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ABI completa 85 anos defendendo a liberdade de imprensa e de expressão

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) comemora hoje 85 anos de luta para que a verdade, a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão e os direitos humanos se mantenham vivos. Sob o renovado ânimo da diretoria reeleita na última quinta-feira (13) para mais um biênio, a instituição nascida em 17 de agosto de 1930 se abre para o futuro, sem abrir mão dos ideais que orientaram a luta iniciada pelo seu idealizador, Thales de Freitas. A busca incessante pela democracia está cada vez mais viva e continua norteando os objetivos desta combativa entidade, que, na passagem do seu aniversário, parabeniza a todos os profissionais da imprensa baiana.

De acordo com o presidente da ABI, Walter Pinheiro, a instituição se mostra mais amadurecida, fortalecida e consciente da importância do seu papel histórico na consolidação da democracia no país. Integrante da diretoria desde 1986, ele esteve à frente da Tesouraria até ser eleito presidente em 2011 e assegura que permanece “preocupado com o combate a qualquer ato que compreenda censura ou possa caracterizar garroteamento aos profissionais da comunicação em expressar suas opiniões”. O dirigente enfatiza que a função da ABI funciona como “um baluarte, tanto na defesa dos jornalistas quanto da cidadania e do Estado como um todo”, afirmou ao jornal Tribuna da Bahia.

sede-da-ABI-ArquivoPresidente da Assembleia Geral da ABI após os 25 anos em que esteve à frente da diretoria, o jornalista Samuel Celestino recorda a fundação da entidade, cuja trajetória está incorporada na história da Bahia. Diante de um fato político que perturbaria a vida dos brasileiros – a Revolução de 30 –, “a ABI só veio a funcionar em setembro sob a presidência de Altamirando Requião”. Celestino salienta que a revolução foi deflagrada três semanas depois da posse da primeira diretoria. Com a decretação do estado de sítio e severas restrições à ordem pública e às liberdades individuais, houve prisões de jornalistas, empastelamentos e censura explícita, “exigindo da ABI sua primeira atuação em defesa da atividade junto aos poderes públicos”. A instituição surge exatamente para lutar pelas liberdades de expressão e de imprensa, e zelar pelo respeito às leis estabelecidas.

De olho no futuro

Com o início do biênio 2015-2017, o presidente Walter Pinheiro revela que a diretoria reeleita segue empenhada na reforma dos Estatutos, que permitirá inserir os agentes da comunicação atuantes na blogosfera, e a ampliação do quadro social, agregando mais profissionais, inclusive nas duas seccionais interioranas Nordeste (com sede em Feira de Santana) e Sul (em Ilhéus). Além disso, a diretoria pretende implantar o Museu de Imprensa, colocar todo o prédio-sede em funcionamento, restaurar a Casa de Ruy Barbosa, trabalhar na dinamização e fortalecimento do site institucional e na incorporação de novas mídias.

Para o diretor Luís Guilherme Pontes Tavares, que assume a diretoria de Patrimônio e deixa a de Cultura, nos últimos quatro anos, o que aconteceu de mais sensível é que “a bússola, antes voltada para o passado, agora está direcionada para o futuro, no sentido de aumentar o número de associados, tendo em vista a existência de 20 mil novos profissionais no mercado”.

O vice-presidente da ABI, Ernesto Marques, ressalta que a instituição é um espaço aberto para o debate sobre comunicação e produção de conhecimento. Ele também destaca a importância da reforma dos Estatutos. “O atual data de 1986, mas o mercado de hoje é em diferente”. Para ele, não se pode pensar o futuro em uma ABI restrita ao impresso. “Precisamos contemplar os profissionais das novas mídias”. Na esteira das novas ações, Ernesto relevou a existência de um projeto para parceira com universidades com o objetivo de oferecer o curso de mestrado para jornalistas. “Temos o propósito de produzir inquietação, levar as pessoas a pensar”.

