Artigos

Um museu pioneiro clama por revitalização e pelo batismo com o nome de seu criador: Roberto Santos

*Matéria escrita por Mariluce Moura para o site Ciência na Rua

Há exatos 42 anos, em 17 de fevereiro de 1979, era inaugurado pelo então governador Roberto Santos (1975-1979), seu idealizador, o primeiro museu interativo de ciência e tecnologia da América Latina. Sim, essa instituição pioneira não estava em São Paulo ou Buenos Aires, nem na cidade do México, como se esperaria, mas em Salvador, Bahia. Fora implantado na Avenida Jorge Amado, no atual bairro do Imbuí – ou mais simplesmente, para os soteropolitanos, no belo Parque de Pituaçu, com suas lagoas, vegetação exuberante e dunas, praticamente orla marítima da cidade.

Depois de vários descaminhos na gestão do museu, em 2015 o governo do estado acolheu a mobilização de um grupo de cientistas e gestores públicos, Roberto Santos, já aos 89 anos, entusiasticamente entre eles, e fez um projeto para sua revitalização (veja o vídeo abaixo). Uma articulação entre a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, que tinha então à frente o economista Manoel Mendonça, e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em cuja secretaria geral estava o cientista baiano Jaílson Bittencourt de Andrade, parecia que iria mesmo fazer transitar a proposta do papel para o mundo real. Mas o desandar dramáticos da política brasileira levaram esse projeto de roldão.

Na terça-feira, 9 de fevereiro, Roberto Figueira Santos, médico, professor, pesquisador, ex-reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ex-governador, ex-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ex-ministro da Saúde, entre vários outros papéis relevantes que exerceu ao longo da vida, faleceu, aos 94 anos. Na sexta-feira, 12, passados os três dias do luto oficial, entre as homenagens e a consternação sincera que a morte desse filho ilustre da terra espalhou entre os mais distintos grupos baianos, o presidente da Academia de Ciências da Bahia (ACB), o próprio Jailson Andrade, lançou, agora para os acadêmicos, nova proposta da revitalização do museu e já com o nome de seu fundador.

Apoio unânime obtido, a Academia passou ao trabalho de mobilizar outras instituições de pesquisa, empresários, políticos, mídia etc, para um grande ato virtual na manhã da sexta-feira, 26 de fevereiro, pela revitalização do Museu de Ciência e Tecnologia Roberto Santos. A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) já compraram a ideia e seus presidentes prometem participar da solenidade online. A propósito, a ACB foi também fundada por Roberto Santos, em setembro de 2010. Foi seu primeiro presidente efetivo, substituído em 2017 por Andrade, e presidente honorário até o fim.

De volta ao museu, registre-se que ele se encaixa à perfeição nas preocupações precoces de Roberto Santos com a divulgação científica, lado a lado com seu empenho em criar na Universidade Federal da Bahia e, adiante, no estado como um todo, muitos ambientes propícios ao desenvolvimento da pesquisa científica. Ele tivera o privilégio de estar em vários grandes centros internacionais de pesquisa, como a Universidade Cornell, em seus verdes anos de pesquisador ainda nas décadas de1950 e 1960, antes de assumir a reitoria da UFBA em 1967. Tinha consciência plena de que isso era mesmo um privilégio e, adiante, queria que não fosse – queria espalhar a possibilidade da carreira científica para muitos. Conhecera instigantes experiências internacionais de museus de ciência e, governador, queria deixar de presente para a Bahia algo similar, mais avançado se possível, para inspirar a curiosidade científica de crianças e jovens e incentivar novas vocações para a pesquisa.

