Notícias

Estadão cria editorias de Redes Sociais e Audiências

O jornal O Estado de S. Paulo passa a contar com duas novas editorias: Redes Sociais e Audiências. Com uma aposta cada vez maior em conteúdo multiplataforma e respaldado no fato de ser o veículo com o maior engajamento da internet brasileira segundo o índice Torabit, o Estadão criou as editorias de Redes Sociais e de Audiências, ambas subordinadas ao editor executivo de Conteúdos Digitais Luis Fernando Bovo.

Sob o comando de Gabriel Valente Pinheiro, a editoria de Redes Sociais tem como objetivos estabelecer e implementar estratégias para fortalecer a presença dos conteúdos do jornal nas mídias sociais, intensificar interações com leitores, ouvintes e telespectadores, bem como disseminar pela redação processos que norteiam essas plataformas.

Já a missão da editoria de Audiência, que tem Ricardo Navas Lopes como editor, é monitorar o alcance dos conteúdos do jornal nas plataformas digitais, e criar e implementar ações com as demais editorias para fortalecer a disseminação digital da produção jornalística.

Gabriel já cuidava de redes sociais no jornal. Segundo Bovo, o que fizeram foi lhe dar o status de editor e transformar Redes Sociais, antes um apêndice da home, em editoria: “Agora o Gabriel vai ser responsável por toda a nossa política de redes sociais, divulgando boas práticas, indicando como e o que fazer e analisando os do-estadao-700x357ados de todas elas”.

Navas, antes responsável por campanhas digitais no Departamento Comercial, foi transferido para a Redação, no time da gerente de Tecnologia de Conteúdo Luciana Cardoso, que responde por métricas, SEO e desenvolvimento. “Agora ele passa a responder a mim e terá o desafio de, junto comigo, construir essa função, que não existe na casa”, diz Bovo, acrescentando que ele terá dois papéis fundamentais: analisar a audiência do conteúdo em todas as frentes (site, redes sociais, vídeos etc.), identificando o perfil dos públicos e cruzando com o conteúdo que cada um deles consome; e captar quais assuntos estão despertando interesse, não apenas do público do Estadão, mas da web como um todo, e oferecer o que o jornal está produzindo.

“Hoje já fazemos um pouco esse trabalho, mas ele não é sistematizado”, afirma. “Na web, os interesses aparecem e desaparecem com muita rapidez. Por isso é importante identificar logo e aproveitar cada uma dessas ondas para trazer a audiência para o nosso conteúdo. Ele vai trabalhar diretamente com a home page, com as editorias, com o editor de Redes Sociais, com o time de métricas e com o pessoal de SEO. Nossa intenção, ao ter nessa função alguém que não é jornalista (ele é publicitário), é trazer uma visão mais aberta, mais solta, mais voltada ao leitor. Ele não terá um papel de produção de conteúdo, mas de timoneiro, de sinalizar para onde a audiência está indo e levar o conteúdo até ela. Vai nortear a produção, não produzir”.

*Informações de Wilson Baroncelli

publicidade
publicidade
Notícias

Obras na Rua Chile descobrem relíquias arqueológicas

Além da beleza arquitetônica e histórica, a Rua Chile, primeira do Brasil, esconde no seu subsolo muitas outras relíquias. Peças de metal, pinos em cobre, conchas e corais, além de restos de tijolos, telhas e fragmentos de louças dos séculos 17, 18 e 19 são alguns dos objetos que estão vindo à tona na pesquisa arqueológica prévia à revitalização do local, marcada para iniciar assim que as escavações históricas terminarem, daqui a um mês.

Os materiais só estão sendo descobertos por conta da escavação que será feita para a instalação da chamada vala técnica, por onde passarão a fiação elétrica, os cabos de fibra ótica, a rede de gás, a distribuição de água e a coleta de esgoto da rua, todos transferidos para o túnel subterrâneo.

Os 3 mil objetos foram encontrados apenas na primeira das 14 trincheiras que serão abertas. Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), o material será encaminhado ao laboratório de uma empresa especializada na avaliação e proteção de bens culturais tombados, responsável pelo projeto da Rua Chile.

