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Abolicionista Luiz Gama é inscrito na OAB após 133 anos de sua morte

Em cerimônia histórica, o jornalista, advogado e poeta baiano Luiz Gama terá o nome inscrito oficialmente nos quadros da advocacia nacional, quando será concedido o título pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O evento intitulado “LUIZ GAMA: Ideias e Legado do líder abolicionista” acontece nos dias 3 e 4 de novembro, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. O soteropolitano nascido no bairro da Mouraria prestou relevante contribuição ao processo de abolição no Brasil. A homenagem, após 133 anos de sua morte, já é considerada por estudiosos de sua obra um justo reconhecimento à trajetória do advogado e sua luta diante da sociedade colonizadora.

Busto de Luiz Gama no Largo do Tanque-Salvador_reduzida
Busto de Luiz Gama, no Largo do Tanque (Liberdade), em Salvador – Foto: Reprodução

Negro nascido em 1830, Luiz Gama chegou a ser escravizado. Ao chegar a São Paulo, conseguiu a liberdade, tornando-se importante jornalista, poeta e militante político de posições republicanas e abolicionistas. Tentou formar-se advogado na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas, apesar de formalmente livre, o racismo não permitiu.

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Ainda assim, Luiz Gama tornou-se advogado provisionado, com autorização para atuar nos tribunais em defesa de escravos que lutavam por liberdade. Exemplo ímpar do exercício da advocacia, ele conseguiu libertar cerca de 500 escravos, marcando uma posição admirável na comunidade de sua época, a ponto de ensejar um funeral com mais de três mil pessoas, em uma São Paulo que tinha aproximadamente 40 mil habitantes.

 

Programação:

“LUIZ GAMA: Ideias e Legado do líder abolicionista”
Local: Universidade Presbiteriana Mackenzie – Auditório Ruy Barbosa
1º DIA – 03/11 (terça-feira)
Manhã
09:30– 11:00 – Conferência: O legado de Luiz Gama
Conferencista: Professor Dr. Silvio Almeida (UPM)
11:00 – Ato: caminhada ao túmulo do Luiz Gama no cemitério da consolação (leitura de poema – convidado a confirmar)
Inscrições aqui 
Noite
19:00 -21hs – Cerimônia de entrega do título de advogado a Luiz Gama e leitura do relatório da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra da OAB Federal.
Inscrições aqui 
2º DIA – 04/11 (quarta-feira)
Manhã
09:30 – 11:00 -MESA – Escravidão e formação econômica: Professor Dr. Dennis de Oliveira (ECA/USP), Professor Dr. Márcio Farias (Museu Afro-brasileiro) – Mediação: Professora Alessandra Benedito (UPM)
11:00 – 12:30 MESA –Direitos sociais e estrutura – Professor Dr. Adilson José Moreira (UPM) e Professora Dra. Dulce Maria Senna (USP) . Mediação: Professora Bruna Angotti
Inscrições aqui 
Noite
19:00 – 20:30 MESA – Segurança Pública e População Negra – Gabriel Sampaio (Secretário de Assuntos Legislativos SAL/MJ), Professor Dr. Humberto Fabretti (UPM). Mediação: Tamires Gomes Sampaio
Inscrições aqui

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RBS lança concurso de vídeos para revelar novos talentos

O SE7 de Inovação e Linguagem do Grupo RBS lançou nesta segunda-feira (26/10) o “Contest – Content Festival“, concurso que visa premiar e revelar jovens talentos na criação de vídeos ligados a jornalismo, entretenimento e branded content. Podem participar do evento estudantes de graduação ou com até quatro anos de formados. O concurso tem duas etapas. Na primeira, o participante faz o upload de um vídeo em formato pitching – filme de, no máximo, um minuto e duração – no qual terá que apresentar a proposta de forma concisa. Na segunda fase, a ideia deve se transformar em um vídeo de até cinco minutos. As inscrições para a primeira etapa podem ser feitas até 27 de novembro e os vencedores serão conhecidos no próximo dia 10 de dezembro.

Logo_ContestNa etapa de classificação, os internautas podem votar no vídeo de sua preferência. Uma comissão julgadora composta por profissionais do grupo RBS e produtores de conteúdo completa a avaliação dos premiados. Serão considerados critérios como coesão, criatividade e originalidade. Além das categorias jornalismo, entretenimento e branded content, os participantes vão concorrer a premiações como “Melhor roteiro”, “Melhor edição”, “Melhor direção” e “Melhor fotografia”.

“Parte importante do processo de inovação e desenvolvimento de novas linguagens passa necessariamente pela colaboração entre novos talentos e profissionais mais experientes. Temos muito o que aprender com essa nova geração de produtores”, comentou a diretora-geral do SE7 de Inovação e Linguagem do Grupo RBS, Flavia Moraes.

