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Presidente do STF lamenta prisão de jornalista do ‘Estado’ nos EUA

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, lamentou a prisão da correspondente do Estado em Washington, Claudia Trevisan, na Universidade Yale, nos EUA. Ela foi detida na quinta-feira passada quando tentava entrevistar o ministro. Barbosa afirmou, por meio da sua assessoria, que ficou sabendo do episódio apenas na manhã de sábado, 28, informado pela organização do seminário ‘Constitucionalismo Global 2013’, do qual participava. Disse que lamentava o ocorrido, já que a jornalista brasileira estava lá “apenas fazendo seu trabalho”.

Claudia Trevisan foi algemada e detida por quase cinco horas, primeiro em um carro policial e, depois, na delegacia da cidade de New Haven, onde fica a universidade. Ela foi liberada após ser autuada por “invasão de propriedade”.

“O ministro lamentou o fato da prisão de uma repórter brasileira durante o evento em que ele participava”, informou a assessoria de Barbosa. O presidente do Supremo, conforme sua assessoria, “só veio a tomar conhecimento (da prisão) muito tempo depois, no sábado pela manhã, quando a organização do evento o informou.”

A repórter havia sido destacada pelo jornal para cobrir a visita do presidente do STF. Ao procurar a assessoria da faculdade de direito da universidade, foi informada de que o evento seria fechado. Claudia conversou por telefone com o próprio Barbosa, a quem solicitou uma entrevista. O ministro afirmou que não falaria com a imprensa.

A própria jornalista, ao chegar à universidade, procurou um dos seguranças da instituição para confirmar a localização do evento, quando, então, foi detida, algemada e teve seu passaporte retido. Ficou uma hora presa dentro de uma viatura, sem poder telefonar, e outras quatro horas na delegacia, quando pôde, enfim, fazer contato com a empresa. O Itamaraty foi então acionado e um representante do consulado em Hartford foi encontrá-la.

A Diretoria Jurídica do Estado acompanha o caso.

Anteontem, a Universidade Yale divulgou nota sobre a detenção da jornalista. A instituição alegou que a prisão foi “justificada”, mas afirmou que não “planeja acionar a promotoria local” para pedir a abertura de uma ação penal contra ela.

No comunicado – assinado pelo secretário de imprensa Tom Conroy -, Yale reafirmou o motivo da prisão e disse que “a polícia seguiu os procedimentos normais, sem que a sra. Trevisan fosse maltratada”. A jornalista se disse surpresa com a afirmação. “Algemas são coisas dolorosas para usar. Ser impedida de fazer um telefonema durante cinco horas é uma violência terrível”, observou.

Ofício. O jornalista e escritor Laurentino Gomes lamentou nesse domingo, em seu blog, a prisão da jornalista do Estado. Para ele, mais do que ser vítima de uma atitude arbitrária, Claudia foi alvo do preconceito contra estrangeiros.

“Na minha opinião, Claudia Trevisan foi presa por tentar exercer o seu ofício de jornalista, contra a vontade das autoridades envolvidas no episódio, e também por ser brasileira, ou seja, uma estrangeira em terras americanas. Mais do que vítima da atitude arbitrária de um policial, Claudia foi obviamente alvo do preconceito contra estrangeiros e, em particular, latino-americanos, que infelizmente ainda permeia parte da sociedade americana”, afirmou.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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Jornal da Associação Brasileira de Imprensa conquista Prêmio Líbero Badaró

O cartunista Quinho, do Estado de Minas, foi o vencedor da 10ª edição do Prêmio Líbero Badaró, na categoria Ilustração, com a charge “Millôr e Deus”, publicada no Jornal da ABI em homenagem ao desenhista, jornalista, dramaturgo e escritor Millôr Fernandes. Com bom humor e perspicácia, Quinho ilustra o encontro de Deus com Millôr Fernandes, morto em março de 2012, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos.