E diante da mobilização nesse momento pela revitalização do museu, a advogada Cristiana Santos, uma da turma de seis filhos do casal Roberto Santos – Maria Amélia Menezes Santos, observa: “A maior homenagem a meu pai nem é dar seu nome ao Museu. É torná-lo uma obra viva, a serviço da popularização da ciência e da instigação da curiosidade científica em crianças e adolescentes baianos, como ele sonhou 42 anos atrás”.
Jailson Andrade lembra que, em 2015, fez várias visitas junto com Roberto Santos ao museu e envolveu-se na organização de um seminário sobre inovação em museus de C&T, para o qual foram convidados, entre outros, especialistas dos museus e Medelín e do Catavento, de São Paulo (pelo qual ele tinha insaciável curiosidade e admiração). Naquele momento, o MCTI, por meio do programa de popularização da ciência, chegou a definir uma dotação de R$ 1,9 milhão para os estudos iniciais da revitalização. Mas os recuros terminaram não chegando aos cofres estaduais.

Maquete de usina nuclear, no Museu de Ciência e Tecnologia (Foto: arquivo de Édson Pita Lima)

Roberto Santos, em entrevista na edição número 2 da extinta revista Bahiaciência (infelizmente sem link na internet por problemas técnicos), me contara que a criação do museu refletia sua própria formação no exercício do cargo. “Eu visitara vários desses museus nos períodos em que vivi no exterior e daí me surgiu a ideia de que precisávamos fazer na Bahia algo similar. Não seria um museu histórico nem artístico, mas didático, e o primeiro da América do Sul. Trouxemos um dos diretores do Museu de Ciência e Tecnologia de Londres, Keohane, e ele teve aqui um papel extraordinário por sua capacidade de organizar as táticas de um museu didático e pela competência científica em apontar caminhos para a demonstração de princípios das ciências básicas de forma lúdica para as crianças das escolas de ensino fundamental”.

Lembrou que a construção já deixara espaço previsto para uma futura ampliação. “A topografia do Parque de Pituaçu permitia o uso de pedalinhos nesse pequeno lago [junto do museu], equipamento que insistimos em instalar pensando nas crianças”, contou. A insistência fora dele mesmo, pessoal, papel decisivo que buscava esmaecer, aliás com certa frequência, no plural modesto de suas falas, ditas em tom de voz um tanto mais baixo quanto o assunto o sensibilizava em especial.

Abaixo, publicamos na íntegra, a convocação da Academia de Ciências da Bahia (ACB) para o movimento pela revitalização do Museu

Museu de Ciência e Tecnologia Professor Roberto Santos

O Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia, localizado na Avenida Jorge Amado, no bairro do Imbuí, em Salvador, foi criado pelo Decreto Nº 25.633, de maio de 1977, e inaugurado em 17 de fevereiro de 1979, na gestão do então Governador Roberto Santos, sendo considerado o primeiro museu interativo do gênero da América Latina, o que mostra a inovação que este representava na época de sua inauguração e o quanto ele é significativo como um equipamento público de educação, cultura e lazer, bem como para a memória do patrimônio museológico da Bahia e do Brasil.

A Academia de Ciências da Bahia, ACB, também foi criada pelo Professor Roberto Santos, que foi o seu primeiro Presidente. Com o falecimento do Professor em 09 de fevereiro de 2021, a ACB convida as lideranças Governamentais, Legislativas, Empresariais, Acadêmicas, Culturais, Artísticas e a população em geral, para participarem de uma grande mobilização visando a reativação do Museu e a incorporação do nome do seu fundador, rebatizando-o como Museu de Ciência e Tecnologia Professor Roberto Santos.

O lançamento da campanha virtual será às 11:00h do dia 26 de fevereiro de 2021, no mês em que o nosso Museu completará 42 anos. Brevemente, será divulgada a programação do evento de lançamento.

A Bahia merece a reativação e modernização do Museu de Ciência e Tecnologia da Bahia.

O Professor Roberto Santos merece a incorporação do seu nome a uma das suas mais importantes criações e legado deixado aos baianos, quando foi Governador do Estado da Bahia.

Jailson B. de Andrade
Presidente ACB

publicidade
publicidade
Artigos

Dia Mundial do Rádio: Ninguém viu, ninguém ouviu

Por Nelson Cadena*

Quando Guglielmo Marconi inventou o rádio que não era rádio e sim telegrafo sem fio, ele mesmo assim o denominou, em 1896, não imaginou qual seria a utilidade desse trouço, além de facilitar e agilizar a comunicação à distância. Não era rádio coisa nenhuma, apenas transmitia sinais, a voz humana demorou alguns anos a ser incorporada. Somente em 1906 é que tivemos voz e música para ser ouvida. Por quem, mesmo? Radioamadores que colocavam uma espécie de fone de ouvido, acoplado a um aparelho feito a mão.

