ABI BAHIANA Notícias

Jornalista Sérgio Mattos comemora seu 50º livro com ação solidária

Para comemorar o quinquagésimo livro de sua carreira, o jornalista e professor Sérgio Mattos, diretor da ABI, resolveu fazer do lançamento da obra um evento beneficente. Nesta quinta-feira (8), das 17 às 20h, no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), o exemplar de “Leitura em primeira mão – Prefácios e orelhas” (Salvador: Quarteto, 2017) será trocado por pacotes de fraldas geriátricas que serão doadas ao Lar Irmã Maria Luiza, localizado nos Mares, na Cidade Baixa.

“Estamos vivendo uma época de muita angústia, de muito ódio, de violência e de sofrimento. Precisamos nos reencontrar com a solidariedade para podermos construir um mundo melhor”. Foi assim que o professor justificou a sua ideia de unir o lançamento do seu 50º livro à arrecadação que irá ajudar idosos em situação de vulnerabilidade. “É uma pequena ajuda, mas esta proposta pode servir de exemplo para que outras ações como esta sejam realizadas em vários outros setores culturais, aproximando cada vez mais as pessoas no sentido de que possamos exercer a cidadania e contribuir para que os necessitados sejam mais bem assistidos”, defende.

O livro reúne 37 textos, alguns dos prefácios e orelhas produzidos por Sérgio Mattos, que começou a escrever artigos em jornais aos 16 anos e teve o primeiro livro lançado em 1973. Os prefácios estão divididos em dois grupos: Literários e Comunicacionais. No primeiro, encontram-se os de livros de poemas, contos, romances etc. No segundo grupo, estão as apresentações de livros técnicos sobre televisão, jornalismo entre outros. “Destaco deste novo livro o mérito de nos alertar para certos livros que saíram de catálogo e que não tivemos oportunidade de ler. É o caso de ‘O adeus do Velho Capitão: a última viagem do São Francisco’, do jornalista [já falecido] Josemário Freire Luna”, avalia o historiador e jornalista Luís Guilherme Pontes Tavares, que também é diretor da ABI.

Inspiração

Sérgio Mattos conta que se inspirou numa publicação que fez um estudo sobre as contribuições do jornalista Câmara Cascudo (1898-1986) à teoria da literatura a partir dos prefácios que ele escreveu. Segundo Mattos, escrever prefácio “é uma tarefa árdua, que exige conhecimento e que leva tempo para ser escrito, pois você tem que ler os originais mais de uma vez e depois elaborar o texto que deve orientar os leitores sobre o conteúdo do livro”.

Os prefácios escritos por ele estão espalhados em vários livros, alguns nem chegaram a ser publicados. “Achei que seria interessante reunir os prefácios, uma produção intelectual, em um volume, pois assim o leitor terá uma ideia também sobre o que penso, sobre o que eu li, sobre o que eu acho que é referência em cada área”.

Para ele, quando um autor procura um prefaciador, na verdade, ele está em busca de legitimação. “O prefaciador é solicitado porque ele é, de certa forma, uma referência para o autor e seus respectivos leitores na área. Muitas vezes, no entanto, o prefaciador é que passa a ter a honra de ter sido escolhido para escrever sobre obras de autores consagrados”, ressalta.

SERVIÇO
8 de junho de 2017, das 17h às 20h
IGHB – Avenida Joana Angélica, 43 – Piedade
71 3329 4463 – www.ighb.org.br

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Albenísio Fonseca lança livro sobre jornalismo cultural em Salvador

“Um livro para resgatar todo um decurso histórico e proporcionar reflexões sobre cenas de épocas, que envolvem quase quatro décadas, em narrativas que permanecem contemporaneamente atuais”. É o que o jornalista Albenísio Fonseca oferece com o lançamento de “Jornalismo Cultural em Transe”, no próximo dia 10 de fevereiro, das 17h às 20h, no MAB-Museu de Arte da Bahia.

Albenísio ressalta todo um “vínculo afetivo e crítico com as mil e uma faces da cultura em Salvador”, que importam, sobretudo, para a história colonial e recente da cidade, ainda que as abordagens tenham amplitude global, em artigos, reportagens, textos e entrevistas. O autor entende que “todo jornalismo é cultural”, como assinala na introdução do livro. A publicação de 152 páginas é o terceiro título lançado em um ano pela Editora Boa Ideia, fundada por ele.