*Informações do Portal IMPRENSA

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Câmara aprova projeto que regulamenta direito de resposta

Por 318 votos a 79, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) o Projeto de Lei 6446/13, do Senado, que regulamenta o direito de resposta para quem se sentir ofendido por reportagem jornalística publicada ou exibida nos meios de comunicação. O texto considera ofensivo o conteúdo que atente, “ainda que por equívoco de informação, contra a honra, a intimidade, a reputação, o conceito, o nome, a marca ou a imagem de pessoa física ou jurídica”. No entanto, o projeto não assegura resposta a comentários feitos por leitores, como os que são publicados por internautas. Os deputados ainda precisam analisar destaques ao texto, que podem mudar trechos da proposta, cujo texto-base volta para o Senado, devido a alterações.

De acordo com o texto aprovado, o reclamante tem 60 dias a partir da veiculação da reportagem para solicitar o direito de resposta diretamente ao órgão de imprensa ou à pessoa jurídica responsável. Caso a resposta não seja publicada sete dias após o pedido, o reclamante poderá recorrer à Justiça. A partir do ajuizamento da ação, o juiz terá 30 dias para proferir a sentença. Nesse período, vai citar o órgão de imprensa, para que explique as razões pelas quais não veiculou a resposta e para que apresente contestação à reclamação. Se, antes do pedido, ocorrer a retratação ou a retificação espontânea, isso não impede o exercício do direito de resposta nem prejudica a ação de reparação por dano moral.

Ao ofendido, é garantido direito de publicar a resposta com os mesmos “destaque, publicidade, periodicidade e dimensão” da reportagem, tanto no veículo que originalmente divulgou a reportagem quanto em outros que a tenham replicado. “O direito de resposta ou retificação poderá ser exercido, de forma individualizada, em face de todos os veículos de comunicação social que tenham divulgado, publicado ou republicado, transmitido ou retransmitido o agravo original”, diz o projeto. O texto também garante que o direito de resposta ou retificação seja exercido pelo representante legal, cônjuge, descendente, ascendente ou irmão do ofendido que esteja ausente do país ou tenha falecido depois do agravo.

Mudanças – Como sofreu mudanças, o projeto será novamente analisado pelo Senado. Entre as modificações, está o direito de garantir que a retratação seja feita, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que foi praticada a ofensa. Entretanto, os deputados retiraram do texto dispositivo que permitia ao ofendido, no caso de veículo de mídia televisiva ou radiofônica, requerer o direito de dar a resposta ou fazer a retificação pessoalmente.

*Informações da Agência Câmara, Agência Brasil, G1/Brasília

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Manuscritos de Gabriel García Márquez serão disponibilizados para consulta

O método de trabalho do jornalista e escritor colombiano Gabriel García Márquez poderá ser observado pelo mundo todo, a partir desta quarta-feira (21/10), quando a biblioteca Harry Ransom Center, da Universidade do Texas, em Austin, abre para consulta o arquivo que comprou da família do autor por US$ 2,2 milhões (leia notícia aqui, em espanhol). De acordo com a Folha de S.Paulo, máquinas de escrever, objetos de escritório, rascunhos e as primeiras versões dos livros do jornalista, entre eles “Cem anos de Solidão” e “O Amor nos Tempos do Cólera”, estarão disponíveis.

O acervo conta com mais de 2.000 cartas que possibilitam conhecer a relação de Gabo com outros nomes do século 20, como o mexicano Carlos Fuentes, o alemão Günter Grass e o britânico Graham Greene. Gabriela Plit, professora de literatura da Universidade do Texas e coordenadora do projeto, informou que os manuscritos têm diversas anotações que revelam a investigação que o escritor fazia para selecionar as palavras que usaria.

Os documentos reforçam a guerra do jornalista com os advérbios que, para ele, o uso exagerado poluía e tratava a narrativa. “Suas obras têm várias versões, ele ia corrigindo, editando e escolhendo cada palavra. Era um trabalho artesanal, de carpintaria mesmo”, relatou o escritor e acadêmico porto-riquenho Héctor Feliciano, editor da coletânea “Gabo Periodista” (FNPI).

A peça de destaque do arquivo, entretanto, permanecerá sob vigilância. O documento em questão é o manuscrito da novela inacabada “Em Agosto Nos Vemos”, cuja edição era rejeitada por Gabo. Em respeito à vontade dele, a família decidiu que a obra não será publicada, mas estará acessível para consulta fisicamente.

A abertura do acervo também contará com um seminário internacional, entre 28 e 30 de outubro. Nomes como o anglo-indiano Salman Rushdie, a mexicana Elena Poniatowska, a colombiana Piedad Bonnett, o biógrafo britânico Gerald Martin, e o filho do escritor, o cineasta Rodrigo García, estarão presentes.

Além do seminário, haverá a exibição de filmes. Um deles é o recém-lançado documentário “Gabo – The Creation of Gabriel García Márquez”, de Justin Webster, que traz entrevistas com o ex-presidente americano Bill Clinton, fã e amigo do escritor, a agente espanhola Carmen Balcells e o jornalista americano Jon Lee Anderson.

*Informações do Portal Imprensa e Folha de S. Paulo

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