A primazia de Marconi como inventor do rádio é controversa. Os americanos creditaram a invenção, e validaram a patente, a Nikolas Testa; os russos consideram Aleksander Popov, o pioneiro; os brasileiros, o padre Landell de Moura. Seja quem for, Marconi foi o Relações Públicas do rádio no mundo e foi ele que obteve o Prêmio Nobel de Física, em 1909, e outras tantas premiações enquanto viveu, inclusive o hall da fama.

No Brasil

No Brasil, a estreia do rádio, em 07 de setembro de 1922, foi um fiasco. Som sofrível e nenhuma audiência. Nenhuma repercussão e nenhum registro fotográfico, entre as centenas de fotos existentes nos arquivos e bibliotecas, sobre a Exposição Comemorativa dos 100 anos da Independência no Brasil, cenário onde o fato ocorreu. Um release bem escrito da RCA Corporation que ganhou cantinhos escondidos nos jornais__ nenhuma linha nas revistas semanais, e a vontade dos pioneiros de validar a estreia como um grande acontecimento, fez parecer o que não foi.

A festa do Centenário foi organizada pela diplomacia brasileira, que estava lá se lixando, para experiências científicas de qualquer ordem. A prioridade era o cerimonial, a pompa e a circunstância, em torno da presença do Rei Alberto da Bélgica, dos presidentes da Argentina e Portugal e mais de uma centena de autoridades representando os seus respectivos países, atletas das nações latino-americanas e milhares de marinheiros dos navios estrangeiros ancorados no porto do Rio de Janeiro, protagonistas do grande desfile no Campo de São Cristóvão, perante 300 mil pessoas.

Inauguração sem registro

Foi uma oportunidade e tanto para os fotógrafos da época que produziram centenas de imagens e nenhuma delas retrata a dita fala do presidente da República, Epitácio Pessoa, no rádio. Os profissionais da área clicaram a grande parada militar aqui referida; a abertura dos jogos latino-americanos; a inauguração da Feira das Indústrias; visita aos pavilhões dos países; o baile na embaixada uruguaia; as festas a bordo dos navios ancorados no porto; as homenagens da Universidade do Plata ao Brasil; o baile de gala do Itamaraty; o Garden-Party do Jardim Botânico; a inauguração do monumento de Cuauhtemoc, em homenagem à delegação do México…

Clicaram ainda o campeonato de futebol do Centenário; as honras ao presidente de Portugal; a concentração do povo do lado de fora do Palácio Monroe; a iluminação cênica das ruas do Rio de Janeiro; os fogos de artifício; o meeting de atletismo; os Grandes Prêmios Ipiranga e Independência, no Jockey Club; o almoço no Palácio do Catete; palestras e conferências nos centros acadêmicos; a temporada lírica no Teatro Municipal e até o almoço que Santos Dumont ofereceu na sua residência (muitas autoridades convidadas) ao herói da 1º Guerra Mundial, o célebre aviador francês René Fonck.

Evento menor

Os fotógrafos destacaram os ilustres jornalistas presentes, dentre os quais Jorge Piacentini, diretor de La Nacion e Willian Powell Wilson do The Philadelphie Comercial… Fizeram imagens de todos e de tudo, menos da inauguração do rádio, que deve ter sido, mesmo, um evento menor, tanto que não há convergência nos registros sobre o assunto. Alguns autores falam que a inauguração foi durante o desfile do Campo de São Cristóvão, outros que foi dentro do recinto do Palácio das Indústrias. Difícil saber, o release não esclareceu.

Talvez devamos deixar de lado o entusiasmo e prestarmos maior atenção ao depoimento de Roquette Pinto, testemunha ocular e imparcial como cientista que era: ” muita pouca gente se interessou pelas demonstrações experimentais da radiotelefonia…”. Está dito e explicado quando repara que ninguém ouviu nada, reporta-se à qualidade técnica do som, mas também às circunstâncias: “no meio de um barulho infernal”.

