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Prêmio de Jornalismo Ivan Lemos de Carvalho prorroga inscrições até 15 de outubro

Foram prorrogadas até o dia 15 de outubro as inscrições para o Prêmio de Jornalismo e Acesso à Justiça Ivan Lemos de Carvalho, promovido pela Associação dos Defensores Públicos do Estado da Bahia (Adep-BA), em homenagem ao jornalista e articulista que prestou grande contribuição para o exercício da cidadania, através de suas abordagens políticas. O prêmio, que passou a ter abrangência nacional, tem como objetivo valorizar a imprensa e seu compromisso em colaborar para o fortalecimento da democracia, além de aproximar a sociedade do trabalho dos defensores públicos, com estímulo à veiculação de reportagens que ilustrem essa atuação.

A temática desta primeira edição contempla o acesso à Justiça e a garantia do Direito à Saúde, vinculada à Campanha Nacional 2014, cujo lema é “Defensor público, transformando a causa de um em benefício de todos”, que na Bahia recebeu o tema “Defensor público e cidadão: juntos pela garantia do Direito à Saúde”. Serão contempladas as categorias Jornalismo Impresso (jornal, revista, publicação direcionada), Radiojornalismo, Telejornalismo e Webjornalismo (sites e blogs). Concorrerão ao prêmio trabalhos de jornalistas publicados entre 15 de maio a 10 de outubro de 2014. A ficha de inscrição e o regulamento completo estão disponíveis no site www.adepbahia.com.br.

A Adep-BA divulgará os três trabalhos finalistas em cada categoria no dia 6 de novembro. Já a premiação será realizada no dia 21 de novembro, em cerimônia alusiva ao encerramento da campanha 2014. A iniciativa tem apoio institucional da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia (Sinjorba).

Premiação

1º colocado: troféu, certificado e um cheque de R$ 2,5 mil.

2ª colocado: troféu, certificado e um tablet da marca Samsung Galaxy.

3º colocado: troféu e certificado.

 

*Informações da Adep-BA

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Notícias

Prêmios de jornalismo consagram os melhores do ano no Brasil

A última semana de setembro foi de homenagens ao jornalismo nacional. Em audiência realizada na Câmara Municipal de São Paulo (SP), nesta terça-feira (30/9), foram escolhidos os vencedores do 36º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, cuja cerimônia da premiação acontece no dia 29 de outubro, para congratular jornalistas que se dedicam a reportagens que estimulam os ideais de justiça e liberdade. Já o Oscar do Jornalismo Brasileiro, como é conhecido o Prêmio Comunique-se, realizou sua 12º edição na última terça-feira (23), elegendo os vencedores com mais de 100 mil votos pela internet.

Organizado pelo Instituto Vladirmir Herzog, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), entre outras entidades, o Prêmio Vladimir Herzog foi criado em 1978, três anos após o assassinato do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do DOI/CODI, em São Paulo. É o primeiro prêmio explicitamente antifascista do País, que, embora viva um momento democrático, atos de desrespeito e de atropelo aos direitos humanos continuam acontecendo.

O respeito que a sociedade e os jornalistas dedicam ao prêmio Vladimir Herzog pode ser comprovado pelo volume de trabalhos inscritos. Todos os anos, mais de 300 chegam de todo o país. Os ganhadores não recebem qualquer quantia em dinheiro, mas o prêmio é disputado pelo seu prestígio.

>> Conheça os vencedores do prêmio Vladimir Herzog 2014:

– Artes: “Pátria Armada Brasil”, de Robson Vilalba, jornal Gazeta do Povo. Menção honrosa: “Foi Errado, eu sei”, de Laerte, na Folha de S. Paulo.

– Fotografia: “De herói a Vilão” de Marcelo Carnaval, O Globo.

– Jornal: “Sangue Político”, de Leonêncio Nossa, O Estado de S. Paulo. Menção honrosa: “Mapa da Ditadura em Brasília”, de Ana Pompeu, Correio Brasiliense; e “As confissões do coronel Malhães”, Juliana Dal Piva, O Dia.

– Revista: “Jurados de Morte: o drama de mais de 2 mil autoexilados no próprio país”, de Edson Sardinha, Congresso em Foco. Menção honrosa: “Envenenados”, Tiago Mali, Galileu.

– Rádio: “História de Flor”, de Hebert Araújo, Rádio CBN de João Pessoa/PB. Menção honrosa: “Brasil-Haiti: 10 anos da missão de paz da ONU, de Michelle Trombelli, Rádio BandNews FM/SP.

– Documentário de TV: “Na Lei ou na Marra: 1964, um combate antes do golpe”, de Tatiane Fontes, TV ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais). Menção Honrosa: “Pele Negra”, de Bianca Vasconcellos, TV Brasil/EBC.

– Reportagem de TV: “Caso Amarildo”, Mônica Marques, TV Globo/RJ. Menção Honrosa: “Tortura na Fundação Casa”, Valmir Salaro, “Fantástico” (Globo).

