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Agências se unem para lançar site de jornalismo de dados

A produção de informações digitais, o movimento de transparência e as leis de acesso à informação  tem feito o jornalismo de dados avançar a passos largos. O termo “dado”, que antes era comum apenas a analistas de marketing, estatísticos e profissionais ligados à área econômica ou tecnológica, invadiu de vez o universo jornalístico. Nesta segunda-feira (3), as agências de notícias AFP (França), Ansa (Itália) e DPA (Alemanha) lançaram um site gratuito que oferece conteúdo multimídia sobre a União Europeia. De acordo com o grupo, a proposta do European Data News Hub (EDNH) é “informar e estimular o debate sobre questões da vida cotidiana na Europa”.

Foto: reprodução/internet
Foto: reprodução/internet

Para isso, o portal tem como foco fatos e números, incluindo pesquisas com base estatística, sobre temas cotidianos e de interesse do bloco, além de matérias em cinco línguas: inglês, alemão, italiano, francês e espanhol). “EDNH recebe uma subvenção da Comissão Europeia e goza de total independência editorial, a chave para a sua credibilidade, como exigido pela carta publicada no site e acessível a todos. No futuro, outros especialistas e agências de notícias europeias serão convidadas a contribuir para o EDNH, ampliando esta plataforma europeia de informação”, anunciou a AFP.

Um levantamento feito pela jornalista Natália Mazotte, diretora da revista Gênero e Número e coordenadora da Escola de Dados, afirma que, no Brasil, redações tradicionais e novas iniciativas independentes também vêm apostando no trabalho guiado por dados para suas narrativas jornalísticas. “Do lado das novas iniciativas, o jornal Nexo aposta na apuração e no formato do jornalismo de dados para trazer suas notícias com contexto e precisão. A revista digital Gênero e Número traz mensalmente narrativas guiadas por dados para qualificar o debate de gênero, aportando os números das assimetrias”. Para ela, ampliar a oferta de capacitações e romper com a resistência à liberação de dados de interesse público são os principais desafios da área. “É preciso estar em dia com o que é tendência em uma área em constante e rápida mudança”.

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Revista mexicana seleciona mulheres fotógrafas da América Latina

Correr atrás de contornar a histórica desigualdade e falta de representatividade feminina nas mais diversas áreas é com toda justiça a palavra da vez, e não seria diferente na fotografia. A revista Visor México abriu inscrições para uma convocatória que receberá fotografias de mulheres fotógrafas da América Latina até o dia 01 de julho de 2017.

Foto: Projeto Sambas e Dissembas
Foto: Projeto Sambas e Dissembas

As inscrições para o projeto “Mujeres fotografas en Latinoamérica” podem ser feitas por fotógrafas amadoras ou profissionais, sem qualquer limite de idade. De cada participante é pedido uma ou uma série de 4 a 6 fotos acompanhadas de um texto com pelo menos 200 palavras a respeito da fotografia ou sobre a própria fotógrafa, e enviar para o e-mail galerí[email protected]. Junto das fotos é preciso enviar preenchido o formulário da convocatória.

Serão avaliadas a qualidade técnica, estética, a composição e conceito por detrás da imagem. Quatro fotos serão então selecionadas para serem publicadas na revista, e todas as fotos finalistas sairão no livro anual. As fotografias selecionadas serão anunciadas pelo site da Visor México no dia 08 de julho. (Informações do Blog Hypeness)

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Brasil: Relatório revela que 37 jornalistas foram mortos em onze anos

Em lembrança ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio para chamar atenção sobre os princípios fundamentais da imprensa, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) divulgou um relatório que revela que nos últimos 11 anos, 37 jornalistas foram assassinados no Brasil. Segundo o estudo, o Brasil é o 6º mais perigoso, perdendo apenas para a Síria, Iraque, Paquistão, México e Somália, que respectivamente ocupam as primeiras posições.

Ainda de acordo com o levantamento, as regiões Nordeste e Sudeste são as mais perigosas para o trabalho dos profissionais de imprensa. No período de 2006 a 2016, cada uma das regiões registrou 14 mortes de comunicadores, enquanto o Centro-Oeste teve seis mortes, duas no Norte e uma no Sul. O relatório de Unesco ainda aponta que apenas oito casos foram resolvidos, e outros 23 aguardam solução.

O monitoramento que foi feito em parceria com Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Secretaria Especial de Direitos Humanos, Artigo 19, Committee to Protect Jornalists, Press Emblem Campaign e Repórteres Sem Fronteiras mostra o perfil das vítimas: radialistas, 16 mortes; jornalistas (12); blogueiros (6); cinegrafistas (2); e fotógrafos (1).

Fonte: Associação Brasileira de Imprensa

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“A imprensa é essencial para a democracia”, diz Cármen Lúcia

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, participou ontem (3), do 9º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia, promovido pela Revista e Portal Imprensa, em Brasília. Durante o evento ela anunciou a instalação da comissão do Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa, do CNJ.

Segundo a ministra, o Brasil não é um país que garante livremente o exercício do jornalismo, entretanto, ao menos no Poder Judiciário, é preciso dar ampla eficácia à Constituição, que garante o trabalho do jornalista de informar o cidadão e promover uma cidadania informada. “E eu quero apurar isso melhor, para saber quais são os problemas que são gerados com a Constituição que garante tão amplamente liberdades, inclusive a liberdade de imprensa, com um texto que não necessita de grande intervenção para ser interpretado. É proibido qualquer tipo de censura e, no entanto, continua haver censura e jornalistas que não podem exercer os seus diretos”, disse.

O Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa foi criado pelo ex-presidente do STF e do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, mas não havia sido implantado na comissão. Ainda durante o evento, Cármen Lúcia falou do momento de grandes transformações que o país está vivendo e destacou a importância da imprensa. “A imprensa livre é essencial para que se tenha democracia”.

 

Com informações da Associação Brasileira de Imprensa

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