Ninguém ouviu, ninguém viu e ninguém registrou para a posteridade aquela que seria uma imagem de fato marcante do início de uma nova era nas telecomunicações. Os americanos, fornecedores de equipamentos de transmissão, queriam vender e conseguiram. A parafernália da transmissão ficou, logo teríamos (1923) a primeira emissora de rádio do Brasil.  

*Nelson Cadena é jornalista, pesquisador e publicitário.

Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)

publicidade
publicidade
Artigos

Roberto Santos, um homem exemplar

Por Sérgio Gomes*

A vida física, infelizmente, tem prazo de validade. Isso vale para todos, mas deveria ser diferente para alguns, aqueles que contribuem para um mundo melhor, com ética, respeito ao próximo, e honestidade de propósitos. Mas, alguns, verdadeiramente, ficam para sempre, como Roberto Figueira Santos.

Permanecerá pelo legado de retidão e caráter tão difícil de encontrar em homens públicos. Dono de um currículo impressionante, Roberto Santos foi um político diferenciado para o padrão brasileiro. Ouvi uma vez, de importante comentarista nacional, o falecido Carlos Castelo Branco, que o Dr. Roberto deveria ser político na Suécia ou na Suíça. Comparava Roberto ao paulista Herbert Levy, também um homem público diferenciado.

A Bahia foi premiada por haver tido esse homem notável, e preparado, como governador. Realizou a melhor e mais profícua administração pública estadual, sem qualquer mácula de desonestidade na sua primorosa gestão. Tratava o emprego dos recursos públicos com probidade, ciência e exatidão.

Dirigiu o estado sem as arrogâncias e os arroubos que estiveram tão em voga, por um tempo, na vida pública baiana. Jamais perseguiu quem quer que fosse, por mais provocado que tenha sido. Tinha sempre uma postura altaneira, corajosa e firme. Nas escadarias do Palácio da Aclamação manteve o presidente Figueiredo, por longos momentos, dois degraus abaixo, com o braço firme que denotava o seu descontentamento com o general.

Em entrevista ao jornal O Globo teve a independência de afirmar que o regime militar se esgotara e que já estava na hora da mudança, antecipando, de certa forma, o futuro movimento das Diretas Já. Fora do poder, aliou-se às forças que perseguiam a redemocratização do país, como Waldir Pires, Rômulo Almeida, Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, gestores da Nova República.

Sua maior e importante obra, no Governo da Bahia, foi a implantação do Polo Petroquímico, em Camaçari, empreendimento que, por si só, coroaria toda uma gestão. Outra obra muito importante foi o Complexo de Pedra do Cavalo, no rio Paraguaçu, que garantiu, por essas últimas e, pelas próximas décadas, o abastecimento de água na Região Metropolitana de Salvador.

Antenado com a preservação ambiental, Roberto Santos criou o Parque Metropolitano de Pituaçú, sem dobrar-se à imensa pressão realizada pela indústria imobiliária que preferiria lotear a área verde para a construção de prédios residenciais e comerciais.

Espírito liberal e de visão social avançada, liberou os terreiros de candomblé do jugo e da permissão de funcionamento por parte da Secretaria de Segurança Pública. Nomeou, para a Prefeitura de Salvador, um negro, o professor e advogado tributarista Edvaldo Brito. Criou a primeira Secretaria de Comunicação, demonstrando o seu apreço às atividades de jornalismo e marketing político.

Por outro lado, a sua amada mulher e companheira, a saudosa Maria Amélia Menezes Santos, promovia um amplo trabalho em prol da cidadania, dirigindo um vasto programa de inclusão social, provendo documentação civil para muitos milhares de cidadãos até então invisíveis.

Tive a honra de fazer parte do secretariado desse homem exemplar no Governo da Bahia. Fui escolhido para acompanha-lo em todas as viagens nacionais a Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e outros rincões. Pude assim conviver com aquele homem de hábitos simples e cuja importância jamais lhe subiu à cabeça.