Tudo será higienizado, classificado, catalogado e seguirá para o Museu Arqueológico da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), no bairro da Caixa D’ Água, em Salvador. O trabalho é uma determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“É uma compensação diante da possibilidade de perda de material histórico. Por outro lado poderemos fazer um resgate estético dessa rua tão importante”, explicou Tânia Barros, superintendente de Planejamento do Centro Antigo. A iniciativa integra o projeto Pelas Ruas do Centro Antigo, com investimento de R$ 124 milhões para a melhoria da infraestrutura urbana em mais de 200 ruas da região.

 

*Informações do repórter Alexandre Lyrio para o Correio*.

publicidade
publicidade
Notícias

Entidade americana diz que jornalistas no Brasil estão sendo agredidos

O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), organização sediada em Nova York, nos EUA, publicou em seu site que no Brasil “jornalistas são agredidos em protestos violentos e acusados de partidarismo”. Detalhando o caso do repórter Felipe Souza, da BBC Brasil, que foi agredido por policiais militares quando cobria uma manifestação no dia 4 de setembro, em São Paulo, o CPJ afirmou que o “incidente sinaliza o risco crescente enfrentado pelos jornalistas que cobrem os tumultuados movimentos políticos e sociais no Brasil”.

Segundo a matéria, Souza estava equipado com um capacete, máscara de gás e vestia um colete à prova de balas que o identificava como repórter da BBC Brasil. Com a aproximação dos policiais, o repórter se pôs de costas para a parede e ergueu as mãos para mostrar que não estava armado e que não oferecia resistência, mesmo assim foi agredido por, pelo menos, quatro policiais com golpes de cassetete no antebraço direito, na mão esquerda, no ombro direito, no peito e na perna direita. “Um deles ainda me chamou de lixo”, contou Souza ao site da BBC Brasil.

O levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), de que desde 2013 pelo menos 293 jornalistas foram vítimas de agressão, tanto de policiais como de manifestantes, durante a cobertura dos protestos foi também mencionado. Dentre as ocorrências documentadas pela associação constam casos de repórteres sendo alvos de gás lacrimogêneo e balas de borracha, agredidos com cassetetes e perseguidos por manifestantes. Segundo alguns dos relatos, a polícia tomou os equipamentos dos repórteres e apagou os dados de câmeras e celulares.

Quase metade dos incidentes ocorreu na cidade de São Paulo, a maior cidade do Brasil, “e mais da metade deles (62%) foi deliberada”, declarou a ABRAJI. “Em outras palavras, o profissional se identificou como jornalista em exercício da profissão. No entanto, foram ainda assim detidos ou vitimados”. A polícia foi responsável por 71% dos incidentes, mas muitos foram perpetrados por manifestastes furiosos com o suposto partidarismo da mídia, de forma que houve um aumento preocupante no número de ataques cometidos pelos mesmos.

Ouvidos pelo CPJ, editores de algumas publicações disseram que teriam de repensar a forma de enviar seus repórteres. “Nós temos dificuldades em cobrir os protestos”, disse Diego Escosteguy, editor-chefe da revista Época. “A nossa primeira preocupação é com a segurança dos jornalistas, e quando ocorre um protesto há um debate sobre como levar os nossos jornalistas de forma segura até lá. Eu gostaria de escutar as pessoas, mas não posso, e isto é um sinal do quão tóxicas as coisas se tornaram”. Ele adicionou que recebeu ameaças através de ligações e também por mensagens nas redes sociais.

Organizações como a BBC e a Reuters puseram seus jornalistas em treinamentos para ambientes hostis. O comportamento popular endureceu com o impeachment de Dilma e os jornalistas dizem que suas reportagens estão sendo amplamente perscrutadas. “Nós estamos sendo constantemente acusados de ser a favor da esquerda ou da direita, ou de estar escondendo algo”, disse ao CPJ Caio Quero, Editor-executivo da BBC Brasil.

“Eu trabalhei em muitos países que são extremamente polarizados ou onde as pessoas têm opiniões extremas – incluindo Israel, Haiti, Cuba, Venezuela, México – e isto me surpreendeu aqui, pois o Brasil não tem um histórico deste tipo de tensão política”, disse ao CPJ a repórter do NPR, Lourdes Garcia-Navarro via telefone, de sua casa, no Rio de Janeiro.