*As informações são de Albenísio Fonseca para o jornal Tribuna da Bahia (matéria “ABI se abre para o futuro”, publicada nesta segunda-feira, na página 11 – caderno “Cidades”)

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ABI reelege diretoria para o biênio 2015-2017

A chapa “Harmonia”, liderada pelo jornalista Walter Pinheiro, venceu as eleições da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e foi reeleita para o biênio 2015-2017, na tarde desta quinta-feira (13). Para o presidente, a reeleição representa a consolidação que vem sendo promovida pela diretoria da entidade, que completará 85 anos de fundação no próximo dia 17 de agosto. Ao longo do dia, foram realizadas duas sessões. Durante a manhã, os diretores participaram da última reunião ordinária do mandato. No início da tarde, houve a reunião da Assembleia Geral da ABI – presidida pelo jornalista Samuel Celestino. Walter Pinheiro fez a leitura do relatório de sua gestão, que teve as contas aprovadas pelo Conselho Fiscal da instituição. O processo de votação foi encerrado às 17h.

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Foto: Joseanne Guedes/ABI

Walter Pinheiro ressaltou as ações do mandato que se encerra e revelou os planos para o futuro da entidade. Entre as experiências exitosas de sua gestão, Pinheiro comemora a projeção da ABI no cenário estadual, com a participação cada vez mais ativa nos debates locais. Ele destacou a conclusão das obras de reforma entre os 3º e 7º andares da sede, restituindo condições similares às encontradas pela administração municipal quando do início do primeiro contrato, a modernização dos elevadores, através de um investimento de cerca de 240 mil reais, além da troca de todas as instalações elétricas e hidráulicas, eliminando o desperdício de água e os problemas de pontos de fuga de energia, que aumentavam o consumo e traziam riscos para a segurança do edifício. O dirigente realçou a ampliação do acervo da Biblioteca Jorge Calmon depois das doações do próprio Jorge e do jornalista João Falcão, cujos documentos estão em fase de restauração na ABI.

O presidente elencou alguns objetivos para o mandato que tem início no próximo dia 10 de setembro, sendo que o primeiro deles é a reforma dos estatutos da ABI, segundo ele, já bastante adiantada. O outro ponto a ser priorizado é a ampliação do quadro social. “Queremos fazer a implantação do Museu de Imprensa, colocar todo o nosso prédio sede em funcionamento, restaurar a Casa de Ruy Barbosa, além de trabalhar na dinamização e fortalecimento do site institucional e incorporação de novas mídias”, revela. De acordo com Walter Pinheiro, o Brasil precisa ser discutido e a ABI tem que incorporar essa missão. “Estamos agregando companheiros para trazer renovação à entidade. Tentamos alcançar novos jornalistas e integrar mais as gerações”.

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Foto: Joseanne Guedes/ABI

As atividades socioculturais da gestão foram destacadas pelo diretor Luís Guilherme Pontes Tavares, responsável pela pasta de Cultura da ABI e idealizador do abraçaço ao Palácio Arquiepiscopal de Salvador, como forma de chamar a atenção para o estado de abandono do prédio e a urgente necessidade de reforma. Após as constantes denúncias da ABI e de outras entidades ligadas ao segmento da cultura, o edifício começa a ser recuperado para abrigar o Centro de Referência da História da Igreja Católica do Brasil. “Essa é, sem dúvida, uma grande vitória para nós. Mas tivemos outros momentos importantes durante a gestão. Tive a oportunidade de dar relevo às comemorações dos 200 anos da imprensa na Bahia. Na ocasião, foi lançado um livro com selo editorial da ABI. Realizamos eventos no campo da defesa do patrimônio arquitetônico baiano, debates sobre o Carnaval de Salvador”. Para Luís Guilherme, apesar de todas essas atividades, a instituição discutiu muito pouco o jornalismo na Bahia. “No novo mandato, o esforço será contemplar o tema”, afirma.

A diretoria da ABI vai dar continuidade aos eventos culturais, para trazer contribuições à imprensa, ao jornalismo, à sociedade. “Fizemos mesas redondas, palestras e encontros para discutir questões como mobilidade urbana, ponte Salvador-Itaparica, segurança pública e política, como a série de encontros com pré-candidatos ao cargo de governador da Bahia, promovida em maio de 2014 com o objetivo de contribuir com a divulgação das propostas, projetos e intenções dos postulantes”. Outra iniciativa ressaltada pelo diretor foi a organização do Centenário Jorge Calmon, para homenagear o jornalista que esteve à frente da ABI entre 1970 e 1972.

