Jam-Jor – Logo após a apresentação de Bob Fernandes, uma jam-session, ou melhor, uma Jam-Jor – banda formada por jornalistas e aberta a todos os participantes que quiserem cantar ou tocar algum instrumento – vai ditar o ritmo musical da noite. De acordo com a jornalista, cantora e compositora, Rita Tavarez, que estará à frente da banda e também responsável pela direção artística do Sarau, será uma noite de encontro entre amigos e jornalistas. “É uma forma de estimular a criatividade. No mínimo vai ser muito divertido, pois os microfones estarão abertos a todos. Vamos dar um tempero baiano bem especial a esse encontro”, acredita.

Sem nenhum ensaio prévio, a ideia é permitir o improviso e a mistura de estilos musicais. Entre as participações já confirmadas estão os jornalistas Suely Temporal, Artur Carmel, Oscar Paris e Manu Dias. A banda é composta por Jana Vasconcelos (violão), Marcos Sampaio (baixo) e Marcus Santos (bateria). Para o set list, canções como Beija-flores, de autoria de Rita Tavarez (composição com a qual a jornalista foi premiada como Melhor Intérprete no Festival do Servidor da Bahia), além de canções de Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues e Jorge Mautner, entre outros compositores da música popular brasileira.

Projeto – O projeto Sarau da Imprensa acontece até o mês junho, com um encontro por mês, sempre às quintas-feiras, 19 horas, e contará com a participação de convidados especiais, além de apresentações artísticas que dialogam com cada tema proposto. O projeto conta com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. Podem participar estudantes, profissionais liberais, classe artística, jornalistas, comunicólogos, intelectuais, formadores de opinião e demais interessados.

O convidado – Com um extenso currículo na área da escrita, Bob Fernandes nasceu em Barretos (SP). Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Bob iniciou sua carreira na Bahia, onde passou uma parte de sua vida. Entre 1978 e 1979, trabalhou na Rádio Jornal do Brasil. Entre 1979 e 1982, foi repórter da sucursal da revista Veja, no Nordeste, e escreveu colunas para o jornal Tribuna da Bahia. Entre 1983 e 1986, foi repórter do Jornal do Brasil, em Brasília. Também foi sub-editor da Revista Status (SP). Em 1988, foi repórter da Folha de S. Paulo, na sucursal de Brasília. Entre 1989 e 1991, dirigiu a sucursal da revista IstoÉ, em Brasília, tornando-se correspondente da revista nos Estados Unidos (1992 e 1993). Nessa época cobriu as eleições presidenciais entre George Bush e Bill Clinton. Dos EUA, foi para a Angola cobrir a guerra civil do país. Também cobriu diversas Copas de Mundo e Olimpíadas. De volta ao Brasil, foi repórter especial da Folha de S. Paulo até se tornar um dos fundadores da revista Carta Capital (1994), quando foi editor por dois anos e editor-chefe por oito, permanecendo até 2005. Também atuou como editor-chefe no site Terra Magazine. Atualmente é comentarista de política do Jornal da Gazeta, na TV Gazeta. É co-autor de O complô que elegeu Tancredo (Editora JB, 1985), junto com Ricardo Noblat, Gilberto Dimenstein, José Negreiros e Roberto Lopes; e autor de Bora Bahêeea! – A História do Bahia Contada por Quem a Viveu.

Próximas edições do Sarau da Imprensa

  • Fotografia, Novas Tecnologias e Futuro – Dia 7 de abril, às 19 horas – Homenagem ao Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril;
  • Arquitetura, Urbanismo, Centro Histórico: o Real Des-visto – Dia 5 de maio, às 19 horas – Homenagem ao Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, comemorado em 3 de maio;
  • Música, Baianidade e Lugar de Fala – Dia 2 de junho, às 19 horas – Homenagem ao Dia da Imprensa no Brasil, comemorado em 1o de junho, é também um tributo a Albergaria;

Serviço
O Que: Sarau da Imprensa recebe o jornalista Bob Fernandes
Quando: dia 24 de março de 2016, às 19 horas

Onde: Sede da Associação Bahiana de Imprensa – ABI (rua Guedes Brito, nº 1, edifício Ranulfo Oliveira, 8º andar, no Centro Histórico de Salvador)

Quanto: Todas as atividades são gratuitas

Clube Press – Assessoria de Comunicação
Assessoria de Imprensa
Marcos Paulo Sales – Jornalista MTb 2246
Contato: (71) 99632-6252/ 99135-5465
E-mail: [email protected]
Site: www.clubepress.com.br

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Adep-BA entrega Prêmio de Jornalismo Ivan de Carvalho

A Associação dos Defensores Públicos do Estado da Bahia (Adep-BA) realizará no dia 18 de março (sexta), às 9h, a entrega do Prêmio de Jornalismo e Acesso à Justiça Ivan Lemos de Carvalho, com o apoio da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia (Sinjorba). A 2ª edição do Prêmio de Jornalismo e Acesso à Justiça Ivan Lemos de Carvalho, referente ao ano de 2015, abordou a atuação do defensor público em causas coletivas. A cerimônia, que acontecerá no auditório do edifício-sede da entidade (Edf. Thomé de Souza, 5° andar, na Pituba), integra a programação do evento Adep Cultural.

adep culturalDe acordo com a Adep-Ba, a ideia do prêmio é valorizar a imprensa e seu compromisso com iniciativas de melhoria da qualidade de vida e do fortalecimento da democracia, e é concebido sob a premissa de aproximar a sociedade do trabalho dos defensores públicos e estimular a veiculação de reportagens que ilustrem essa atuação.

Na ocasião, será inaugurada a fotografia da defensora pública Soraia Ramos Lima na galeria de ex-presidentes da instituição. Ramos esteve à frente da Adep-Ba durante o biênio 2012-2014. O evento receberá ainda o professor e juiz federal Dirley da Cunha Júnior, que ministrará uma conferência sobre o tema “O Estado de Coisas Inconstitucional como instrumento de garantias de direitos fundamentais”, bem como fará novo lançamento do seu livro “Curso de Direito Administrativo”, já na 15ª edição.

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