O livro reúne textos publicados em diversos veículos da mídia impressa baiana, desde a década de 1980 até 2016, mas sem seguir um caráter cronológico. Como em um caleidoscópio cultural, o leitor passeia por uma diversidade temática que vai do teatro à literatura, da música à antropologia, da história à fotografia, do esporte ao design, passando pelo marketing e publicidade. “Há reportagens e entrevistas que ganharam capas de cadernos culturais e artigos nas páginas de Opinião das publicações, além dos editados diretamente em meu blog – albenísio.wordpress.com e mesmo em sites como o Zonacurva.com, produzido em São Paulo”, destaca.

Segundo Sérgio Mattos, mestre e doutor em Comunicação pela Universidade do Texas (Estados unidos), que assina o prefácio do livro, “com texto primoroso de cronista nato e espírito jornalístico aguçado, Albenísio Fonseca reúne em Jornalismo Cultural em transe, uma coletânea de suas produções publicadas na imprensa baiana, ao longo dos últimos 35 anos, como fruto de uma atuação marcante, como repórter, editor e empresário na área de comunicação, pois foi, ainda, responsável pelo lançamento de publicações como o Jornal do RecôncavoJornal da OrlaJornal da Península, A Era da QualidadeJornal do São João, Itapuã na Frente e a Revista do Carnaval – com que obteve o Prêmio Colunistas Brasil em 1992”.

Nos textos selecionados para o livro, conforme Sérgio Mattos, “Albenísio revela ângulos e perspectivas distintas do olhar comum, nos levando a transitar por suas memórias e sensibilidade jornalística. Ele nos conduz a admirar aspectos que foram objeto de seu olhar clínico e crítico. Com seu estilo de relatar, de se entranhar na realidade, de ir além da superficialidade jornalística, apresenta o âmago do que, e sobre o que, está escrevendo, descrevendo o corpo físico e o espírito cultural impregnado do cheiro e da cor do ambiente”.

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Jornalista Sérgio Mattos resgata história da Bahia em livro autobiográfico

Jornalistas, professores, políticos, amigos e familiares do escritor Sérgio Mattos, que também é diretor da ABI, participaram do lançamento de seu mais novo livro, nesta quinta (8). O evento foi realizado na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e contou com a presença do reitor da instituição de ensino, João Carlos Salles. A obra, de natureza autobiográfica, corresponde ao retrato de uma geração e é o 49º livro do professor, jornalista e poeta, que resgata fatos históricos ocorridos na Bahia e no Brasil entre 1948 e 2015. O livro está disponível nas principais livrarias.

“Vida privada no contexto público” foi bem recebido pelos comentaristas que já escreveram a respeito e aparece no meio acadêmico como um novo paradigma de autobiografia de jornalista. De acordo com o historiador e jornalista, Luís Guilherme Pontes Tavares, o modelo poderá inspirar livros de outros autores que queiram contribuir para a construção do perfil do jornalista brasileiro da segunda metade do século XX e início do século XIX. Participaram do lançamento o ex-reitor da UFBA, Roberto Santos, o presidente do IGHB, Eduardo Moraes de Castro, membros da Academia de Letras da Bahia (ALB).

O livro

Foto livro Sérgio mattosNa obra de 648 páginas com ilustrações, Sérgio Mattos faz interpretações e análises de seus 50 anos de jornalismo e 40 anos de dedicação ao ensino universitário. Ao longo de sua história publicada pela Quarteto Editora, o autor lista pessoas e instituições com quem conviveu. Suas contribuições ao desenvolvimento da cultura, da educação superior e da imprensa baiana estão inseridas no contexto socioeconômico, cultural e político do país e da Bahia.

O livro conta a trajetória de seu pai, Sêo Zebinha, os avós paternos e maternos e sua mãe, Dona Helena. Em seguida, a infância em três etapas: Fortaleza, Recife e Salvador, quando descobre o mundo mágico da leitura. Ele narra a adolescência, que vai de 1963 a 1967, o início no jornalismo, os desafios e conquistas no exterior. Descobertas, sucessos e perdas também compõem essa autobiografia.