O chargista baiano de A Tarde, Cau Gomes, obteve o quinto lugar com a charge “Mata-Mata”.

A cerimônia de entrega do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo, organizado pela revista Imprensa, aconteceu na noite do dia último dia 25, no Itaú Cultural, na capital paulista, quando foram anunciados os vencedores das categorias Jornalismo Impresso, Telejornalismo, Radiojornalismo, Webjornalismo, Fotojornalismo, Reportagem Cinematográfica, Ilustração, Primeira Página, Jornalismo Universitário, Cobertura Internacional, Grande Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo.

Nesta 10ª edição da premiação, sob o patrocínio da Souza Cruz, e apoio institucional da ABI, Instituto Internacional de Ciências Sociais-IICS, Instituto Palavra Aberta e ONG Artigo 19, foram homenageados o empresário e jornalista Roberto Civita, in memorian, como “Destaque do Ano”. Filho de Victor Civita, fundador do Grupo Abril, Roberto Civita acumulava os cargos de presidente do Conselho de Administração, diretor editorial do Grupo Abril, e presidente do Conselho da Abril Educação. Ele participou da fundação das revistas Realidade, Veja, Nova, Quatro Rodas, Exame e Playboy, entre outras. Morreu no dia 26 de maio último, aos 76 anos, com quadro de falência múltipla dos órgãos.

A ABI, como entidade apoiadora, foi representada pela jornalista Rosani Abou Adal, que destacou a parceria com a revista Imprensa e a relevância da premiação:

— A importância do Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo é em razão das mudanças promovidas por Líbero Badaró na imprensa brasileira.

Jurados

Os cinco trabalhos finalistas na categoria Ilustração foram, além de “Millôr e Deus” (Jornal da ABI – RJ), de Quinho, “A peça esquecida de Renato Russo” (Correio Braziliense – DF), de Kleber Soares de Sales; “O trovador sem fim” (Correio Braziliense – DF) , de Kleber Soares de Sales; “Cartum” (Diário da Região – SP), de Lezio Custodio Junior, e “Mata-Mata” (A Tarde – BA), de Cau Gomez.

O júri desta edição foi formado por Ana Brambilla (Editora Globo), Alaor Filho (Fotógrafo), Alcy Linares (Ilustrador e cartunista), Ana Carolina Fernandes (Fotógrafa), Claudius Ceccon (Cartunista), Filomena Salemme (Jornalista), Flávia C. Martelli (Unaerp), Guto Nejaim (SporTV), Jairo Marques (Folha de S.Paulo), João Theodoro (Jornalista), Jorge Araújo (Folha de S.Paulo), Jorge Tarquini (ESPM), José Armando Vannucci (Crítico de TV), Marcio Baraldi (Cartunista), Milton Jung (CBN), Mônica Miranda (Rádio Itatiaia), Orivaldo Perin (O Globo), Pedro Ortiz (USP), Ricardo Anderáos (Editora Abril), e Sérgio Lüdtke (IICS).

Fonte: Associação Brasileira de Imprensa

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ABI nacional entrega medalhas aos defensores da liberdade de informação

A Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI, o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Sindipetro-RJ, MST, Grupo Tortura Nunca, e o Instituto Mais Democracia, promoveram, na última sexta-feira, 20 de setembro, a solenidade de entrega da Medalha de Direitos Humanos, por serviços prestados a humanidade, ao direito de cidadania e ao direito humano da informação, às seguintes personalidades: Julian Assange, Edward Snowden, Glenn Greenwald, Bradley Manning, Aaron Swartz e Mordechai Vanunu.

De acordo com o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI, Mário Augusto Jakobskind, a homenagem é uma forma de reconhecer os serviços prestados à humanidade, ao direito de cidadania e ao direito à informação.

