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Comunicadores lançam campanha para financiar livro sobre o Esporte Clube Vitória

As tradições, as glórias e os heróis do Esporte Clube Vitória serão lembrados por quem viveu as histórias junto ao rubro-negro baiano. Esse é o objetivo do livro “Memórias do Esporte Clube Vitória” (Editora Máquina de Livros), assinado por quatro comunicadores nordestinos apaixonados pelo Vitória. A obra precisa de apoio para ser produzida e por isso os autores Tiago Bittencourt, Milton Filho, Allan Correia e Lucas Gramacho resolveram lançar uma campanha de financiamento coletivo pela plataforma Catarse (Saiba mais aqui).

A campanha vai até 25 de abril. Se alcançar a meta, o livro será finalizado e enviado para os apoiadores até o fim de maio. Os doadores vão receber a obra em casa, com frete grátis e direito a um marcador exclusivo. Quem adquirir a versão impressa, terá seu nome registrado nos agradecimentos. A campanha conta ainda com diferentes tipos de recompensas, de acordo com cada faixa de doação. O valor estipulado como meta será usado para produção, impressão e envio dos livros e das recompensas, além do pagamento da plataforma de financiamento.

Foram 12 anos de trabalho para ficar pronto o livro. Segundo o texto descritivo da campanha, se trata de um documento histórico sobre o “Leão”. Com cerca de 360 páginas, Memórias do Esporte Clube Vitória reúne relatos inéditos de 40 personagens fundamentais na história do clube, como Bebeto, André Catimba, Petkovic, Rosicleide, Wagner Moura, Lázaro Ramos, George Valente, Bigu, Joel “Meu Santo”, Ramon Menezes, David Luiz e outros ilustres nomes rubro-negros.

“Tenho alguns livros sobre o Vitória, mas sempre achei que tínhamos pouca produção na literatura esportiva. A história do Vitória é imensa, são mais de 120 anos. Temos muita coisa para contar”, afirma o jornalista baiano Tiago Bittencourt. Questionado sobre os comentários de que este seria uma espécie de livro definitivo a respeito do clube, Tiago refuta a ideia. “Espero que outras pessoas escrevam livros sobre o Vitória, sob outros olhares, outros vieses, e mostrem a grandeza de uma instituição que é uma referência para toda observação cultural na Bahia. Que venham muitos outros livros sobre o Vitória”.

Em menos de uma semana, a campanha pelo financiamento do livro alcançou 50% da meta de arrecadação. Prestes a completar 15 dias, 70% do objetivo já foi cumprido. “Essa é uma gigante demonstração de força e amor pelo nosso clube do coração em um momento em que os resultados em campo não tem sido os esperados”, avaliam os autores. Agora, a turma segue em busca de bater 100% da meta, para viabilizar a publicação e fazer a trajetória rubro-negra ser eternizada através da obra.

Os autores

Tiago Bittencourt tem 36 anos, é baiano e jornalista. Integrou a equipe do site Barradão On Line de 2004 até seu encerramento. Trabalha na TV Brasil, em Brasília, onde já atuou como apresentador, repórter e produtor. É autor do livro “O Raul que me contaram – A história do Maluco Beleza revisitada por um programa de TV”.

Milton Filho tem 22 anos, é sergipano e estudante de jornalismo. É repórter do Portal Infonet. Pesquisador da história do Vitória desde 2014, é colunista do site Arena Rubro-Negra e administra as páginas EC Vitória – Fotos históricas e Memórias do Leão, no Instagram e no Facebook.

Allan Correia tem 34 anos, é baiano e jornalista. Com experiência em rádio e TV, atualmente é redator do podcast de Denilson Show, e também trabalha como assessor de imprensa do Baile da Massa Real. Torcedor de arquibancada desde criança, participou de campanhas como “Nordestino de Coração Torce Pro Time da sua Região” e “Barradão em Chamas”.

Lucas Gramacho tem 32 anos, é baiano e administrador. Trabalhou na área de produção cultural do Teatro Castro Alves. É criador da página Baú do Leão – EC Vitória.

Assista ao book trailer da obra:

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ABI BAHIANA

Oficina na ABI ensina técnicas de conservação e restauro de documentos antigos

A mesa com álcool, água sanitária, água deionizada e pó de hidróxido assusta, mas a museóloga Renata Santos garante: qualquer um pode ser capaz de se tornar um conservador. Aliando a teoria à prática, a mini oficina de conservação e higienização documental do Museu de Imprensa teve seu encerramento nesta quinta-feira (17), no auditório da Associação Bahiana de Imprensa (ABI).