*Com informações de Luís Guilherme Pontes Tavares (diretor da ABI)

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Livro sobre Rômulo Almeida será lançado amanhã (26) na ALBA

“Rômulo Almeida” é o título do livro sobre o economista baiano que idealizou o Polo Petroquímico de Camaçari, o Porto e o Centro Industrial de Aratu – bases da industrialização do Estado. A obra de autoria do jornalista Antônio Jorge Moura será lançada nesta quarta-feira (26), às 17h, na Assembleia Legislativa da Bahia (Centro Administrativo) e, segundo ele, “abrange toda a vida de Rômulo, do nascimento à morte”. Como parte das comemorações do centenário de Rômulo Almeida, o livro cita o economista como um dos criadores da Petrobras, do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), entre outras instituições fundamentais.

Antônio Jorge escreveu também, cinco anos atrás, a série de três artigos “O construtor de sonhos”, na qual se refere à entrevista que, como jovem repórter, fez com Rômulo Almeida, na década de 70, sobre sua proposta de construção do Polo Petroquímico de Camaçari. Rômulo, segundo ele, foi “simples e profundo” ao responder-lhe sobre o questionamento quanto ao risco de poluição que haveria na região: “Pior é a poluição da miséria”. Hoje, o Polo representa 20% da economia baiana, tendo mudado o perfil do emprego na Região Metropolitana de Salvador.

Sua importância extrapola as barreiras estaduais. Rômulo era considerado o melhor coordenador de equipes de alta performance do Brasil. Primeiro no governo Dutra, depois com Getúlio Vargas, período em que ficou como chefe da assessoria econômica. Ele foi criador do Departamento Econômico da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com ele, foram planejados a Petrobras, o Fundo Nacional do Carvão, o Fundo Nacional da Eletrificação e a Eletrobrás, que foi concretizada no tempo do Jango (João Goulart), a Rede Ferroviária Federal, a Superintendência Nacional da Amazônia, entre outras contribuições.

Precursor de ideias

Capa da obra de Antonio Jorge Moura, a ser lançada amanhã - Foto: Divulgação
Capa da obra de Antonio Jorge Moura, a ser lançada amanhã – Foto: Divulgação

“Os fatores fundamentais de instabilidade (na economia baiana) são a grande dependência da agricultura, agravada pela incidência da seca no território baiano”, e a “grande dependência do comércio exterior”. Cinco décadas depois, o diagnóstico de Rômulo Almeida é conhecido por muitos, mas pouca gente sabe que ele foi o primeiro baiano a planejar soluções para o problema.

Dos “Cadernos Rosas”, escritos por este baiano que completaria 100 anos no último dia 18 de agosto, surgiram as diretrizes para industrializar o estado cuja principal atividade ainda era a produção de commodities agrícolas para a exportação. O conteúdo foi republicado em forma de livro pela Secretaria do Planejamento do Estado, com o título Pastas Rosas.

O “rosa” foi incorporado ao nome das cartas porque Rômulo teve entre os poucos apoiadores o reitor da Ufba na época, o professor Edgard Santos, que lhe ofereceu duas salas na Escola de Enfermagem, e os papéis disponíveis eram daquela cor. Neles, o economista projetou a Bahia.

O professor de economia da Universidade Salvador, Fernando Pedrão, diz que o conjunto de cartas foi o primeiro esforço de planejamento em um estado brasileiro. “Ali, se apresentaram os elementos da estratégia que combinava a modernização da produção agropecuária com a de um desenvolvimento industrial sustentado por um núcleo de indústria pesada”, lembra.

“Rômulo Almeida é o tipo de pessoa que muda a história. Ele compreendia a Bahia como um estado que precisava crescer e conseguiu ordenar essa visão dele e colocar ao alcance de todos”, diz o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia. Ele destaca o foco do economista e advogado no desenvolvimento da cadeia de petróleo. “Ele defendia a estruturação de cadeias produtivas, e sabia que a Bahia, que era a grande produtora do petróleo brasileiro na época, ganharia muito com o aproveitamento interno disso. Daí o polo”.

O economista Antônio Alberto Valença, assessor-chefe da Secretaria de Planejamento do Estado, lembra ter convivido com Rômulo, “na condição de admirador”, e acredita que o idealizador do polo merecia ser mais homenageado. “Da cabeça dele saiu o futuro da Bahia”, diz. Valença acredita que o grande legado deixado por Rômulo Almeida é a cultura do planejamento.

Serviço

O que: Lançamento do livro “Rômulo Almeida”, de Antônio Jorge Moura

Quando: Dia 26 de novembro (quarta-feira), às 17h

Onde: Assembleia Legislativa da Bahia (Centro Administrativo)

As informações são do Bahia em Pauta, A Tarde e Jornal da Mídia.

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