– Internet: “Dias de tolerância”, Rosanne D´agostino, Portal G1. Menção honrosa: “Imigrantes em São Paulo”, Fabiana Maranhão, UOL.

– Prêmio Hors Concours: “A sentença – 35 anos”, Cláudio Renato, GloboNews.

Da missão impossível ao reconhecimento

PREMIO-COMUNIQUE-SE_Foto-Orlando Silva_AgNews

Com o tema “Jornalismo, uma missão quase impossível”, unindo os universos da espionagem e da comunicação, o Prêmio Comunique-se foi marcado pela consagração de Ricardo Boechat, primeiro “Mestre do Jornalismo” em três categorias. Entre os ganhadores da premiação que não tem fins lucrativos, destaque para Heraldo Pereira, na Globo desde 1985, eleito o melhor jornalista brasileiro em mídia eletrônica, e Miriam Leitão, global desde 1995, premiada na categoria Jornalista de Economia em Mídia Eletrônica. Junto de Roberto Kovalick, Sônia Bridi e Tino Marcos, eles transformaram a emissora carioca no veículo com maior número de vencedores dessa edição.

>> Confira também os vencedores do Prêmio Comunique-se 2014:

– Economia:

Míriam Leitão (Mídia Eletrônica)

Míriam Leitão (Mídia Impressa) *MESTRE*

– Comunicação:

Audálio Dantas (Propaganda e Marketing)

Renato Mendes (Comunicação Corporativa)

Approach Comunicação (Agência de Comunicação)

– Sustentabilidade:

Ana Luiza Herzog

Apresentador/Âncora

Ricardo Boechat (TV) *MESTRE*

Milton Jung (Rádio)

– Nacional:

Heraldo Pereira (Mídia Eletrônica)

Dora Kramer (Mídia Impressa)

– Correspondente:

Roberto Kovalick (Mídia Eletrônica)

Ariel Palacios (Mídia Impressa)

Glenn Greenwald (Estrangeiro no Brasil)

– Blog e Tecnologia:

Alcelmo Gois (Blog)

Cristina de Luca (Tecnologia)

– Cultura:

Gilberto Dimenstein (Mídia Eletrônica)

Patricia Kogut (Mídia Impressa) *MESTRE*

– Colunistas:

Lauro Jardim (Notícia)

Luis Fernando Verissimo (Opinião)

Mônica Bergamo (Social)

– Repórter:

Sônia Bridi (Mídia Eletrônica)

Ricardo Kotscho (Mídia Impressa)

Santiago Andrade (Imagem)

– Esportes:

Tino Marcos (Mídia Eletrônica)

Juca Kfouri (Mídia Impressa) *MESTRE*

Milton Leite (Locutor Esportivo)

– Executivo de Veículo de Comunicação:

Fernando Mitre *MESTRE*

 

*Informações do Portal Imprensa e do Mixme.

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Notícias

‘The Guardian’ e ‘Post’ levam o Pulitzer pela cobertura do caso Snowden

Houve um tempo em que a pergunta “Qual é o melhor jornal norte-americano?” seria respondida por “New York Times”, “Washington Post” ou “Wall Street Journal”. Agora, certamente, o “The Guardian” vai figurar nesta lista. Apesar de britânico, o “Guardian” digital faz sucesso entre os estadunidenses. Na segunda-feira, 14, laureando o jornalismo que não se curva ante o poder, a Universidade Columbia anunciou os vencedores do Pulitzer 2014, o mais importante prêmio de jornalismo dos EUA. Pelas reportagens que desvendaram o esquema de espionagem, de maneira independente e resistindo às pressões dos poderosos de dois países, EUA e Inglaterra, o “Guardian” e o “Washington Post” dividiram o prêmio principal, Serviço Público.

O jornal britânico The Guardian ganhou seu primeiro prêmio Pulitzer graças ao trabalho de Glenn Greenwald e Laura Poitras, os dois jornalistas que publicaram os documentos vazados por Edward Snowden, ex-agente da Agência Nacional de Segurança (NSA). O furo jornalístico, compartilhado inicialmente com o The Washington Post, é considerado uma das notícias mais importantes dos últimos anos e consolidou a influência do The Guardian no setor midiático norte-americano.

O júri destacou que a reportagem exclusiva do Post “ajudou os cidadãos a entenderem como as revelações se encaixam no âmbito da segurança nacional”, além de observar que a contribuição do britânico The Guardian “provocou, graças a uma investigação agressiva, um debate acerca da relação entre o Governo e os cidadãos em assuntos de segurança e privacidade”. O administrador do Pulitzer, Sig Gissler, afirmou que as reportagens foram além de documentos vazados. “Vivemos momentos desafiadores para o jornalismo, mas os vencedores são exemplos do bom jornalismo praticado no país”.