  • Conheça a diretoria reeleita aqui
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ABI realiza eleições para o próximo biênio nesta quinta (13)

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) terá nova diretoria eleita nesta quinta-feira (13). Ao longo do dia, serão realizadas duas sessões: das 9h30 às 12h acontecerá a última reunião ordinária do mandato. Às 14h terá início a reunião da Assembleia Geral da ABI – presidida pelo jornalista Samuel Celestino, que abrirá a sessão, passando a palavra ao presidente da ABI, Walter Pinheiro. O dirigente fará a leitura do relatório do mandato. Após o parecer do Conselho Fiscal sobre as contas da gestão, terá início o processo de votação para definir a direção para o biênio 2015-2017. Todos os associados podem votar.

Clique aqui para consultar a composição da Chapa Harmonia.

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Missa marca trigésimo dia de falecimento de Afonso Maciel Neto

O trigésimo dia de falecimento do bacharel Afonso Maciel Neto foi lembrado em uma missa realizada nesta quinta-feira (23), na Igreja da Vitória, em Salvador. Amigos, familiares e personalidades públicas homenagearam a memória desse conceituado homem público que partiu aos 94 anos, deixando sua esposa, Sílvia Araújo Maciel, suas três filhas, Sílvia Maria, Rose Marie e Sandra Maria, oito netos e seis bisnetos.

Durante os 14 anos em que esteve à frente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Afonso Maciel Neto encarou um dos momentos mais difíceis para a imprensa brasileira – a ditadura. Ele presidiu a instituição de 1972 a 1986 e se tornou uma figura conhecida e respeitada por causa de sua importante contribuição em defesa da liberdade de imprensa.

Afonso Maciel Neto presidiu diversas instituições durante sua vida pública - Foto: Arquivo ABI
Além da ABI, Afonso Maciel Neto presidiu diversas instituições – Foto: Arquivo ABI

“Foi através da presidência da rádio Excelsior da Bahia que ele exercitou a comunicação e veio a se tornar presidente da Associação Baiana de Imprensa, com o apoio do seu velho amigo, Jorge Calmon, presidente da ABI na época”, lembrou o atual presidente da ABI e diretor-presidente da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, salientando as principais características de Afonso Maciel. “Sempre visto como um Lord, pela sua elegância, pela sua postura, muito ponderado, calmo e firme nas suas decisões. Um homem moral e intelectualmente respeitado, devotado à sua família”, conclui o dirigente, que prestigiou a missa acompanhado de diretores da ABI.

Mário Calmon, filho do jornalista Jorge Calmon – recentemente homenageado pelo transcurso do centenário de seu nascimento –, recordou a amizade entre seu pai e Afonso Maciel. “Ele sempre se referia ao ‘Doutor Afonso’ como um grande amigo. Eram irmãos, confidentes, tiveram uma relação muito próxima durante décadas e, para nós, é uma perda muito grande”, afirmou.

Afonso Maciel Neto também foi homenageado durante a reunião mensal do Conselho da ABI, no dia 9 de julho. A diretoria da entidade abriu a sessão com uma manifestação do presidente e de outros integrantes do órgão. Na ocasião, foi expedida uma moção de pesar encaminhada à família, para externar as condolências e o sentimento pela figura de Afonso Maciel, que colaborou não só para a manutenção e fortalecimento da Associação, como também para a recuperação da casa de Ruy Barbosa, ação para a qual ele dedicou atenção especial.

Bio – Nascido em Salvador, em 1921, Afonso Glicério da Cunha Maciel Neto foi vice-presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da Bahia, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais. Durante sua vida publica, foi presidente de várias instituições, entre elas a ABI. Foi auxiliar de imprensa e chefe de revisão da Imprensa Oficial do Estado da Bahia, 1945-1946. Chefe de gabinete do Secretário da Educação e Saúde do Estado, 1946; redator de debates da Assembléia Legislativa da Bahia; Assistente jurídico do Ministério da Viação e Obras Públicas, servindo na Viação Férrea Federal Leste Brasileiro, 1947-1957; consultor jurídico da Rede Ferroviária Federal S/A. Conselheiro, diretor e tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB-BA.

*Informações de Chayenne Guerreiro para o jornal Tribuna da Bahia

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