“É uma lembrança também para mostrar para o Brasil que hoje o mundo é global, nós precisamos ter solidariedade a figuras desse porte que sacrificam suas vidas pessoais, inclusive com ameaças à própria vida, ao direito de ir e vir. Eles precisam ser lembrados, tornados figuras públicas e homenageadas, pois estão prestando um serviço de utilidade pública à comunidade internacional, à humanidade mesmo.”

Jakobskind lembra que o direito à informação está relacionado ao pleno exercício da cidadania, quando é uma informação “sem subterfúgios e sem manipulações”. “O principal da homenagem é para que a comunidade internacional tome conhecimento que entidades brasileiras que participam das mobilizações e movimentos sociais estão reconhecendo os serviços prestados por esses cidadãos pelas informações, inclusive relacionados ao Brasil, a espionagem que todos nós sabemos, essa ocorrência lamentável. E graças a ele (Snowden), na verdade nós confirmamos o que já sabíamos, por indícios ou por uma série de questões, agora é confirmado.”

O americano Edward Snowden está envolvido na divulgação do escândalo da espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos. Ele tornou público os detalhes de como é feita a vigilância sobre o tráfego de informações e foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Snowden vive em Moscou, na Rússia, onde conseguiu asilo político depois de passar um mês no aeroporto da cidade.

O advogado e escritor Glenn Greenwald divulgou as informações repassadas por Snowden no jornal britânico The Guardian. Seu companheiro, o brasileiro David Miranda, foi detido no Aeroporto de Heathrow, onde passou por interrogatório e teve seus pertences apreendidos. Atualmente, Greenwald mora no Rio de Janeiro.

O australiano Julian Paul Assange é responsável pelo site Wikileaks, que tem publicado uma série de denúncias e informações sigilosas do governo americano, inclusive relacionadas ao tratamento dos prisioneiros de Guantánamo e o envolvimento dos Estados Unidos nas guerras do Afeganistão e Iraque e telegramas secretos da diplomacia. Ele foi considerado Homem do Ano de 2008 na Franca e entrou na lista dos 100 homens mais influentes do planeta da revista Times em 2011. Assange vive há um ano na embaixada do Equador, em Londres.

O soldado norte-americano Bradley Edward Manning foi preso em 2010 e condenado a 35 anos de prisão por acesso e divulgação de informações sigilosas. Ele foi acusado de vazar 700 mil documentos para o Wikileaks, mas a acusação não foi provada. Após a divulgação da sentença, ele pediu para passar por tratamento hormonal e passou a se chamar Chelsea Elizabeth Manning.

Também americano, o ativista Aaron Hillel Swartz ajudou a criar a licença Creative Commons, que possibilitou acesso a milhões de arquivos públicos do judiciário dos Estados Unidos, textos acadêmicos e bancos de dados. Em 2011, ele foi preso, acusado de compartilhar artigos em domínio público pagos pela revista científica JSTOR e de invasão de computadores. Ele suicidou-se em janeiro deste ano. Depois da morte, promotoria retirou as acusações contra ele.

O último homenageado nesta primeira edição da medalha é Mordechai Vanunu, que nasceu no Marrocos e se tornou técnico nuclear em Israel. Ele revelou informações sobre o programa nuclear israelense, divulgadas pela imprensa britânica em 1986. Vanunu foi sequestrado em Londres pelo serviço secreto israelense e condenado por traição. Ficou 18 anos preso, mais de 11 em cela solitária.

Vídeo de agradecimento enviado por Assange

Fonte: Associação Brasileira de Imprensa

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ABI BAHIANA Notícias

Associação Bahiana de Imprensa homenageia jornalistas baianos

A diretoria da ABI homenageará três jornalistas baianos na manhã do dia 05 de novembro, dia da Cultura:  Jorge Calmon (1915-2006), Samuel Celestino e a colunista social Julieta Isensée (July). Calmon completaria 100 anos em 07 de julho de 2015, e para as homenagens de seu centenário formou-se uma comissão organizadora. Samuel Celestino será o nome do auditório instalado no terraço mirante do 8ºandar da sede da ABI e a colunista Juieta Isensée (July) completa 50 anos de efetivo exercício do colunismo social em um mesmo jornal.