A matéria diz ainda que “a situação é ainda mais difícil para jornalistas locais, que enfrentam a pressão não apenas de editores e leitores, mas também dos amigos e da família e que é difícil prever o que acontecerá a seguir no Brasil, mas há um consenso de que, embora a turbulência institucional tenha passado, será apenas temporária a trégua com a mídia”.

 

*Informações Folha de S. Paulo e Andrew Downie para o CPJ .

 

publicidade
publicidade
Notícias

Pesquisa aponta que parlamentares ainda preferem jornal impresso

Foi divulgado nesta semana o resultado do Mídia e Política 2016, estudo do Instituto FSB Pesquisa, que desde 2008 investiga os meios e veículos pelos quais os deputados federais brasileiros preferem se informar. De acordo com o estudo, os jornais impressos continuam sendo a principal fonte de informação para 43% dos entrevistados. Dos demais, 32% se informam pela internet, 16% pela televisão e 6% pelo rádio.

O jornal Folha de S.Paulo aparece como o preferido pelo nono ano consecutivo, com 65%, seguido por Estadão (41%), O Globo (31%), Valor Econômico (14%) e Correio Braziliense (12%). A Folha também é o jornal com maior índice de leitura (89%), seguida de Estadão (74%), O Globo (70%), Valor Econômico (55%) e Correio Braziliense (47%).

Na internet, o G1, que havia ultrapassado o UOL em 2015, ampliou sua vantagem, sendo citado por 56% dos parlamentares como seu portal preferido, contra 35% de citações do UOL. Por faixa etária, a internet lidera entre os mais jovens. Na faixa até 40 anos, 48% preferem o meio para se informar, contra 30% dos jornais, 10% dos telejornais e 11% do rádio, mas o impresso vence na faixa entre 41 e 50 anos, de 51 a 60 e acima de 60, onde atinge seu melhor desempenho: 52% de preferência, contra 22% da internet, 16% da TV e 6% do rádio.

Os deputados também estão presentes nas redes sociais e a maioria é ativa, segundo a pesquisa. Dos 513 parlamentares, 91,6% são ativos no Facebook e 66,2%, no Twitter. Mais da metade (55%) dizem usar o perfil no Facebook para se informar sobre o noticiário e suas repercussões. Dos que usam a rede social, 46% o fazem várias vezes ao dia e 43%, todos os dias. Mas apenas 24% as utilizam para compartilhar notícias e emitir opiniões.

Cada vez mais os parlamentares se informam por meios eletrônicos, mesmo que a preferência seja pelos jornais. Apenas 42% leem as edições impressas, segundo a pesquisa, enquanto 32% recorrem ao celular, 16%, ao tablet e 6%, ao computador (54% no total).

Entre os telejornais, o Jornal Nacional foi novamente o que recebeu o maior número de citações na preferência, com 45% do total. Na sequência aparecem Jornal da Globo (30%), Jornal da Band (22%), GloboNews (14%), Jornal da Record (10%), Bom Dia Brasil (5%), Jornal do SBT (4%) e Band News (1%). Outros somam 10%. 9% não souberam responder e 5% disseram não assistir a telejornais.

Entre as rádios, a preferência é pela CBN (62%), seguida pela Band News (23%) e pelas rádios Câmara (19%) e Senado (13%). Jovem Pan tem 4%, Itatiaia, 2%, e outras somam 22%. Entre as revistas, 65% dizem ler a “Veja”. Na sequência aparecem “Época” e “IstoÉ” (44%), “Carta Capital” (37%) e “Exame” (26%).

Este ano, pela primeira vez o Mídia e Política investigou o grau de confiança dos parlamentares no conteúdo noticioso dos diversos meios de informação. Os dados revelam que os jornais impressos são o meio de informação mais confiável (70%).  Em segundo lugar, empatados com 60%, estão as rádios de notícias e os telejornais, seguidos de portais e sites de notícias (51%), revistas semanais (47%), blogs (34%), twitter (19%) e facebook (18%). Confira a íntegra do estudo.

Nesta edição foram entrevistados 230 deputados, de 26 partidos que possuem representação na Câmara, proporcionalmente ao tamanho de cada bancada. As entrevistas foram feitas pessoalmente, em 8 e 9 de março, e a margem de erro é de 5%, com nível de confiança de 95%.

*Informações do Mídia e Política 2016, Jornalistas&Cia e G1.

publicidade
publicidade