Uma vez, depois de irmos a reunião no BNDES, caminhamos pela avenida Rio Branco, no Rio, pois ele me disse que precisava buscar uma encomenda. Chegamos a uma sapataria de portugueses. Assim que chegou o dono do negócio gritou para o andar superior:

— Tragam o sapato do “seo” Roberto Santos.

O gajo nem imaginava que fazia sapatos sob medida para o governador da Bahia. Ele não dizia e muito menos eu o fazia. Talvez por isso ele gostasse de viajar comigo.

De outra vez saíamos de uma entrevista noturna à Tv Educativa, do Rio, e ele, que ainda não havia jantado, pediu para o motorista parar numa loja de lanches do Bob’s, onde comemos hamburgueres, quase na madrugada. Ao invés de ir a um fino e caro restaurante, o governador da Bahia preferiu comer em pé num balcão.

Esse era Roberto Santos.

_____

*Sérgio Gomes é jornalista e foi Secretário de Estado de Comunicação Social

Nossas colunas contam com diferentes autores e colaboradores. As opiniões expostas nos textos não necessariamente refletem o posicionamento da Associação Bahiana de Imprensa (ABI)

publicidade
publicidade
Notícias

CIEE aposta em capacitação para melhorar empregabilidade dos jovens

O Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE está com o programa “Jovem Talento CIEE” em curso, um estágio para estudantes do ensino médio que alia oportunidade de ingresso ao mundo do trabalho com capacitação EAD. Voltada para estudantes do ensino médio ou técnico, a partir dos 16 anos, a iniciativa representa a oferta direta de mais oportunidades para os jovens – faixa etária mais afetada pelo desemprego –e também combate a evasão escolar, já que para participar do programa é  necessário estar matriculado em uma instituição de ensino.

Um levantamento realizado no banco de cadastro do CIEE contabiliza cerca de 524 mil jovens entre ensino médio e técnico elegíveis para o programa, e a expectativa é que sejam realizados 500 contratos mensais. “Atualmente, o Brasil possui cerca de 6 milhões de empresas, e se, apenas 1% dessas empresas contratarem um jovem do programa, o impacto na economia e na vida desses jovens será positivo”, afirma o CIEE.

De acordo com Humberto Casagrande, CEO do CIEE, a iniciativa auxiliará jovens vulneráveis, grupo mais afetado pelo desemprego e que também tem sofrido de maneira severa os efeitos da crise econômica provocada pela pandemia. “Capacitação e oportunidades no mundo do trabalho são fatores que assombram há muitos anos os jovens brasileiros. Essa iniciativa é uma maneira de minimizar números de desalentados no nosso país, e, não só isso, será possível também combater a evasão escolar”, afirma.

O programa, que está amparado na lei do estágio por se tratar de uma contratação de natureza pedagógica, é válido para os estados da Região Norte, Nordeste (exceto Pernambuco), Centro-Oeste e São Paulo. As empresas interessadas em ofertar vagas nesta modalidade podem fazer contato diretamente com um consultor do CIEE nestes locais. Esses jovens contratados deverão receber uma bolsa-auxílio de R$ 500,00 (quinhentos reais) e que será a porta de entrada ao mercado de trabalho com possibilidade de efetivação. Ao mesmo tempo, esse valor ajudará a aumentar a renda da família para aqueles mais necessitados.

Educação digital

O programa estabelece que o adolescente tenha carga horária diária de seis horas, sendo uma reservada para a capacitação EAD na própria empresa. Os cursos online serão divididos em quatro trilhas: Administração, Comércio e Varejo, Contabilidade e Finanças e Tecnologia, que poderão ser personalizadas de acordo com a necessidade das empresas parceiras. Todas contam com carga horária de 480 horas e visam desenvolver habilidades técnicas, comportamentais e valores humanos.

Serviço

Para se cadastrar, os estudantes devem acessar o site do CIEE http://www.ciee.org.br/

As empresas podem tirar dúvidas a respeito de vagas e como aderir ao programa pelo telefone 3003-2433 (ligação local).

publicidade
publicidade