JORGE CALMON

Doutor Jorge, como ele era tratado, foi, dentre outras atuações, presidente da ABI.  Comandou a direção editorial de A Tarde por cerca de 60 anos, se transformado no símbolo de representação do jornal. No início dos anos 60 foi o grande responsável pela implantação do curso de Jornalismo na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Escritor, da sua bibliografia, constam livros de viagem, ensaios sobre migração de nordestinos, sobre o jornalista Manoel Querino e as imprensas oficiais brasileiras.

Na vida pública, Jorge Calmon continua lembrado como uma espécie de mecenas, apoiador de instituições tão diversas como a Associação Cultural Brasil -Estados Unidos e a Associação Comercial da Bahia, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e a Academia de Letras da Bahia, a Santa Casa de Misericórdia da Bahia e a Fundação Casa de Jorge Amado, assim como irmandades religiosas, a da Igreja do Bonfim e da Basílica de N. S. da Conceição da Praia.

FOI Diretor da Biblioteca Pública, do Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (Deip), deputado estadual, secretário do Interior e da Justiça do Estado da Bahia, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Assim como granjeou a admiração dos profissionais de imprensa, Dr. Jorge obteve o mesmo tratamento de seus colegas professores e de seus alunos na universidade onde lecionou no Departamento de História da FFCH/UFBA e foi distinguido com o título de Professor Emérito dessa universidade. Para as homenagens do seu centenário formou-se uma comissão da ABI integrada pelos diretores Walter Pinheiro, Samuel Celestino, Sérgio Mattos e Nelson José de Carvalho (titulares); Ernesto Marques, Florisvaldo Mattos e Eliezer Varjão (suplentes)

O presidente Walter Pinheiro encaminhou à Casa da Moeda do Brasil, desde setembro do corrente ano, correspondência solicitando que o Clube da Medalha mande cunhar peça em homenagem ao centenário deste grande jornalista baiano.

 SAMUEL CELESTINO

A escolha do nome do jornalista Samuel Celestino para identificar o auditório da ABI foi decisão tomada pela diretoria com o propósito de homenagear o ex-presidente que comandou a entidade por cerca de 25 anos e a quem os demais diretores elegeram e reelegeram nos últimos anos para a presidência da Assembléia Geral. O auditório, localizado na cobertura (8º andar) do Edifício Ranulpho Oliveira (sede da ABI) é, talvez, o mirante mais completo de Salvador de onde se descortina uma das mais belas vistas  da Baía de Todos os Santos e do Centro Histórico da Cidade do Salvador.

Samuel Celestino é o comentarista político de  A Tarde, jornal no qual ingressou na década de 1970 para editar a página política. Restaurou a coluna de notas e comentários que havia sido suspensa pela direção do jornal como demonstração de resistência e protesto pelo Ato Institucional n. 5, de dezembro de 1968. O jornalista é, também, o publisher do site Bahia Notícias, diretor e comentarista da rádio Tudo FM, além de membro da Academia de Letras da Bahia (ALB).

JULIETA ISENSÉE

A Medalha Ranulpho Oliveira foi criada pela ABI em 1998, por sugestão do seu vice-presidente José Jorge Randam, com o propósito de homenagear profissionais que se destacaram no jornalismo. Julieta Isensée, receberá esta medalha, ela que é sócia da ABI desde 1961, atua no A Tarde desde 1963,  completando meio século de exercício profissional e numa mesma empresa.

Julieta ingressou no jornal de Ernesto Simões para redigir e editar o suplemento “Tablóide” nos sábados.  Em 1964, a direção do jornal a transferiu para a coluna social, área em que se firmou como a colunista baiana mais lida.

 Fonte: Tribuna da Bahia

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