O ex-técnico da NSA Edward Snowden, que vazou os documentos para o jornalista americano Glenn Greenwald e está asilado na Rússia, declarou, em nota, que o prêmio é “o reconhecimento do papel dos cidadãos no Governo” e agradeceu aos jornalistas por terem contribuído para trazer à tona as suas revelações. “Devemos isso aos esforços dos bravos repórteres e de seus colegas, que continuaram trabalhando, mesmo sob enorme intimidação, incluindo a destruição forçada de materiais jornalísticos e o uso inadequado de leis de terrorismo”, afirmou Snowden.

Nas últimas semanas, os meios de comunicação dos EUA destacaram a polêmica envolvendo a possibilidade dessa premiação, já que o furo teria sido praticamente impossível sem os vazamentos de Snowden, que foi acusado de traição e se asilou na Rússia após se apropriar de documentos sigilosos. O Pulitzer não premiava trabalhos jornalísticos baseados no vazamento de informações desde as reportagens sobre os chamados Papéis do Pentágono, em 1971.

Leia também: Após pressões, EUA abrem mão do controle da Internet

O deputado republicano Peter King disse que a premiação foi “uma desgraça”. “Recompensar uma conduta ilegal, facilitar um traidor como Snowden não deveria ser objeto de um prêmio Pulitzer”, disse o deputado, que é um membro influente da Comissão de Inteligência da Câmara, mas a Casa Branca e a Agência Nacional de Segurança não quiseram comentar a premiação.

O material de Snowden que rendeu o Pulitzer ao The Guardian e ao The Washington Post incluía milhares de documentos pertencentes à NSA, trazendo à tona diversos programas da agência, como a coleta de dados de telefonemas e e-mails de cidadãos norte-americanos. Nas páginas do The Guardian, Greenwald e Poitras revelaram também as escutas do Governo norte-americano contra líderes internacionais como a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, e a presidenta brasileira, Dilma Rousseff, provocando uma crise diplomática sem precedentes nos últimos anos. Na semana passada, Greenwald e Poitras receberam o prêmio George Polk, dividido com o jornalista Barton Gellman, do The Washington Post, em reconhecimento pelo mesmo trabalho.

Leia também: EUA pretendem interromper espionagem de líderes aliados, após revelações de Snowden

A editora-chefe do “Guardian US”, Janine Gibson, disse ao Jornal Folha de S. Paulo, por email, estar grata pelo reconhecimento, após “um ano intenso e exaustivo”, de que o trabalho realizado representa “uma grande realização para o serviço público”. Para o editor executivo do “Washington Post”, Martin Baron, os jurados “reconheceram que essa era uma história extremamente importante, mas também especialmente sensível e difícil”. “Estamos orgulhosos de ter trazido à tona políticas e práticas que poderiam ter permanecido para sempre secretas, com profundas implicações para os direitos constitucionais de americanos e de pessoas em todo o mundo”, disse Baron à Folha.

Melhores trabalhos

Em sua 98ª. edição, o Pulitzer também reconheceu, na categoria de notícias de última hora, a cobertura do jornal The Boston Globe após o atentado de abril de 2013 na Maratona de Boston, em que três pessoas morreram e 260 ficaram feridas. O The New York Times, publicação mais premiada na história do Pulitzer, somou mais dois troféus, na categoria fotografia, graças às imagens feitas por Tyler Hicks durante um ataque terrorista em um shopping center de Nairóbi e ao trabalho do seu colega Josh Harner retratando uma das vítimas do atentado de Boston.

Pela segunda vez, o Pulitzer reconheceu o jornalismo de uma organização sem fins lucrativos, o Centro para a Integridade Pública, que repete a conquista da ProPublica. Chris Hamby, um dos seus repórteres, revelou uma trama em que médicos e advogados conspiraram para negar assistência médica a mineiros com doenças pulmonares, uma denúncia que levou a suposta negligência a ser resolvida pela Justiça.

O prêmio na categoria de jornalismo internacional foi dado a Jason Szep e Andrew Marshal, da agência Reuters, por sua reportagem a respeito da violenta perseguição à minoria muçulmana que foge de Myanmar. Um jornal local do Colorado, o The Gazette, recebeu o prêmio de reportagem nacional por seu trabalho investigativo a respeito da situação dos veteranos após deixarem o Exército. A organização destacou as ferramentas on-line que complementam a informação dessa reportagem.

Mais uma vez, o Pulitzer chamou a atenção para o impacto que os trabalhos publicados tiveram sobre os cidadãos. É o caso da investigação realizada pelo The Tampa Bay Times sobre as regras hipotecárias que causaram uma disparada nos despejos na cidade, e que levou a reformas legislativas na Flórida.

O júri do Pulitzer é composto por 19 jornalistas, editores, executivos e professores universitários. O prêmio homenageia Joseph Pulitzer, fundador da Escola de Jornalismo da Universidade Columbia, e reconhece ano após ano os melhores trabalhos da imprensa tradicional e na internet, bem como nos campos da poesia, ficção e música.

*Informações da Folha de S. Paulo, El País (Edição Brasil), Jornal da Globo, Jornal Opção e Diário da Rússia.

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