A atividade integra a ação de contrapartida do Museu com uso do subsídio pago pela Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc (Chamada Pública 004/2020 Mapa Cultural de Salvador), recursos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal. 

Ministrada por Renata, e as técnicas em restauro Marilene Rosa, Marines Paixão e Vanice Modesto, a oficina ocorreu nos dias 15, 16 e 17, e contou com 11 participantes nesta edição.

Parabenizada pela paciência e didática no ensino, Renata utilizou a experiência da primeira oficina de restauro ofertada pela ABI na forma de pensar o curso, mais focado na prática. “Eu gosto de ensinar na prática. Acho que à medida que estamos fazendo, estamos conseguindo atrair um público maior. Já tem uma lista de espera para o próximo curso”, completa a museóloga, recordando que ainda neste ano irá ocorrer mais uma oficina sobre restauro. 

Durante a tarde, os alunos aprenderam como limpar documentos e livros antigos, quais os pincéis adequados para o estado de cada documento e como fazer o “banho” em documentos avulsos, a fim de tirar a oxidação do tempo. O material usado na oficina partiu dos acervos de Glauber Rocha, doado em setembro do ano passado pelo cineasta José Umberto Dias, e o de Walter da Silveira, como estratégia de aproximação do público com essas duas figuras de grande importância para a cultura baiana.

Mais do que apenas se firmar nas técnicas, as facilitadoras buscaram ensinar o respeito à memória preservada naquelas peças. “Falando não como profissional, mas como membro da sociedade baiana, eu acho que a gente não valoriza a nossa memória. A partir do momento em que você se apropria de qualquer patrimônio e qualquer documento histórico, você preserva essa memória”, afirma a museóloga.

“Eu acho que se a gente valorizasse mais a memória a gente teria salvado vários patrimônios hoje, monumentos, tanto arquitetônicos, quanto na forma documental, em papéis, qualquer nível de suporte que venha ser conservado. Acho que ainda falta muito disso para o povo baiano”, completa.

Teoria e prática 

Com um público diversificado de alunos, a oficina atendeu desde jovens, como os estudantes de nível médio Carlos Jesus e Bruno Santos, a estudantes da graduação de História e Arquitetura e técnicos já familiarizados com a área.

Para Pablo Souza de Oliveira, estagiário no setor de Centro de Memória da Bahia na Fundação Pedro Calmon, a oficina trouxe também a oportunidade de poder atuar em breve com o restauro de documentos. “Eu estava muito preocupado, temeroso, achava que seria um trabalho muito complicado, porque são documentos antigos. Mas, fui aprendendo aos poucos, anotando todas as dúvidas e a explicação foi ótima”, avalia. 

“A Bahia é um dos estados mais ricos da história do Brasil em documentos, Salvador não fica atrás em nada de lugar nenhum do mundo. Só que os desafios são grandes. São poucos os lugares que têm essa preocupação, então a capacitação é algo fundamental para que o patrimônio continue sendo preservado ao longo dos anos”, declara Pablo. 

A aluna do curso técnico em conservação e restauro no Instituto Central de Educação Isaías Alves (ICEIA) Rosilene Oliveira, formada em administração, se aproximou da área por conta do interesse que sempre possuiu em História e Artes. Ela recorda que atualmente o curso de restauro nas instituições teve sua carga reduzida, o que pode consequentemente afetar a qualidade do aprendizado sobre a área, e, portanto, oportunidades como a mini oficina ajudam a garantir uma formação mais completa. 

“O curso foi acima das expectativas, posso dizer. Porque a gente vem imaginando teoria, mas a oficina foi totalmente prática. Isso foi muito importante, esse diferencial. Porque você ouvir, aprender e fazer ao mesmo tempo ajuda muito no estudo”, afirma. Questionada se retornaria para uma segunda edição da oficina, Rosilene afirmou que sim. “Além do ensino, é um espaço bom. As instalações são super adequadas para a gente ter o aprendizado e tem uma vista maravilhosa”, finaliza, rindo. 

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TCE-BA integra comitê de evento em homenagem a Ruy Barbosa

Em visita ao Jornal Tribuna da Bahia na tarde desta quinta-feira (17.03), os conselheiros Edilberto Carlos Pontes Lima (TCE/CE), presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), e Inaldo da Paixão Santos Araújo (TCE/BA), vice-presidente de Auditoria do IRB, aceitaram o convite do diretor-presidente da Tribuna, Walter Pinheiro, para integrar o comitê de organização do evento que marcará, em 1º de março de 2023, o centenário de falecimento do jurista Ruy Barbosa. 

O convite foi aceito durante a reunião da qual participaram ainda o representante da Câmara de Vereadores, Edvaldo Brito, e o publicitário Nelson Varón Cadena, que integram o referido comitê. O assunto principal do encontro girou em torno do talento multifacetado do Águia de Haia, que, além de brilhante advogado, foi também jornalista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador. Todas as colocações dos participantes da reunião convergiram para um ponto pacífico: a estatura intelectual e o espírito cívico de Ruy Barbosa o tornaram patrono de diversas instituições do Estado e, portanto, um exemplo patriótico. Entretanto, reconhecem os integrantes da comissão, é preciso que a comunidade estudantil e a sociedade em geral conheçam mais a fundo a história dessa personalidade.

Por ser Ruy Barbosa também patrono dos Tribunais de Contas, o conselheiro Inaldo Araújo teve a iniciativa de convidar o presidente do IRB, Edilberto Pontes, a conhecer de perto os organizadores do grande evento a ser realizado em homenagem ao jurista baiano. O conselheiro do TCE/CE agradeceu o convite, lembrando que a instituição que preside também leva o nome do reverenciado jurista. “A parceria com a Associação Bahiana de Imprensa e com a Tribuna é fundamental para fortalecermos esse evento do centenário do falecimento de Ruy Barbosa. Fico muito satisfeito pelo fato de o Instituto Rui Barbosa fazer parte disso”, disse Edilberto Pontes, que presenteou os integrantes do comitê com os livros “IRB rumo aos 50 anos – A Casa do Conhecimento dos Tribunais de Contas” e “Os Tribunais de Contas, a Pandemia e o Futuro do Controle”.

Para o conselheiro Inaldo Araújo, Ruy Barbosa é uma figura histórica que devemos homenagear hoje e sempre. “Um evento que simboliza os 100 anos do falecimento de Ruy Barbosa, envolvendo diversas instituições, deve envolver o IRB, que é a Casa do Conhecimento dos Tribunais de Contas. O conselheiro Edilberto, assim que soube da iniciativa, fez questão de vir à Tribuna sacramentar a sua participação nesse grande projeto. Proponho ainda dois produtos que podem muito servir à sociedade: a edição de um livro sobre Ruy Barbosa e de uma revista em quadrinhos de linguagem acessível, para o público infanto-juvenil, contando a história do Águia de Haia”, concluiu o vice-presidente de Auditoria do IRB.

Com informações do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA).

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Guardião do Pelô, Clarindo Silva completa 80 anos

Hoje, 16 de março, a Bahia celebra o aniversário de Clarindo Silva, o ‘mestre Calá’. Há 80 anos nascia essa figura central da luta pela preservação do Centro Histórico de Salvador. Através da atuação em diversas áreas da cultura, o escritor, jornalista, poeta e agitador cultural tem denunciado as mazelas e contribuído para a escrita de uma nova história para a região.

Foto: Rita Dantas

Para comemorar, ele relançou ontem o livro ”Memórias da Cantina da Lua” (sexta edição), com noite de autógrafos no Espaço Metha Glauber Rocha, na Praça Castro Alves. E prepara agora o lançamento do livro “Conversa de Buzú”. O evento acontece no dia 29 de março, às 18h, na Livraria Escariz, no Shopping Barra.

Clarindo trabalhou como repórter policial nos jornais A Tarde, Jornal da Bahia e Tribuna da Bahia. Foi do jornalismo para as atividades literárias, sem deixar de lado a sua trajetória de resistência. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Université Libre des Sciences de L’Homme de Paris e a Comenda da Cultura e das Artes pela Universidade das Américas. Também foi laureado com outras honrarias: a Medalha Tomé de Souza, a Comenda Maria Quitéria e a Comenda Zumbi dos Palmares.

Resistência

No Terreiro de Jesus há quase sete décadas, ele é proprietário do Bar e Restaurante Cantina da Lua, ponto de referência quando se trata de articular a revitalização do Pelourinho. Clarindo é um dos principais responsáveis pela abordagem de temas como segurança, mobilidade na região, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e reconhecida pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

Clarindo em visita ao Museu de Imprensa da ABI | Foto: Fábio Marconi

Ele é voz sempre ativa na hora de reunir moradores, representantes de diversos movimentos sociais, órgãos da administração pública nos âmbitos estadual e municipal, e outras entidades comprometidas com a revitalização da área. Clarindo Silva enfatiza que os baianos não vêm ao Centro Histórico, exceto em grandes eventos. Para ele, a cidade precisa adotar o Pelourinho e encará-lo como uma joia rara a ser lapidada. “Preservar o Pelô é um gesto de amor”, repete, sempre que tem a oportunidade.

Todo o apoio a Clarindo nessa luta pela valorização do nascedouro da cidade de Salvador!

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